Diário de uma Bruxa escrita por Unseen


Capítulo 4
Um Passado Nebuloso


Notas iniciais do capítulo

OLÁ O/
Bem, como eu matei aula hoje, resolvi fazer um capítulo maior praa compensar os pequenos que eu ando fazendo :v
NADA DE SAMARA U-U
Boa leitura! ^^



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– Vai ficar tudo bem, vai ficar tudo bem... – uma mulher de cheiro familiar e cabelos cor de fogo me abraçava em seu colo, e havia outro bebê no berço. Não estava entendendo nada, e a única certeza que eu tinha era que eu estava assustada, e aquela mulher que me segurava também.

Um barulho muito alto veio do outro quarto, e a mulher ficou ainda mais ansiosa, as lágrimas escorrendo por suas bochechas. E quando ela ficava ansiosa, eu também ficava.

Ela me colocou no berço no exato momento em que a porta foi arrancada das dobradiças e uma forma nebulosa apareceu.

– Fique longe deles! – a mulher gritou, bloqueando minha ainda limitada visão daquela misteriosa pessoa junto a porta. Aquela tensão toda me incomodava, e comecei a chorar, junto ao outro bebê ao meu lado. Por que ela estava chorando? Quem era aquele desconhecido? O que ele queria?

– Avada Kedavra! – aquela pessoa desconhecida gritou, e uma luz verde e brilhante apareceu, indo parar no peito da mulher. Ela caiu no chão, e nós choramos mais forte ainda. O estranho repetiu a frase, mas dessa vez, voltado para o menino do meu lado, apenas me ignorando. A luz verde voltou, mas dessa vez, quando o atingiu, algo aconteceu. A luz se tornou vermelha e se voltou para o estranho, fazendo ele subitamente sumir.

E foi aí que eu acordei.

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– Louise? Louise? – ouvi uma voz me chamar. Parecia ser Madame Pomfrey.

Resmunguei alguma coisa que nem mesmo eu entendi e ouvi uma risada.

– Acorda, Bela Adormecida. Já faz um bom tempo que você está tirando essa soneca.

– Cala a boca, Malfoy. – resmunguei, esfregando os olhos.

Quando os abri, vi Madame Pomfrey colocando um pouco de água num copo e Draco e Cedrico olhando de longe.

– Louise! – Cedrico se aproximou rapidamente, pegando minha mão, e me fazendo corar. Draco pigarreou e se aproximou também, e ambos trocaram olhares mortais.

– Como se sente? - Cedrico o empurrou um pouco pro lado.

– Estou bem, só parece que eu fui atropelada pelo trem de Hogwarts. – resmunguei.

– O que aconteceu lá? – Draco se aproximou mais, empurrando Cedrico (nem tão sutilmente) para o lado.

– Eu... – não consegui terminar a frase. Cedrico e Draco se empurravam discretamente, numa pequena batalha. A pequena batalha se tornou menos sutil quando ambos começaram a brigar e gritar um com o outro.

– Eu cheguei aqui primeiro. – o Lufano reclamou.

– Não me interessa, eu conheço ela a mais tempo.

– isso não importa, eu sou o melhor amigo dela.

– Eu estou bem aqui... – levantei uma sobrancelha.

– Viu? Você está incomodando. – Draco me ignorou.

– Você que está, babaca! – a cada frase eles elevavam mais a voz.

– Ela é da minha casa!

– Isso não significa nada!

– Vocês podem PARAR? – gritei, mas eles me ignoraram de novo. Por sorte, antes que eu levantasse da cama e desse alguns pontapés, Madame Pomfrey interveio.

– Já, chega, os dois! Ela não pode passar por mais estresse.

Eles se calaram e se afastaram um do outro. Ela continuou os encarando.

– Isso significa que vocês tem que dar algum espaço pra ela. – ela os afastou com a mão, ignorando seus protestos. – Xô! Xô!

– Então eu acho que te vejo depois. – Cedrico acenou e eu acenei de volta.

– Acho que sim. – falei.

– Temos que ter uma conversa. – Draco me olhou, sério. - À sós.

– Tudo bem... – fiquei confusa, observando Madame os expulsar.

Eu queria sair daquela cama, e aleguei que foi só um desmaio, mas ela não me deixou ir, dizendo que eu estava passando por muita coisa. Não entendi a princípio, mas me lembrei do que havia acontecido.

“Louise Potter”? Bem, era o que estava escrito no papel...e foi o que me fez desmaiar, pelo jeito.

Passei toda a manhã ali, e no início da tarde, enquanto eu morria de tédio, recebi uma visita inesperada.

– Tem certeza? – olhei pra porta e vi o trio de ouro. Quem havia falado era a Granger, seu rosto preocupado.

– Tenho, podem ir. Sou eu quem devo falar. – Harry sussurrou para ela, me fazendo estremecer.

