Amores De Guerra escrita por Kokoro Tsuki


Capítulo 11
Capítulo XI


Notas iniciais do capítulo

Oi? Como estão? Saudades? Pois é, eu estava de vocês :3



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Amores de Guerra
Capítulo XI:
Chuva.


As grossas gotas de chuva batiam fortemente contra as janelas e vidro daquele hospital, levando a jovem de cabelos escuros a suspirar, sem saber se conseguiria voltar para casa quando a noite caísse.


Sentada numa cadeira dseconfortável ela observava o horizonte, pensando em como seriam seus próximos dias ao lado do Uchiha. Provavelmente nada fácil, ainda mais depois que deixou escapar palavras vergonhosas no dia anterior, ficava vermelha só de lembrar.


E seu rubor, mesmo que não quisesse, acabou chamando a atenção do moreno ao seu lado, que acomodado na cadeira de rodas a olhou com uma sobrancelha arqueada, algo que sempre fazia quando confuso com alguma coisa. Desta vez a Hyuuga não tinha motivo nenhum para ficar envergonhada, certo?


– Se sente bem? - continuava com poucas palavras mesmo depois daquelas duas semanas de tratamento, a garota sequer sabia se era por conta da recuperação ou se ele estava normal mesmo.


– S-sim... Estou bem... - murmurou, baixando a cabeça para esconder seu rostinho. - N-não se preocupe, Sasuke-kun... - aumentar o tom de voz não estaria em seus planos tão cedo.


– Uh. - ela há muito já havia se acostumado com esse som que o maior costumava fazer com os lábios. Realmente não imaginava o que o Uchiha poderia estar sentindo naquele momento.


Continuava a chover sem cessar, e a falta de assunto prevalecia entre os dois. Ainda era de manhã, mesmo que a menina quisesse não poderia servir o almoço de seu paciente - já que o horário havia mudado para as treze horas -, ou seja, deveria distrai-lo de alguma maneira. Mas como?


– Quer chocolate quente, Sasuke-kun? - perguntou, tentando ser gentil e criar uma conversa misturando algo que adorava, cozinhar e doces.


– Não. - a resposta veio seca, fazendo-a se encolher. Contudo sem ainda desistir.


– Que tal maçãs do amor? - o moreno deu de ombros, dizendo o mesmo. - Hm... Bolinho de chuva? - negada novamente, o que ele poderia querer comer ou beber? - Ah! Desisto! - resmungou, o outro pode até relaxar um pouco. Por enquanto. - E brigadeiro? - levantou a cabeça, esperançosa.


– Porra Hyuuga! - o Uchiha reclamou, entortanto os lábios. Já se irrtara com a insistencia da menor. - Não quero, não quero. Odeio doces! - um de seus maiores ódios. Se pelo menos fosse tomate.


– M-mas... - incrédula a pequena herdeira gaguejou, sem poder engolir aquela informação tão amarga. - Como assim odeia doces? S-são doces! Não se pode odiá-los!


– Uh? - novamente arqueou a sobrancelha. Sério que Hinata queria mandar no que ele odiava ou não? Isso o fez massagear as têmporas, tentando ficar mais calmo diante a ousadia.


– Eh? Vai ficar desse jeito? - fez biquinho, sentindo-se ofendida. - Vou te chamar assim a partir de agora, Amargo! - apontou-lhe, tirando um careta nada agradável do mesmo. Quem disse que se importava? - Quer pipoca então, Amargo?


– Uh. Pode ser. - resmuntou, desta vez coçava a nuca, meio desconfortável com o novo apelido. - Com bastante sal... E não me chame de Amargo, Hinata! - reclamou, quase perdera o ar. Havia se esquecido que não podia falar muito. Em meio a tosses a azulada correu até ele, envolvendo seus braços finos naquele corpo forte, levando ao Uchiha a máscara de oxigênio. Seu calor humano parecia melhorar tudo. Ali ficou por alguns momentos, sussurrando um pouco no ouvido do rapaz de cabelos negros sedosos, recém lavados. Cheiravam bem.


– Está melhor, Sasuke-kun? - a voz era doce, suave. Os batimentos do coração tão leve... E as madeixas dela... Cheiravam a canela... Mas... Mas o que Sasuke estava pensando? Ela era sua enfermeira, enfermeira!
Pelo jeito algum sentimento começava a surgir no coração tão frio e gelado. Seria isso amizade?


[...]


