Eu Faço Casamentos escrita por Faberrittana


Capítulo 6
Capítulo 5 - Lucky Star


Notas iniciais do capítulo

Oi gente linda! Como estão? Capítulo novo e maior para vocês! Quero agradecer a todos que comentaram e aos que não comentaram, só posso mostrar a língua metaforicamente, já que vocês não podem me ver por aqui. Se pudessem, eu estaria igual a essa carinha: :P
Kkkkkk nos vemos lá em baixo...



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As pessoas costumam dizer que com o tempo, as dores vão se curando. Eu discordo com essa afirmação. Com o passar do tempo, as dores não são curadas, mas você se acostuma com elas. Como por exemplo, no dia em que eu torci o pé, aos sete anos. No momento em que cai, a dor foi insuportável. Mas depois de uma meia hora, me acostumei com ela e a dor não passou a ser tão forte. O problema apareceu quando eu fui ao médico e ele mexeu no meu pé. A dor, que achei que tinha passado, voltou com tudo. O mesmo aconteceu quando vi a menina que beijou Quinn há doze anos. A dor com a qual eu me acostumei, voltou.

A asiática abraçou a Quinn. As duas olhavam uma para a outra. Na minha cabeça só vinha a imagem que me fez chorar. As duas se beijando na NYU. Fico por um tempo paralisada. Já me bastava ter que lidar com Noah? Pelo visto não.

–Então você vai ser nossa consultora? – Pergunto a tal Tina.

Tina tinha um longo cabelo preto, que o mantinha em um rabo de cavalo firme. Ela usava uma saia preta e uma blusa amarrada na barra da saia. Sapatos maravilhosos e rosa. Ela de alguma forma conseguiu ser mais bonita do que eu há doze anos. Ela fez o impossível para muitas mulheres, digamos que estou incluída neste “muitas mulheres”. Senti uma ponta de raiva e um pouco de admiração por ela.

–Vou sim. – Ela sorri. – Então, quem é a noiva?

Ela pergunta se fazendo de boba. Digo, fazendo o procedimento padrão que é mostrado no programa. As tardes de domingo eram preenchidas por aquele programa de TV e digamos que os potes de sorvete eram esvaziados. Já desejei diversas vezes fazer parte daquela equipe.

–Eu! – Fala Quinn sorrindo de orelha a orelha.

–E quem são esses com você? – Pergunta a Tina.

–Sou a tia da noiva. – Fala Sue se levantando e apertando a mão da asiática.

–Sam é meu irmão e Mercedes é a madrinha e sua namorada. – Fala Quinny apontando para eles. – E essa é a Rachel, minha organizadora e amiga.

Ela falou que sou sua amiga? Ok, eu acho que ninguém jamais viu sorriso mais bobo igual o que estava dando. Se Santana estivesse aqui, falaria alguma piada sobre isso. Estou feliz que ela esteja cuidando de outro casamento.

–Então me diga Quinn, que tipo de vestido você está pensando? – Pergunta a consultora.

Quinn fala algumas coisas sobre o vestido para ela e as duas vão achar vestidos e experimentar. Fico esperando ansiosa, até que a loira aparece com um belo vestido. Ele era simplesmente magnífico.

–Como estou? – Ela pergunta sorrindo.

–Acho que você está incrível. – Falo admirada.

Quinn tinha um corpo bonito e isso era perceptível com qualquer roupa que ela use, mas aquele vestido... Deixou-a linda de uma forma nova. O vestido tinha um decote de canoa e era colado até na parte da cintura, onde tinha uma espécie de renda. Era no estilo princesa e deixava qualquer noiva bonita, especialmente Quinn.

–Você está linda! – Fala Mercedes.

–Ta gata, maninha! – O Sam fala.

–Realmente, Lucy, está parecendo uma princesa. – Fala Sue. Nossa, a loira conseguiu elogios da sua tia, que pelo o que se mostrou, não costuma fazer isso.

–É esse o vestido ideal? – Pergunta a vendedora. Quer dizer, pergunta Tina.

–Achei o vestido fantástico, mas acho de mais para o casamento no campo. – Ela fala olhando para baixo. – É lindo, eu amei. Mas não sinto que seja O vestido.

–Entendo. – Fala a Tina. – Vamos experimentar outro.

Elas voltam para o provador. Dessa vez, demoram mais. Fico olhando para a imensidão de vestidos que estão no cabide. Imagino-me procurando o meu vestido. Será que depois de ver tantos vestidos, acharei um pelo qual eu me apaixone?

Meus devaneios são interrompidos pela volta da loira, dessa vez, no vestido mais lindo que já vi na vida.

–Como estou? – Ela pergunta girando e se olhando no espelho.

O vestido tinha decote de coração e ombros com flores brancas. Ele vinha justo até a cintura, onde descia solto em mais flores. As costas eram decotadas. Parecia que alguém jogara pétalas de tudo quanto é variedade de flor em cima dela. Ela estava fantástica.

–Você é a noiva mais linda que já vi na minha vida. – Falo sem pensar.

