Minha Válvula de Escape - Dramione escrita por Starblood


Capítulo 6
Capítulo 6 ❃


Notas iniciais do capítulo

OMG! OMG! OMG! Estou feliz da vida!!! Obrigada a Laura V pela LINDA E PERFEITA recomendação!!! Dedico esse cap a você !!! :D



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Toquei a campainha confirmando se o endereço onde eu estava era o correto. Logo, a voz animada de Luna Lovegood soou do outro lado da porta.

_Mione é você! - enruguei a testa. Como ela sabia que tinha sido eu que tinha a campainha? Observei bem a porta e percebi que nela havia um olho mágico. Ouvi som de chave e Luna destrancando a porta. Ao abri-la a garota abraçou-me fortemente.

_Calma, Luna! Assim você vai me quebrar alguns ossos. - avisei-a com um sorriso incontido nos lábios.

_Que bom que você veio!Por favor, entre. - disse ela dando-me passagem para entrar em sua casa (ela também morava em uma residência. E bastante grande, parecia ser rica.)

A casa parecia ainda maior por dentro. A sala era enorme, dava-se para fazer uma balada com quase três turmas da minha escola. E mesmo para uma área tão grande, era repleta de mobília e de decoração. No sofá haviam 5 jovens que eu não conhecia, isso me fez hesitar de aproximar-me deles.

A única garota do grupo dos 5 jovens era totalmente ruiva. Seus olhos tinha uma firmeza um tanto intimidadora. Mas seu sorriso era gentil e sincero. A ruiva conversava com um rapaz de óculos redondos, seus cabelos eram pretos e seus olhos totalmente verdes, sua expressão era séria dando-lhe um ar um tanto intelectual e maduro.

Dois dos garotos pareciam ser gêmeos. Seus cabelos eram ruivos e o modo como falavam davam-lhe um ar de marotice e ambos conversavam com um garoto também ruivo, que parecia ser o irmão dos dois, seu rosto era repleto de sardas e seu nariz era bem espichado. Quando o garoto olhou para minha direção, seus olhos arregalaram-se em surpresa e um sorriso transpassou-lhe os lábios.

_Ei, gente! Acho que é ela!

A garota ruiva interrompeu sua conversa com o rapaz de óculos e rapidamente virou sua cabeça em minha direção. Ergui minha mão timidamente e acenei para todos, que agora olhavam atentamente para mim.

_Oi, pessoal...

_Gente essa daqui é a Mione! - disse Luna apresentando-me a todos. - Aguardávamos ansiosamente por você.

Antes de eu dizer qualquer coisa a garota ruiva correu apressadamente em minha direção e deu-me um forte abraço de urso. Retribui o abraço um tanto sem jeito, fazia tempo que eu não recebia um abraço assim.

_Eu sou Gina. - apresentou-se. - Ginevra Molly Weasley. Estes três são meus irmãos. - disse ela apontando para os três rapazes ruivos. - Esses dois são Fred e Jorge. - disse ela indicando os gêmeos que mandaram-me uma piscadela. Apenas baixei minha cabeça tentando disfarçar meu rosto corado. - E esse com nariz de Pinóquio é meu irmão Ronald, mas pode chama-lo de Rony. - agora Gina indicou-me o garoto que tinha o nariz espichado. Rony lançou-me um sorriso de lado um tanto sensual fazendo-me apenas entreabrir a boca sem achar nada para dizer.

_Resolvemos preparar um presente para você, Mione. - disse um dos gêmeos. - Lembre-se meu nome é Fred, dá para me identificar, sou o mais bonito. - brincou ele, pegando em seguida um pacote de presente que havia em cima de uma escrivaninha. - Jorge e eu somos donos de uma loja de coisas exóticas então foi fácil arrumarmos um presente para lhe darmos.

_Não foi tão fácil assim, Fred. Não tínhamos ideia de que presente iria agradá-la. E aliás, não leve todo o crédito, cara. Fui eu que escolhi o presente. - disse ele dando um empurrão de leve no ombro de seu irmão.

_Ah, seu merda não comece a dar uma de gostosão na frente da garota. - replicou Fred fazendo seu irmão Jorge rir travessamente.

_Eu não dou uma de gostosão. Eu SOU gostosão. - disse ele.

