Minha Válvula de Escape - Dramione escrita por Starblood


Capítulo 8
Capítulo 8 ❃


Notas iniciais do capítulo

Hey, pessoal. Estou aqui com mais um cap da minha fic, depois do final tão maluco do cap anterior haha.

Desfrutem



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A única coisa que eu podia fazer naquele momento é ficar gritando histericamente para eles pararem. Eu não poderia me envolver na briga era meio arriscado, eu teria a tendência de levar um belo soco na cara e ainda assim não conseguir pará-los. Então, acabei sendo obrigada a ver os dois rapazes rolarem no chão ambos se chutando e socando. Já dava-se para ver os hematomas no rosto de cada um dos dois "lutadores". Draco revelava um lábio inchado e a testa em um tom arroxeado enquanto meu pai tinha uma enorme mancha roxa em volta de seus olhos. Já estava prestes a achar que a briga jamais terminaria quando de repente vi meu pai imobilizando o Draco e ficando por cima dele enquanto o seu punho mantinha-se no alto pronto para dar-lhe um violento soco.

_Pare, pai! - implorei.

Meu pai olhou-me fixamente e ao ver minha expressão aflita pareceu hesitar. Draco ficou parado arfando pesadamente aguardando o futuro soco de seu agressor. Seus olhos arregalaram-se de espanto ao ver meu pai levantando-se e andando em minha direção.

_Filha, você precisa ficar longe desse garoto.

_Por que, o que ele te fez? - perguntei sem entender. - E Draco... que história é essa de bater do nada em meu pai?

_Hermione você precisa ficar longe DELE. - enfatizou Draco apontando para meu pai. - Você não vai me impedir de estar perto de sua filha. Você já fez isso uma vez, não vou deixar que aconteça novamente.

_ Do que vocês estão falando?– perguntei preocupada.

_Eu fiz isso para o bem dela.

_Não foi para o bem dela, foi para o SEU próprio bem. - disse Draco totalmente nervoso. - E você sabe muito bem disso.

_O que você sabe a meu respeito?

_Eu sei o que aconteceu para você ter ido embora tão repentinamente. Eu vi tudo acontecer...

Meu pai pareceu ter paralisado de repente ao ouvir as palavras de Draco.

_"Eu me lembro de que foi no meio do inverno..." - contou Draco olhando fixamente para meu pai. Parecia que naquela hora eu não existia para nenhum dos dois. Era uma discussão entre eles. Apenas entre eles. - " eu não encontrava Mione em nenhum dos lugares que costumávamos brincar. Fui até sua casa. Bati na porta e chamei ( Sr. Jack?) , Hermione havia me contado seu nome por isso eu sabia a quem chamar. Mas infelizmente ninguém respondeu. Segurei na maçaneta da porta e consegui abri-la. Não havia ninguém na sala de estar... mas no andar de cima perto das escadas havia você e sua esposa. Estavam brigando como Hermione dizia que vocês brigavam. Infelizmente, eu vi uma cena que eu não deveria ter visto. Enquanto você gritava com sua esposa, ela um tanto amedrontada dava marcha ré. Ao aproximar-se muito da ponta da escada, sua mulher perdeu o equilíbrio e caiu. Com os olhos abertos e um filete de sangue saindo de sua boca...ela não se movia mais..."

_Pare. - implorou meu pai chorando demasiadamente. Meus olhos também estavam cheios de lágrimas. Eu queria pedir para Draco parar mas eu não conseguia... algo lá no fundo de mim queria ouvir mais... entender mais.

_O senhor era trouxa de sangue enquanto sua mulher era uma bruxa. O mundo bruxo sempre iria faze-lo lembrar dela. Com um peso em seu coração que você não queria suportar, você acabou por vir para cá, para o mundo trouxa. E ignorando totalmente os sentimentos de sua filha a Mione. Ignorando também os sentimentos de seu amigo, que no caso era eu.

_Como se você também tivesse sofrido bastante. - disse o pai. - Você não sabe como é horrível perder uma esposa.

_Não estou dizendo que o senhor não sofreu. Mas também ignorou os sentimentos das pessoas ao seu redor. Minha mãe estava doente nessa época... e a minha única Válvula de Escape... minha única forma de não sofrer demasiadamente com as coisas que estavam acontecendo, era brincando e consolando minha melhor amiga. - disse Draco olhando em seguida para mim com um olhar triste. - Quando vocês foram embora... e ainda mais daquela maneira, com Hermione sem nenhuma memória sobre mim. Fiquei bastante triste. A pessoa que eu amava tanto e que me ajudava nesses tempos difíceis havia ido embora. Bom, três meses se passaram e minha mãe faleceu e tive de ficar com minha madrinha que me odiava barbaramente.

