Enfim chegou o grande dia do acampamento. Eu e Jacob havíamos ido até a loja dos Newton comprar cabanas gigantes (só assim para ele não ficar encolhido em alguma Rsrs), sacos de dormir e coisas divertidas para levar. Claro que Edward, o dono do dinheiro, foi junto, para supervisionar, e nos obrigar a comprar uma cabana que coubessem os quatro, e assim, eu e Jake não ficaríamos sozinhos. Achei aquilo ridículo, e ele me olhou muito feio quando leu este pensamento.

Claro, você deve estar se perguntando o porque são quatro e não três. É que Bella e Edward agora estão aderindo ao movimento ‘adote Nahuel’, o qual diz que você deve cuidar dele como um filho e carregar para tudo que é lado. Não vou nem achar estranho se me mandarem dar banho nele (outra vez ele me olhou estranho, mas acabou rindo depois).

Aquela história de Nahuel para cá e para lá estava começando a me dar nos nervos. Eu achando que teria um pouco de paz com Jake, e esse garoto vai atrás da gente, e pior, por culpa do meu pai, que está me parecendo meio paranóico, com essa pena.

Entramos meu carro, e foi difícil de colocar tantas coisas dentro e ainda sobrar espaço para nós mesmos.

E é muito mais que óbvio que eu mesma dirigia. Deus me livre esses lobos malucos colocarem a mão no meu presente de Natal. Papai me deu uma linda, maravilhosa e incomparável Lamborghini Murcielago preta. Era simplesmente o carro dos meus sonhos. Em meio a gritos desesperados dos três meninos eu tentei correr menos (não posso negar, sou muito pior que Edward e Jacob juntos, quando o assunto é velocidade). Tudo isso porque decidi passar entre dois caminhões de carga pesada, com apenas duas rodas, para me divertir um pouco. Eu hein, homens são tão exagerados, eles ficaram simplesmente apavorados com a situação, e eu achei bastante graça.

Nem preciso dizer que chegamos a La Push mais rápido que nunca. Estava dando cinco da tarde, e o pouco sol de Washington já estava quase completamente sumido. Estacionei em vagas de frente para a praia, e os garotos da turma literalmente correram para ver meu carro.

Não, carro é xingamento, aquilo é um automóvel, com todas as letras!

Nem preciso dizer que Jake ficou rosnando ao meu lado, quando um ou outro lançava algum olhar estranho ou falava qualquer coisa de forma mais simpática que o normal. Bobo, eu jamais trocaria meu lindo lobo por qualquer outro, mesmo que fosse o príncipe da Inglaterra.

-Nessie! –disseram Nicole e Scott ao mesmo tempo.

-Oi gente! –eu respondi sorridente.

Nicole me deu uma cotovelada fraca, que eu mal senti, parecia mais um travesseiro encostando levemente nas minhas costelas. Percebi que os olhos dela brilhavam ao encarar Nahuel. Ah, por favor, ele não era isso tudo que ela parecia estar vendo.

-Quem é o cara novo ali? –perguntou ela, ainda olhando-o fixamente.

-Ah, Nahuel é um primo distante dos Black, que veio passar um tempo conosco. Os pais viajaram, sabe como é. –respondi automaticamente, enfatizados os nomes para que eles prestassem atenção.

-Ele parece mais velho. –disse Scott.

-Ah, os outros também parece, mas não são. –falei outra vez, mudando de assunto em seguida. –Bom, está todo mundo aqui?

-Toda a turma do último ano veio. –me respondeu a menina, animada.

-Toda? –minha voz saiu seca, lembrando daquelas aprendizes de galinhas que cortaram meu cabelo.

-Sim, elas também. –respondeu Scott, parecendo ler minha mente.

-Elas quem? –Jake se aproximou rápido demais, e eu senti um arrepio me correr, ele não podia saber quem fez aquilo comigo, caso contrário acabaríamos na polícia.

-Aquelas meninas que machucaram a Nessie.

