You and I escrita por Allie Próvier


Capítulo 5
5. Olá, Jacob Black


Notas iniciais do capítulo

Gente, eu posto o capítulo e quando vejo, já passou 2 semanas!!! Me desculpem pela demora!
Boa leitura!



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POV Edward

Eu me revirei um pouco na cama. Estava difícil. Eu acordei durante a madrugada e não conseguia mais dormir. Levantei da cama e saí do quarto, indo até a cozinha. Bebi um copo d'água e fui pra varanda do apartamento. Sentei em uma cadeira que havia lá e apoiei os pés na mesa. A noite estava fria, como sempre. Do alto, era possível ver a neblina cobrindo a baía de São Francisco. Era um lugar bonito, e confortável. Ótimo para formar uma família.
Passei as mãos no rosto, suspirando. Não é como se meu sonho fosse formar uma família, ter filhos, etc. Mas um dia, talvez. O problema é: com quem?
Eu gosto da minha vida de solteiro, sozinho no meu apartamento bagunçado e andando pelado pela casa. E eu quero alguém que aceite essas coisas e que, de preferência, ande pelada pela casa junto comigo.
Sorri, coçando a barba mal-feita. Rapaz, isso seria um sonho.
Depois de um tempo, fui pra sala assistir TV, até cair no sono no sofá.
(...)
Na manhã seguinte, ouvi o celular tocando no quarto. Levantei, ainda meio tonto, e cambaleei até lá. Peguei o celular na cabeceira da cama e me joguei no colchão, atendendo a chamada.
– Alô.
Edward, sou eu.– Isabella disse. - Tem como você vir até o meu apartamento?
– Agora?
Pra ontem.
Suspirei.
– Ok, daqui a uns... Vinte minutos eu estou aí.
Ela nem respondeu. Desligou na minha cara. Bufei. Ô mulherzinha.
Antes que acabasse dormindo novamente, fui para debaixo do chuveiro e tomei um banho rápido. Me vesti com minhas roupas de homem gato e pintoso, calcei meus tênis e peguei minha bicicleta.
O caminho até o apartamento de Isabella foi rápido. Prendi minha bicicleta na grade com o cadeado e fui até o andar dela . Dei várias batidas seguidas na porta, e ela abriu a porta num rompante, com os olhos arregalados.
– Está com tique na mão? - Isabella perguntou. - Tem algum problema?
– Sem mal-humor hoje, querida. - falei, entrando no apartamento. - Para que você desejava a minha maravilhosa presença?
Isabella revirou os olhos.
– Nessie não aparece desde ontem. - ela disse, sentando no sofá com a expressão preocupada. - Eu estou tentando ligar desde ontem a noite, e ela não atende.
– Merda... Ela ainda está com aquele cara? - perguntei, me sentando ao lado dela.
– Provavelmente.
Passei as mãos no rosto e suspirei, preocupado.
– Será que ele fez algo com ela? - perguntei.
Isabella apenas deu de ombros, sem saber. Seu olhar ficou fixo na TV desligada por um tempo, e eu não sabia o que dizer. De repente, ela ficou de pé.
– Nós vamos lá. - ela disse, e sumiu no corredor que levava aos quartos. Provavelmente iria trocar de roupa.
Eu me encostei melhor no sofá e cruzei os braços. A situação realmente me preocupava. Só de pensar em Nessie, miúda daquele jeito e tão doce, machucada... E por causa de um arrogante...
Engoli em seco, tentando espantar a visão que minha mente formou. Levantei e fui até a cozinha. Abri a geladeira procurando algo para beber, e me deparei com uma torta de chocolate muito, muito atrativa. Sorri. Peguei a bandeja com a torta e coloquei sob a bancada da cozinha. Cortei um pedaço para mim e coloquei em um prato.
Quando eu comecei a comer, Isabella surgiu. Ela colocou sua bolsa sob a bancada também e pôs as mãos na cintura, me olhando com cara de tédio. Eu podia sentir o cheiro suave do seu perfume de morango.
– Isso tá uma delícia. - falei, com a boca cheia de torta.
Ela revirou os olhos.
– Você é pior do que criança. - ela disse, pegando a bandeja da torta e guardando-a na geladeira novamente.
Terminei de comer e coloquei a louça suja na pia. Isabella pegou sua bolsa e saímos do apartamento.