_Mas por que você só voltou agora, se a amava tanto? - perguntou meu pai. Seu tom não era de implicação, era mais para um tom curioso.

_Eu fiquei bastante tempo tentando superar a minha perda. Quando eu fui para a escola de Hogwarts eu não estava totalmente recuperado. Ainda chorava de tempos em tempos, ficava muito na minha. Minha mãe havia deixado todo o seu dinheiro então eu tinha bastante livro para ocupar-me. O tempo passou e eu conheci uma garota chamada Cristal...

_Cristal... -murmurei lembrando-me do dia em que Draco chamara-me assim.

_Ela era gentil comigo e tudo mais... me apaixonei por ela. Acho que foi mais por ela me lembrar Hermione. Os seus cabelos, seu jeito alegre, seus olhos que expressavam sabedoria... mas ela morreu da mesma forma que morrera sua esposa, Jack. Isso me trouxe lembranças horríveis a tona. Da morte de sua esposa e de eu ter perdido a Hermione. Naquele momento, parecia que todas as coisas que eu tentara esquecer durante muito tempo haviam voltado a tona. Hermione , minha querida Hermione... isso não saia mais de minha cabeça. Decidi procura-la em todos os lugares. Foi uma busca bem cansativa. Mas, quando eu encontrei a escola onde você estudava decidi entrar nela. Usei feitiços para alteração de memórias, criei um falso currículo e tudo mais. O esforço valeu a pena, pois acabei conseguindo entrar na escola. E naquele dia... naquele dia em que eu a vi chorando... meu coração pulou do peito. Minha vontade era de abraça-la e dizer quem eu era... mas...

_Mas? - perguntei com as lágrimas ensopando minhas vestes.

_Eu me conti. Eu me lembrava muito bem que você estava sob o efeito do feitiço OBLIVIATE. Mas eu percebi... quando você falou da neve... e quando você foi a minha casa.... E você não sabe o quanto eu me senti aliviado ao saber que eu não tinha sido apagado totalmente de suas memórias. Uma parte de mim ainda estava ali. Hermione... - murmurou ele indo em minha direção segurando-me as mãos. - Você não sabe o quanto eu estou feliz por ter te achado. Eu sei que você deve estar sentindo raiva de mim por eu não ter te contado isso antes, mas... por favor... não me deixe ficar longe de você novamente. Você é a pessoa mais importante para mim. - em seguida ele me abraçou. Retribui-lhe o abraço não com a mesma intensidade, um pouco atônita.

_Filha... - murmurou meu pai. - Sobre sua mãe...

_Quer dizer... que mamãe morreu assim... - falei com meus olhos insistentes deixando transbordar mais lágrimas. - Por que você não me disse, papai ? Por quê? - em seguida, Draco separou-se de mim em respeito ao diálogo que eu estava tendo com meu pai.

_Eu estava com medo de que você me odiasse. Dissesse que eu era o causador da morte da sua mãe. Brigávamos demais. Mas minha intenção nunca foi esta, você sabe disto. - disse meu pai chorando. - Eu apenas, queria esquecer isso. Eu apenas... Eu apenas... - seu soluços eram incessáveis. - queria viver longe do lugar que lembrar ia-me sempre a sua mãe. Queria viver bem ao seu lado.

_Acho que não deu muito certo. - falei firmemente. - Brigamos o tempo todo, você vive viajando.

_Devo admitir que eu não tenho sido um bom pai. - admitiu ele. - Mas o fato de eu viajar é para evitar as brigas que tanto me trazem lembranças ruins.

_ Mas enquanto você tentava escapar de seu sofrimento, eu não tinha nenhuma Válvula de Escape para o MEU sofrimento. Conte a ele Draco, o que estava acontecendo na escola.

_Sua filha estava sofrendo bullying, Jack. - disse Draco. - E um bullying pesado, foi quase ferida fisicamente pelos colegas. Acabou sendo atropelada.

_E onde estava meu pai, para me ajudar? Que bom que eu tinha o Draco e alguns amigos para me ajudarem neste momento.

_Me desculpe, filha... eu sei que errei. Mas eu vou tentar mudar... - disse meu pai indo me abraçar. - Me desculpe... eu nunca quis isso... eu fui egoísta.

_Não se preocupe, pai. Acabou. Finalmente. - falei em meio ao meu pranto. - Amo-te, papai!

_Também te amo.

Fora tudo tão rápido. Mas, eu acho que eu não iria querer que tudo me fosse contado "ao seu tempo", eu não sei se eu iria conseguir lidar tão facilmente com tantas revelações chegando pouco a pouco. Eu acho, que as revelações por virem tão rápido foram mais fáceis de se compreender. È que nem um remédio amargo que você não quer tomar mesmo sendo para seu próprio bem, é mais fácil toma-lo de uma vez do que aos poucos.

