Take me Back escrita por Sky Hope


Capítulo 7
Capítulo 5 - Be brave


Notas iniciais do capítulo

Genteee volteei! *---*
Obrigada para lindas, fofas e maravilhosaaas que comentaram o capítulo passado. Esses capítulo é para vocês!
E vamo que vamo! Espero que gostem do capítulo e nos vemos nas notas finais ;))
Boa leitura



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Eu estava nervoso. Muito nervoso. Meu pai havia me chamado naquela manhã dizendo que o inimigo havia sido combatido, por enquanto. Já era seguro sair e (oba!) ver a luz do sol. Mas eu não voltaria para a escola. Meu tempo seria totalmente ocupado por treinamentos e missões. Afinal, agora eu era o mais novo membro da SSS! Palmas!
Eu não tinha palavras para expressar o quanto estava infeliz com tudo aquilo. Mas pelo menos, eu estava vivo. Aquela garota que meu pai mencionara não tivera tanta sorte.
Depois que foi declarado cessar fogo aos inimigos que nos atacavam, meu pai tentou procurá-la novamente e saber se estava bem. Mas não a encontrou. Passou dias na sala de reuniões, discutindo possibilidades, procurando soluções. Seu humor estava pior a cada dia.
Elena Gilbert havia desaparecido do mapa.
Depois de aceitar esse fato, papai concluiu que só o que nos restava era estar preparados.
É claro que ele não estava preocupado com a garota, mas sim com uma possível derrota. Ainda que não quisesse admitir,ele sabia que se a outra agência fosse derrubada, estaríamos na pior. Ela havia nos ajudado muito durante os ataques terroristas e nós a ela. Se o inimigo pegou a garota, era só uma questão de tempo até a usarem contra a SFUS. Precisávamos estar prontos para impedir isso.
Poderiam demorar dias ou anos, mas eles viriam. Aquela guerra ainda não chegara ao final e para meu pai, perder não era uma opção.
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Klaus P.O.V
Eu mantinha meus olhos fixos na estrada, mas meus pensamentos voavam para as mais diversas direções.
Havia conseguido diminuir o tempo que toda aquela burocracia de posse de guarda levava, mas não tinha sido o suficiente. Havia demorado demais e eles quase nos acharam. Minha sorte foi estarem sendo atacados, caso contrário viriam atrás de nós.
Eu não me perdoava. Klaus Gilbert, contando com a sorte quando ela raras vezes ficava ao seu lado? Inaceitável.
Mas havia dado certo. Elena estava no seu carro, com todos os pertences no porta malas e o cachorro no banco de trás. Ele estava levando-a para o local onde trabalhava e conseguira se esconder por tanto tempo. Com uma pequena mudança (sobrenome, pais...) nas fichas da matrícula de Elena, ela se tornaria apenas uma estudante do internato Young Talent, califórnia. Estaria muito bem escondida.
Só havia um pequeno empecilho no seu plano perfeito. A YT apenas aceitavam alunos com um enorme potencial para a dança. É claro que se Elena não passasse no teste, Klaus daria um jeito de matriculá-la na escola mais próxima ao internato. Mas mesmo assim, não estaria perto o suficiente. Não. Elena faria o ensino médio na YT. Ela entrara de férias no mês passado, então tinha muito tempo para prepará-la.
Desviei os olhos da estrada e a encarei. Estava dormindo tão tranquilamente, que não parecia ser a mesma garota que chorara em meus braços pela falta que sentia dos pais ou aquela que se despedira dos avós nessa mesma manhã, para ir morar com um estranho.
Suspirei e voltei minha atenção para a rodovia.
Não queria causar sofrimento a ela antes do tempo. Mas eu precisava. Não era mais aquele adolescente irresponsável que bebia e fugia de casa. Eu era um adulto agora e tinha obrigações a cumprir.

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Elena P.O.V

Acordei com um solavanco do carro. Klaus estava ao meu lado, olhando fixamente para frente. Parecia preocupado com alguma coisa.

– Falta muito para chegarmos?

Ele se voltou para mim, sorrindo. Toda aquela tensão de momentos atrás sumiram do seu rosto com apenas um sorriso. Incrível.

– Não muito. Mas que bom que acordou, queria perguntar algumas coisas.

Suspirei. Eu tinha algumas perguntas para fazer também e se ele quisesse arrancar algo de mim, era melhor respondê-las.

– Tudo bem. Mas se eu responder as suas, terá que responder as minhas.

– Elena... - Klaus ficou tenso novamente e evitou meu olhar - Aquilo que você ouviu no quarto foi um irmão mais novo que amava a irmã mais que tudo nesse mundo, mas a abandonou completamente depois, desabafar. Eu falhei com sua mãe, Elena. E não vou deixar você nas mãos daqueles velhos. Prometi a mim mesmo que iria cuidar de você da maneira que ela cuidava. Você estava mofando lá, deitada naquela cama por dois meses! Estou até vendo umas gordurinhas ai.

– Ei! Cala a boca! - mas eu não estava brava. Pelo contrário, eu estava rindo. Pela primeira vez em semanas, eu consegui rir novamente. - Na verdade eu ia perguntar se sua namorada ou esposa não vai se importar em te dividir com uma sobrinha adolescente órfã, mas... - fiquei séria - A minha segunda pergunta seria justamente sobre aquelas suas palavras no quarto. E só para constar, você não aparecia muito, mas mamãe vivia falando de você e das travessuras que faziam juntos quando pequenos. Ela te amava Klaus, e muito. Não se culpe nem por um segundo por não demonstrar que a amava também, porque eu tenho certeza que ela sabia.

