O novo Cebola

–Muito bem, Cebola, eu quero que você faça outra coisa.

–Mais? Já não basta eu ter que tirar o lixo pra você, aprontar com meus amigos e não ter tempo de estudar?

–Cebola, tirar o lixo não é tanto trabalho não.

–Tá, mas e ficar aprontando com meus amigos?

–Olha, eles te traíram. Você tinha que fazer alguma coisa. Mas, como você não fez, eu tinha que fazer.

–E quanto a eu não ter tempo para estudar?

–Bah, estudar é para os fracos. Agora, você vai fazer um projeto que se for capaz de fazer direito, eu tenho certeza que ficará rico.

–Que projeto é esse?

–É isso! A minha máquina de dimensão!

A máquina era muito grande, mas parecia que não dava para colocar uma pessoa em uma outra dimensão.

–Isso dá para levar uma pessoa para outra dimensão?

–Bom, ainda não. Mas eu sei que você pode consertá-la, né?

–O quê? Eu?

–Sim, você não é o mais inteligente?

–É, eu sou.

–Então, vá para casa, por que amanhã você tem aula.

–Sério? Eu já estou liberado?

–Claro! Mas, amanhã, eu quero você aqui no meu esconderijo para consertar a minha máquina de dimensão, OK?

–OK!

No dia seguinte:

PRIIIIIMMMMM!

–Crianças, entrem, na sala!

–Não acredito, Cacá, o professor Licurgo ainda nos chama de crianças.

–Eu sei Dê, isso é tão irritante.

–Ô, nem me fale.

–Gente, vocês sabem se a Mônica veio hoje?- perguntou Magali afoita.

–Nossa, Magali, que desespero é esse para encontrar a Mônica?

–Desculpa, é que eu preciso contar uma coisa super incrível á ela!

– Sério? Tipo... o maior babado do mês?

– Bom... isso é segredo.

– Ah, por favor, vai, Magá, eu sou sua amiga desde que éramos crianças!

– Sei... e é também a minha amiga mais fofoqueira, né?

Carmem deu uma risadinha.

– Desculpa Denise, mas não vai rolar. Tchau!

–O que?

–É, DÊ, parece que você levou um fora. BYE! Eh, eh, eh.

–Não, eu vou descobrir o que a Magali queria falar com a Mônica. Hum... mas como?

–Há, já sei! Eu vou me vestir de Mônica! Eu tenho um monte de perucas e colocar dentes falsos.

No dia seguinte...

–MAGALI!

–Mônica?

–Eu mesma.

–Por que você faltou ontem?

–Bom, é que eu fiquei com catapora. COF, COF! Viu? Eu ainda estou tossindo.

–UÉ, mas quando uma pessoa está com catapora, não tosse.

–Não?

–Não.

–Então, ATCHIN!

–A pessoa que está com catapora também não espirra.

–ENTÃO, QUANDO UMA PESSOA ESTÁ COM CATAPORA, FAZ O QUE?

–Er... nada.

–Ah! Quer saber, isso não importa agora. Eu queria saber se você quer falar alguma coisa para mim.

–Não, eu não queria falar nada não, por que?

–Ah, nada não.

–Então tá. Tchau

–Que estranho, a Magali tinha me falado que queria falar uma coisa super importante com a Mônica.

Cebola ouvia atrás da porta do banheiro, a Denise falando sozinha.

–Ótimo! A Denise está pirando com essa história de pela primeira vez não saber uma fofoca. Pronto! Eu já dei uma lição na Denise, agora, na Carmem!

–E eu já sei exatamente o que fazer!

PRIIIIIIIIMMMMMMM!

–Bom, depois eu vou colocar meu plano em prática, agora, eu vou para o esconderijo do Capitão Feio.

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–Você bolou um plano para essa tal de Carmem?

–Sim!

–E como seria esse seu plano?

–Bom, amanhã no intervalo, eu vou pegar um colar com um diamante de verdade!

Quando a Carmem levar um grande susto, eu vou devolver o colar dela. Então, o que acha?

–Eu acho que esse plano precisa de umas melhoras.

–Como assim?

–Bom, você deveria pegar o colar dessa tal de Carmem e não devolve-lo nunca mais e vende-lo!

–O que? Vende-lo?

UÉ, você tinha dito que o colar tinha um diamante de verdade. Isso vai custar uma fortuna! E quando você vende-lo, eu fico com a metade e você fica com a outra metade.

–Então, o que você me diz? Vai roubar o colar da menina ou não?