Minha Válvula de Escape - Dramione escrita por Starblood


Capítulo 9
Capítulo 9 ❃


Notas iniciais do capítulo

Acreditam que eu ouço música enquanto escrevo a fic? Sinto mais inspiração até nas horas em que dá um branco. Haha.

Bom, quero dar um aviso que não tem nada a ver com o que eu disse acima. Provavelmente esse computador sairá de minhas mãos temporariamente e acabe ficando mais difícil escrever. (Isso se eu conseguir.)

Sem mais avisos, desfrutem



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Estava erguendo minhas mãos para o alto tentando alcançar a luz chamada " recomeço." Sim. Um recomeço estava próximo. Uma mudança ótima em minha vida. Vivendo um momento amoroso com Malfoy. Tendo um novo recomeço em minha relação pai e filha, com o "vovô" Jack. E tendo a oportunidade de experimentar a sensação de ter grandes amigos por perto. O que posso dizer sobre o que aconteceu depois das revelações que me foram ditas?

Papai e eu fomos reclamar diretamente com a escola sobre a maneira errada de tentar parar o bullying. A escola admitiu que estava errada e que deveria ter sido mais cautelosa ao tentar resolver o problema. Como pedido de desculpas a escola deu-me uma bolsa de 50% (minhas notas contribuíram para tal decisão.) Papai e eu comemoramos logicamente. E prometemos guardar o dinheiro que antes gastávamos mensalmente com a escola para podermos viajar.

Bom, não preciso dizer que Pansy Parkison ao me ver na sala de aula já veio implicar comigo. Mas, Luna Lovegood veio em minha defesa. A sala surpreendeu-se já que ninguém tinha enfrentado Pansy antes. Interessante, que mesmo tendo só sido uma pessoa que foi em minha defesa, os olhos de Pansy expressavam uma espécie de "visão" de que logo essa uma pessoa poderiam se tornar várias. Graças a essa atitude corajosa de Luna, Pansy não me infernizou durante todo o horário de aula.

O que eu não esperava era que na hora que as aulas tinham terminado e eu estava fora da escola, era ver a garota ali junto a sua amiga "comparsa." ambas com um sorriso maldoso no rosto. Infelizmente, Luna havia pedido para eu ir na frente já que ela ia tirar umas dúvidas sobre notas de provas com o nosso professor de história.

Pansy estava se aproximando, com certeza querendo fazer-me algum mal fisicamente. Fechei os olhos esperando pela dor, mas estranhamente ela não apareceu em momento algum. Abri meus olhos e vi na minha frente algo que eu não esperava. Meu pai, todos meus amigos do clube do livro e Draco,todos encarando Pansy Parkison e sua comparsa. "È você que está fazendo mal a minha filha?" perguntou ele cruzando os braços e fazendo sua expressão mais perigosa. Os meus amigos acompanharam-no todos fazendo também uma expressão perigosa. Pansy, certamente, totalmente amedrontada com a quele monte de gente perto dela acabou recuando. " E se eu estiver fazendo mal a ela?" - perguntou Pansy com o pouco de coragem que ainda lhe restava. "Olha aqui, se eu souber que você está tentando fazer novamente algum mal a Hermione... acho que quem virará o valentão aqui, serei eu já que não adianta falar com seus pais." - ameaçou Draco estalando os nós de seus dedos. " Cai fora, vadia." - gritou Gina fazendo um gesto obsceno a garota.

Pansy Parkison e sua amiga deram meia volta e saíram correndo. Claro que Pansy fez questão de dar-me um esbarrão no ombro. Mas se aquele seria o último mal que ela me faria, então eu não ligava.

Eu nunca havia imaginaria que minhas Válvulas de Escape iriam se tornar minhas salvadoras.

Bom, passei a ir com mais frequência para o clube do livro. O que me deixou bastante contente foi o fato de que Harry aos poucos, começou a deixar de lado seu jeito reservado. Acho que o clube do livro fez muito bem a ele. Gina não poderia estar mais feliz com essa mudança de seu namorado.

