Eu Faço Casamentos escrita por Faberrittana


Capítulo 5
Capítulo 4 - Quinn - I Look To You


Notas iniciais do capítulo

Oi gente! Quero agradecer muito pelos comentários... E um agradecimento especial a Ávila, que fez uma recomendação muito linda para a fic. Beijos, Ávila!
Então, esse capítulo não está muito grande, mas ok. O próximo será maior, ok? Muito obrigada e nos vemos lá em baixo...



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Vejo as horas. Duas e trinta e cinco. Era para Rachel estar aqui.

–Quinn Fabray, se você olhar para esse relógio mais uma vez, eu acabo com você. – Fala Mercedes.

–Desculpe-me, mas ela está atrasada. – Falo tentando esconder minha admiração por ela. Porque é isso o que eu sinto por Rachel, admiração. Certo?

–Você já olhou esse relógio umas dez vezes. – Fala minha tia Sue. – Só espero que essa organizadora seja descente. Francamente, Lucy, você está tentando organizar um casamento até Maio?

–Olha, eu sei que sou louca, mas Noah me disse que o sonho da mãe dele era ver ele se casando no dia 24 de Maio. – Digo um tanto irritada.

–A mãe de Noah não está em manicômio? – Ela pergunta e Sam lança para ela um olhar matador.

–Sim, Sue, ela está. – Olho para Sue, vai ser um longo dia. – Mas me parece que ela tem mais integridade, moral e cérebro do que você.

–Uau, a Lucy Quinn Fabray que eu criei finalmente apareceu. – Ela comenta rindo.

–Você não me criou ok? – Ouço o barulho das chaves abrirem a porta do apartamento e dou um suspiro de alivio, me esquecendo da Sue.

–QUERIDA, CHEGUEI! – Ele grita, mesmo estando na minha frente. Suspiro e dou um sorriso, ele entra em casa e percebo uma pequena pessoa atrás dele. Rachel.

Ela estava linda, usava uma longa saia azul e uma blusa branca. Os longos cabelos soltos se cacheavam nas pontas. Não era como se estivesse olhando para uma amiga, era algo a mais. Não que nunca tenha namorado ou beijado alguma mulher, na verdade teve uma época que me considerei lésbica. Talvez ainda tenha duvidas. Mas prometi ao Noah que me casaria com ele e é isso que vou fazer.

–Rachel! – Falei sorrindo e dando um abraço nela, vejo que não esperava por isso, mas me abraçou de volta, envergonhada.

–Essa é a fantástica organizadora? – Pergunta Sue. – Desculpa, quando eu a vi, pensei que era um Hobbit.

–Rachel. – Falo mais alto do que o de costume para calar a boca de Sue. – Essa é minha tia, Sue Sylvester. Aquele é meu irmão, Sam Evans e a namorada dele, Mercedes.

–Muito prazer. – Ela falou. – Vamos?

–Noah, amor, vou olhar vestidos de noiva com a Rach. – Vejo que as bochechas da morena coraram quando a chamei pelo apelido. De alguma forma, aquele apelido me é familiar.

Todos se levantaram e saímos do apartamento antes que Puck responda. Rachel vai à frente e nos guia até a esquina de minha rua, onde um carro está estacionado. Ela abre a porta do banco passageiro para mim. Entro. Sam, Sue e Cedes entram nos bancos traseiros. Ela entra no lugar do motorista.

–Vou levar vocês a Kleinfeld, a loja dos sonhos de muitas noivas e onde é gravado a serie “Say Yes To The Dress”. – Ela fala como se fosse decorado e liga o carro. – É um pouco longe daqui, mas é ótimo, pois no caminho discutiremos algumas coisas extremamente necessárias, já que o casamento será em Maio, temo que não tenhamos tanto tempo para resolver as coisas.

–Certo. – Eu falo dando um sorriso para ela.

–Deus, você parece um daqueles robôs de empresas. Sabe quando você atende ao telefone e aparece aquela voz irritante de alguém que parece ter sido atropelado por uma caminhonete com uma atriz pornô dirigindo em quanto beija uma lésbica peituda?– Fala Sue. – Você é assim 24h por dia.

Noto um desconforto da parte da Rachel, por alguma razão, sei que aquilo a machucou muito.

–Sue, cala a boca. – Falei surpresa por mim mesma. – O que a gente tem que resolver Rach?

–Estamos indo olhar o vestido, o que já é um avanço, mas eu tenho que saber Quinny... – Ela para por um momento, envergonhada, me pergunto como ela sabe desse meu apelido. – Digo Quinn, tem as duas perguntas básicas para qualquer casamento. Vai ser um casamento civil ou quer toda a pompa de um casamento na igreja? Vai ser uma festa tradicional ou algo temático?

–Vai ser só na igreja, o civil vamos deixar para depois e eu imagino que seja tradicional. Digo, não sei perante o tema. – Falo tentando parecer o mais firme possível.

–Eu pensei do tema ser o campo. – Ela fala. – O que acha?

–Acho que você é um gênio. – Falo encostando no seu braço, que ficou arrepiado.

