Anjos e Vampiros - o Poder da Vida! escrita por Ninah Alves


Capítulo 7
Capítulo 6 - Tudo começa quando...


Notas iniciais do capítulo

N/a:Obrigada pelos comentários do capítulo anterior.Bjss e espero que apreciem o capítulo.Não deixem de comentar!



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            Capítulo By Nina Alves

 

Capítulo Seis – Tudo começa quando um resolve abrir a porta!

 

|Pov Bella|

 

Eu já estava a esperar Rosalie e Jasper na saída do Colégio, Charlie disse que, por enquanto, nos incomodaria sendo nosso chofer até conseguir comprar um carro. Eu não via mal nenhum em ter a companhia de Charlie, mas eu sabia que para um adolescente o inferno se resumia em ter os pais os controlando.Por isso que quando ele comunicou hoje mais cedo no café que providenciaria um carro para nós eu não fiz objeção, afinal tínhamos que manter as aparências.

- E ai como foi seu dia? – Jasper me perguntou sorridente.

- Bom. E o seu?

- Também!Considerado que a minha protegida é bem difícil de lidar – ele fez uma careta.

- Eu tenho certeza que você vai sobreviver! – aleguei.

- Só tenho que fazê-la confiar em mim, mas eu sinto que ela não é a mesma de antes – comentou preocupado.

- Como assim?

- Ela parece focada em algo que eu ainda não consegui descobrir!

- Então descubra! – Rosalie apareceu repentinamente.

- Onde você estava? – inquiri.

- Me aproximando do meu protegido! – comunicou.

- Agora só temos que descobrir o que esses vampiros querem aqui! – informei.

- O problema é se aproximar deles sem que vejam diferença na gente – disparou Jasper.

- Durante a noite não podemos fazer isso, já que temos nossos poderes e assim eles nos perceberam. O negócio é aproveitar da claridade para descobrir o paradeiro deles – concluiu Rosalie.

- Mas como vamos fazer isso sem que Charlie e Mariene percebam nossa ausência? – interpelou Jasper.

- Isso nós teremos que analisar com cuidado – disse.

Charlie chegou para nos buscar com uma felicidade surreal estampada no rosto, só o que eu temia era ter que deixá-lo depois que tudo isso acabasse. Ele era um cara legal e eu certamente me orgulharia de ser filha dele se tudo isso fosse verdade.

A sensação de ter uma família, por mais que falsa, era muito boa. Mas não podíamos nos afeiçoar. Lógico que tínhamos o livre arbítrio, só que mais fácil seria não deixar elos para que a partida não fosse dolorosa quando chegasse.

E por mais que vocês pensem que não, mas nós anjos temos sentimentos, só que estes são bem diferentes dos humanos. Estamos acostumados a acompanhar tudo e sabemos muito mais do que se possa imaginar. Aprendemos a lidar aos longos dos séculos com a dor, angustia, mágoa, felicidade, ira, inveja, luxúria, vaidade, preguiça, gula, avareza, traição, carinho, paixão e por fim o amor. Sabemos distinguir cada condição humana só em olhar uma única vez a pessoa e esse dom é uma das coisas que eu menos gosto.

Só que a grande diferença é que não possuímos tais sentimentos, só sabemos distingui-los.

Imagine só você não poder desvendar o mistério por traz de uma pessoa que você acabou de conhecer?E sim só olhar pra ela e ver a inveja impregnada no seu coração ou a ira. Eu me sinto destruída por não poder ajudar uma pessoa com tais pecados, seria a mesma coisa de ver um enfermo com câncer em estado terminal. Aquilo já o possuiu de tal forma que nada e nem ninguém pode salvá-lo.

E a ausência de sentimentos só nos torna mais realistas e firmes, o que ajuda muito no desempenho de cada missão que nos é confiada.

Charlie nos deixou em casa e voltou para trabalhar. Mariene já preparava o nosso almoço quando adentramos a casa. Era estranho ter alguém nos esperando, ter uma família, compartilhar os sentimentos com esta e acima de tudo era estranho sentir necessidades humanas. Eu não me sentia preparada pra isso!