Para minha infelicidade Nicole foi rápida demais em responder meu lobo. Fiquei fazendo um gesto para que ela parasse, sacudindo a cabeça, mas era tarde demais. Vi que a menina levou as duas mãos à boca, implorando desculpas em seu olhar. Suspirei fundo, quando sentir Jacob tremular atrás de mim.

-Fique calmo, amor. Está tudo bem. –eu disse, dando-lhe um beijo em seu braço, lugar que minha boca alcançou sem ter que ficar na ponta do pé.

Ele pareceu derreter, como quando Bella tocava em Edward, e eu particularmente achei muita graça naquilo.

Começamos a tirar as coisas do carro, por sorte os meninos tinham força o suficiente para carregar tudo. Só fiquei no final para trancar o carro e levar minha própria mochila (com roupas preparadas especialmente por Alice Cullen). Por algum milagre estava sol em La Push.

Os alunos do último ano de Forks High School montavam suas cabanas, para logo em seguida trocar as roupas. Alguns arriscaram um mergulho nas águas gélidas (claro que Jake foi um deles) e eu nem ousei por meus pés naquele gelo! Credo, eu odeio água fria com todas as minhas forças.

Eles me mostraram o fogo colorido de La Push (não vou negar que fiquei bem irritada por Jake e Seth nunca terem acendido uma fogueira para que eu visse aquela maravilha da natureza). Mais alguns lobos apareceram (junto com suas sombras impressões), Embry, Quil e Claire, Sam com Emily, Jared e Kim, Paul com Rachel, as crianças que haviam se transformado a pouco tempo, e ela, Leah com seu mau humor de sempre, o qual piorou dez vezes assim que seus olhos cruzaram com os meus.

As meninas da escola ficaram um tanto alvoroçadas (digamos assim) com a presença dos morenos musculosos. E todos ainda eram tão simpáticos. Claro que as impressões ficaram muito irritadas, mas elas tinham no que se garantir, e acabaram não se importando no final. Pudera. O olhar que os lobos lançavam a elas era inigualável, assim como o amor incondicional que lhe entregavam sem pedir nada em troca.

Estava tudo bom demais! Conversas, contos, histórias de terror, salsichas, refrigerantes, e também aqueles doces branquinhos e quadrados, (espetados em palitos compridos, com nome complicado demais para eu me lembrar). Mas como a minha felicidade dura pouco, logo aquelas pragas apareceram para estragar tudo.

-Oh, vejam só quem está aqui, a pobre menina espancada. –riu aquela desgraçada da Kate.

Meu sangue ferveu, senti minha visão embarcar num tom avermelhado, eu era capaz de pular sobre o pescoço dela e arrancá-lo numa única mordida, lenta e dolorosa. Eu jurei que teria minha vingança, e talvez fosse uma boa idéia aproveitar o dia. Seth apertou meu braço com força, doeu, e eu tive certeza que ficaria roxo. Tentei me acalmar. Respirei fundo, uma vez, e fechei os olhos, abrindo um sorriso logo em seguida.

-Acho que a única pessoa digna de pena aqui é você, Kate. Afinal, que amigos você tem? Apenas os interesseiros que querem seu dinheiro e todo o resto que você oferece de graça.

Os lobos explodiram numa risada, e começaram com algumas piadas ridículas. Meu ego foi aos céus quando a expressão de arrogância da garota se tornou vergonha e raiva. Comecei a planejar minha vingança. Um susto seria perfeito.

Ela deu as costas e Jake estalou um beijo em minha bochecha, me parabenizando por não tê-la matado bem ali (o que ele teria feito, no meu lugar). Seth deu uns tapinhas em meu ombro e logo retomamos a conversa. Claro que Nahuel nos bombardeou com perguntas, bom, não só ele, os Quileutes também estavam muito curiosos. Eu fui paciente em explicar o que aconteceu, e senti a fúria em cada um deles, principalmente em Jacob.

Anoiteceu muito mais rápido do que eu pensei. O dia passou tão rápido, mas eu gostava assim, a noite mais longa e mais bela, com uma enorme lua cheia, refletindo sua bela imagem naquele tecido negro e ondulante chamado mar. O vento mudou, um pouco, trazendo o início de nova frente fria, mas não estava tão frio assim, bom, não pra mim.

