Take me Back escrita por Sky Hope


Capítulo 9
Capítulo 7 - Falling for You


Notas iniciais do capítulo

Genteeee! Volteei!
Obrigada a todas as lindas que comentaram o capítulo passado! Vocês são demais!!!
Me descuuuuuuuuuulpem pela demora de Delena, mas é que eu não consegui adiantar mais que isso rsrsrs
Me perdoem também pelo tamanho do capítulo! Mas eu tenho uma leve impressão que vocês irão gostar... Eu AMEI escrevê-lo!
Bom, é isso!
Nos vemos nas notas finais e uma boa leitura a todos!



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– Tudo bem, deixa eu ver se eu entendi. Eu vou ser babá de uma garota que vocês ACHAM que pode ser aquela que vocês estão procurando há mais de três anos, mas para isso eu vou ter que passar no teste de uma escola de dança famosa, porque vocês não podem simplesmente pagar para eu entrar, pois " não podemos levantar suspeitas"?
Eu estava indignado com tudo aquilo. Damon Salvatore não aceitará fazer aulas de dança. Não mesmo. De jeito nenhum.
– É isso. Apenas uma correção. Nós não achamos que aquela garota seja a nossa Elena, nós temos quase certeza. Na ficha escolar dela consta Elena Mikaelson, mas o sobrenome pode ter sido alterado. Comparamos uma foto dela com a da Gilbert de três anos atrás e as características conferem. - meu pai respondeu, irritado.
Para confirmar isso, David, um dos engravatados que foi encarregado de mostrar os detalhes da missão, apertou um botão em seu tablet e uma imagem de uma garota surgiu num telão da parede à minha frente. Eu já havia visto aquela foto antes, algum tempo atrás. Ela estava pregada no painel de "desaparecidos importantes" que ficava ao lado da diretoria. A menina da imagem devia ter os seus... 14 ou 15 anos. Tinha cabelos castanhos e muito lisos. Seus olhos eram negros e gentis e o sorriso... Aquele sorriso me prendeu. Era o sorriso mais lindo que eu já tinha visto na vida.
David apertou outro botão e uma nova foto apareceu ao lado da primeira. Ofeguei ao observá-la. Ambas as garotas eram tão parecidas e ao mesmo tempo tão diferentes. Esta devia ter minha idade, se meu pai estivesse correto, era um ano mais nova. Estava sentada na beirada de uma piscina, abraçada com um loira também muito bonita. Os cabelos estavam molhados, mas continuavam compridos. Tinha a pele mais bronzeada que a Elena da primeira foto, mas os olhos eram igualmente negros, com cílios mais longos. Mas foi sorriso que me convenceu de que eram a mesma pessoa. A menina de ambas as imagens tinham o mesmo sorriso maravilhoso e cativante. Foi impossível observá-lo e não sorrir também.
David mexeu no tablet novamente e as imagens sumiram do telão, fazendo-me sair do transe em que me encontrava.
– É... É a mesma garota. - gaguejei, meio ofegante.
Eu estava em completo estado de choque. Ela havia conseguido escapar! Elena Gilbert estava viva e bem. Mais que bem, devo acrescentar.
– Sim, nós esperamos que sim, senhor.
Então meu pai se pronunciou novamente.
– Damon, eu escolhi você para esta missão porque é o melhor agente adolescente que essa empresa possui. E você pode achar ridículo, mas precisamos do disfarce. Quem quer que tenha tirado a garota de onde ela estava três anos atrás, conseguiu enganar nosso sistema de rastreamento por anos. Se descobrisse que estamos com a intenção de chegar perto de Elena, com certeza sumiria no mapa com ela novamente.
– Tá legal, tá legal. Já entendi a parte do disfarce pai. O que eu estou tentando entender é o que eu vou fazer durante o tempo que passarei ao lado dela...
– Bem, claramente, quem a raptou não é um inimigo terrorista. Caso contrário, teria agido há muito tempo atrás. E apesar de ter conseguido esconder a garota por tanto tempo, agora algo deve ter saído errado, ou ele deve ter abaixado a guarda. Seja como for, se nós conseguimos encontrá-la, será apenas uma questão de tempo até que eles a encontrem. É ai que você entra. Precisamos que você ganhe a confiança de Elena, descubra o máximo que puder sobre ela e todos que estão a sua volta e nos passe as informações. E mantenha-se sempre preparado, pois no caso de um ataque, você precisa protegê-la.