O Weasley mais novo olhou pra mim, e nossos olhares se encontraram, o que fez ele logo o desviar, corado.

– Tudo bem então. – ele falou para Potter – Boa sorte...com ela.

Pera...ELA? Eles estavam falando de mim? [N/A: Imagina ¬¬’]

Eles foram embora, e Harry hesitou, olhando para os próprios sapatos. Olhei pra ele, curiosa, porém incapaz de dizer algo. Ele se aproximou lentamente, calculando seus movimentos. (o que por algum motivo me deixou irritada)

Quando ele chegou perto o suficiente, estava totalmente vermelho, e sua voz fraca.

– O-oi...

Levantei uma sobrancelha, um gesto muito comum pra mim.

– Você não veio aqui só pra dizer isso, veio?

Ele corou mais (se isso era humanamente possível)

– Não, na verdade eu vim...

– ...falar sobre o papel. – o interrompi.

– Sim. – ele parecia mais confiante, mas ainda havia uma tensão. Talvez pelo fato de eu nunca ter direcionado uma palavra pra ele e vice-versa.

– Se veio aqui perguntar se eu sei de alguma coisa...não. – não era uma mentira, pensando bem...a única coisa que eu sabia era...o sonho.

– Ah. – ele pareceu decepcionado. – Eu gostaria de algumas respostas.

– Somos dois. – falei, a tensão diminuindo. – Tem tantas perguntas...Por que meu nome estava escrito daquela forma? Como fomos sorteados? E...e eu tenho uma pergunta nova pra você.

Ele levantou a cabeça, me olhando nos olhos pela primeira vez. De alguma forma, aqueles olhos verdes eram familiares.

– Pode perguntar. – ele não soava tão confiante..

– Você teve algum...sonho estranho? – corei com minha pergunta idiota. É claro que ele não...

– Sim! – seu rosto se iluminou, mas logo depois ele voltou ao normal.

É, Acho que eu intimido ele.

– Como? – fiquei curiosa.

– Bem...são meio confusos pra falar a verdade. – acenei com a cabeça, concordando. Eu não lembrava nem metade do sonho.

– Além disso... – olhei pra ele curiosa – Você sabe alguma outra coisa?

– Não.

Um silêncio desconfortável pairou sobre nós.

– Ah, senhorita Bramen. – Dumbledore apareceu, e logo atrás estavam os diretores das outras escolas. – Que bom que acordou. Precisamos conversar.

“Ah, merda”, pensei.

Eles nos guiaram por alguns corredores, e eu e Harry ficamos um pouco atrás, nervosos.

– Dumbledore estava esperando você acordar para conversar conosco. – ele sussurrou. – Há muitos boatos correndo.

Engoli em seco. Eles entraram por uma porta e nós os seguimos. Lá dentro se encontravam os escolhidos para o Torneio. Eles nos lançaram olhares mortais, como se nós tivéssemos trapaceado. (O que eles provavelmente achavam que nós tínhamos feito)

– Sentem-se. – nós obedecemos e nos sentamos nas poltronas vermelhas que ocupavam grande parte da sala. Normalmente elas seriam confortáveis, mas não naquela ocasião.

Um longo silêncio pairou na sala.

– Como fizeram? – ele nos olhou desconfiado.

– Como? – Harry perguntou, dissimulado. Tsc, tsc, ele não sabia mesmo atuar. Melhor deixar comigo mesmo, Potter.

– Não se faça de bobo. – ele nos olhou mais desconfiado. – Como colocaram seus nomes lá? Pediram pra alguém mais velho?

– Senhor... – comecei, com minha clássica cara inocente. – Eu pelo menos não sei de nada. Nunca tive interesse em participar de uma competição que pudesse tirar minha vida, e tenho certeza que Harry também não. – era difícil o defender depois de tantos anos o odiando, mas respirei fundo – É óbvio que alguém fez isso de propósito, talvez para desviar a atenção de algo ainda mais importante. – lancei um olhar rápido ao barbudo, que pra mim parecia bem suspeito. – Além do mais, naquele papel...eu não sei o que significa, e não acho que alguém pudesse fingir um desmaio numa situação dessas.

Todos ouviram atentamente a cada palavra minha, e continuei fazendo minha carinha de anjo. Eles a inspecionaram minuciosamente em busca de alguma pista que provasse que eu estava fingindo, mas eu já era especialista em fingir e atuar.

– Eles parecem inocentes pra mim. – Madame Maxine falou, com seu sotaque. – Principalmente essa adorável menina. Sabe, seria uma honra tela em minha esco...

– Discutiremos a situação e decidiremos o que vamos fazer. – Dumbledore a cortou. – Enquanto isso, peço que fiquem aqui.

Eles saíram, nos deixando sozinhos com Fleur e Viktor.

