The Four Kingdoms escrita por starqueen


Capítulo 6
Capítulo 6 - Aranhas e Corvos.


Notas iniciais do capítulo

HEEEEY PESSOAS :D

Aqui estou eu, ás duas da manhã POSTANDO UM CAPÍTULO ashausuas Fiquem felizes, dessa vez eu fui super hiper mega ultra power rápida u.u

Finalmente veremos quem é o Bennett u.u

Enfim, sem enrolação, vamos logo pra saporra que é o que importa xD



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Estava eu, Aaron e Chris indo até a loja de conveniência, na ideia de talvez conseguir falar com Bennett Moore.

Helena, Matthew e Travis não foram conosco porque Big J cismou que tinha que “conversar” com eles. Eu sabia bem o que isso significa. Ele fez exatamente a mesma coisa comigo quando eu tinha doze anos: iria fazer um longo questionário e depois dar uma de professor falando tudo que eles ainda devem saber sobre quem são. Iria demorar um tempão, então eu não estava com muita pressa.

Deveriam ser quase duas horas da manhã e pelo o que saiba, não seria nada difícil achar a primeira loja de conveniência “ilegal” aberta nesse horário. Eu não estava com medo, mesmo que aqui na Austrália tenha uma lei idiota para quase tudo — acredite, só andando no meio da rua e indo a uma loja “ilegal” eu estava quebrando três leis —, eu quase nunca era pega, por mais que a polícia daqui seja considerada boa.

— Você conhece esse Bennett? — perguntou Chris.

— Aham. — respondi. — Ele foi meu colega há alguns anos.

— E por que diabos ele trabalha em uma loja de conveniência ás duas da manhã? — perguntou Aaron. — Isso é muito suspeito.

— Talvez porque ele dorme de manhã. — disse. — Bennett é um vampiro, e aquela não é uma loja de conveniência normal.

Aaron e Chris ficaram alguns segundos quietos.

— Vampiro? Big J falou que odiava vampiros. — disse Chris. — Quer dizer, além daquele garoto, Noah.

— Detalhe: ele odeia os vampiros que não conhece. — disse.

— Ele conhece Hector Kitter? — perguntou Aaron.

— Eu não sei. — disse. — Big J nunca me falou de Hector Kitter ou qualquer coisa assim antes. Ele sempre evitou que eu soubesse de qualquer coisa que fosse importante demais. Dizia que a sabedoria antes do tempo era uma maldição terrível.

— Ele pretende te contar agora? — perguntou Aaron.

— Eu não sei. — respondi. — Big J é extremamente imprevisível. É impossível descobrir o que ele vai fazer daqui pra frente.

— Big J parece um louco. — disse Chris. — Quantas coisas aconteceram com você nesse tempo que estava “morta”? — fez aspas com as mãos. — Toda a hora que eu falo com você é uma novidade atrás da outra.

— É melhor que você nem saiba. — disse. — Muita coisa aconteceu nos últimos quase oito anos.

Então chegamos na única loja ainda acordada daquele local. A loja de conveniência onde Bennett trabalha.

— Chegamos. — falei.

— Vamos agir naturalmente. — disse Aaron. — Só vamos dizer que Big J nos mandou quando ele nos perguntar.

Eu e Chris assentimos.

E em puro silêncio, entramos na loja de conveniência. Eu evitei em pensar em qualquer outra coisa, só concentrei a minha mente naquele instante. E claro, mentalmente eu me segurei para qualquer reação que eu iria ter com Bennett. Eu não tinha que fazer merda de novo.

— Boa noite. — eu o ouvi dizer, mas sua voz soava meio mau humorada. — Desejam alguma coisa?

Não respondemos nada.

Eu levantei um pouco o meu olhar, mas não o suficiente para olhar no seu rosto. No meu lado, Chris parecia fingir olhar algumas coisas e um pouco longe de nós, Aaron também parecia olhar algumas coisas, sendo que ele fingia mil vezes melhor.

Mas não demorou muito para que Bennett me notasse.

— Sam? — ele perguntou.

Eu levantei meu olhar, olhando para o rosto dele — não fixamente em seus olhos.

Bennett de certo modo, era o meu “ex”. Eu nunca tive algo “oficial” por ele — até porque eu nunca senti nada por ele —, admito, eu só ficava com ele porque eu ganhava carona e até dinheiro. Não que eu seja uma interesseira nojenta, é que na situação que eu estava... É, Bennett me ajudou muito e eu sou uma ingrata filha da puta. Mas nunca senti algo por ele. Eu ainda me lembro que quando eu tinha quinze anos, eu dormi com ele pela a primeira vez, assim que eu acordei rapidamente roubei três mil dólares australianos dele e fugi de Sydney de vez. Desde então, eu nunca mais o vi. Na verdade, eu desejava jamais vê-lo de novo.

