Diário de uma Bruxa escrita por Unseen
Notas iniciais do capítulo
Aqui está o capítulo, minha gente! ^^
Ah, e percebi que vocês provavelmente acham que a Louise é irmã do Potter '-'
Pois saibam que não é ¬u¬
Vocês vão descobrir coisas xocosas com o tempo
Boa Leitura!
Eu continuei puxando Neville, até que estivéssemos longe o bastante para que não nos ouvissem.
– Onde estamos indo? - ele perguntou, nervoso.
– Eu não sei. - admiti, enquanto andávamos pelos corredores vazios.
Assim que julguei estar livre de todas aquelas pessoas, parei e me sentei ao pé da escada.
– Me desculpe por te envolver em tudo isso. - resmunguei, amarga.
– Ah, na verdade... - ele corou, ainda em pé e lançando o peso de um pé para o outro - não achei que fosse achar um par tão bonito.
Eu também corei, mas disfarcei com meu constante mau humor.
– Agora não é hora de elogios, Longbottom. - lhe lancei uma carranca.
– Ah, me desculpe. - ele fez uma cara triste e corou mais ainda, encarando os próprios sapatos.
Olhei para sua expressão cabisbaixa e suspirei, me levantando.
– Ao menos sabe dançar?
– Um pouco...você não prestou atenção a demonstração da professora Minerva?
– Na verdade não... - admiti - Quase dormi na metade...
– Você sabe que os bruxos escolhidos para o Torneio são os primeiros não é?
Eu tinha esquecido esse "pequeno" detalhe. Fiz uma careta e me repreendi por ter sido tão idiota.
– Então... - continuei, de braços cruzados - Parece que teremos que aprender.
– Mas onde?
Esse era o problema; achar uma sala vaga e disponível para treinarmos (e de preferência, longe dos olhares curiosos). Não seria bom pra minha reputação ser vista ensaiando valsa com Longbottom.
O problema, no entanto, logo se resolveu; uma parede que aparentemente era vazia e simples no início, emitiu alguns ruídos, e seus tijolos cinzentos se transformaram em uma porta de ferro. Eu já tinha ouvido aquela história, e Neville concretizou meus pensamentos num sussurro pasmo:
– A Sala Precisa...
– Dizem que ela aparece pra quem precisa...e com tudo o que a pessoa precisa... - andei até a porta, a abrindo com um leve rangido - Bem na hora, não?
Entramos, e era um grande espaço vazios, com exceção de um pequeno toca-discos sobre uma mesinha de madeira escura. Fechei a porta e examinei o lugar, dando um giro. Depois de uma pausa constrangedora, olhei pra ele.
– Então... - suspirei. - Me ensine o que sabe.
– Tudo bem... - ele se aproximou, calculando cada passo como se temesse que eu tivesse um dos meus ataques de nervos a qualquer momento.
– Vamos logo.. - o apressei, impaciente - Eu não mordo.
Ele repetiu seu habitual e "tudo bem", corado e sem-graça, como sempre.
Ele chegou próximo o bastante, e como não agiu, eu reclamei.
– Ora, não tenho o dia todo. - Estava quase desistindo de ser seu par e pensando em convidar outra pessoa qualquer, quando ele pegou minha mão esquerda com a sua direita.
Tentei, sem sucesso, esconder o rubor em meu rosto, apenas me concentrando na música que flutuava do toca-discos.
– E agora? - arrisquei.
– Vo-você coloca sua mão direita no meu ombro...
Fiz exatamente isso, e por dentro estava impaciente e infeliz pelo jeito lento que as coisas andavam. Quanto antes aprendesse, melhor.
– Com licença. - ele emitiu um sussurro fraco, me surpreendendo e colocando sua mão esquerda na minha cintura.
Não é mais necessário dizer que ambos coramos (a palavra corar é fraca), nós praticamente queimamos. Seu rosto era como um tomate e não posso dizer que o meu estava melhor.
Ele falava "esquerda" e "direita" em suas respectivas ordens, o que, infelizmente não impedia que eu pisasse no seu pé, acidentalmente, inúmeras vezes. Eu sempre murmurava um "foi mal" ou "desculpa", mas ele fingia não ter sentido e nós continuávamos a dança.
Depois do que julguei ser uma ou duas horas, paramos cansados, e a música parou magicamente junto.
Não posso dizer que aprendemos muita coisa juntos, mas ao menos sabíamos o básico.
– Amanhã, depois da aula e antes do jantar. - gritei por cima do ombro, enquanto me precipitava em direção a porta.
– O que? - perguntou, sem entender.
– O que você acha? Que aprenderíamos em um só dia? Temos que ensaiar de novo, droga.
Não esperei resposta e saí andando em direção ao Salão Comunal, onde um delicioso cheiro de comida emanava.
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– Louise! - ouvi alguém me chamar e me virei em direção a voz.
Diggory e Malfoy vinham na minha direção. Parei e lhes lancei meu clássico olhar desaprovador.
– Já disse que não vou falar com nenhum dos dois até que se entendam e parem de brigar.
– Sim, mas já nos entendemos, eu acho... - Cedrico mentiu, e Draco confirmou com um falso sorriso.
Suspirei exausta.
– Já falei que você mente mal, Diggory.
Ambos ficaram pálidos, mas não desistiram, me direcionando mais sorrisos exagerados.
– Ah... - desisti - Eu sei que é mentira, mas estou cansada demais pra ligar. - escondi um sorriso.
– Ótimo - Cedrico ia falar, mas Draco se precipitou, o sorriso de ambos desaparecendo. - Agora me responda: Você vai mesmo ao baile com o Longbottom?
– E você se importa? - provoquei.
– Não! - ele respondeu prontamente (eu diria até rápido demais), com uma expressão de desgosto e até nojo nos olhos.
– Não? - eu ri - Então porque VOCÊ me convidou ao baile?
Ele iria dizer algo, mas estava sem argumentos. Em vez disso, se limitou a um sorriso cansado.
– Nunca vai me deixar esquecer isso, não é?
Balancei a cabeça negativamente, rindo.
– Onde estava esse tempo todo? - Cedrico se aproximou, claramente descontente por não participar da conversa. - Estava preocupado.
– Estava ensaiando pro baile com Neville. - lancei um olhar provocador a ambos, e percebendo que eu talvez provocasse demais as pessoas (só talvez hein). - Ah, a propósito, Cedrico, você pode me ajudar a treinar pro torneio? - não era uma provocação, eu realmente precisava de ajuda nos dois casos.
Ele concordou, mas Draco não pareceu feliz por aparentemente ser o único que não teria utilidade.
Nada feliz.
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Espero que tenham gostado, e COMENTEM! >.>
Bezinhos