Ah, sim. Luna conseguiu arranjar um namorado. A garota sempre ia para uma livraria ou para comprar livros ou para tomar um cafezinho na cafeteria dentro da livraria. Um caixa chamado Neville Longbottom acabou se interessando por ela. E um dia menos movimentado ele pediu o número de telefone da garota convidando-a para tomar uma cafezinho na cafeteria junto com ele um dia. Luna aceitou e este foi o ínicio do amor dos dois.

Bom, claro que a notícia de que meu ex-professor era agora meu namorado foi um choque para ela. Mas isso não a impediu de dar-me os parabéns. E com o passar do tempo fui tentando convencer Draco de ir também para o clube do livro. E minha insistência acabou dando certo, pois um dia finalmente ele foi ao clube. Foi muito bem recebido e divertiu-se bastante também com todos meus amigos que logo tornaram-se amigos dele também.

Quem disse que um adulto não pode se tornar amigo de adolescentes?

Meu pai e eu saímos para todos os lugares que um pai e uma filha poderiam ir. Fomos ao zoológico, ao shopping juntos a uma doceria que sinceramente eu adorava. Nosso laço de pai e filha nunca fora tão firme. Brigávamos ainda, mas bem menos do que antes. E quando brigávamos nos acertávamos na base do diálogo. Não tinha mais essa de pai viajar e filha ficar sozinha em casa. "Tenho tanto orgulho de você, querida." - disse meu pai quando estávamos no sofá assistindo a um filme juntos. Confesso que nessa hora minhas lágrimas caíram, fazia tempo que eu não ouvia meu pai dizer algo assim.

O tempo passou-se e um dia finalmente criei coragem de fazer um pedido a Draco. Que na verdade, eu deveria ter feito a muito tempo.

_Draco... me leve para o mundo dos bruxos... eu queria ver o túmulo de minha mãe.

Antes de ir me encontrar com Draco em sua casa eu havia passado em uma floricultura. Eu havia conseguido comprar o último lírio azul que tinha. Draco ao ouvir meu pedido apenas franziu a testa e perguntou-me se eu tinha certeza se era disso que eu queria. Aquiesci firmemente com a cabeça. Em seguida, Draco pediu-me para segurar-lhe o braço. Segurei-o e em seguida o rapaz rodopiou comigo junto. E senti-me em um kamikaze com tudo girando tão rápido a minha volta. Quando finalmente o mundo parou de se mover tão rapidamente vi-me em uma espécie de colina sem nenhuma árvore a nossa volta. Eu me lembrava desse lugar. Só que da última vez que eu visitara, ele estava todo coberto de neve. Apertei o lírio mais firme contra meu peito enquanto eu andava em direção a uma visível lápide de pedra escrito " R.I.P Esperanza Jean Granger."

Funguei audivelmente e coloquei a flor em cima do túmulo. Em seguida ajoelhei-me de frente para ele. Eu tentava a todo custo segurar as lágrimas. O que me desencadeou as lágrimas foi quando Draco segurou-me o ombro firmemente em um ato de presença. Comecei a chorar capciosamente enquanto eu me deitava em cima de seu túmulo segurando firmemente a grama em minhas mãos. Draco ajoelhou-se ao meu lado e tentou me acalmar falando palavras confortantes e gentis. Olhei para a flor na minha frente e fixei-a como se eu esperasse ver minha mãe segurando-a. De repente, fixei meus olhos em algo atrás da flor. Não só a lápide de pedra, mas o que tinha nela. Havia uma cor diferente, em um formato de um paralelepípedo que lembrava-me muito uma gaveta. Embaixo haviam letras bem pequenas que tive muita dificuldade de ler. Tive de secar meus olhos e aproximar-me mais das pequenas letras para entender o que havia escrito.

"Com o meu sangue o selo se romperá."

Entendendo o que estava escrito rapidamente dei-me uma bela mordida na ponta do meu dedo indicador. Encostei-o onde havia o paralelepípedo. De repente, a lápide iluminou-se e realmente o paralelepípedo revelou ser uma gaveta. E dentro da gaveta havia uma pequena pedra. Peguei-a e olhei curiosamente para ela.

_Não...não pode ser. È impossível. - murmurou Draco olhando assombrado para a pedra.

Sem entender absolutamente fiquei mexendo na pedra procurando algum sinal de utilidade. Mas não havia nada.

_Hermione se for o que estou pensando que é... - sussurrou Draco. - Gire a pedra três vezes na sua mão. E pense na sua mãe.