-Vinte pratas pra quem ficar com roupas de banho. –disse Nicole, colocando uma nota sobre uma pedra a qual estávamos usando como mesa.

-Mais vinte se o louco pular na água. –completou Scott, colocando mais duas notas.

-Estão brincando? Isso nós fazemos fácil! –disse Seth já tirando a blusa.

-Beleza então, mais dez pratas de nós três se quem pular for uma garota. –disse Scott

-Eu vou. –fiquei de pé, deixando todos de boca aberta.

-Para Nessie, até parece que você vai. –duvidou Nick.

-Ah, você acha que eu não vou não? Beleza então, podem por meus sessenta dólares aí, que eu já volto.

Fiquei sem graça quando comecei a desabotoar a blusa pra cair na água. Todo mundo parou pra me olhar, então preferir ir caminhando do jeito que estava, e só tirei a roupa quando cheguei na beira da água. Usando apenas um maiô comprado pela Alice, cheio de detalhes que mostravam mais ainda a pele.

Claro que eu odiava todo aquele frio, mas conseguiria suportar melhor que qualquer um deles. Entrei, nadei por algum pouco tempo, com Jake me esperando na beira com uma tolha nas mãos. No final ele largou a toalha e entrou também. Parece que aquilo deu forças para o pessoal, todos os lobos acabaram correndo para mergulhar, e até mesmo a turma do colégio.

Não demorou muito para que todos fugissem tremendo de frio. Inclusive eu. Enrolei-me na tolha, peguei noventa pratas e fui para a cabana mudar de roupa. Coloquei um vestido vinho de mangas longas e saia de babados (mais curta do que eu usaria normalmente).

Jake entrou meio segundo depois que eu ajeitei a saia do vestido, e me olhou surpreso, de cima a baixo, piscando os olhos seguidamente, como se tentasse distinguir realidade. Eu ri, sentindo meu rosto ficar vermelho, e saí da cabana, para que ele fosse trocar de roupa. Dei alguns passos em direção ao bosque, para tomar um ar fresco.

Foi aí que dei de cara com elas.

Perfeito, aquela seria a hora de colocar meu plano maligno em ação. Claro que eu teria que me controlar ao máximo, mas tive certeza que minha força de vontade superaria qualquer barreira, e eu, Renesmee Cullen, faria Kate Willer correr feito louca, de puro medo.

Dei alguns passos mais para dentro do bosque, enquanto ouvia outros passos apressados tentando me alcançar. Eram tão descoordenados em meio as raízes e folhas, que eu tinha jurado que levaria um tombo. Nem precisei me esforçar, pois era ela mesma: Kate, sozinha, com aquele sorriso imbecil que eu tanto odiava. Sorri de volta, tão sarcástica quanto, criando um choque visual imediatamente. Notei que ela recuou naquele exato momento. Graças aos poderes do meu lado vampiro, herdado de Edward, qualquer humano se encolheria, até o mais corajoso.

-Ora, se não é a pobre coitada.

-Claro que sou, e se fizermos uma boa comparação, ou melhor, uma comparação perfeita eu diria. Creio que você seria aquele animal baixinho com penas, que fica cacarejando e ciscando por aí. –respondi.

O sorriso dela cresceu de raiva, junto ao meu, coma diferença da glória que eu estava esbanjando. Tadinha, ela estava mesmo achando que eu fugiria correndo com medinho, pois então, seria exatamente o contrário.

-Cuidado, ou vai acabar desmaiada de novo. –ela retrucou.

-Opa, eu acho que desta vez não serei tão boazinha... Você já ouviu as lendas Quileutes, Kate? Já ouviu falar nos frios?

-Claro que já, li um livro Quileute uma vez... Mas o que isso tem a ver? –ainda por cima, a coitada era burra. A mulher sacudiu a cabeça como se eu fosse louca.

-E se eu dissesse que estas lendas são reais?

Ela gargalhou.