Era verdade. Minha mãe vivia falando de Klaus, de como era inteligente, engraçado e de como a fazia rir em situações onde ela só tinha motivos para chorar. Eu estava começando a pensar que ela tinha razão.

– Obrigado Elena... Você não sabe como ouvir isso me deixa feliz. - ao dizer isto, meu tio parecia estar tudo, menos feliz. Mas só durou alguns segundos. Seu sorriso voltou e toda aquela angústia de momentos atrás desapareceu de sua face

– E só para constar, não tenho nenhuma namorada, muito menos mulher. Sou um cara solitário. Ou pelo menos, era. - cutucou minha barriga, me fazendo rir com ele novamente - Mas agora é minha vez de perguntar.
Meu sorriso se fora tão rápido quanto surgiu. Me acomodei melhor no banco, com medo do que teria que responder. Mas trato era trato.

– Manda.

– Você dança tão maravilhosamente quanto canta Elena?

Suspirei, me lembrando da única ocasião que meu tio me vira cantar. Fora mais de dois meses atrás, na missa do sétimo dia dos meus pais. Eu não queria ser a filha deprimida e abalada. Estava cansada de chorar e de ouvir discursos repetitivos sobre como o mundo era mais cinza sem Miranda e Grayson Gilbert, blábláblá. Então decidi mostrar para todo mundo que eu estava superando a morte deles, mas queria fazer isso de uma maneira que deixasse claro para todos o quanto eu os amava. Essa maneira era cantando. Papai e mamãe adoravam me ver cantar e podia parecer loucura, mas se eles estivessem naquela missa de alguma forma, eu queria que vissem que eu estava tentando superar. Eu queria que fossem em paz e não se preocupassem comigo.

Funguei, limpando uma lágrima que teimava em cair.

– Eu fazia aulas de dança desde que eu tinha cinco anos. Era uma coisa minha e da minha mãe. Meu sonho era me tornar uma dançarina profissional e tinha seu total apoio. Mas agora que ela morreu, não sinto mais vontade de investir nisso e...- então um pensamento me atingiu e me fez parar. Minha mãe havia me falado sobre o lugar onde meu tio trabalhava... Qual era mesmo o nome do internato? Young Talents? Sim! Era isso. Eu já havia lido sobre a YT. Acho que todas as pessoas do país já leram sobre ela. Para cursar o colegial YT, não era preciso apenas saber dançar. Aquela era a escola que preparava os alunos para as melhores faculdades de dança do país. Eles aceitavam apenas um tipo de pessoa: as melhores. - Mas por que está me perguntando isso? Você quer que eu me matricule naquele internato que você trabalha não quer?

– Elena... eu sei que você acha que não é uma boa ideia mas...

Eu com certeza não achava aquilo uma boa ideia. Eu amava dançar e antes, uma vaga na YT era tudo que eu poderia querer mas agora... Ela não estaria na plateia para me aplaudir.

– Não quer? - pergunto com mais firmeza.

Ele balançou a cabeça e fixou o olhar na estrada.

– Sim. Como você sabe, minha casa fica na YT e eu leciono lá. Gostaria que pelo menos tentasse entrar, Elena. Se passar no teste, com certeza eu conseguiria uma bolsa para você, por ser funcionário. E além disso, ocupar a cabeça é a melhor forma de não se entregar a uma depressão e a dança é... uma terapia para a alma.

Eu sabia disso. Dançar sempre fora o melhor remédio para os meus problemas. Mas aquela Elena não existia mais. Dançar nunca mais seria a única solução. Eu havia percebido isso no momento em que vira meu pai morrer em meus braços. Aquela ferida não se curaria tão facilmente.
Mas eu precisava seguir com a minha vida. Eles iriam querer isso para mim.

– Eu vou tentar entrar para a YT.

Talvez Klaus tivesse razão. Se ocupasse mais a cabeça, a dor iria embora.

– Eu sei que isso te traz muitas memórias, mas... Espera, o que?

– Eu vou fazer o teste e tentar entrar para a YT. Acho que seria bom para nós dois. Mas vou logo avisando. Não será fácil ser meu professor. Sou muito perfeccionista.

Klaus riu e tirou uma das mão do volante para pegar a minha, depositando um beijo nela.

– Senhorita Elena, acabou de propor um desafio a um Gilbert. E, como a senhorita sabe, os Gilberts não conseguem escapar de um desafio.

Gargalhei, batendo levemente em seu braço.

Talvez a dança não fosse o remédio para a tristeza dessa nova Elena. Talvez o remédio fosse Klaus. Ele conseguia sorrir em momentos completamente impróprios e conseguia fazer as pessoas a sua volta sorrirem com ele.
Estava começando a achar que a ideia de morar com Klaus numa escola cheia de bailarinos mauricinhos não fosse tão ruim assim, afinal. Eu só precisava enxergar as coisas pelo lado bom, como ele fazia. Aquilo seria difícil, mas eu era uma Gilbert. E um Gilbert não consegue escapar de um desafio.


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Notas finais do capítulo

Então gente...
Eu sei que a fic está no começo e blablabla, mas quem quiser fazer uma recomendação... Pode 0:) ( just saying, just saying...)
Comentem muuuito e me façam feliz! Please *---*
Ao pessoal que quer Delena logo: Calma! Calma! Delena já vai vir!
Xoxo
Sky Hope



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