Ser anjo era bem mais fácil e não ter sentimentos também, ser humano era complicado e requeria muita força de vontade e habilidade, mas o pior de tudo era ser os dois.

Sentir tudo o que nos foi privado durante séculos e não só saber distinguir era como uma criança que aprendia a falar.

Comemos e depois subimos alegando acúmulo de trabalho de casa para que Mariene não nos importunasse. Percebi que Rosalie estava aérea e não prestava muita atenção no que eu estava propondo como meio de localizar o paradeiro dos tais vampiros.

- O que está acontecendo Rosalie?

- Nada! – respondeu ela acordando dos seus devaneios.

- Não é o que parece você está estranha – afirmou Jasper.

- Estou bem, é só cansaço. Não pensei que voltar a ser humano requeria tanto trabalho – eu ri.

- Está sendo difícil para todos nós, mas logo tudo voltará ao normal quando a missão acabar.

Voltamos a discutir os prós e os contras da nossa missão e nem percebemos que a claridade tinha dado espaço a negritude da noite.

- Agora! – Jasper levantou suspirando ao perceber que a noite já caía intensa e começou a se tele transportar por todo quarto. – Essa sensação é impar! – eu e Rosalie gargalhamos.

 - Eu prefiro esta – ela sumiu da nossa vista por menos de trinta segundos e voltou com um iogurte na mão. – Ser invisível aos olhos humanos. Não tem preço!

- Todos esses poderes são maravilhosos, mas nenhum se compara a este – eles me fitaram enrugando as testas, eu só me concentrei e entrei na mente de Jasper vendo-o conversar com Alice e vendo o quanto esta ficou desconcertada ao ser pega desprevina com a proposta de estudo dele e...

- Sai da minha mente Bella! – ralhou irritado comigo.

- Bom... Certamente essa é a melhor sensação de ser um anjo – aleguei. – Talvez Rosalie não se importe! – quando entrei na sua mente eu tomei um susto tão grande que cai sentada na cadeira.

- Bella o que houve? – perguntou Jasper confuso com a minha reação.

- Como você pode fazer isso Rosalie? – indaguei massageando os olhos para apagar o que eu tinha visto.

- O que você fez Rosalie? – Jasper a encarou sério.

- Nem ousem entrar na minha mente! – esbravejou. – Se fizerem isso mais uma vez considerem-se sem asas – ameaçou desaparecendo.

- O que você viu? – perguntou Jasper autoritariamente, eu só abri minha mente e deixei que ele penetrasse e fizesse o seu próprio juízo de valor. – Como ela pode fazer isso? – censurou Jasper aturdido. - Como ela se deixou chegar a esse ponto? – andava de um lado pro outro nervosamente. – Não temos nem dois dias na terra e Rosalie cometeu o maior pecado de todos!

O pecado de Rosalie foi deixar-se dominar pela paixão ao retribuir o beijo do seu protegido. Ela deixou-se trair pela luxúria!O pior pecado, o mais forte e que serve de “porta” para levar a outros tão piores quanto.

- Isso deve ter sido um equivoco? – argumentei.

- Melhor que seja Bella! – disse Jasper entre dentes.

- Temos que dar a ela o benefício da dúvida, ela deve ter uma explicação!

- E se não tiver? – ele arqueou uma das sobrancelhas e me lançou um olhar frio.

- Sinceramente eu espero que tenha – comentei levantando. – Se não a única que vai sair ferida é ela – conclui antes de desaparecer.

Apareci quase que junto com Jasper na casa dos Cullen, afinal nosso dever era olhar por eles e descobrir tudo o que fosse possível sobre os vampiros que resolveram se instalar em Forks.

