The New Caribbean - New Pirates on Seven Seas escrita por Black


Capítulo 17
Capítulo 16: Passado Esquecido


Notas iniciais do capítulo

Pessoas, estou de volta!
Espero que gostem e boa leitura!



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Elena continuava a manter Soluço, Jack, Mirana, Alice e Rapunzel longe de Elsa e Merida, o que não se provava uma tarefa muito difícil, uma vez que ela era melhor no uso da espada e conhecia o navio como a palma de sua mão, o que lhe dava uma vantagem a mais.

A morena percebeu os olhares de seus oponentes vidrados e aterrorizados sob algo atrás de si. Virou o rosto apenas o suficiente para fitar a cena por cima do ombro, percebendo que Elsa acabara de prender Merida num bloco de gelo. Quando Jack tentou correr até onde estavam a loira e a ruiva, Elena o barrou.

– Não, não, não. – Ela balançou a cabeça em reprovação, empurrando o albino para trás.

– Por favor, ela vai mata-la. – Escutou a voz suplicante da garota de cabelos brancos, o que a fez então prestar atenção nela.

Mais uma vez, Elena franziu o cenho e apertou os lábios numa linha fina. Mirana lhe parecia estranhamente familiar, mas era como se um véu espesso bloqueasse sua mente da imagem da Rainha de Wonderland, algo que a incomodava profundamente.

– Vai sim. – Finalmente respondeu, abrindo um sorriso irônico.

– Você tem que impedi-la. – Mirana tentou argumentar, alternando olhares entre a morena e o lugar onde estavam Elsa e Merida.

– Ela é minha irmã, não minha filha. Ela faz o que ela quer. – Elena deu de ombros, golpeando o ar distraidamente com a espada.

– Está dizendo que vai apenas deixar nossa amiga morrer? – Mirana perguntou duvidosa, também franzindo o cenho ao olhar a morena, percebendo que ela se carregava uma semelhança gigantesca com alguém que ela um dia conhecera, mas não conseguindo se lembrar de quem.

– Foram vocês que vieram ao meu navio, em primeiro lugar. – Elena bufou e revirou os olhos, olhando de esguelha para Elsa e Merida, percebendo que a qualquer momento a ruiva iria morrer de frio.

– Porque vocês sequestraram a Anna. – Alice se pronunciou, dando um passo à frente com a espada em punho.

– Já chega! – Jack mais uma vez investiu contra a morena, que revirou os olhos com desinteresse, bloqueando o ataque dele com sua própria espada.

– Eu já estou me cansando de você. – Ela declarou e semicerrou os olhos.

Jack imediatamente se afastou e soltou sua espada, que ficara subitamente quente, e viu esta derreter no chão diante de seus olhos. O mesmo acontecera com os outros quatro, que perceberam chocados o metal tornando-se liquido e se espalhando pelo chão de madeira.

– Donnie e Dave que se virem para limpar isso depois. – Elena deu de ombros, ignorando os olhares chocados dos outros sobre si.

Então, centrou seu olhar na garota de cabelos brancos ali presente. Sua mente martelava insistente tentando descobrir o porquê de ela ser tão familiar, o porquê de lhe passar a impressão de que aquela não era a primeira vez que a via. Suspirando com impaciência, Elena decidiu-se por perguntar:

– Qual é o seu nome? – Olhou diretamente para a Rainha de Wonderland ao fazê-lo.

– Por que quer saber? – Foi o que ela lhe respondeu, nervosa por estar diante de uma pessoa armada e com habilidades sobrenaturais enquanto que ela não tinha mais com o que se defender.

– Não sou o que se chama de pessoa paciente, então responda de uma vez. – Elena sibilou, semicerrando os olhos.

Mirana engoliu em seco.

– Mirana. – Ela finalmente lhe deu uma resposta, mas foi tão vaga que a morena revirou os olhos e bufou impaciente.

– Seu nome completo. – Especificou.

– Mirana Isabelle White Wonderland. – A garota de cabelos brancos declarou sob olhares preocupados dos demais, que se perguntavam o motivo do súbito interesse da capitã do Vingança dos Sete Mares na Rainha de Wonderland.

Elena arregalou os olhos, surpresa. Finalmente entendia o motivo de o porquê de aquela garota, e apenas ela, lhe ser tão familiar. Lembrava-se dela, mesmo que vagamente. Fora sua amiga quando era mais nova e, antes de se trancar em seu quarto com Elsa, a garota ia constantemente lhe visitar e fazer-lhe companhia, principalmente depois que o Rei e a Rainha de Wonderland, que eram os pais da albina, morreram. Olhou então para as outras duas, a outra morena ali e a loira, percebendo se tratarem de Rapunzel Corona e Alice Kingsley, que também havia sido suas amigas na infância. Mirana fora a única que reconhecera por conta dos traços únicos, como a cor do cabelo e da pele, bem como o tom escuro nos lábios, mas agora que sabia com quem estava falando, não podia deixar de relacionar as outras duas com as crianças que conhecera outrora.