Ela abre um sorriso meigo e continua a dirigir. Olho para ela em quanto dirige. Ela tem longos cílios, o desejo de toda mulher. O nariz dela pode não ser muito pequeno, mas combina perfeitamente com seu estilo. Acho que já vi aquele rosto em algum lugar, mas no momento não me lembro aonde.

–Mas então você já tem uma data? – Ela ri. – Eu sei que será em maio, mas e o dia?

–Dia 24 de maio. – Respondo.

–E hoje é dia 28 de março, sexta feira. – Ela faz uma pausa e fala alguns números, como se estivesse, imagino que esteja fazendo uma conta. – 24 de maio é um sábado... Então teremos 58 dias para organizar tudo.

Noto que ela começa a respirar rápido e excessivamente fundo.

–Você está bem? – Pergunto um pouco assustada.

–Estou. – Ela abre um sorriso. – É só que é muita coisa para arrumar e falta pouco tempo.

–Afinal, o que tem para arrumar? – Pergunta Mercedes.

–Bom, de acordo com o protocolo que eu trabalho, de um ano á seis meses de antecedência tem que ver... – Ela faz uma pausa para pegar o ar. – O vestido da noiva, o cardápio, ver as alianças, comunicar a união para as empresas e locais onde o casal trabalha, pensar no destino da lua de mel, definir a lista de convidados, saber os tipos de flores que querem para comunicar com os floristas, a musica da cerimônia... Entre muitas coisas.

–Mas lua de mel, comunicar a união... – Fala Sam. – É de seu interesse saber essas coisas?

–Sam! – Advirto.

–Sem problemas, Quinn. – Fala a morena. – Na verdade, Sam, meus serviços incluem toda a experiências de se casar. Portanto, lua de mel e estas coisas eu também organizo.

–Agora a gente sabe por que ela é tão estressada. – Sussurra Sue para Sam.

–Inclusive, minha sócia, Santana, é noiva de uma moça que é florista. – Fala Rachel. – A Brittany, ela é florista e dançarina. Ela da aula de danças variadas, incluindo de salão. Ou seja, Quinn, matamos dois coelhos com uma cajadada só.

–A sócia dela é lésbica? – Pergunta Sue alto de mais.

–Ela é sim. – Fala Rachel. – E na verdade, eu também sou.

O carro todo fica em silêncio, mas eu só consigo prestar atenção naqueles doces olhos castanhos. Rachel para o carro e tira o cinto.

–Chegamos. – Fala a baixinha.

–Aonde? – Falo sem pensar, me perdendo em seus olhos. Isso sempre acontece quando olho para ela.

Todos ficam pasmos, mas Rach sorri e coloca o cabelo para trás da orelha. Aquele gesto também não me é estranho. Quando olho para ela, sinto que já a vi antes. Talvez de alguma parte da minha vida que eu me esqueci.

Descemos do carro e entramos naquela loja de vestidos. Era enorme. Você via milhares de vestidos enfileirados. E só um serve para a ocasião. Só um é “o vestido ideal”. Só um é aquele que se encaixará perfeitamente para todas as exigências. Aterrorizei-me ao pensar que terei de encontrar um vestido no meio de quinhentos, ou mais.

–Vamos sentar aqui. – Fala Rachel, como se fosse obvio esperar em um daqueles sofás.

Fico imaginando quantas vezes ela já veio nesta loja.

–Então, você já sabe qual musica vai dançar com o Noah? – Pergunta a morena, falando Noah de uma forma triste. Não entendi muito bem o porquê.

–Na verdade não. – Dou uma risada. – Estava pensando em alguém cantar uma musica.

–Muito legal. – Ela sorri. – Teve um casamento duplo onde as noivas pegaram as musicas e fizeram um remix, mas elas queriam que eu cantasse. Então eu cantei a musica. Foi um casamento lindo, sem duvidas.

–Você canta? – Pergunto a ela, imaginando como seria dançar com ela. Sacudo a cabeça, como se aquilo fizesse meu pensamento se afastar.

–Canto. – Ela sorri. – Meus dois pais trabalhavam na Broadway, então desde pequena eu canto musicais. Era meu sonho. Cantar na Broadway. Sei “Don't Rain On My Parade” de cor dês dos cinco anos.

–Amo essa musica. – Dou um sorriso. – Acho que você poderia cantar no meu casamento. Você topa?

–Eu? – Ela sorri. – Seria uma honra cantar em seu casamento.

Ficamos olhando uma para os olhos da outra por um tempo indeterminado. Queria continuar assim para sempre, só olhando em seus olhos. Aproximo-me mais, para poder desvendar os segredos daquele olhar. Quando escuto uma voz familiar.

–Vocês marcaram horário comigo, certo? – Olho para cima e vejo uma asiática familiar dos tempos de faculdade.

–Tinha? – Pergunto a abraçando. – Tina Cohen-Chang?

–A própria! – Ela fala sorrindo.

Olho para Rachel e a vejo mais pálida do que nunca. De alguma forma, acho que nunca vou me cansar de olhar para ela.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado... Posto o próximo provavelmente amanha... Muito obrigada, comentem, favoritem e sigam o exemplo da Ávila, recomendem!
Muito obrigada,
Beijos!



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