Edward estava no seu quarto fitando o teto e escutando música no seu MP10. A cada dia eu me preocupada mais com a saúde auditiva daquele garoto, escutar música tão alta daquele jeito deveria ser proibido, o pior é que se ele continuasse assim não chegaria aos 50 anos escutando direito. Mas o que sem dúvida me intrigava era que toda vez que eu tentava penetrar a sua mente quando escutava música eu não conseguia me sentir bem, era como se uma onda de emoções me pegasse desprevenida e me tragasse para o fundo o oceano. Eu me sentia tonta e perdia os sentidos por alguns segundos toda vez que tentava ler seu pensamento, por isso eu deixava para fazer isso quando ele resolvia largar seu MP10 e fazer outras coisas.

- Edward! – Alice entrou batendo a porta do quarto do irmão e parando na frente dele com a mão na cintura. – Edwardddddddddddd!!! – ela arrancou os fones de ouvido dele que não a tinha visto entrar e o encarou arqueando uma das sobrancelhas.

- O que você quer Alice? – perguntou ele ríspido sentando na cama.

- Eu estava pensando...

- Ah então socorro! – ele pegou o travesseiro e fez de escudo.

- Pára de graça e me escuta?! – eu já morria de rir com a cena dos dois, Jasper ao meu lado só balançava a cabeça confuso.

- O que foi Jasper? – perguntei curiosa.

- Ahh você vai ver... digo escutar! – ele cruzou os braços e esperou que Alice falasse.

- Você me acha atirada? – perguntou para o irmão seriamente.

- Não Alice, por quê? – Edward desordenava os cabelos cor de fogo.

- Por que tenho medo de ser atirada às vezes sabe...quando um garoto não vem falar comigo e eu acabo por tomar a rédeas da situação – confessou sentando na cama e cruzando as pernas.

- Tá mais o que isso tem haver com você? – inquiriu ele sentando na cadeira do computador a encarando.

- É que sabe o Alec?

- Ahh sei!Aquele carinha estranho, que só vive de óculos de sol e que tem uma irmã que dá em cima de mim – comentou.

Meu protegido não era nada convencido e a vaidade era um dos pecados que predominava nele!

- Como você é convencido Edward! – ela mostrou a língua para o irmão. – A questão é se eu o chamar para sair, eu estarei sendo oferecida?

- Quem é esse Jasper? – olhei pra ele que estava com cara de poucos amigos escutando a conversa. – Você sabe?

- E não tem como não saber?!Ela só pensa nele, escreve poemas sobre ele, sonha com ele, tem uma foto dele no papel de parede do computador no seu quarto... – disparou irritado.

- Mas o quê que tem ela gostar de um carinha?Afinal eles são adolescentes! – disse dando de ombros.

- Seria normal se ele não fosse o vampiro que procuramos e a tal Jane, que eles conhecem na escola como irmã dele, também é vampira – eu fiquei sem chão quando escutei isso. – Ela está apaixonada por um vampiro! – ele só sacudiu a cabeça tristemente.

- Alice esse cara é esquisito! – afirmou Edward.

- Ele não é esquisito Edward! – rebateu ela apontando o dedo para o irmão. – Ele é o homem dos meus sonhos – suspirava.

- Olha só ele é estranho sim, mas se você quer sair com o carinha vá em frente! – motivou Edward.

- Não! – eu e Jasper falamos em uníssono.

- Jasper você tem que resolver isso. Ela não pode sair com ele – fechei meus olhos e comecei a massagear as têmporas.

- Mas o que eu vou fazer?

- Pecar! – Rosalie apareceu no quarto nos encarando.

- Só por que você fez isso não quer dizer que eu vá fazer! – bufou Jasper.

- Eu não fiz porque eu quis, ele me beijou a força – ela apontava Emmett que entrava no quarto do irmão. – Você tem o livre arbítrio Jasper e você acha que Deus nos permitiu tê-lo por quê? – inquiriu com ironia.

- Para se aproveitar dos nossos protegidos é que não foi! – grunhiu.

- Quantas vezes eu tenho que falar que não fui eu quem o beijei?! – Rosalie gritava abafando a conversa dos nossos protegidos.

- Rosalie está certa Jasper – disse dando-me por vencida.

- Como é que é? – ele se aproximou de mim me encarando com indiferença.