Virou o rosto para fitar Elsa por cima do ombro, reconhecendo então Merida Dunbrooch, que estava prestes a ser morta pelo gelo de sua irmã. Ignorando as presenças dos outros cinco ali, uma vez que eles ainda se encontravam atônitos com o derretimento de suas espadas e o interesse repentino da morena na albina, caminhou a passos rápidos até a loira-platina e a ruiva, logo colocando a mão no ombro de sua irmã para lhe chamar atenção.

– Pare, vai mata-la. – Foi o que ela disse, alternando olhares entre a ruiva e a loira-platina.

– Desde quando se importa com quem eu mato ou deixo de matar? – Elsa perguntou, estranhando o comportamento distinto de sua irmã.

– Desde o segundo em que reconheci a ruivinha esquentada. – Elena respondeu, surpreendendo a loira-platina. – Deixe-a ir. – Pediu mais uma vez.

– Ela tentou te matar. – Elsa desviou o olhar para um ponto qualquer no convés, claramente numa tentativa de não olhar para a morena, insatisfeita.

– Você disse bem: “Tentou”. – Elena retrucou impaciente, começando a realmente se preocupar com um estado de Merida, uma vez que a ruiva batia os dentes, tremia e sua pele estava tomando uma coloração azulada. – Você não deixou. Eu estou bem, então a deixe ir. – Semicerrou os olhos.

– Elena... – A loira-platina tentou argumentar, mas a outra a interrompeu.

– Elsa, se fizer isso, não vai ter volta. – A morena falou convicta. – E quando souber quem ela é, quando se lembrar de quem ela é, você vai se arrepender. – Declarou, percebendo a irmã se retesar incomodada. – Mas arrependimento não muda nada, então a deixe ir. – Pediu mais uma vez.

– Você poderia simplesmente desfazer isso. – Elsa respondeu em um tom derrotado, claramente não iria discutir com a irmã mais velha.

– Mas a decisão é sua e ninguém pode toma-la por você. – Elena disse, soltando o ombro da irmã e se afastando alguns passos.

Por fim, Elsa respirou fundo para se acalmar e, com um gesto da mão, o gelo que cobria Merida sumiu, deixando que a ruiva caísse trêmula de frio no chão de madeira.

Mirana, Alice, Rapunzel, Jack e Soluço imediatamente correram para socorrer a ruiva, passando por Elsa e Elena, que nada fizeram para impedi-los.

– Obrigada. – Mirana agradeceu, olhando diretamente nos olhos azuis de Elena, mas, diferentemente da morena, sem conseguir reconhece-la.

– Vão embora antes que eu mude de ideia. – Foi o que a morena respondeu, desviando o olhar para um ponto qualquer no convés.

Mirana, Soluço e Alice assentiram, mas tiveram que convencer Jack e Rapunzel, uma vez que eles ainda queriam salvar Anna. Porém, todos ali sabiam que não conseguiriam isso, que nenhum deles era páreo para qualquer das Capitãs do Vingança dos Sete Mares, então, foram embora como Elena ordenara, mas sabendo que não ficariam sem ver a loira-platina ou a morena por um longo tempo, afinal eles não desistiriam de Anna.

– Por que deixou eles irem embora? – Elsa perguntou enquanto fitava os cinco se distanciarem levando a ruiva trêmula consigo.

– Porque aquelas quatro já fizeram parte da nossa vida há muito tempo. – Elena respondeu e suas palavras em muito surpreenderam a irmã.

– Lembranças? – A loira-platina arqueou uma sobrancelha, alternando olhares entre o lugar por onde os seis haviam desaparecido nas ruas de Tortuga e a irmã mais velha, que se encontrava calma e indiferente ao seu lado.

– A mais esquecidas de todas. – A morena deu de ombros e enrolou uma mecha do cabelo castanho no dedo indicador. – Agora, vamos chamar a Anna, porque eu aposto que a ruiva deve estar bem nervosa. – Declarou e as duas se dirigiram à sua própria cabine, onde a Princesa de Arendelle as esperava sem ter qualquer consciência do que havia acontecido naquele convés.


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Notas finais do capítulo

E aí? O que acharam?
Ficou bom?