Take me Back escrita por Sky Hope


Capítulo 6
Capítulo 4 - I don't wanna be like you


Notas iniciais do capítulo

Hey gente! Olha eu aqui de novo!
Obrigada pelos comentários do capítulo passado!
Então... esse capítulo ficou... é. kkkkk
Mas espero que gostem
Nos vemos nas notas finais! Boa leitura ;*



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Dois meses e duas semanas. Esse que eu estava preso naquele maldito buraco que todos insistiam em chamar de base secreta. Eu passava meus dias atirando em alvos e socando sacos cheios de areia, como um louco. Não aguentava mais, eu queria ir para casa.
Mas depois da conversa que eu tivera com o meu pai um dia depois do ataque que quase me matara, eu estava ciente que mesmo que eu voltasse para o lugar aonde eu cresci, ele nunca mais chegaria a ser meu lar.
Minha vida mudara drasticamente há mais de dois meses atrás e algo me dizia que nunca mais voltaria a ser a mesma.
Flash Back On
Acordei num hospital. Ou pelo menos, era o que parecia. O quarto onde eu me encontrava era todo branco, as paredes nuas. A cama era estreita e nem um pouco confortável. Não ouvia nada além do ruído (bip, bip, bip) de uma máquina ao meu lado, provavelmente medindo meus sinais vitais. E eu estava sozinho.
Depois de piscar milhões de vezes, por causa de toda luminosidade presente naquele aposento, tentei me sentar. Imediatamente uma dor gigantesca me atingiu e me deitei novamente, ofegando.
Antes que eu pudesse tentar mais uma vez, alguém entrou pela porta.
– Filho! Está acordado. Como se sente?
Como alguém que acabou de ser quase morto por duas bombas e um tiroteio papai, e o senhor?
– É...
– Olha! Ele consegue falar! Ótimo. Vamos levante-se, temos muito o que conversar.
Feliz que você não tenha morrido também papai. Se eu preciso de algo? Oh! Imagina. Estou pronto para outra e acho que vou me levantar agora. O que o senhor acha?
– Você acha mesmo que estou em condições de ficar andando por ai?
– Ora, vamos Damon! Você só sofreu alguns arranhões, o que foi praticamente um milagre. Levante-se daí depressa, não te criei para ser frouxo.
Espera um minutinho ai!
– Pai. Eu acho que...
– Ah claro! Você ainda está com essa camisola de hospital. O banheiro é ali - apontou para uma pequena porta a minha esquerda, que eu havia notado apenas agora - Há uma muda de roupa para você lá dentro. Estarei na sala ao lado, não demore.
Sala ao lado? Espera, ele estava internado também?
– Pai, é...
Mas ele não estava me ouvindo. Já havia passado pelo porta pela qual entrara.
Soltei o ar, nervoso. Tentei me levantar novamente, dessa vez com mais calma. Apenas senti uma leve tontura e depois que passou, me pus de pé. Depois de me certificar que eu estava firme o suficiente para não cair, caminhei devagar até o banheiro e troquei de roupa.
Ao sair pela porta do quarto onde estava segundos atrás, tive a certeza que não estava em um hospital. Sim, o lugar era branco, mas as pessoas que circulavam pelo corredor não eram médicos nem enfermeiros, ou pelo menos não pareciam ser. Trajavam roupas normais e pareciam estar prestes a perder um trem. Ninguém sequer me direcionara o olhar quando passara por mim. Provavelmentes estavam ocupados demais em chegar onde quer que fossem seus destinos.
Caminhei até a sala ao lado. A placa na porta dizia: "Somente pessoal autorizado". Bati três vezes e esperei. Meu pai abriu a porta quase que imediatamente, e não parecia muito satisfeito.
– Posso saber por que demorou tanto?
Apenas balancei a cabeça irritado. Aquele velho estava conseguindo me tirar do sério. Passei por ele e me sentei numa das cadeiras que se encontravam na frente de uma grande mesa. Aquele aposento deveria ser um escritório. Onde é que eu estava afinal?
– Que lugar é esse, o que eu estou fazendo aqui e quando é que vou poder voltar para casa?
Giuseppe se sentara numa cadeira bem maior do que a que eu estava, do lado oposto da grande mesa de madeira, de frente para mim. Cruzou as mãos e apoiou-se nela, me encarando fixamente.
– Damon, filho. Eu sei que nunca fui o pai que você desejou e me desculpe por isso, mas.. Eu espero que você confie em mim agora.
Giuseppe Salvatore admitindo seu erro e se desculpando? Meu Deus, eu estou morto? Estou no céu? Me encostei na cadeira, procurando uma posição mais confortável.