- Você não precisa pecar necessariamente e nem utilizar do seu livre arbítrio, basta afastar Alice desse Alec, mas para isso você terá que usar de meios não convencionais – conclui.

- E esse meio não convencional chama-se sedução! – sibilou Rosalie.

- E você ainda diz que eu não vou pecar?! – argumentou ele exaltado.

- Você tem o livre arbítrio não tem?Então o use para salvar a sua protegida, te garanto que Deus vai fazer vista grossa para o seu pecado!

-O que tá rolando aqui? – Emmett chegou já invadindo a conversa de Alice e Edward.

- Ela que sair com o tal de Alec – respondeu Edward insatisfeito.

- O carinha esquisito?!Eca Alice!O que você anda comendo? – por mais que Emmett brincasse com a irmã por estar querendo se envolver com o tal Alec, o problema dele ser estranho não era nada considerando que ele era uma das piores criaturas que caminhava sobre a terra.

- Emmett meu irmãozinho carente de neurônio! – Alice levantou tocando a face do irmão mais velho. – Desde quando você sabe o que é bom?Só sabe tomar massa! – ralhou. – E mais guarde suas opiniões pra você, elas são tão desnecessárias! – Alice apertou fortemente a bochecha de Emmett deixando uma marca vermelha.

- Ai...Alice! – reclamou Emmett massageando o local. – Você as vezes parece a noiva do Chuck quando solta esses sarcasmos!

- Eu vou te dar a noiva do Chuck já, já... – disse ela se aproximando dele para estapeá-lo.

- Alice parou! – ordenou Edward a segurando.

- Mas esse ai...só me irrita! – ela tentava sair do aperto de Edward mais não conseguia.

- Eu vou me vingar Alice! - ameaçou Emmett. – Pode esperar...e você não vai sair com aquele estranho do Alec!

- E quem vai me impedir?Você?Poupe-me Emmett! – sua fúria era tanta que ela esmurrava Edward para que ele a soltasse.

- Eu sou seu irmão mais velho e você me deve obediência! – disparou.

- Então vamos ver... – ela conseguiu sair do aperto de Edward e pisou com toda força com seu sapato de salto alto no pé do irmão mais velho que estava descalço.

- Merda Alice!Anã dos INFERNOS! – Emmett quicava segurando o pé. – Você vai ver...quem ri por último ri melhor!

- Quem ri por último é quem tem o raciocínio mais devagar...SEU RETARDADO! – ela tirou o sapato e jogou na direção dele que se esquivou por segundos de ser acertado e saiu correndo do quarto.

- Nossa Alice você está tomando DROGAS? – perguntou Edward perplexo.

- Argh – grunhiu para o irmão mostrando todos os dentes e saiu também.

- Boa sorte Jazz! – disse rindo.

 

 

|Pov Emmett|

 

 

Aquela lenhadora de bonsai me paga!Se ela pensa que pode falar assim comigo ela vai ver!

Droga!Merda!Aqueles sapatos Jimmy Choo da Alice fazem jus ao nome.

Ou Alice tá fumando escondido e eu não sei ou a quantidade de maquiagem que usa já a está deixando sem cérebro. Onde já se viu sair com o Alec Volturi?Tudo bem que a irmã dele é maior gatinha e tals, mas esse Alec é estranho demais. Além de ter a maior cara de boiola, usar óculos de sol em Forks e ser branco de mais, o cara não se ajustava na escola. Não falava com ninguém!E você acha que eu vou deixar a Pokémon não evoluído da minha irmã sair com um carinha desses que mais parece um assassino sanguinário?

Entrei no banheiro e fui lavar o pé que jorrava sangue, por pouco eu não fico sem dedo. Mas deixa... o que é da formiga atômica está guardado e muito bem!

Depois de ter lavado e enxugado a ferida eu fiz um curativo, por causa dessa palhaçada do siri na lata eu não treinaria amanhã. Tomei um analgésico e fui até o quarto da Alice.

- Alice?! – gritei ao entrar, mas não tinha ninguém. – Anã de jardim dos infernos!Apareça?

Mas ela não estava no quarto então aproveitei para me vingar!

 


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