_Ah, seus babacas. - disse Gina com uma voz zangada tomando o presente das mãos de seu irmão. - Tentem disfarçar a idiotice pelo menos perto da Mione. E aqui está seu presente, princesa. - disse ela trocando sua expressão zangada por uma mais carinhosa. Gina estendia-me o presente muito bem embrulhado. Peguei-o e abri-o cautelosamente.

_Meu deus! - exclamei pegando um abajur de neon. O abajur era um livro com uma pena no meio dele, e havia escrito no livro o seguinte : " Leitura " ; com um coração ao lado. - Que trabalho bem feito. Obrigado, gostei muito. - agradeci aos dois gêmeos.

_E aqui está o livro que prometi. Sobre mitologia grega. Pode ficar para você. Considere meu presente. - disse-me Luna entregando-me um pesado livro. Do jeito que eu gostava.

_Obrigado pessoal. - falei secando algumas lágrimas que caiam de minha face. Estava feliz por ter sido tão bem recebida. - Estou muito feliz...

_Ah, como ela é delicada! - exclamou Gina dando-me mais um forte abraço.

_Ei, Harry você não vai vir aqui? - chamou Rony acenando para o amigo que observava todo o movimento sentado no sofá.

O rapaz levantou-se e andou na direção do grupo. Ele tinha realmente uma expressão bastante madura e seus olhos eram realmente encantadores.

_Desculpe meu namorado, Mione. Ele é meio quietinho mesmo. - segredou-me ela sussurrando no meu ouvido. - Mas dê uma chance a ele. Ele só está assim por que você é nova aqui.

_Certo. - confirmei com a cabeça dirigindo-me em seguida a Harry. - Oi, Harry. Prazer em conhece-lo. Meu nome é Hermione Jean Granger e vim participar desse grupo do livro.

_Prazer, sou Harry Tiago Potter. Mas pode me chamar apenas de Harry. - Ah, céus. Que sorriso lindo que ele lançou-me. Desculpe, Gina mas que garoto mais lindo que você conseguiu.

_Bom, pessoal. Vamos começar a reunião? Todos se sentando , vamos! - exclamou Luna indo em direção a um dos sofás ( tinham quatro no total.) e sentando-se nele.

_Desculpe o Harry ser assim. - desculpou-me Gina bem baixinho enquanto todos iam se sentar. - Ele não tem pais , sabe? Apenas um padrinho chamado Sirius. Mas acho que a morte dos pais contribuiu para ele ser um garoto fechado.

Gina em seguida foi até um dos sofás onde encontrava-se seu namorado e sentou-se ao lado dele apoiando sua cabeça em seu ombro. Fui me juntar a todos , e acabei sentando ao lado de Luna.

_Bom, vamos começar a reunião. Vamos falar sobre o livro que estávamos discutindo na última reunião...

De repente uma entrada inesperada na sala fez-me dar um pulo de dois palmos do sofá. Em pé, próximo a nós estava um homem não muito jovem. Seus cabelos eram loiros e seus olhos profundamente azuis. Em sua mão havia uma bandeja com canecas e um prato de metal onde encontrava-se brigadeiros verdes.

_Ah, papai. Olá. - disse Luna delicadamente. - Conheça a Hermione . Ela é minha mais nova amiga. Ela vai participar do clube do livro também.

_Que bom , filinha. Fico muito feliz em saber que você fez mais uma amizade. - disse seu pai colocando a bandeja em uma mesa de vidro. - Prazer Hermione sou Xenofílio Lovegood pai de Luna.

_Prazer senhor Lovegood. - falei educadamente. - O que são esses brigadeiros? - perguntei sem me conter.

_Ah, sim. São brigadeiros de erva cidreira. Usei açúcar cristal para ficar mais gostoso. Qualquer coisa podem pegar , está aqui a disposição de vocês. Agora vou voltar para a cozinha estou trabalhando em meu notebook. - em seguida o senhor Lovegood retirou-se da sala indo até a cozinha. Lancei um olhar indagador a Luna que disse-me:

_Papai ele é Agente de Marketing. Ele é brilhante, mas bastante ocupado.

_Ah... -falei compreendendo.