– Você não acha que devíamos apenas avisar essa pessoa que está com ela sobre o perigo? Quer dizer, ela conseguiu manter Elena neutra até para nós por TRÊS ANOS. Acho que dá conta do recado.
– Eu não posso perder essa garota de vista, Damon. Ela é muito mais importante do que você imagina. Se o inimigo por as mãos nela... Princialmente agora que tem quase dezoito anos... Entraríamos numa guerra civil. Eu te disse uma vez e vou repetir: Em casos onde é tudo ou nada, não confio em qualquer um. Estou apostando todas as minhas fichas em você Damon. Meu filho, meu sangue. A vida de Elena Gilbert e o futuro desse país está, a partir de agora, nas suas mãos.
Eu estava pouco me lixando para meu pai e todas as fichas dele. Estava pouco me lixando para o futuro do país também. Nada daquilo era problema meu. Se eu estava concordando em fazer aulas de dança, entrar para a YT e brincar de High School Musical não era para dar orgulho ao meu pai, muito menos para salvar minha nação. Eu estava concordando com tudo isso por um único motivo: garantir que aquela linda garota de sorriso angelical permanecesse em segurança.
– Então, está tudo acertado. Você será mandado para a YT dez dias antes do do teste. Isso é mais ou menos daqui a cinco semanas. Você passará todo esse tempo aprendendo a dançar. Quanto as regras, são muito simples. Queremos que proteja a senhorita Gilbert, mas não se apegue a ela. Não sabemos o que o futuro reserva para essa garota, e um envolvimento amoroso não ajudaria em nada. Se ela tem um lugar nesse país, não é ao seu lado. Alguma dúvida Damon? - indagou David.
Neguei levemente com a cabeça e me retirei da sala.
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Cinco semanas depois...
– Elena. Estamos atrasadas para o ensaio.
Abri meus olhos o mais devagar que consegui, por pura birra. Um par de olhos azuis muito irritados me encaravam.
Respirei fundo e fechei meus olhos novamente. Eu já havia repassado aquela maldita coreografia com Caroline umas trinta vezes só naquela semana. Eu estava ciente que a apresentação seria hoje à noite, mas eu queria continuar deitada naquela cadeira de praia, aproveitando o sol da manhã.
– Caroline. Faltam apenas dez dias para as nossas férias acabarem. Me deixe curtir o dia em paz. Ele está tão quente e ensolarado...
A loira suspirou exasperada e se sentou na beirada da cadeira, ao meu lado.
– Está apaixonada, Gilbert?
Abri os olhos e a encarei, fazendo a cara mais séria que consegui.
– Não. Não estou. - suspirei e mexi no meu cabelo. - Porque você está tão nervosa com a coreografia Car? Você é maravilhosa em tudo o que faz! E outra, é uma apresentação apenas para os campistas do YT e dos acampamentos vizinhos... Não tem grande importância.
Caroline era minha amiga mais antiga desde que me mudei para este lugar. Eu queria ser como as outras adolescentes, então decidi que queria ter um dormitório, em vez de ficar com o meu tio. Ele reclamou um bocado, mas depois chegamos a um acordo: no verão, eu ficava na casa dele e no período de aulas, poderia ficar em um dos dormitórios. E para minha sorte, fui colocada no mesmo dormitório que a Car.
Como era minha colega de quarto, ela fez questão de me mostrar o lugar inteiro e ainda me ajudou a ensaiar para meu grande teste. Assim, pude perceber a pessoa incrível que ela era e nos tornamos inseparáveis.
O fato era que Caroline dançava e cantava como ninguém, mas tinha um grande defeito: possuía uma personalidade totalmente explosiva. Com seus ataques de histeria, ficava maluca e conseguia deixar todos a sua volta num estado não muito diferente.
– Elena! Vamos lá, levante-se daí e venha ajudar sua amiga a se preparar melhor! Juro que faço seu cabelo e maquiagem para a performance!
Sorri. Ela estava jogando muito baixo. Sabia muito bem que eu adorava os penteados que fazia em mim.