Perfeito, foi exatamente como eu esperava, entretanto, querida, em breve eu estarei rindo enquanto você estará chorando, trêmula, com medo de minha aproximação.

-Ficou louca de vez, Renesmee? Será que a pancada na nuca te deixou meio maluca? –perguntou ela, irônica.

E naquele momento usei minha velocidade, e corri para longe dela, passando a mão agressivamente em seus cabelos naquele instante, deixando-os completamente bagunçados com o vento forte que proporcionei. Kate ficou olhando ao redor, me procurando, assustada. E assim que ela deu as costas de novo, eu voltei.

-Me procurando? –disse em eu ouvido, e ela deu um salto.

-Como... Como você?

-Como eu sumi e voltei? Porque não pergunta a si mesma? Talvez se fosse pouco menos burra, perceberia que eu já te contei. –meu tom foi agressivo, e ela se encolheu como uma criança. –Beba de seu próprio veneno Kate... Não é delicioso deixar as outras pessoas encurraladas enquanto você sorri e acaba com a felicidade delas?

A loira estava totalmente perdida, olhando para todos os lados, como se procurasse por alguém que pudesse salvá-la. Por sorte eu havia me afastado o suficiente para que nem mesmo os lobos pudessem nos ouvir, assim eu teria minha revanche em paz, sem machucados e sem sangue, apenas uma ferida mental irrecuperável.

-Pense, Kate. –recomecei. –O que os frios comem?

-Pare de brincar, Renesmee, você não é uma vampira! –rebateu ela, com a voz mais aguda que o normal.

-Será que não?

Novamente usei aquela velocidade assustadora que meu amado pai me transmitiu geneticamente. Prendendo a garota à uma árvore. Dei um forte soco em um dos galhos, e ele se quebrou com um estalo surpreendente. Fazendo-a se encolher ainda mais.

-Isso tudo não existe, você só quer se vingar! –disse ela.

-Claro, é exatamente o que eu quero: vingança. Contudo, eu não vou me rebaixar ao seu nível ordinário e te espancar, até porque, com a força que eu tenho, poderia te matar de olhos vendados. Eu vou te enlouquecer, Kate, te deixar morrendo de medo, e fazer com que se humilhe na frente de todos, dizendo que eu sou um destes frios. Mas pense bem, quem irá acreditar numa loira burra como você? ... Quem irá acreditar que vampiros existem?

O corpo dela tremia sem parar, com medo da minha próxima investida. Quebrei ouro galho, propositalmente, para assustá-la ainda mais, esfarelando-o com uma das mãos, enquanto meu sorriso debochado pairava em meu rosto. Os olhos da mulher transmitiam muito mais que pavor, no momento em que os encarei a apenas alguns centímetros.

-Mudança de planos... Acho que estou com um pouco de fome, então... Talvez fosse uma boa idéia aproveitar que estamos sós e roubar um pouco do seu precioso sangue.

A frase bastou para que ela desse um grito ensurdecedor, que ecoou ainda mais pelo denso bosque, fazendo com que vários pássaros saíssem em uma revoada. Dei-lhe espaço, e a garota saiu correndo, chorando. Enquanto eu sorria vitoriosa. Claro que posso ter exagerado um bocado, mas ainda assim, nada conseguiria fazer com que eu me arrependesse de tê-la deixado com medo. Afinal, eu nunca lhe havia feito nada quando sua ‘gangue’ decidiu me espancar e destruir meus cabelos.

Dei uma breve corrida, para chegar ao local antes dela, Jake me esperava enfurecido, e perguntou mil vezes por onde eu andei, mas o garoto se calou quando Kate chegou. Descabelada e gritando que eu não era humana. Os lobos me olharam desesperados, e apenas viram um pequeno sorriso se formar em meus lábios. Sei que meu pai irá me matar por tudo que fiz, mas tenho certeza também, que tia Rose e os outros irão me defender, afinal, foi apenas uma revanche...

Uma revanche ao meu estilo.

-Ela não é humana! Ela é um monstro e vai matar a todos nós! Temos que ir embora agora! –gritou Kate, e todos a olharam espantados.