Havia mulheres dirigindo, e havia Isabella Swan dirigindo: isso é ainda mais perigoso. Principalmente se ela está nervosa, ou até mesmo feliz demais. Se ela estava nervosa, corria feito uma louca. Se ela estava feliz demais, corria feito uma louca, e mal olhava para a rua.
A sensação que eu tenho é a de que a qualquer momento o carro pode capotar, ou voar.
O caminho até o prédio do tal Jacob foi rápido, já que o trânsito estava tranquilo e Isabella corria como se estivesse na Fórmula 1.
Ela pegou sua bolsa e desceu do carro como uma elegante mulher que está prestes a cometer um assassinato. Com classe, é claro. Tudo o que a Swan faz é com classe. Observei ela desfilar até a entrada do prédio e saí do carro. Ela olhou para trás e apertou o controle do alarme. Dei uma corridinha até ela e entramos no prédio. Isabella me guiou até o elevador e, contanto que os andares iam passando, eu percebi que ela parecia ficar mais tensa.
– Fica calma. - falei.
Ela me olhou, parecendo um pouco surpresa. Engoliu em seco e desviou o olhar do meu, meio sem-graça.
– Eu estou bem. - murmurou.
Sorri levemente e esbarrei um pouco o meu ombro no dela.
– Não está, não. Estou aqui. Não precisa se preocupar.
Ela sorriu levemente para mim, e assentiu. Ficamos observando o painel em cima da porta do elevador, que mostrava os andares, e finalmente chegamos ao andar 9. Tensão.
Eu já fui estalando os meus dedos da mão, pro caso de ter que socar alguém. Isabella me guiou até o apartamento e, como uma lady, deu três batidas na porta. O barulho soou por todo o corredor, e eu percebi que ela estava bem nervosa.
– Arrombar a porta não vai adiantar. - sussurrei pra ela.
– Eu vou arrombar é outra coisa. - ela rosnou.
Arregalei os olhos, e ela revirou os dela pra mim.
– A cara dele, Edward. Eu vou arrombar a cara dele!
– Não use palavras inadequadas sem explicação, parece que...
Eu fui interrompido pela porta do apartamento sendo aberta. De repente, um cara três dedos menor do que eu, - mas com dez dedos de músculo a mais - surgiu.
– Ora, ora... Isabella Swan na minha porta? - ele disse, sorrindo de forma debochada.
Isabella tremia, mas era quase imperceptível. Mas continuou com sua expressão séria e fechada.
– Onde a Nessie está? - ela perguntou, firme.
– O que te leva a acreditar que ela está aqui?
– Sai da minha frente! - Isabella rosnou, empurrando o tal Jacob e entrando no apartamento dele.
O cara ficou sério de repente, e foi atrás dela. Me enfiei dentro do apartamento rapidamente, e Isabella andava de um lado para o outro atrás de Nessie. Da sala pra cozinha, da cozinha para o banheiro, do banheiro para os quartos... E voltou.
– O que você fez com ela? - ela perguntou para Jacob, aumentando a voz.
Ele cruzou os braços. Eita, porra.
– Abaixa a crista, querida. - ele falou. - Renesmee não está aqui, já foi embora e não faz muito tempo.
Isabella fechou as mãos em punhos e o olhou de cima a baixo, dando dois passos até ele e parando a centímetros de distância. Vi o olhar de ambos se transformar em raiva.
– Fique longe da Nessie. Entendeu? Ela não precisa de você. Se eu descobrir que você encostou um dedo nela, eu volto aqui e o próximo a ficar desaparecido será você. E você sabe muito bem do que eu sou capaz, seu animal. - Isabella praticamente cuspiu as palavras na cara dele e, antes de ouvir a resposta, lhe deu as costas, indo para a saída.
Jacob virou-se rapidamente e segurou o braço dela, dando um puxão forte. Isabella gritou de dor e eu parti pra cima dele, dando um soco certeiro em seu rosto. Ele cambaleou para trás e caiu sentado no sofá. Isabella rapidamente pegou minha mão e me puxou. Corremos para fora do apartamento e nos enfiamos no elevador. Ainda ouvimos Jacob gritando um "VADIA, VOLTA AQUI!", mas as portas do elevador se fecharam antes que ele viesse atrás de nós.
Isabella arfava, agarrada a parede do elevador. Vi que ela segurava o braço que havia sido puxado, e uma marca vermelha já começava a aparecer. Senti minha respiração ficar mais pesada. A vontade de quebrar a cara daquele infeliz cresceu.