– Tudo bem! Você venceu! - joguei minhas mãos para o alto, em sinal de rendição. Car soltou pequenos gritinhos e pegou minhas duas mãos para me ajudar a levantar. - Mas você não respondeu a minha pergunta, senhorita.
– É só que... é...hum...
– Caroline Forbes! - segurei em seu braço, obrigando-a a parar de andar e olhar para mim - O que você não está me contando?
– É... É que eu vou dançar com seu tio, tá legal? Isso me deixa um pouco nervosa! Se eu errar, ele vai me matar e... e... Elena! Ele é um gato! Não dá para ficar perto daquele homem e me manter concentrada no que eu estou fazendo!
Deu uma gargalhada. Eu não acredito que a Car estava surtando por causa do meu tio. Quer dizer... era só o Klaus! Aquele que dormia com a gente quando assistíamos filmes de terror e ficávamos com medo demais para dormimos sozinhas no nosso chalé!
– Car... Você não existe...
– Não sei como você aguenta morar na mesma casa que aquele homem por três meses inteiros sem fazer nada, amiga! Você é uma santa! Não tem vontade de apertar aquela...
– Ah meu Deus Caroline! Para!


– Me desculpe. Eu acabei de me lembrar que você é a senhorita certinha e que incesto não é uma coisa praticável no seu mundo cor-de-rosa...
Dei um tapinha nela e rindo, continuamos a caminhar.
........................................................//
Eu estava totalmente perdido, no sentido literal da palavra. Havia acabado de deixar a secretaria com as instruções de me acomodar em meu dormitório e logo em seguida procurar um teatro, onde frequentemente aconteciam as apresentações da YT.
Achar o dormitório foi a parte fácil. Haviam plaquinhas espalhadas informando os números e blocos dos chalés. Fiquei totalmente impressionado com a quantidade de dormitórios que aquele lugar possuía. Era o suficiente para abrigar uma multidão inteira!
Depois de guardar minhas coisas, da maneira mais organizada e prática que consegui, fui em busca do tal teatro. Eu deveria assistir à apresentação e observar como os alunos, já aceitos anteriormente, dançavam (o que era uma maneira clara de intimidação: "Você está vendo como são maravilhosos? Então preste atenção, porque se você não fizer igual, está fora.") e no fim, falar com Klaus, coreógrafo responsável pelos novatos, e agendar o meu teste.
Como eu estava em relação a tudo isso? Sinceramente, estaria bem melhor se conseguisse achar a porcaria do teatro no meio daquelas ruas que mais pareciam um labirinto. Passei pela escola, pela piscina, por um outro bloco de chalés, por uma pequena pracinha e nada.
Estava cogitando a possibilidade de voltar à secretaria e pedir um mapa ou algo assim, quando ouvi alguém gritar:
– Ei! Você ai!
Me virei rapidamente e dei de cara com um garoto mais ou menos da minha idade. Era loiro e usava o cabelo em um topete, tinha olhos azuis e era bem magricela. Também exibia um sorriso tão largo, que chegava a deixá-lo com uma aparência meio... insana.
– Está no chalé 102?
– É... Estou.
– Toca aqui cara! Somos colegas de quarto. - o garoto ergueu a mão no ar eu só fiquei olhando, um tanto assustado.
– Eu não "toco aqui".
– Ah! Tudo bem... - abaixou a mão, sorrindo um pouco menos. Só um pouco. - Meu nome é Aaron. Qual é o seu?
– Como descobriu o número do meu quarto?
Aaron fez uma carranca confusa e o sorriso desapareceu de sua face, me deixando um pouco mais aliviado. Por um momento cheguei a pensar que ele estava usando uma máscara sorridente e assustadora.
Ele provavelmente estava me achando um louco, mas eu sinceramente não estava acostumado com aquele tipo de tratamento vindo... de ninguém. Então eu podia dizer que aquele sentimento era recíproco.
– Você está segurando a chave. - apontou para minha mão. Ele tinha razão. A chave que eu segurava tinha uma plaquinha de identificação laranja, com um grande 102.
Tudo bem, eu estava ficando paranoico.
– Ah... Bem, meu nome é Damon. - estendi a mão para que ele apertasse e ele o fez, sorrindo novamente.
– Então Damon, está indo para o teatro?
