A decisão

–Oi! D. Coisa, a Mônica está?

–Magali, você nem sabe o que aconteceu com a minha filha? Eu pensei que ela estava dormindo na sua casa.

–O que? A Mônica não dormiu na minha casa não, D. Coisa.

–Mas, a minha filha não apareceu desde o dia que ela foi ao cinema com você! Você se lembra de algum fato?

–Deixa eu ver, bom, a gente entrou no cinema, até ela ver o Cebola e a Maria se beijando , aí, ela foi falar com o Cebola e...

–E...o que, Magali?

–Eu cai no sono! Só isso! Quando eu acordei, eu vi que o filme já tinha acabado. Então, eu pensei que a Mônica já tinha ido embora.

–Peraí, você disse que a minha filha tinha falado com o Cebola, né?

–É.

–Então você tem que falar com ele já que ele foi a última pessoa que falou com minha filha até ela desaparecer.

–Sim, D. Coisa. Eu vou falar agora mesmo com o Cebola. Tchau!

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–Então, Cebola? Responde logo! Você vai vender o colar ou não?

Cebola ficou de cabeça baixa. Sabia que aquilo era errado, mas assim, conseguiria fazer a sua vingança que tanto queria.

–Capitão Feio, eu não sei se eu tenho coragem de fazer isso.

–Como eu pensei, você não mudou nada como diz. Você ainda é um medroso!

–Ei! Eu nunca fui um medroso!

–Sei.

–Eu não sou nenhum medroso!

–Então, prove! Se você vender o colar da menina, eu vou ver que você não é um medroso.

–Tá bom! Eu vou vender esse colar!

Capitão Feio começou a sorrir ao ver seu plano dar certo de manipular-lo.

–Olha Cebola, como você foi obediente, eu vou deixar você ir para casa e pensar em mais planos contra seus ex-amigos. Tchau.

–Tchau.

–Há, Cebola, antes de ir, eu quero que você faça outra coisa.

–O que?

–Bem, você não precisa mais vir aqui por uns dias.

–Sério?!-disse Cebola se animando.

–Mas, nesses dias, você vai fazer uma coisa.

–Estava bom de mais para ser verdade. Mas, fala, o que eu tenho o que fazer?

–É muito simples.

–Fala logo o que eu tenho que fazer.

–Bem, você vai ter que passar todo dia com aquela Maria.

–Por que?

–Ora, não era seus planos?

–Bom, sim, mas...

–Pois eu vou segui-los. Você vai ter que andar com ela e pedi-la em namoro.

–O que? Mais por que você quer que eu namore a Maria?

–UÉ, ela foi a única que não te traiu. Ela é a única que merece todo o seu carinho, não acha?-Capitão Feio não queria dizer a verdade, que, ele só quer que Cebola namore a Maria para ve-lo andar com a pessoa que ele não ama.

–Sim, mas eu não a amo.

–E daí?

–E daí, que eu só quero namorar com a pessoa que eu realmente amo, a Mônica.

–Mas você se lembra que você queria namorar a Maria?

–Lembro, mas isso foi diferente porque eu queria derrotar a Mônica e...peraí, como você sabe que eu queria namorar a Maria?

–Er...olha como já tá tarde, é melhor você indo, tchau!

Cebola queria uma resposta, mas nunca iria perder uma chance de sair daquele esgoto.

–Então, tá, tchau!

Ao sair, Cebola viu a Magali indo a sua direção e disse:

–Cebola, o que houve com a Mônica?

–Como assim, o que houve com a Mônica?

–Desde o dia que ela foi falar com você no cinema, ela desapareceu.

–Escuta aqui, Magali, eu não tive culpa nenhuma se a Mônica desapareceu.

–Eu te conheço, Cebola, tá sua cara que você sabe de alguma coisa. Fale!

–Eu não vou falar nada. Tchau.

–Volta aqui, Cebola.

Ao se virar, Cebola tinha deixado um papel cair do seu bolso. Nesse papel, estava escrito:

“Eu vou comprar um caixão para Mônica, porque ela morreu por minha culpa.

Cebola.’’

–Como assim, a Mônica morreu?

–O que? Magali! Me da esse papel agora!

–Não! Eu vou mostrar esse papel pera todo mundo principalmente para a mãe da Mônica.

Cebola segurou o braço da Magali e disse com uma voz ameaçadora:

–Você não vai não!