Ele continuava exatamente igual — talvez porque ele era imortal e não envelhecia —, e a única diferença seria que as suas olheiras meio avermelhadas estavam mais fracas. Seus olhos eram estranhos, porque um dos seus olhos era azul e o outro era castanho, o que era mais uma daquelas doenças ou condições raras que eu jamais conseguia decorar o nome. Seu cabelo era castanho e curto, de um jeito perfeitamente arrumado e impecável. Sua pele era pálida, como todos os outros vampiros. Ele estava o mesmo, até parecia um pouco mais novo.

— Hey. — disse, meio que sem jeito.

— Você voltou? — ele saiu de trás do balcão, dando alguns passos em minha direção.

Pelo o visto, ele não me odiava por causa do meu último incidente. Isso era bom, talvez não.

— Mais ou menos. — eu respondi. — Eu voltei para cumprir uma pequena missão.

— Eu vi você na TV, tipo, matando aquele cara. — ele deu uma pausa meio curta. — Agora todo mundo te odeia e acham que você é uma marionete do governo.

As pessoas estão perfeitamente certas, pensei.

— Então... — eu tentava desviar do assunto. — Big J me mandou aqui, com meu irmão e outro conhecido meu. — eu me virei para os dois, que pareciam prestar atenção na conversa minha e de Bennett.

— Seu irmão? — ele perguntou. — Como...

— Longa história. — disse. — Mas...

— Queremos achar Hector Kitter e Big J nos mandou aqui. — Aaron me interrompeu. — Você deve ter alguma noção disso pelo que falaram.

— Eu tenho algumas informações sobre Hector Kitter. — disse Bennett. — Só não sei se serão importantes.

— Queremos saber onde exatamente é a base de Hector Kitter na Austrália, como ela é e como funciona. — disse Aaron.

Bennett sorriu.

— Estão com sorte. — ele disse. — Eu sei sobre ela, fiquei preso lá uma vez em 2004. Foi antes de Hector Kitter subir ao trono, mas eu creio que não tenha mudado quase nada.

— Ótimo. — disse Chris. — Eu vou comprar um cigarro enquanto vocês discutem aí.

— Você fuma? — perguntei.

— Sim. — respondeu Chris.

— Você dizia que jamais ia fumar, dizia que cigarro era o caminho mais rápido para o inferno. — disse.

— Pessoas crescem, Sam. — respondeu Chris.

Bennett pegou uma caixa de cigarros.

— Aqui. — entregou a Chris. — Se você é o irmão da Sam, fica por conta da casa.

— Obrigado. — agradeceu Chris. — Cara, faz três dias que eu não fumo. Eu estava quase pirando.

Então ele tirou um isqueiro do bolso e acendeu o cigarro em questão de segundos, como se precisasse mesmo daquilo mais do que um humano precisa do ar.

— Então, eu vou falar para vocês sobre a base australiana dos vampiros. — disse Bennett. — Mas não confiem 100% nisso, ela pode ter mudado.

Ponto de Vista do Narrador.

Kristen estava na escola.

Desde que seu pai havia sido morto da pior maneira possível e pela a última pessoa que ela achou que faria aquilo — e mais um detalhe: o mundo todo viu isso —, seu irmão mais velho, Jeffrey, sumiu. Ele havia ido em uma viagem sem direção nenhuma à procura de vingança pela a morte do pai, e como achava Kristen jovem demais, ele a deixou com sua tia por parte de pai, uma mulher de quase quarenta anos que tem T.O.C. Sua mãe havia desaparecido desde daquele incidente com os lobos, e aquilo fazia que Kristen se sentisse completamente sozinha.

Agora, ela morava em uma pequena cidade no Colorado.

— Srta. Rodriguez. — o professor chamou a sua atenção. Rapidamente, a garota tirou a sua mente de todos os pensamentos que passavam na sua cabeça. — Preste atenção.

Alguns alunos murmuravam entre si e outros davam risadinhas “discretas”.

— Certo, Sr. Marsh. — disse Kristen em voz baixa.

Sr. Marsh voltou a ensinar a matéria, e Kristen parecia olhar atentamente para ele e prestar atenção no que dizia. Poderia não entender nada do que ele dizia, já que a sua mente estava em um lugar bem distante.

Pensou em Sam Watters, a dominadora de água que matou o seu pai. Ela nunca sentiu um ódio tão grande por alguém. Quando a conheceu, Sam poderia ter um olhar meio bizarro e até falar de uma maneira diferente, mas Kristen jamais pensaria que ela pudesse fazer algo assim. Jeff confiava nela. Quando viu Sam em ação, Kristen ficou sem palavras, achou aquilo incrível. Depois do seu irmão mais velho, Sam acabou virando a sua segunda heroína da vida real, até que ela mata seu pai na TV, cometendo um dos piores atos que já pensou em ver.

