P.O.V Nico

Sabe o Hélio? Pois é, deveria estar morto. Maldita luz do sol. Maldita ressaca. Me levanto com um pouco de dificuldade, tanto pela preguiça como pela ressaca, e pego meu celular. Várias notificações do Facebook, Instagram, WhatsApp, Fifa UT, etc. Depois eu vejo essas merdas. E são duas horas da tarde; ainda está cedo para essas situações, então acho que vou voltar a dormir.

Mas, quando me viro para a maldita cama, vejo outra forma humana na mesma, ainda dormindo. Não me lembro da noite anterior, mas eu nunca confundiria esse cabelo com essas mechas azuis: Thalia Grace. Estou fodido.

– Thalia, acorda. - Falo, cutucando-a.

– Mais 5 horas, mãe. - Ela responde. Seria cômico se não fosse trágico.

– Vai, porra, levanta. - Falo, dessa vez puxando o lençol. Má ideia. Ela estava usando uma camisa minha, e ela estava levantada, dando uma visão espetacular das suas pernas e de uma parte da calcinha. Nesse momento, ela se senta e esfrega seus olhos. Parecia perdida, mas quando me vê e percebe a situação, ela faz algo que me surpreende. Não, ela não gritou, nem me bateu, nem nada. Apenas ficou com as bochechas coradas. Dessa vez não pude esconder um sorriso.

– Porra, Nico, não me diz que... - Ela fala. Eu já tinha pensando nessa possibilidade, mas cheguei a uma conclusão, então interrompo-a.

– Bem, embora eu esteja de cueca, analisando suas roupas, a cama e a falta de desordem no quarto, eu digo que não fizemos sexo. - Ela arqueia uma sobrancelha para mim.

– Então agora virou o Sherlock Holmes? - Rimos juntos. Isso foi bom para quebrar a tensão. Me sento na cama, de frente para ela e pego sua mão.

– Olha, Thalia, eu não me lembro de porra nenhuma da noite anterior, mas eu só posso dizer que você é uma mulher fantástica, então eu creio que eu tenha gostado, porque, acredite ou não, eu costumo botar mulheres para fora de casa quando eu não gosto.

– É sério, Nico? - Ela pergunta, arqueando mais uma vez uma sobrancelha.

– É claro, Grace, sou difícil. - Ela ri e novamente faz algo inesperado: me deita na cama e se deita em cima de mim, me abraçando.

– Di Angelo, eu ainda me lembro de algumas coisas da noite. Não de como terminamos, mas agradeço ao Sherlock aí por ter descoberto. E uma das coisas que me lembro é de estar gostando da sua companhia. - Ela se levanta um pouco e coloca o indicador na minha cara - Mas não espere que eu vá dizer isso de novo.

– Está bem, Thalia. - Bem, meu pai sempre me ensinou esse ditado: "Está na chuva, é pra se molhar". Então, eu puxo ela pela nuca e dou um rápido selinho. Então, me levanto.

– Eu não esperava por isso, Nicolas! - Ela grita e eu simplesmente dou de ombros. Vou até meu armário, pego uma bermuda qualquer, outra cueca, e uma toalha. Quando me viro para ela, sou surpreendido. Ela simplesmente se joga em mim, entrelaçando suas pernas na minha cintura, me encara por alguns segundos, e me beija. Um beijo bastante... quente. Antes que as coisas saíssem do controle, jogo ela na cama. Nada pagava sua cara de frustração.

– Calma aí, Grace, temos o dia todo para matar suas fantasias sexuais com Nicolas di Angelo.

– Você é impossível, Nico. - Ela fala e fica emburrada.

– Vai, pega essa toalha e essa camisa do Foo Fighters e toma banho. Você usa a mesma calcinha, já que tenho certeza que não vai usar uma cueca. Ou, se quiser ficar sem calcinha, não vejo proble... - Ela joga um travesseiro em mim.

– Não se aproveite, di Angelo. Tá, mas onde eu tomo banho?

– Pode tomar no banheiro do meu quarto. Eu tomo no outro. Quando terminar, desça as escadas e você achará a cozinha. Estarei lá. Até mais.

P.O.V Thalia

Definitivamente, di Angelo não está mais na minha lista "Pessoas que eu odeio". Esse cara ainda vai me deixar louca. Se já não tiver deixado.