Um alívio enorme tomou conta de mim. Não pude conter um suspiro. Eu estava salvo.
– Sim! Na verdade, estou um pouco perdido e... - não pude terminar a frase. Aaron de aproximou e passou seu braço pelos meus ombros, me arrastando enquanto falava.
– Que ótimo! Eu já estava indo para lá também. É muito fácil se perder quando se é novo. Mas você acaba se acostumando. Lembro-me de quando a Elena chegou, há alguns anos, e eu tive que desenhar um mapa para ela e ...
Mas eu parei de escutar no momento em que ele disse "Elena". Então ela estava aqui há muito tempo... interessante...
– Quem é Elena? - o interrompi, me fazendo de desentendido.
A expressão de Aaron passou de animada para sonhadora.
– Ah! Ela é a garota mais talentosa de toda a YT, apesar de não admitir isso. Só é meio desastrada e tem uma pequena dificuldade em dançar em parceria. Pisa no pé dos outros e tudo mais. Mas quando ela canta, todos param para ouvir. É incrível! Mas, você conseguirá tirar suas próprias conclusões sobre isso hoje. Ela está na apresentação. - me lançou um olhar sugestivo e eu ri.
Percebi que realmente estava muito ansioso para ver Elena. Só não estava achando aquilo muito normal da minha parte.
Ainda estava me perguntando como uma garota que eu nunca havia visto na vida, tinha o poder de mexer comigo daquela forma, quando Aaron parou e disse:
– Chegamos! Venha comigo, eu vou conseguir um lugar para você na primeira fileira!
Tentei acompanhá-lo da melhor maneira que pude, mas aquele garoto era bem rápido. Passamos pela portaria e com um ligeiro "Tudo bem, ele está comigo" Aaron me colocou para dentro. Em poucos segundos, atravessamos a sala escura e lotada de gente e nos sentamos na primeira fileira, onde havia plaquinhas com nomes.
– Você pode se sentar no meu lugar. Eu vou para o camarim me trocar. O show começa em alguns minutos e eu também estou nele! - esfregou as mãos, parecendo um pouco nervoso.
– Tudo bem - dei um sorriso, esperando acalmá-lo um pouco, e me sentei na cadeira, onde uma plaquinha pregada ao encosto macio dizia: "Aaron" - Boa sorte cara.
Ele assentiu, me lançando mais um de seus sorrisos maníacos e subiu no palco, desaparecendo por entre as cortinas fechadas.
Esfreguei minhas mãos nas calças, percebendo só agora como estavam suadas. Eu também estava nervoso, mas por motivos muito diferentes dos de Aaron.
Eu iria conhecer Elena Gilbert.
Quando soube que ela estava viva e bem, não quis acreditar. Eu não sabia o porque, mas eu sofri muito ao saber que Elena estava desaparecida, com 70% de chance de nem estar viva. Eu sofri verdadeiramente e demorou um tempo muito longo até me acostumar com a ideia e com a culpa de eu ter sobrevivido e ela não. E então, quando estou bem novamente, eles chegam com a bela noticia que ela estava viva e (surpresa!) precisava da minha proteção.
Se eu falhasse com ela, não teria mais ninguém com quem dividir a culpa. Não poderia acusar meu pai de não se mexer para protegê-la, pois ele havia me mandado para tal serviço. Se ela fosse pega por um erro meu, eu simplesmente não aguentaria lidar com a culpa.
A parte mais egoísta de mim desejava com todas as forças que aquela garota não fosse a nossa Elena, para que eu não ficasse com tamanha responsabilidade nas costas. Mas a maior parte de mim estava eufórica e leve, pulando de alegria com a possibilidade de ela estar bem. E eu sinceramente, preferia essa parte.
As luzes se apagaram totalmente, interrompendo meus pensamentos, fazendo com que meu nervosismo desse lugar a curiosidade. Acho que não fui o único, pois todo o burburinho que estava presente no local teve fim quase que imediatamente. Todos os olhares estavam sobre o palco, que agora estava livre daquelas pesadas cortinas vermelhas.
E então o show começou.
Essa era a definição certa para descrever o que estava acontecendo diante dos meus olhos: um show. Dançarinos ocupavam o palco, rodopiando e cantando, enchendo o lugar de cores e vida. Eu estava espantado. Eram bons demais no que faziam.