Quinn olha para mim encantada e sorri como uma criança ao ganhar chocolate.

–Obrigada, Rach. – Ela fala.

Guardo na minha cabeça seus doces lábios falando meu apelido.

–Uau. – Falam todos. Estavam, assim como eu, sem palavras.

–É o vestido ideal? – Pergunta Tina.

–É o vestido mais que ideal. – Ela fala sorrindo.

Quinn dá alguns giros e depois começa a rir. Ela para e se olha no espelho. Ela estava linda e se sentia linda, o que era notável pelo modo em que ela se olhava. Ela foi retirar e pagar o vestido em quanto eu, Sam, Mercedes e Sue ficávamos a esperando no hall de entrada. Vejo-a andar em nossa direção em quanto conversa com Tina. As duas riam e falavam sobre algo realmente empolgante, pois nunca vi a loira conversar daquela forma. Sacudo a cabeça. Talvez eu só esteja paranóica.

–Vamos? – Pergunta Quinn.

–Vamos. – Falo dando um sorriso.

Ela abraça Tina e falam algo sobre combinar de se encontrarem. Eu tento não prestar atenção na conversa e fico olhando para o nada. Depois de se despedirem, todo mundo me segue até o carro. Entro e espero todos se acomodarem.

Ligo o carro e começo a dirigir para a casa de Quinn.

–Você estava linda naquele vestido. – Falo.

–Muita gentileza sua, mas garanto que você ficaria melhor nele. – Ela sorri para mim.

–Quem sabe no meu casamento você não me empresta? – Falo rindo.

Ela fala algo baixo, como se fosse para si mesma.

–Rach, eu queria deixar Mercedes, Sue e Sam em casa e ir com você encomendar o bolo. – Ela fala. – Acontece que eu tenho um amigo que está livre hoje e ele faz bolos. Queria sua ajuda para escolher. Você pode?

Olho as horas. Cinco da tarde. Ficaria um pouco tarde até eu chegar a casa e fazer meu “ritual” de preparo para ir dormir. Mas olhei para aqueles olhos dela e soube que poderia dormir mais tarde esta noite só para ficar mais tempo com ela.

–Claro, estou livre agora. – Falo sorrindo.

Continuo a dirigir quando paro em frente à casa de Quinn. Desligo o carro. Mercedes, Sue e Sam descem e se despedem de Quinny.

–Diga ao Puck que vou resolver mais algumas coisas com a Rach e volto depois para casa. – Diz a loira para a sua tia que concorda.

Espero todos entrarem na casa e ligo o carro novamente.

–Então, Quinny, onde que é a confeitaria de seu amigo? – Pergunto dirigindo até uma avenida principal.

–Pode ir reto, até ver uma loja de doces, então vire à direita e continue até chegarmos. – Ela fala de maneira natural.

Vou dirigindo a caminho e ligo o rádio. Começa a tocar “Lucky Star” da Madonna. Começo a cantarolar.

You must be my lucky star... – Canto baixinho.

‘Cause you shine on me wherever you are. – Ela canta a segunda parte olhando para mim.

I just think of you and I start to glow – Canto fazendo uma pose.

And I need your light and baby you know – A loira cantou sorrindo.

Starlight, starbright, first star I see tonight
Starlight (starbright), make everything alright
Starlight, starbright, first star I see tonight
Starlight (starbright), yeah?
– Cantamos juntas, rido.

Dou risada e continuo a dirigir. Vejo a loja de doces e viro à direita.

–É aquela com o muro verde. – Fala Quinn apontando para uma confeitaria verde limão.

Estaciono em frente à loja e retiro o cinto. Desço do carro e Quinny faz o mesmo. Andamos até lá e a loira abre a porta, fazendo um gesto para que eu entre. Entro e ela vem logo atrás de mim. Observo o lugar. É uma enorme confeitaria. Têm bolos em todos os lados, duas cadeiras giratórias em frente a uma mesa e milhares de doces em uma bancada. Na parte de trás, uma porta levava a, pelo o que parece, cozinha. Estava boquiaberta com a beleza do lugar. As paredes eram coloridas, todo o local era colorido.

–Blaine? – Chama Quinn. Lembro-me do noivo de Kurt, Blaine era seu nome, certo?

–Quinn! – Aparece um homem bonito, alto e com cabelos cobertos de gel. Ele tinha um chapéu de chefe de cozinha meio caído na cabeça. Ele segurava uma vasilha com um batedor.

Eles se abraçam e Blaine me olha.

–Rachel? – Ele pergunta.

–Em carne e osso! – Falo o abraçando.

–Vocês se conhecem? – Pergunta Quinn confusa.

–O noivo do Blaine, Kurt, é meu melhor amigo – Falo abraçando o moreno mais forte.

–E como vocês se conhecem? – Ele pergunta apontando para mim e a minha... Apontando para mim e a loira.

–Quinny... – Percebo que a chamei pelo apelido e fico vermelha. – Quinn, me contratou para o seu casamento.

–Ah sim. – Ele sorri. – Venham meninas, vou explicar a confusão que está aqui.