Papai e Draco eu vou amá-los independente do que vocês tiverem para me contar.

Acho que a mamãe dês do inicio, desejou que eu soubesse a verdade.

Não se preocupe mamãe, pode retornar para seu céu dos lírios azuis, sem mais nenhuma preocupação.

Pois sua filha está feliz agora.

❃ ❃ ❃

P.O.V da autora

Lá estava a mãe de Draco deitada em sua cama com uma bolsa de gelo em sua testa. Seus cabelos loiros eram lindos , como o mais belo ouro do mundo. E seus olhos entreabertos encondiam um pouco de seus lindos olhos acizentados. Sua respiração era pesada fazendo-a se mover bastante em sua cama.

_Mãe. - disse Draco entrando em seu quarto.

_Oi, querido. Aproxime-se da mamãe. - pediu sua mãe esticando a mão com dificuldade em sua direção. Como foi seu dia?

_Foi legal,mamãe.

_A sua mãe ficaria tão feliz se você me contasse em detalhes, querido. Gosto de ouvir sua voz contando-me o que você fez de bom hoje. Encontrou-se com sua amiguinha?

_Sim. Mas ela parecia meio triste, os pais dela tornaram a brigar. Mas tentei animá-la e consegui! Eu gosto de fazê-la se sentir melhor. Por um lado ela faz o mesmo comigo quando eu estou triste.

_O que o entristece, querido?

_Não gosto de vê-la assim,mamãe. Queria que a senhora ficasse boa logo.

_Estou me esforçando para ficar. Não se preocupe.

_Mãe, posso te perguntar uma coisa?

_O que quiser, querido.

_Eu tenho me sentido diferente... quando estou com essa minha amiga me sinto mais alegre, mais calmo e sinto um bem estar que não consigo nem dizer o quão grande ele é. Sinto vontade de sempre estar com ela e vê-la sorrir. Eu não entendo isso, mamãe.

_Quando você crescer vai entender melhor. Esse é o príncipio de um sentimento adolescente. - disse ela rindo delicadamente.

_Mãe, com quantos anos uma pessoa pode se casar? - perguntou Draco ruborizando.

_Já está pensando em casamento? Haha! Querido, eu acho que ainda vai demorar um pouco para você poder se casar.

_E quem disse que sou eu que quero. Poderia ser qualquer outra pessoa?

_Você quer se casar futuramente com a Mione? - perguntou a mãe de Draco ignorando as palavras do filho.

_Eu queria.

_Nunca deixe de sonhar, querido.

❃❃❃

_Mamãe. - gritava Draco enquanto sua mãe tinha um ataque de tosse.

_Querido, não se preocupe. Mamãe vai ficar bem.

_Mãe... você vai para o céu dos lírios azuis, onde a mãe de Mione também foi?

_Acho que em breve eu vou, querido. E poderei ver os lindos lírios azuis.

_Não vá , mamãe. Eu juro que compro um buquê de lírios azuis. Mas não vá, por favor. - implorou Draco chorando capciosamente.

_Querido, não se preocupe. Um dia nos encontraremos. Até lá, eu estarei te olhando sempre. E estarei aqui. - disse sua mãe colocando a mão no peito de seu filho, onde se localiza o coração.

_Certo, mamãe. - disse Draco enchendo a mão de sua mãe com beijos. - Eu te amo, mamãe.

_Querido...

_Sim, mamãe?

_Diga-me... futuramente... você vai tentar pedir sua amiga em casamento? A pessoa que te faz tão feliz? Aliás, eu não tenho visto você saindo para brincar com ela ultimamente.

_Ah, acho que você está dormindo quando eu saio para brincar com ela. - mentiu Draco. - Mas sim mamãe eu tentarei pedi-la em casamento.

_A juventude, tão sonhadora... os sonhos são as coisas que nos fortalecem. E eu acho Draco , que você é a pessoa mais forte de todas...

A mãe de Draco de repente soltara um suspiro e sua respiração parou imediatamente. Draco agora chorava mais do que nunca, segurando a mão de sua querida mãe.

"Infelizmente, não sou forte como você acha que sou, mamãe." - pensou Draco ajoelhando-se na beirada da cama de sua mãe e chorando segurando sua mão firmemente, como se ela lhe transmitisse alguma força.


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Notas finais do capítulo

Ok, esse capítulo foi bem difícil de escrever *estalando os dedos. Mas aqui está! Eu achei que eu não ia conseguir escreve-lo hoje, mas fiz uma forcinha. Queria muito trazer esse cap para vocês, amores.

E sério, lá vou eu ouvir mais uma vez, a música que me viciou geral e nem sei por que.
DAYUM DAYUM DAYUM. (8



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