Quarto trinta e sete, apelidado por Ino como quarto da mentira. E por falar em Ino a loura oxigenada ainda não chegara para cuidar de Naruto, este que pacientemente lia um livro deitado, folheando-o com calma, por um milagre sentia interesse no que estava escrito.


Ouviu a porta abrir, fazendo com que se virasse alegre, na esperança de encontrar os olhos azulados de uma certa Yamanaka, porém tudo o que viu foram duas esmeraldas, não muito contentes pelo jeito. Os cabelos róseos pingavam, Sakura pegara uma chuva feia do lado de fora.


– Sakura-chan. - franziu o cenho. - Por que não se trocou antes de subir? Vai acabar pegando um resfriado.
– Eu já estava quase atrasada, bobinho. Não podia simplesmente ir me trocar. - sorriu, tentando agradar o Uzumaki, seu atual 'namorado'. - Pra mim vir te ver é mais importante. - se inclinou para dar um beijinho em sua bochecha, ele porém desviou, deixando-a pasma. - O... O que foi?


– Não podemos fazer isso... - murmurou de punhos cerrados, sem coragem para encarar a amiga. - Uma relação sem sentimento... Isso não pode continuar... - os orbes esverdeados a moça se arregalaram, não podia acreditar nas palavras que saiam da bocado tão famoso herói do Konoha.


– Do que... Do que está falando? - questionou, quase que em sussurros. - O que não podemos fazer, Naruto? Me diga! - praticamente implorava, o que o amigo queria dizer?


– Isso! - havia pesar em cada letra sibilada, após a conversa com delicada flor havia pensado muito bom sobre o assunto. - Você não me ama... E eu... - a flor de cerejeira ergueu a cabeça, com algumas lágrimas se formando no canto de seus olhos. - Eu também não te amo...


– Naruto... - por mais que soubesse que hora ou outra essa convesar ocorresse o coração doeu. As gotas pendiam lenbtamente por seu rosto, mesmo assim se esforçou para esboçar um sorriso. - Tudo bem, não é... Afinal... Não podemos forçar sentimentos... - soluços podiam ser ouvidos pelo maior, que assim como Hinata fez com Sasuke, envolveu-a em seu braços, tão fortes depois de tantos anos. - Está doendo um pouco... Mas vai... Vai passar...


– Eu vou estar aqui para fazer passar, Sakura-chan... - afagava os cabelos macios com extremo carinho, não podendo evitar chorar um pouco também, deixando que pingasse na roupa já molhada da aprendiz de médica. Ficaria ao lado dela, como ela certamente ficaria ao seu.


[...]


– Aqui está, Sasuke-kun! - o sorriso leve nos lábios finos de Hinata foi a primeira coisa observada pelo Uchiha assim que retornou ao quarto. Carregava uma vasilha com pipocas, levando até a cama do enfermo, ao lado uma xícara de chá de camomila bem quente. - Trouxe um cházinho junto, bem docinho... E não ouse reclamar, viu? Fiz com muito cuidado e amor.


– Amor? - sorriu de canto, sensualmente, vendo o rubor resurgir na pele branca e alva da Hyuuga. - Bobinha... - ao perceber que se tratava de um brincadeira a menor colocou a lingua para fora, levando para ele o lanche. Avisou que ia organizar as roupas que estavam para lavar no cesto ao canto do quarto enquanto o de cabelos negros comia. - Está sem sal.


– E você em recuperação, não pode simplesmente comer pipocas com um quilo de sal. - a resposta veio mais do rápida e foi feita sem que Hinata o olhasse, apenas continuava recolhendo as roupas. - E se reclamar vai ficar sem tomates!


– Ah? Não, os tomates não... - resmungou, isso já era covardia. - Você é má, Hina. - sequer percebeu que voltara com o apelido dado há um pouco mais de um mês, o que de certa forma resultara em toda aquela confusão.


– Sou má como uma amiga deve ser, Amargo! - riu baixo, logo percebendo como se auto-denominara, calou-se na hora sem olhar para a expressão que Sasuke fazia. Por mais que se sentisse envergonhada não deixava de considera-lo dessa maneira.


– Sim, você é má como uma amiga, Hina. - as risadas dele foram leves, um tanto alegres, levando a garotinha a abrir um novo sorriso. Seus dias ao lado do moreno ficavam cada vez melhores.


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Notas finais do capítulo

O que acharam meus pequenos? -w-



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