– Tudo bem então - eu disse, sarcástico, pensando na loucura em achar que aqui era o céu. Afinal, se de fato fosse, meu pai não estaria aqui. Estaria alguns andares abaixo. - Surpreenda-me e talvez eu pense no seu caso.
Meu pai suspirou e assim como eu, acomodou-se melhor na cadeira. Então soltou a bomba.
– Eu sou um agente secreto do governo.
Fiquei parado, absorvendo suas palavras. Encarei-o fixamente a espera que ele começasse a rir e dizer "Haha! Te peguei!". Mas ele não fez nada disso, pelo contrário, estava muito sério. Então quem começou a rir fui eu.
– Agente secreto... Ai, ai... Pai... Essa foi boa... - parei de rir quase que imediatamente ao ver a expressão quase assassina do meu pai. Comecei a me preocupar - Espera, não, não, você não pode estar falando sério.
– Nunca falei tão sério em toda minha vida.
–Tá, tá legal.
Eu ainda estava cético. Ao ver minha expressão, meu pai se levantou, fazendo um gesto para que eu o acompanhasse. Caminhamos pelos corredores pálidos, até chegarmos em um local onde a parede à minha direita dava lugar a uma sacada baixa feita de vidro, que nos proporcionava a visão de quase todo o prédio, que era circular.
Fiquei imediatamente sem reação. Aquele lugar era... ual! Era como um shopping, mas em vez de lojas haviam portas, algumas de ferro outras de vidro, com as mais variadas placas. "Enfermaria", "Sala de reuniões", "Treinamento", etc...
Me debrucei na sacada, conseguindo contar três andares e o que mais me chamou atenção foi o último. Era cheio de mesas com computadores de última geração e pelas paredes estavam espalhadas tvs gigantescas, que mostravam mapas com pequenas marcações em vermelho, cenas do último noticiário, etc...
– Chamamos esse local de base secreta. Não é uma das maiores que a minha agência possui, mas por estarmos alguns metros abaixo do chão, com certeza é um ótimo esconderijo.
Base secreta... Esconderijo... Agentes secretos... Aquilo não existia! Não era possível! Mas então... Aquele lugar... Como...
– Eu sei que você tem muitas perguntas. Então deixe-me explicar, depois estará livre para faze-las. - Tomou fôlego e continuou andando. Eu o segui, me mantendo ao seu lado. Não queria perder uma palavra.- Eu sou o dono de uma das organizações mais importantes de espionagem e combate ao terrorismo do país. E antes que você pergunte, não. Não existe somente uma organização. Nos Estados Unidos, atualmente, há apenas duas ativas. Esta aqui, a SSS (Salvatore's Secret Society) e a SFUS (Secret Force of the United States). Houve um tempo que existira muito mais agências, mas foram totalmente aniquiladas. O que você sofreu ontem, foi uma tentativa de derrubar a SSS.
Balancei a cabeça. Não, não era possível. Meu pai estava louco!
Mas então... Se isso não era verdade, o que havia acontecido ontem? E por que ME matar derrubaria a SSS?
Ignorando minha a carranca confusa que eu tinha certeza que meu rosto carregava, meu pai continuou falando.
– Há uma coisas importantíssima que precisa saber sobre agências secretas. Diferentemente das empresas comuns, não temos sócios ou substitutos. Eu e apenas eu, comando essa agência. A explicação para isso é muito simples. Quando se é um agente secreto, não se pode confiar em ninguém, a não ser em seu líder. Todas essas pessoas que você está vendo aqui trabalham para mim, mas não confiam umas nas outras. E eu não posso confiar em alguém para deixar essa cargo tão importante, a não ser em você, sangue do meu sangue. É por isso que a liderança é passada de geração em geração.
Eu estava chocado demais para proferir uma palavra. Mas que droga de papo era aquele? Quer dizer então que eu vou assumir uma agência secreta financiada pelo governo que não sabia que sequer exista há... vejamos... cinco minutos atrás?
Diante do meu silência, Giuseppe continuou.
– Um grupo de terroristas ainda desconhecido nos localizou. Eles descobriram que você é meu filho. Nós acreditamos que o plano era capturá-lo, para te usar como refém e fazer com que eu me entregasse a eles. Assim, depois de aniquilarem a nós dois, eles tomariam a SSS e a destruiriam, deixando o país livre para mais ataques e investidas terroristas. Uma agência sem o seu lider, é uma agência morta.
– Mas, ainda sobraria a outra agência! Eles não conseguiriam nos derrubar se a outra agência continuasse na ativa. Ela tomaria providências, não é mesmo? - eu estava cada vez mais confuso.