Outro silêncio constrangedor se abateu pelo lugar.

– Bela atuação. – Fleur mandou essa indireta bem direta na minha cara, enquanto inspecionava as unhas.

Franzi a testa.

– Atuação? Nem todos aqui precisam ser falsos sabia?

Ela olhou pra mim, indignada.

– Falsos? – seu sotaque me irritou. – Eu sei o que é uma atuação e o que não é.

– Sabe? Acho que suas amigas não estavam muito felizes por você. Eu diria que elas estavam até com...inveja. – pronunciei cada sílaba dessa palavra lentamente. Como aquela menina não via? Aquelas garotas não eram suas amigas de verdade. – Mas aparentemente, você sabe “o que é atuação e o que não é.” – imitei seu sotaque.

Um longo silêncio se abateu pela sala.(pela vigésima vez), e depois de algum tempo, eles voltaram.

– Nós decidimos que... – ele hesitou. – Vocês devem participar.

Harry ficou boquiaberto e eu, indignada.

– Eu? Eu não quero participar, eu nunca...

– Eu sei que não é sua escolha senhorita Bramen...mas o cálice escolheu e nós devemos respeitar essa escolha.

– Mas e Cedrico? Ele não pode ficar no meu lugar?

– Receio que não.

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Fui para o Salão Comunal à passos largos, ainda não acreditando nessa notícia.

– Louise! – a voz me chamou, mas eu a ignorei, sem nem mesmo olhar para trás. – Louise!

Senti uma mão encostar no meu ombro.

– O QUE? – disse, me virando. Harry me olhava, corado e espantado com minha súbita ira. Todos os presentes nos olhavam, curiosos, e vi Draco e Cedrico em algum lugar na multidão.

– É que...eu sinto muito. – ele falou.

– Sente muito? SENTE MUITO? – senti meu rosto ficar vermelho de raiva. – Eu NUNCA quis participar desse maldito torneio!

– Mas... – ele colocou a mão no meu ombro outra vez.

– NÃO ENCOSTA EM MIM! – Afastei sua mão com uma tapa. – Só porque eu te salvei de ser punido não significa que nós somos “AMIGUINHOS”! - a multidão continuou assistindo a cena. – Foi você, NÃO FOI? – perguntei, desconfiada e cega pela raiva. – FOI VOCÊ QUE COLOCOU NOSSOS NOMES LÁ?!

– Não! - sua voz tremia, e ele continuava surpreso.

– Louise, se acalma... – senti outra mão no meu ombro. Olhei pra trás e dessa vez era Cedrico.

Olhei em volta e processei o que estava acontecendo: Eu estava fazendo uma cena. Respirei fundo e recuperei minha dignidade.

– Apenas...se afaste, Harry Potter. – pronunciei seu nome com desgosto e me virei, indo para a mesa da minha casa, de cabeça erguida.

Durante o jantar, ninguém me incomodou, nem mesmo Draco, que sentiu que eu não estava pra piadinhas.

Nessa noite, nenhuma garota ficou tagarelando nem soltando risinhos, e pude dormir em paz.

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De manhã, eu me sentia um pouco melhor, e um pouco antes do café-da-manhã, Dumbledore transmitiu a notícia;

– Anunciamos (dessa vez oficialmente) – ouviram-se alguns risinhos, mas ele continuou. – Anunciamos que os escolhidos para o Torneio Tribruxo são: Fleur Delacour! – ouviu-se um tumulto no grupo de alunas da mesma escola que ela. – Viktor Krum! – Aqueles grandalhões riram e deram tapas nas costas dele, e tapas que provavelmente quebrariam cada osso do meu corpo. – e Harry Potter em conjunto de Louise Bramen!

Senti meu rosto corar enquanto os alunos murmuravam e olhavam pra mim e Harry, provavelmente entendendo o motivo da minha cena no dia anterior.

Depois desse anúncio, a correspondência chegou, e tomei um susto quando uma carta caiu bem na minha cabeça, fazendo todos da minha mesa rirem.

– Coruja idiota. – resmunguei, e ela piou, claramente ofendida. Abri a carta e li.

“Querida Louise,

Fomos informados dos recentes acontecimentos na sua escola, e presumimos que tenha muitas perguntas, principalmente sobre o que estava escrito no bilhete.

Falamos com o professor Dumbledore e ele nos concedeu a permissão de visita-la no final do Torneio, para esclarecer as coisas. Pedimos desculpas, mas não há nenhuma outra data disponível para a nossa visita. Boa sorte no Torneio e lembre-se: Nos faça orgulhosos. Não cometa nenhum erro.

Atenciosamente, mãe e pai”


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Notas finais do capítulo

HUEHUEHUEHUE The treta has been planted :3
EU QUERO REVIEWS, DEMOREI A TARDE TODA u-u Eu podia estar vendo Pewdiepie.
Bezos



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