_Voltando ao que eu estava dizendo. Estávamos falando sobre a Pequena Sereia . Pode parecer uma história um tanto infantil, mas não deixa de ser interessante. A sereia se apaixona por um humano, e querendo juntar-se a ele pede a Bruxa do Mar para dar-lhe pernas humanas, mas a bruxa diz que dará a poção em troca de sua voz. E que a consequência de ganhar as pernas seria a dor de uma faca de dois gumes em seus pés toda vez que caminhasse. E ela teria de conseguir o beijo de seu príncipe até o pôr-do-sol senão ela iria se transformar em espuma. Ela vai se encontrar com o príncipe e passa a ficar em seu castelo. O príncipe não se importava da garota ser muda, gostava bastante dela. Mas um dia, o pai do príncipe disse-lhe que ele tinha de se casar com a filha de um rei de um castelo vizinho. O príncipe acaba por ficar com a princesa. A Pequena Sereia triste e totalmente ciente de que sua morte estava próxima , recebeu a visita de suas irmãs que não estavam mais com seus lindos e longos cabelos. As irmãs disseram-lhe que a Bruxa tinha dado-lhes uma adaga, mas em troca, elas tinham de dar seus longos cabelos. Disseram a Pequena Sereia para matar o príncipe com a adaga, assim ela não precisaria mas se tornar espuma no fim do dia. A sereia pega a adaga e de noite, enquanto o príncipe dormia, a garota sorrateiramente entrou em seu quarto. Estava prestes a mata-lo mas não conseguiu, não tinha tido coragem de fazê-lo, pois o amava. No fim do dia, a Pequena Sereia se aproxima do mar e se joga nele desfazendo-se em espuma. O príncipe e a princesa ambos ficaram a observar o mar , ambos preocupados em saber onde estava a mulher muda. A Pequena Sereia em uma forma espectral aproximou-se do casal. Deu um beijo na testa da princesa e observou tristemente o príncipe. Ela estava nessa forma pois, ela tinha-se tornado num espírito, uma filha do ar. E outros espíritos , filhas do ar disseram-lhe que cada vez que uma criança fazia uma boa ação, era um ano a menos como espíritos e que todas as filhas do ar tinham a oportunidade de nascerem novamente.

Um silêncio seguiu-se no ambiente. . Eu já tinha ouvido a história da Pequena Sereia, mas nunca esta versão. E algo fez-me sentir uma pontada no coração.

_Então,Mione? Todos expressaram sua opinião dizendo que a história realmente é linda. Mas o fato da garota tornar-se espuma era uma coisa triste. - disse Luna. - Diga-nos, o que você acha da história?

Todos encaravam-me agora. Pus minha mente para raciocinar e depois de um tempo em silêncio disse:

_Acho que não é triste ela ter se tornado uma espuma. - falei recebendo diversos olhares de espanto. - È sério eu acho que... a Pequena Sereia era metade humana metade peixe, então digamos que ela não tinha totalmente um modo de raciocinar que nem nós. Ela tinha os instintos próprios de um peixe, mas os sentimentos próximos a de um humano. Mas talvez suas atitudes fossem um tanto confusas e divididas, e sua atitude de querer ficar com o príncipe era a resposta de seu instinto e sentimento. O sentimento de amor. E o instinto de que algo bom é algo que você deve estar próximo. O fato de ela não matar o príncipe ela mostrou um lado muito humano dela... eu acho...

Fiquei um minuto em silêncio para fazer a conclusão de tudo que eu havia dito.

_Ela teve de passar pela dor para tornar-se totalmente humana.

Tomei folego e prossegui sem me conter:

_Não acho triste ela ter se tornado espuma , pois ela ganhou a chance de poder viver outra vida, longe do mar. Que pelo jeito não era o verdadeiro desejo dela. E ela passou por toda essa prova para tornar-se inteiramente humana, algo que ela queria muito por mais que não tivesse conseguido o príncipe.

_Pensando assim. Realmente. Você está certa, Mione. - disse-me Rony com um sorriso aprovador.

_A Pequena Sereia, tornou-se A Pequena Humana. - disse Gina com um sorriso leve.

De repente um "clap" tomou todo o local, todos olharam em direção ao Harry que batia palmas. Logo, todos acompanharam-o com palmas ainda mais fortes fazendo-me corar ligeiramente.

_Bem-vinda ao nosso clube, Mione. - disse Luna piscando para mim.

Tudo que eu havia passado na escola, parecia que nunca tinha acontecido. Eu estava feliz. Eu estava onde eu devia estar.