– Correto. Ela certamente tomaria providências. - meu pai me olhou feliz, talvez por pensar que eu estava pegando o espírito da coisa. Mas eu apenas estava em busca de respostas, tentando desfazer o nó que aquela história havia dado no meu cérebro - Por causa disso, às duas da manha do dia anterior ao ataque que você sofreu, Miranda e Grayson Gilbert foram brutalmente assassinados, quando voltavam para casa de uma festa de casamento. Eles eram os líderes da SFUS. A morte deles acabara causando um tumulto geral na impresa, que só não acabou num desastre maior por um erro de cálculo dos inimigos. Grayson e Miranda não eram os únicos no poder. Aparentemente, a organização arrumou um novo líder. Sua identidade é secreta até para nós.
– Pensei que apenas uma pessoa podia comandar uma agência.
– De fato, é o normal. Mas nas poucas vezes que estive com aqueles dois, pude ver o quão unidos eram. Se alguém podia fazer uma parceria dar certo, eram eles. E quanto a esse misterioso líder, devia ser alguém de muito prestígio dentro da agência, ou até mesmo um familiar. - parou de andar e se virou para mim - Mas esse não é o ponto mais interessante. O ponto é que o casal morto possui uma filha, que está escondida numa fazenda no interior do Texas. Outro erro terrível de cálculo. A garota é apenas um ano mais nova que você e aos dezoito anos, terá que assumir a organização. Ela corre um perigo terrível, pois não sabe de nada. A qualquer momento o inimigo pode se dar conta de sua existência e, disfarçado, pode raptá-la e usá-la contra a organização de seus pais.
– Wow wow... Espere! Espere só um minutinho! Que história é essa? O que você ainda faz ai parado? Tem uma garota de quatorze anos solta por ai, pronta para virar comida de terrorista. Por que não estão agindo? E que porra de história é essa de de assumir a organização aos dezoito anos?
– Damon, estamos fazendo o possível para contatar a outra agência e informá-los sobre a garota. Mas eles sofreram ataques e provavelmente os equipamentos não estão sendo tão eficientes. E como eu já disse, não somos do tipo que confia. O fato desse novo líder não se revelar nem para nós prova isso. E não podemos agir agora. Estamos sendo atacados também. Precisamos deixar as coisas esfriarem. E, quanto a sua outra pergunta, sim, você assumirá a agência aos dezoito anos. Pretendia te contar apenas ano que vem, mas devido as circunstâncias, acho que você tem que aprender a se defender. Seu treinamento começa amanhã.
– Você não pode estar falando sério... Pai! Eu não sei o que quero para minha vida, mas certamente não quero viver me escondendo nas sombras, resolvendo os problemas do país e correndo riscos. E também não quero me tornar um idiota insensível como você. Como você pode pensar em deixar as coisas esfriarem quando o que está em jogo é a vida de uma inocente. E se fosse eu pai? Como você se sentiria se minha vida dependesse da boa vontade daquela outra agência e ela agisse da mesma maneira que está agido agora?
–Eu entenderia que estavam apenas cuidando de si mesmo. Por que apesar de nosso trabalho ser proteger o nosso país, temos que fazer escolhas difíceis. É melhor uma morrer, do que vários. Você vai acabar se acostumando Damon. Vai chegar uma hora em que a morte de uma pessoa, vai ser apenas mais um número a menos que temos que proteger.
Eu estava horrorizado. Meu pai era um monstro.
– Eu NUNCA serei como nenhum desses seus cachorrinhos de terno! Você não pode me obrigar!
– Sim, eu posso. A partir de hoje você é o mais novo membro da SSS. Sem mais discussões, Damon. Está livre para andar e conhecer melhor o lugar. Depois me encontre na minha sala.
E dizendo isso, saiu andando.
Flashback off


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Notas finais do capítulo

Tadinho do Damon... Tadinhos do Sr. e da Sra. Gilbert... :(
Gente, eu já estou com o capítulo cinco prontinho e posso garantir agora. No sexto capítulo, a Elena vai estar com 17 e o Damon com 18. Ai a história vai realmente começar e o circo vai pegar fogo! kk
Com cinco comentários eu posto o próximo capítulo!
Mais uma vez, obrigada a todas que favoritaram e comentaram, e também a aqueles fantasminhas que só acompanham (mas que eu só acho que tem que comentar também... Só acho 0:)... ). Vocês são a razão de eu continuar com a minha história.
Xoxo
Sky Hope



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