Secrets escrita por Sayukka Haruno


Capítulo 2
Capitulo II Primeira tragédia


Notas iniciais do capítulo

Elogios opiniões e criticas, tudo é bem vindo.
Espero que estejam gostando.



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Capitulo II _ Primeira tragédia

Acordei as seis como de costume, fiz minha higiene matinal e vesti meu uniforme, uma saia cinza com pregas, um palmo acima do joelho, a camisa branca e o suéter preto com uma gravata vermelha, as meias brancas que vão até o joelho e sapatos preto combinando com o suéter.

Arrumei meu cabelo em um rabo de cavalo com um laço branco antes de sair do quarto deixei a boneca em cima da cama, ela parecia ficar mais bonita lá do que na cadeira da penteadeira.

Desci e tomei meu café na cozinha enquanto conversava com Gabi, desde que mamãe parou de falar, a única pessoa que tenho para conversar e ela, pouco falo com papai, apenas o necessário ou para lhe agradecer por algo, para falar a verdade desde que nos mudamos para cá pouco o vejo.

Peguei meus livros e sai, a escola ficava a poucas quadras então ia andando, no caminho reparei em um cartaz colado num poste, tinha a foto de uma linda menina de cabelos castanhos amarrados em uma trança com um laço branco na ponta.

O laço era igual ao meu que veio junto com o uniforme, logo deduzi que era uma aluna da escola que eu frequentava, ela não era da minha sala mas me parecia familiar, já devo ter cruzado com ela pelos corredores.

Segui meu caminho pensando no que poderia ter acontecido com ela, já que a cidade era pequena e aparentava ser tranquila, foi esse um dos motivos que nos mudamos para cá, papai dizia que tudo o que nossa família precisava no momento era tranquilidade.

Quando cheguei à escola ainda faltavam alguns minutos para o sinal tocar, gosto de chegar mais cedo do que todo mundo para pegar sempre o mesmo lugar, a ultima carteira que fica ao lado da janela, porque assim posso olhar para o pátio quando estou entediada.

Quando fui sentar notei algo estranho, tinha uma letra riscada de vermelho em minha carteira, parecia ser a letra “C” pensei que fosse tinta mas quando aproximei meu rosto um pouco mais, o forte cheiro de sangue penetrou minhas narinas.

Sim sem duvida nenhuma aquilo tinha sido escrito com sangue, senti náuseas, queria sair correndo dali, mas minhas pernas não se mexiam, era como se eu soubesse de quem era aquele sangue, mas o que mais me apavorava era o fato de estar na minha carteira, com tantas outras porque logo a minha.

Essa e outras mil perguntas rodeavam minha mente, minha cabeça parecia que ia explodir, foi então que a supervisora entrou na sala e me encontrou ajoelhada de frente a minha carteira com as duas mãos na cabeça, ela me olhava receosa eu apenas apontei para era com a mão tremula, ela chegou mais perto e viu o motivo do meu surto.

Ela levou à mão a boca, e saiu correndo dali sem me dizer nada, alguns minutos depois voltaram com a diretora e um policial, eu ainda não estava totalmente recuperada então em vez de sair da sala apenas me sentei em uma carteira do outro lado da sala.

Eles nem notaram minha presença e começaram a falar, parece que tinha encontrado o corpo de uma jovem com o rosto totalmente desfigurado, seus braços continham cortes profundos causados por alguma lamina ou tesoura, suas roupas estavam totalmente ensanguentadas.

O policial afirmou nunca em toda a carreira dele ter visto algo tão perturbador, e o mais triste em tudo é que a vitima não passava de uma menina de 14 anos aluna da escola que estava desaparecida.

Gelei ao ouvir isso, então o sangue na minha carteira era o da menina da foto de mais cedo o mais estranho é que eu parecia já saber disso.

A diretora notou a minha presença e mandou a supervisora me encaminhar até a enfermaria e que quando eu estivesse me sentindo bem, que eu voltasse para casa, pois as aulas de hoje e de amanha seriam suspensas pelo ocorrido.

Chegando na enfermaria a supervisora me deixou sobre os cuidados de Lina, ela era uma enfermeira recém formada, bastante jovem mas muito atenciosa e competente, me deu um calmante e água com açúcar, disse que eu ficaria bem mas que era melhor dormir um pouco ali antes de ir para casa, já que o remédio dava bastante sono eu poderia me sentir mal no caminho para casa.

Ela me que eu ficasse tranquila e me garantiu ficar ali ao meu lado até eu acordar, não relutei com sua decisão, já que meus olhos estavam ficando pesados.

Não sei ao certo por quanto tempo dormi, mas tive um sonho um tanto perturbador, uma voz de menina chamava por meu nome, e depois dizia, por culpa sua eu sou assim, por culpa sua "ele" morreu e por culpa sua a garotinha não será a única, muitos ainda irão sofrer, e isso é tudo culpa sua, e no final você não vai conseguir escapar.

Acordei assustada entre lagrimas, olhei para os lados e Lina não estava ali, então gritei pelo seu nome e só ouvi o silencio como resposta, a enfermaria que antes me parecia um local tranquilo agora se tornava assustadora.

Chamei mais uma vez e nada de Lina me responder, o pânico já estava me dominando, fechei os olhos com força tentando inutilmente me acalmar.

Gritei pela terceira vez, e finalmente Lina me atendeu, ela vinha apressada me pediu desculpas por me deixar sozinha, e disse me que teve que acudir a mãe de menina que foi encontrada morta, pois esta passou mal ao ver o estado que se encontrava o corpo da filha.

Lina parecia preocupada, ela também estava abalada com tudo que estava acontecendo, não sei se por ver ela assim ou por tentar imaginar pelo que a mãe da menina assassinada estava passando me fez ver eu estava bem já, que ficar com medo não ia resolver muito.

Quando fui levantar para sair meu pai entrou na enfermaria, ele aparentava estar apavorado pois me abraçou bem forte e perguntou varias vezes se eu estava bem.

Depois de conversar com Lina e ela me liberar fui para casa com meu pai, não disse uma palavra durante todo o caminho, estava perturbada com o sonho, era estranho já que a voz que eu ouvia, parecia ser a minha própria voz.

Minha cabeça estava doendo um pouco e não quis almoçar, também depois de todo o ocorrido não tinha um pingo de fome, fui ao quarto de minha mãe, ela estava dormindo, fui devagar até a beira da cama, peguei sua mão e beijei sua testa, queria tanto que ela estivesse bem para poder lhe contar o que aconteceu.

Fui para o meu quarto, desta vez não podia ser a minha imaginação, a boneca estava sentada na cadeira da penteadeira, tinha um laço de cabelo na mão e na outra um bilhete, a cada palavra que lia mais chocada eu ficava:

“Gostou do meu presente, a menina da escola costumava gostar de usar esse laço, ela foi a primeira, da próxima vez pode ser alguém que você ama então cuidado”

Ps: Não conte a ninguém ou o pior pode acontecer...

C

O mais assustador de tudo isso é que as letras foram escritas com sangue, o laço de cabelo também estava sujo de sangue, minhas pernas começaram a tremer.

Mas desta vez eu teria que ser forte, ninguém ameaça a minha família e fica por isso mesmo, não sei de onde tive forças, mas peguei a boneca o bilhete e o laço e coloquei no meu armário, tranquei a chave com duas voltas e a guardei no bidê ao lado da minha cama.

Sai do meu quarto e fui para a sala, precisava pensar em como lidar com tudo isso, mas de uma coisa eu tinha certeza está noite não dormiria em meu quarto.


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Notas finais do capítulo

E então o que estão achando?



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