Depois de um bom tempo de apresentação, eu estava totalmente relaxado em "minha" cadeira, comendo um saquinho de amendoins que uma senhora passara oferecendo, quando ela apareceu. Estava um pouco diferente da foto que vi semanas atrás, os cabelos estavam enrolados e parcialmente presos para trás, ela estava maquiada e usava um vestido azul liso de cetim que batia um palmo acima de seus joelhos. Mas eu tinha certeza que era ela. Os mesmos olhos negros e gentis, a mesma pele bronzeada, o mesmo sorriso...
Sentei-me ereto na cadeira, completamente ansioso para vê-la se apresentar.
Elena caminhou graciosamente para o meio do palco e parou. A luz diminuiu, focando-se apenas nela e então uma batida suave começou. Elena se movia lentamente, em perfeita sincronia com a melodia, que pude facilmente reconhecer. A música era "All I Need" da banda Within Temptation. Então, ela começou a cantar.
"I'm dying to catch my breath
Oh why don't I ever learn?
I've lost all my trust,
though I've surely tried to turn it around
Can you still see the heart of me?
All my agony fades away
when you hold me in your embrace"
Meu Deus. Aaron estava certo. A voz de Elena... sua dança... estava tudo na mais perfeita sincronia. Ela era, sem a menor sombra de dúvidas, a estrela daquele lugar.
Continuou cantando e rodopiando pelo palco, aumentando a velocidade e a intensidade dos passos conforme o ritmo da música. Então houve um momento em que Elena parou de cantar e as luzes se espalharam por todo o teatro.
No palco, estavam mais quatro casais, que também se moviam conforme a música. Elena estava na frente, apenas balançando seu corpo de um lado para o outro. Seus olhos passeavam pelo local, observando os rostos na platéia. Então eles se encontraram com os meus. Ela me encarou, parecendo um pouco surpresa e até confusa, mas depois sorriu, sentando-se graciosamente na beirada do palco e continuou a cantar, sem desgrudar o olhar de mim.
"Don't tear me down for all I need
Make my heart a better place
Give me something I can believe
Don't tear me down
You've opened the door now, don't let it close
I'm here on the edge again
I wish I could let it go
I know that I'm only one step away
from turning it around"
Dei um sorriso de lado. Ela estava me provocando, mordendo o lábio, cruzando e descruzando as pernas enquanto cantava, me dando uma visão enlouquecedoramente perfeita de seu corpo. Pude até perceber que ela usava um shortinho de cótton preto por baixo do vestido, que só para piorar minha situação, não era nada longo.
Passei a mão pelos cabelos, tentando desesperadamente afastar o calor que tomara conta do meu corpo. Aquela garota estava me enlouquecendo e sabia muito bem disso.
Então ela se levantou rapidamente, para terminar a música. Quando cantou as notas finais, continuou movendo-se com a melodia que ainda tocava. Então, foi aí que aconteceu.
Elena tentou dar um giro, mas se atrapalhou com os pé e perdeu o equilíbrio. Ela estava muito perto da beirada do palco. Agindo por puro reflexo ao vê-la caindo, saltei da cadeira e a peguei em meus braços.
Me olhou assustada e engoliu em seco. Estava agarrada a mim e eu a ela. Seu rosto estava a centímetros do meu e tive que usar toda minha força de vontade para não beijá-la ali mesmo, no meio de todo mundo. Ela olhava para os meus lábios, o que só tornava meu esforço de não agarrá-la mais exaustivo.
– Como fez isso? - Sussurrou ofegante, ainda olhando para minha boca.
– Eu não sei. Só não podia te deixar cair. - noto que minha respiração está igualmente falha e minha voz muito baixa.
Ela ergueu o olhar para o meu e sorriu. Tive uma vaga impressão que a música havia terminado, pois uma salva de palmas encheu o local, mas eu não tinha certeza de mais nada. Estava totalmente vidrado naqueles olhos escuros.
Então as luzes se apagaram e eu acordei do meu transe.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Estou perdoada pela demora?
Gente eu queria saber se eu estou postando muito rápido os capítulos... E também se vocês preferem que eles fiquem maiores ou menores... Comentem para que eu possa melhorar ok?
Xoxo
Sky Hope