-Eu? Pelo amor de Deus, Kate, meia dúzia de foras não me fazem um monstro. –respondi, cínica como nunca.

-É mentira! –gritou ela ainda mais, em meio a soluços desesperados. -Ela mostrou o que era realmente na floresta! Ela vai nos matar!

-Argh! Pare de palhaçada, Kate, você só está dizendo isso porque a Nessie chama o triplo de atenção que você! –respondeu Nicole, deixando todos em gargalhadas

-O que você fez? –me perguntou Jake.

Percebi que todos os lobos me olhavam assustados, Sam estava rosnando, mas eu não ia deixá-lo se assustar. Aproximei-me e toquei seu braço com a palma de minha mão, mostrando todo o acontecido, desde o espancamento, até agora pouco na floresta... É incrível como vemos todo este tempo correr em poucos segundos.

Ele balançou a cabeça negativamente, inclusive todos os outros fizeram o mesmo, conforme eu deixava que cada um visse os pedaços de meu passado, contudo, pararam de reclamar quando Jacob se mostrou satisfeito.

-Sua inveja está te enlouquecendo, Kate. –disse Scott.

-VOCÊS SÃO UM BANDO DE IDIOTAS! –agora a patricinha perdeu as estribeiras de vez. E eu contive uma risada. –BANDO DE ANIMAIS IDIOTAS! CACHORRINHOS QUE FICAM CORRENDO ATRÁS DESSAZINHA AONDE ELA VAI! E É POR ISSO QUE NUNCA SERÃO POPULARES, NUNCA CHEGARÃO AOS MEUS PÉS!

Eu ergui a sobrancelha, aquela era a deixa que eu queria! Vi a turma inteira fuzilar a loira-seca com os olhos. E juro cheguei a fechar os olhos, achando que eles iriam massacrá-la ali mesmo.

-Então é assim? Você primeiro diz que eu sou um alien e agora além de falar mal de todo mundo pelas costas, faz questão de dizer cara a cara... Muito bem Kate, graças a Deus ninguém aqui chega aos seus pés, pois eles são motivo de piada e nojo aos olhos de todos.

Eu disse, e cuspi no chão perto dela, só para dar uma ênfase maior a situação. Jake me olhou feio, e aí eu percebi que estava perdendo a pouca noção que tinha. Tentei me controlar, então fiz uma expressão furiosa e saí de perto o mais rápido que tive.

-E agora? Ela sabe seu segredo. –murmurou ele, enquanto andava atrás de mim, muito irritado.

-E agora o quê, Jake? Ninguém vai acreditar nela, Kate não irá passar de uma mosca no colégio! Alguém que ninguém quer ficar perto. Uma louca mentirosa que revelou as garras imundas ao xingar todo mundo.

-Tudo bem. Deixaremos isto quieto por enquanto, mas sabe que uma hora vai acabar estourando, e não vou me surpreender se decidirem por fogo na casa dos Cullens.

-Jacob! –falei perplexa, elevando a voz.

De longe a ouvimos gritar a espernear, como uma criança mimada. Depois de mais um pouco daquele chilique irritante com suas próprias amigas, ela deu um telefonema e pegou um táxi para ir embora (claro, ela precisava exibir seu dinheiro, mal sabendo que eu tinha muito mais).

A farra recomeçou. Danças, comida, piadas, histórias de terror. Tudo o que esperamos de um bom acampamento adolescente, feito pela turma da escola. Pouco depois eu já estava meio sonolenta, afinal já passavam das duas da manhã. Enfim eu e Jake decidimos nos enfiar na cabana, onde Seth já roncava alto.

Fiquei um pouco irritada por ter que dividir um dia longe da família com o meu Jacob ao lado. Finalmente achei que poderia ter um pouco de paz, a sós com ele, e me enganei, afinal os dois patetas realmente foram dormir na mesma cabana que a gente. Logo superei.

Jake sussurrou algumas coisas bonitas para mim, enquanto eu sorria, até pegar no sono. Nem sei como agüentei dormir o resto da noite toda com três roncos altos como aqueles.

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