_Papai. - procurava-o por toda casa e não o encontrava. Subi as escadas fazendo-as ranger e procurei pelo extenso corredor, de porta em porta, meu pai. Achei-o em seu escritório. Lá estava ele sentado cabisbaixo e chorando capciosamente. Aproximei-me dele e murmurei: _ Papai? Está tudo bem?

Ele continuou ali chorando. Dei-lhe carinho no braço (eu era muito baixinha já que eu tinha 4 anos.) com a intenção de consolá-lo.

_Também estou com saudade da mamãe. - comentei. - Mas meu amigo disse que ela deve estar em um lugar repleto dos lírios favoritos dela. Ela está feliz, papai! Não se preocupe!

_Foi seu amigo que disse isso, filha? - perguntou meu pai olhando para mim com seus olhos inchados de tanto chorar, colocando-me em seu colo.

_Sim. Eu não sei o que eu faria sem ele. Ele sempre ficava do meu lado quando você e mamãe brigavam. Mas eu entendo. Eu também brigo com meu amigo!

_Filha... você me é muito preciosa.

_Te amo, papai!

_E tenho uma notícia que talvez você vá gostar.

_Qual notícia?

_Vamos voltar para o lugar onde seu pai nasceu. O mundo dos trouxas. Vamos morar lá.

Meus olhos arregalaram-se.

_Morar lá? Por quanto tempo?

_Não sei, mas vamos tentar ficar anos. - disse ele contente.

_Uns dois anos?

_Acho que mais,filha. - disse ele com um sorriso.

_Mas papai, eu vou poder ver meu amigo de vez em quando?

O rosto do meu pai tomou uma expressão preocupada.

_Acho que não, querida. Não vamos voltar para cá.

_Mas papai! Não podemos ir! Vou ficar sozinha! Ele vai ficar sozinho!

_Não se preocupe querida. Você não vai ficar sozinha.

_Não, papai! Não, papai! Eu não vou conseguir ficar longe do meu amigo!

_Não se preocupe, eu tenho uma solução para você não ficar com saudades dele, Mione.

_Papai? - perguntei com um péssimo pressentimento.

_OBLIVIATE. - disse ele apontando sua varinha para mim.

Todas as lembranças que eu tinha de meu amigo estavam sumindo...

Obrigado por estar sempre comigo...você é meu melhor amigo...também te amo muito... vamos brincar na neve juntos...quando papai e mamãe brigarem me diga palavras gentis... fique comigo...

Draco...

Pisquei diversas vezes os olhos. Na minha frente, estava meu pai com um sorriso hesitante. Eu não entendia por que o seu sorriso era hesitante, mas o que importava era o fato de ele estar sorrindo e não chorando. Ah, como eu amava meu papai.

_Sério que vamos para o mundo dos trouxas? Legal, papai! Mal posso esperar?

_Sim, filha. Você vai gostar, acredite em mim.

Nossas malas estavam prontas e estávamos na frente de casa, prestes a aparatar.

_Eu sei que você odeia aparatar, Mione. Mas essas são as últimas malas, não se preocupe. Logo, logo estaremos na nossa nova casa.

_Ok, papai. - exclamei contente.

De repente, vi um garotinho loiro que parecia ser mais velho do que eu ,correr em minha direção. Enruguei a testa sem saber quem era, mas mesmo assim caminhei até ele ignorando os pedidos do meu pai para que eu o ignorasse.

_Oi, Mione! Vim convidar você para tomar um chocolate quente na minha casa. Minha mãe deixou você vir e... - o estranho garoto interrompeu-se olhando as malas que estavam próximas do meu pai. - Para onde vocês vão? - perguntou ele em seguida com uma expressão de preocupação.

_Papai e eu estamos nos mudando. - respondi. - E quem é você?

_Como assim quem sou eu? Sou o Draco. Seu amigo. - disse ele espantado. - Não se lembra de mim?

_Draco? Não te conheço, me desculpe. Talvez você esteja me confundindo com outra pessoa. - falei ignorando os diversos acenos de negação que o garoto me mandava. - Me desculpe, mas eu preciso ir. Papai está me esperando. - em seguida dei-lhe as costas e fui até meu pai que agora segurava as malas firmemente.

_Segure meu braço. - pediu ele lançando um olhar de desaprovação ao Draco. Em seguida aparatamos, mas não antes de eu ver a última cena do garoto com lágrimas em seus olhos.


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