Ele nos leva até a cozinha. Quinn vai à frente e posso olhar para ela de costas. Seu cabelo estava preso em uma trança que caia pelas suas costas. Ela usava um vestido roxo que ia até um pouco acima das coxas e saltos rosa claros. Ela andava rebolando de maneira natural e sorria o tempo todo. Suspirei. Como eu desejava aquela mulher...

–Então, eu estou terminando de preparar meu famoso bolo de limão com chocolate branco e... – Começa Blaine, mas o telefone dele toca. – Alô? Sim... Mas eu tenho que ir agora? Ok, Kurt, eu entendo que seja urgente, mas... Ah, serio? Ok, eu estou indo.

–O que houve? – Perguntei.

–Parece que teve um problema de vazamento de um cano na minha casa e do Kurt. – ele responde tirando o chapéu de cozinheiro. – Vou ter que ir para lá. Desculpa meninas.

–Mas Blaine... – Começa Quinn. Ele coloca o chapéu nela, pegou outro e o colocou em mim.

–Minhas receitas estão naquele livro. – Ele apontou para um livro velho em cima da mesa. – Vocês têm todos os ingredientes que precisam naquele armário. E aqui as chaves. – Ele as colocou em cima da mesa. – Podem ficar o tempo que quiserem, depois só tranquem tudo.

–Blaine eu não sei cozinhar! – Falo para ele que me ignorou e saiu da confeitaria.

Comecei a me sentir claustrofóbica. Fechei os olhos. Então respirei fundo e soltei o ar. Fiquei assim durante algum tempo até que sinto algo em minha mão. Abro os olhos e vejo Quinn acariciando minha mão. Fecho os olhos novamente, sentindo os pequenos toques de sua mão na minha. Sito ela passando as mãos em meus braços.

–Você é tão delicada... – Sinto seu doce hálito em quanto ela sussurra na minha orelha.

Ela passa a acariciar meu rosto e coloca meu cabelo atrás da orelha. Ela segue uma mecha com a mão até abaixo do meu seio. Abro os olhos e vejo aquele sorriso estampado em seu rosto. Lanço meu sorriso.

–Acho melhor terminarmos de fazer o bolo... – Falo me afastando dela, me arrependendo de ter falado aquilo no mesmo instante em que falei.

–Ok, eu termino o de limão com chocolate branco e você começa a fazer o de baunilha com caramelo. – Ela fala pegando a mesma vasilha que Blaine estava e continua a bater.

Vou até o livro de receitas e leio do que é necessário para fazer a massa. Coloco a farinha, o açúcar e o sal em uma vasilha e a levo até o batedor. Ligo na potencia máxima e vou colocando mais farinha. Algo da errado e sinto meu rosto ficar coberto por aquela mistura.

–Rachel? – Fala Quinn olhando para mim com farinha na cara e começa a rir.

–Eu falei que não sei cozinhar.

–Você está... – Ela fica rindo e mexendo no meu cabelo, no momento, branco. – Parecendo um boneco de neve.

Jogo um pouco da farinha nela. Limpo meu rosto com a mão.

–Muito engraçado. – Ela fala fazendo um olhar malicioso e pegando alguns ovos e tentando me acertar. Eu desvio e vários ovos caem no chão.

–Vem aqui. – Falo rindo e correndo em direção a ela.

A loira segura minha cintura, mas eu escorrego e caio no chão com ela em cima de mim. Ficamos nos olhando por um tempo. Ela respira perto do meu pescoço e fico arrepiada.

–Rachel, você é a única pessoa que eu conheço que fica linda mesmo com farinha no cabelo. – Ela fala rindo.

Ela se levanta de cima de mim e eu levanto junto com ela. Eu escorreguei novamente, mas antes de cair o chão ela me segurou e nossos lábios se tocaram. Eu me afasto.

–Desculpa por isso. – Falo.

–Só se você me desculpar por isso. – Ela fala me puxando para junto dela novamente e sela nossos lábios.

Ela coloca a língua dentro da minha boca. Eu a sugo levemente. Sua mão esquerda vai a minha cintura e a direita no meu pescoço. Eu coloco uma das mãos nas suas costas e a outra eu puxo seu pescoço para mais perto. Nossas línguas dançam juntas. Dou um pequeno gemido acidental. A puxo para mais perto de mim. Ficamos nos beijando delicadamente, até que o ar falta.

Separo-me dela sorrindo.

–Você não se lembra de mim? – Pergunto sorrindo.

–O que quer dizer? – Ela pergunta.

–Sou eu, Rachel Barbra Berry de Los Angeles. – Falo.

Ela fica pasma, mas antes de falar qualquer coisa, junto nossos lábios novamente.


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Notas finais do capítulo

Desculpa por acabar o capítulo assim... Mas foi maior do que mim. Estão vendo o jogo do brasil né? Eu fiquei escrevendo kkkkkk minha família deve estar me odiando nesse momento, mas o que posso fazer? Espero que tenham gostado do capítulo... Comentem, favoritem, recomendem...
Beijos.