A morena só queria acordar em sua cama, voltar a sua vida real em um piscar de olhos. Queria seu pai, sua mãe e seu irmão de volta. Ela queria que a dominação fosse embora. Ela desejava muito que os The Owners jamais tivessem existido e que o seu pai jamais se metesse com o governo americano. Mas sabia que isso era impossível.

Mas algo finalmente conseguiu puxar a sua atenção.

Pela a primeira vez na vida, ela viu um corvo. Ele voava diretamente em direção da janela e bateu nela, morrendo e gerando uma grande mancha de sangue. Os alunos e o professor pararam, observando aquilo. Era bizarro. Mas, conseguiu chegar a ser mais bizarro ainda.

Algumas aranhas enormes — pareciam tarântulas — subiam pela a janela do lado de fora, e em questão de segundos, elas se multiplicavam cada vez mais. Elas ficavam paradas, e Kristen teve a impressão de que todas elas estavam a observando. Algumas meninas na sala pareciam estar morrendo de medo, enquanto os meninos ficavam sem reação alguma.

Minutos depois, enquanto as aranhas se multiplicavam, outro corvo que voava em alta velocidade se chocou contra a janela, mas, ele quebrou o vidro.

Todas as aranhas, que pareciam não se mover, rapidamente, começaram a ser mover. Elas passaram de calmas a loucas. Sua velocidade era mais rápida que o normal, e se moviam descontroladamente entrando na sala. Kristen só poderia ouvir os gritos dos alunos e o diretor perdendo a sua cabeça — mas ironicamente dizendo para manter a calma. Era terrível. As aranhas iam ao teto, chão, paredes... Nada escapava. E quando grande parte delas finalmente entraram na sala, começaram a atacar todos que estavam presentes ali, sem ter nenhuma noção, só estavam descontroladas. Mas só tinha um problema: elas não atacavam Kristen.

Enquanto a sala estava em um caos total, a porta se abriu, mostrando um rosto que Kristen já vira na TV antes.

Lewis, líder e representante dos The Owners estava ali.

Ele deu um sorrisinho a garota, e enquanto todos na sala estavam praticamente fora de si, correndo e berrando por ajuda, Lewis sorria, como se gostasse de ver essa cena.

— Olá, Kristen Rodriguez. — disse Lewis. — Corvos e aranhas nem sempre são um bom sinal, sabe?

Kristen sentia a raiva percorrendo por todo o seu corpo.

— O que quer? — ela disse pausadamente, com seus dentes cerrados.

Lewis deu uma risada sarcástica.

— Você. — disse Lewis. — Eu quero você.

Kristen sentiu uma onda de medo e raiva ao mesmo tempo se intensificando em seu corpo.

— Não. — disse entre os dentes. — Vá embora.

— Eu não vou, garotinha. — deu ênfase na última palavra. — Você quer se vingar? Você quer acabar com Sam Watters?

Kristen respondeu um claro “não” mentalmente. Poderia odiar Sam Watters do mesmo jeito que odiava Lewis, mas sempre achava vinganças uma perda de tempo.

— Vá embora. — disse entre os dentes.

— Eu conheço emoções humanas muito bem. — disse Lewis. — Não minta para mim. Eu sei que você odeia a Watters tanto quanto eu, afinal, ela matou seu pai sem motivo algum e ainda bebeu o sangue dele, com um daqueles estúpidos vampiros.

— Cale a sua boca e vá embora. — ela disse, ainda entre os dentes.

Lewis suspirou.

— Olhe, Kristen, as pessoas te largaram, não há motivo para estar aqui. — disse Lewis. — Seu pai se foi, sua mãe também. Tudo por causa desse maldito governo e aqueles dominadores. Você não acha que é demais? Eu sei onde seu irmão está, e ele quer muito ver você.

Kristen poderia odiar Lewis, mas mentalmente pensou em aceitar por um tempo. Ela não queria a morte aos dominadores e nem uma vingança, mas se Lewis estava com Jeff ela precisava fazer algo para rever seu irmão. E talvez, poderia ficar do lado dos The Owners. Mas seria um grande talvez.

— Certo. — Kristen disse. — Eu vou com você.


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Notas finais do capítulo

WOWOWOWOWOWOWOWOW PESSOAAAS, mds D: Gostaram? e.e

Eu estou MORRRTA aqui (talvez pq esteja cansada pakas), então, comentem aê o que acharam do capítulo se acharam algum erro e talz :D