Diário de uma Bruxa escrita por Unseen


Capítulo 5
O Problemático, O Irritante e O Inesperado.


Notas iniciais do capítulo

SIM, SEI QUE DEMOREI MUITO, MAS ANTES DE FICAREM DE MIMIMI, veja o motivo: Minha professora de Matemática deu atividades valendo ponto; SIM, pras férias.
Resumindo: Estou fodida :')
Boa Leitura! ^^



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– Ah, droga. - resmunguei comigo mesma - Droga, droga, droga, droga...

Meus resmungos foram interrompidos por um gritinho: Pansy-cara-de-buldogue pegou a carta da minha mão e deu uma corridinha pro círculo das suas amiguinhas. Me levantei, me auto-censurando por ter sido tão descuidada.

– Pansy... - fiz minha melhor cara de calma - Por favor, passe a carta...

– Querida Louise... - ela exclamou, e para a minha desgraça, todos pararam o que estavam fazendo para escutar.

– PANSY! - chiei, tentando esconder meu desespero.

– Fomos informados dos recentes acontecimentos na sua escola, e presumimos que tenha muitas perguntas... - ela continuou, com risinhos das amigas, encorajando-a.

– Pansy, eu juro que se você não me der essa carta AGORA eu quebro seus dentes.

Ela pareceu nervosa por um instante, mas logo tomou fôlego e recomeçou.

– ...principalmente sobre o que estava escrito no bilhete... - ela continuaria se uma mão não agarrasse a carta de suas mãos.

– Senhorita Pansy, acho que a senhorita Bramen já mencionou que quer a carta. - uma voz melancólica falou.

– Ah, professor Snape... - ela corou, com a intervenção inesperada.

– O que estão olhando? - ele retornou para os presentes no salão, que voltaram a comer constrangidos.

– Professor... - até eu estava pasma com aquele gesto. Sim, eu era a aluna preferida dele, mas não era comum ver algo assim.

Ele me entregou a carta e lembrei das boas maneiras.

– Ah, obrigada.

– Tenha mais cuidado da próxima vez, ou toda a escola vai saber sobre suas correspondências.

– Claro, professor. - respondi, sem saber o que dizer e vendo ele se dirigir novamente à mesa. Dumbledore olhou significativamente pra mim, como se soubesse algo que eu não sabia.

Estava realmente grata a professor Snape, pois todos naquela escola saberiam da vinda dos meus pais. Estaria tudo normal se eles não fossem tão influentes em todo mundo mágico. Minha família era praticamente uma das mais ricas, e relativamente famosos. Isso atrairia atenção, e já tivera demais disso.

Por outro lado, estava nervosa com sua vinda. Não era particularmente "próxima" dos meus pais, e não podia dizer que gostava deles. Era mais como a relação dono/propriedade. Eu os obedecia e eles me davam comida.

– Você está bem? - ouvi uma voz irritante dizer. Tomei um susto por estar tão distraída, mas logo me recuperei, percebendo quem era. Estreitei os olhos.

– E você se importa, Malfoy?

Ele ficou irritado, como sempre. Ele era bem fácil de se atiçar.

– Apenas esqueça que eu perguntei. - ele se virou pra comida.

Pela primeira vez, fiquei com um pouco de pena dele, e me censurei por ser tão grossa.

– Desculpe. - resmunguei, quase inaudível.

– O que? - ele olhou pra mim.

– Eu disse... - evitei seu olhar e me concentrei na comida. Minha franja estava caída no meu olho - Desculpe.

Arrisquei olhar pra cima, e vi um Draco pasmo, com uma sobrancelha levantada.

– Louise Bramen pediu desculpas? - ele sorriu maliciosamente. - Nunca achei que viveria pra ver isso.

– Ah, não enche. - evitei um riso e soquei seu braço.

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– Como sabem, alunos... - ouvi a voz entediante da professora Minerva, que nos convocara pra um aviso especial. - O Natal se aproxima.

Estava quase dormindo de tanto tédio, e minha cabeça estava começando a pesar.

– E em todo Tornei Tribruxo, há o Baile de Inverno.

As meninas começaram a cochichar á minha volta, e os meninos resmungavam.

– E tem que dançar.

Todos se calaram, e eu empalideci.

– Senhor Weasley? - ele engoliu em seco - Pode vir aqui, por favor?

Ela o ensinou alguns passos de dança, e me segurei pra não rir. (Pelo jeito eu não era a única)

Não me lembrei de mais nada daquele salão, pois tudo aquilo me deixava com um sono imenso. Assim que elas nos liberou, percebi que estava em grandes problemas:

1- Eu precisava de um par, e digamos que eu não era a pessoa mais desejável do mundo. (ou agradável)

2- Eu precisava aprender a dançar, e rápido.

3- Eu tinha que me preparar pro Torneio. Em questão de feitiços, eu era exemplar, mas física...bem, não podemos dizer que eu sou uma pessoa "atlética". Preferia muito mais olhar tudo de longe.