Não entendi as orientações mas as fiz. Como resultado a pedra brilhou e em seguida uma espécie de espectro revelou-se bem adiante de mim. De uma mulher e bastante conhecida.

_Mãe... - murmurei.

_Filha... - murmurou o espírito de minha mãe.

_Como... como é possível?

_Querida, eu imaginei que... já que você tinha paixão por leitura... caso descobrisse a pedra. Iria saber como fazer uso dela. Eu pedi para seu pai, para caso eu morresse antes dele, que deixasse essa pedra em minha lápide para eu falar com você pela última vez.

"Então, papai amou a mamãe até o fim." - pensei ainda sem crer o que se passava.

_Mamãe me desculpa. Eu poderia...

_Não precisa se desculpar. Você tinha 4 anos. Não teria como você se envolver em uma briga de adultos. Além do mais, sei que seu pai não causou minha morte por querer. Mas saiba Hermione, que eu sempre te amei e sempre vou amá-la.

_Mamãe no céu tem lírios? - perguntei automaticamente sem perceber o quanto minha pergunta fora ridícula.

_Não tem... mas sabe. Ganhei um lírio e foi melhor do que receber todos os lírios do mundo. - disse minha mãe com doçura apontando para o lírio em cima de seu túmulo. - Mas estou feliz e em paz.

_Mãe, eu te amo... fico feliz em saber que você está bem.

_E vejo que você arranjou uma pessoa para ficar ao seu lado. - disse minha mãe se dirigindo a Draco. - Sabe rapaz, uma coisa eu posso te falar. Sua mãe te observa muito e ela não poderia estar mais orgulhosa. Saiba que ela te ama muito.

Agora era a vez das lágrimas de Draco caírem. Seus olhos cinzas agora brilhavam de emoção.

_Minha mãe... - murmurou ele levando uma das mãos até a boca.

_Sabe, ela me disse que os últimos momentos dela foram os mais felizes. Graças a você. Que sempre esteve do lado dela. Ela sabia que você não estava mais se encontrando com Hermione. Ela percebeu que você conteu seu sofrimento, para não faze-la sofrer. - prosseguiu minha mãe. - Posso não ser sua mãe , mas isso é um caráter que se vê em poucos.

_Mãe...

_Agora enterre essa pedra em algum lugar que você não consiga se lembrar depois. A pedra da ressureição tem seu lado ruim que é fazer você querer usá-la o tempo todo. E eu acho que os mortos devem ficar onde estão.

_Certo, mamãe.

❃ ❃ ❃

_Hermione, vamos. - pediu Draco.

A pedra já estava enterrada. E eu nem fazia idéia de quanto tempo havia se passado dês de que eu voltei ao túmulo de minha mãe e fiquei em pé perto dele, apenas encarando o nome de minha mãe. O céu estava nublado e isso não contribuía para minha mudança de estado de espírito.

_Hermione...

_Ela me ama...

_Hermione,vamos para minha casa. Tomar um chá quente, tentar espairecer um pouco.

_Minha mãe... -continuei murmurando sem tirar os olhos do túmulo.

_HERMIONE! - gritou Draco fazendo eu voltar a tona.

Virei-me em sua direção e olhei fixamente para meu namorado que olhava-me preocupado.

_Por que, por que Draco? Por quê? - chorei histericamente abraçando Draco. O rapaz envolveu-me em seus braços em um abraço apertado.

As primeiras gotas de chuvas começaram a cair. Logo, a chuva estava tornando-se mais pesada ensopando minhas roupas e meus cabelos e idem o Draco.

_Vamos, Mione... eu prometi aqui mesmo que eu cuidaria de você.

_Prometeu?

_Sim. Vamos sair dessa chuva, venha. - disse ele soltando-me do abraço apertado e segurando minha mão.

_Draco... um dia veremos nossas mães novamente?

_Mas é claro. - afirmou Draco. - Me prometa que estaremos juntos quando esse reencontro acontecer.

_Sim... eu prometo. - falei apertando-lhe a mão.

Aparatamos nesse momento, estávamos indo para a casa de Draco.

Sabe aquela luz chamada recomeço? Pois é. Eu consegui pegá-la. Mas não sozinha... nunca sozinha... não mais.


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