Enquanto eu pensava nisso, os meninos corriam atrás das meninas, as convidando, e apenas ali, percebi o quanto eu era solitária.

– Harry, vamos, não confia em mim? - Vi Rony Weasley falar com uma cara de desgosto para Potter. - Todos sabemos que você colocou o seu nome na taça. Como?

– Eu já disse, Rony, não fiz nada! - ele reclamou, e quando me viu, sorriu maliciosamente.

"Ah, droga, ele vai se vingar pelas coisas que eu disse a ele." , pensei.

– Poque não pergunta a Bramen?

Rony me olhou e ficou pálido, mas vendo a cara de desafio de Potter, ficou determinado.

– Tudo bem!

– Rony, não faz isso... - Hermione me olhou, com dúvida.

– Faço sim. - ele escondeu seu medo. - Além do mais, ela não morde não é?

Lancei um olhar odioso a Potter, que se limitou a sorrir como se dissesse "a vingança é realmente muito agradável...quando não se é com você"

Quando Rony se aproximou, já tinha perdido metade da coragem, mas engoliu em seco.

– O que? - encarei ele, intimidadora.

– Bem... - ele suspirou, nervoso. - Como você colocou o papel lá?

Eu ia responder, mas ouvi duas vozes brigando.

– EU VOU CONVIDA-LA.

– QUEM DISSE?

Me virei e vi que era Draco e Cedrico, brigando, como sempre.

– O que os dois idiotas estão fazendo agora?

Eles vieram até mim, e Rony continuava perguntado como eu havia feito aquilo. Harry observava a cena de longe, rindo e Hermione balançava a cabeça, desaprovadora com o que ele tinha feito.

– Louise! - gritou Draco, tentando chegar antes de Cedrico.

– Quer vir... - Cedrico o empurrou.

– Ao baile comigo? - ambos disseram ao mesmo tempo.

Me surpreendi, mas perguntei, ignorando Rony.

– Mas você não está bravo comigo?

– Não. - o lufano suspirou. - Você não teve culpa por ter sido escolhida, mesmo que eu quisesse isso muito - ele fez uma cara de cachorrinho sem dono - muito mesmo. - e suspirou de novo.

Fiquei com pena dele, e ia responde-lo, mas Rony pigarreou.

– Espere, Weasley.

– Responda, Louise! - reclamou Draco impaciente.

– Por que está me convidando, Malfoy? - retruquei com desgosto. - Nem gosta de mim.

Ele provavelmente ia dizer algo, mas desistiu. Rony continuava me importunando e Draco e Cedrico começaram a discutir de novo.

– Louise, pode me responder? - ele estava pálido. - Como colocou seu nome lá?

– Ela vai comigo!

– Não, ela vai COMIGO!

As perguntas, a briga e os risos de Potter continuavam, até eu perder a paciência.

– Parem...agora...

Ninguém me ouviu e o tumulto continuou. À essa altura, havia uma multidão encarando.

"Ok, chega disso." , pensei.

– Parem...AGORA!

Meu grito ecoou pelo corredor, e tudo se silenciou.

– VOCÊS VÃO CALAR A BOCA E ME ESCUTAR! - me virei para Weasley. - Eu já disse que eu não fiz NADA! ME OUVIU?

Ele assentiu, cor de cera e se afastou em direção à Harry e Hermione, que agora estavam calados.

– E VOCÊS DOIS! - me virei para Draco e Cedrico. - Eu não sou propriedade de ninguém! E já estou CANSADA dessas brigas patéticas! E EU NÃO VOU FALAR COM NENHUM DE VOCÊS SE NÃO PARAREM COM ESSA PALHAÇADA!

Eles assentiram, calados. Olhei na multidão e vi Neville.

– Ei, Longbottom. - fiz um gesto de "venha aqui", tentando tirar aquela cara de selvagem da minha cara e fazendo minha melhor voz agradável. (Sim, eu tenho uma voz agradável, não sou um animal o tempo todo)

– Si-sim? - ele estava bobo como sempre.

Você vai ao bale comigo.

– T-tudo bem... - ele sorriu, sem jeito, e provavelmente assustado com minha cena.

– Você vai ao baile com Neville? - Draco protestou.

– Sim. - me aproximei dele, corando e percebendo o que tinha feito, mas sem ousar mudar de ideia. - E eu o acho muito agradável.

Ele corou com o elogio, e sorriu pra si mesmo.

– Eu sou agradável... - sussurrou.

– Vamos Neville... - sai andando e o puxei pela manga, com vontade de esconder minha cara num buraco no chão e nunca mais aparecer.

– Tá... - sua voz era fraca e ele me lembrava um hamster assustado.

Naquela hora, apenas uma coisa passou pela minha cabeça:

O que eu tinha feito?


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado .>
Bezinhos :3



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