– Deixa eu ver isso. - falei, quase sem voz devido à correria e a irritação. - Está doendo muito?
– Um pouco... - ela sussurrou, com a expressão assustada.
Peguei seu braço delicadamente e o analisei. Ficara inchado. Ele havia puxado e apertado com muita força. Quando dei um apertão leve na área machucada, Isabella gemeu baixo.
– Deixe que eu dirijo o carro pra você, vamos dar um jeito nisso. Tudo bem? - falei, segurando seu rosto.
Ela assentiu, quieta, e o elevador terminou de descer. Saímos do prédio e Isabella me deu a chave de seu carro. Ela se encolheu no banco de passageiro, e era a primeira vez que eu a via tão assustada e quieta.
(...)
– Está melhor? - perguntei, colocando o potinho de sorvete dela na mesa, à sua frente.
Ela me olhou e já não parecia tão assustada. Segurava um saquinho de gelo, que eu havia conseguido arrumar, em cima do braço. Ele já estava desinchando.
– Estou sim. Obrigada. - ela disse.
Dei de ombros, sorrindo levemente, e enfiei uma colher de sorvete na boca. Haviamos parado em um parque que havia perto da casa dela, e meu espírito infantil berrou quando vi um carrinho de sorvete. Fomos até um restaurante antes, arrumei o saquinho de gelo para Isabella e a coloquei sentada no parque para podermos comer sorvete.
E cara, que sorvete bom.
– Você é pior do que criança. - ela disse, com um sorrisinho no rosto. - É um pré-adolescente, na verdade.
– Não sou nada! - falei, com a boca cheia de sorvete. - Eu já sou um adulto!
– Claro, claro. - ela murmurou. - Se veste como um adolescente cheio de hormônios, berra feito criança quando vê um carrinho de sorvete e se baba todo comendo qualquer coisa. Tipo agora.
Crispei os olhos pra ela e passei a mão na boca, e sim, eu estava todo babado de sorvete de morango. Isso, Edward.
Por que será que nenhuma mulher interessante se interessa por você, hein?
– Falou a senhora de sessente anos. - resmunguei.
– Senhora? Eu nem cheguei nos trinta ainda! - ela reclamou.
– Mas age como uma velha, fala como uma velha, reclama como uma velha e...
Eu ia dizer que ela se vestia como uma velha, mas meu olhar caiu sobre o seu decote, e eu calei a boca. Isabella percebeu e chutou minha perna.
– E é ranzinza como uma velha, também. - completei, massageando o local atingido. - Precisa de violência?
– Precisa, pirralho.
– Múmia.
– Nossa, como você sabe demonstrar maturidade. - ela revirou os olhos.
– E você tem belos peitos. - sorri, colocando mais uma colher de sorvete na boca.
Isabella parecia prestes a rebater, mas crispou os olhos para mim, digerindo o que eu havia falado. Sua boca se fechou lentamente e seu rosto atingiu todas as cores possíveis.
ISABELLA SWAN FICOU ENVERGONHADA!
– E-Eu... - ela gaguejou, remexendo sua colher no sorvete. - Isso é ridículo, seu...
– Foi só um elogio, Bella. Elogio não mata.
– "Bella"?
– Todo mundo te chama assim, eu também tenho o direito. Já somos amigos, não é?
Ela ficou quieta. Seus olhos saíram do sorvete e vagaram por todo o parque, e no fim, caíram sobre mim. Ela parecia pensativa. Depois de um tempo, suspirou, e pude ver um sorriso quase imperceptível em seu rosto.
– É, eu acho que sim.
– Já é um progresso. - sorri.
– É, é sim.
Sorrimos levemente um pro outro.
Sorrisos à parte, o sorvete estava uma delícia e eu vou comprar outro. O sabor do morango parece ainda melhor.
(...)
– DEVIA TER ATENDIDO MINHAS LIGAÇÕES!
– O celular descarregou, Bells!
– NADA DE "BELLS"! TEM NOÇÃO DO QUANTO EU FIQUEI PREOCUPADA?
– Desculpa... - Nessie falou, toda amuada.
Ah, que dó.
– Bella, ela já se arrependeu, não grita mais com a menina... - pedi, sentando ao lado de Nessie e a abraçando pelos ombros. - Olha a carinha dela...
Nessie fez sua melhor cara de cachorro faminto, arregalando aqueles olhinhos azuis e aqueles cachos loiros ao redor do rosto, e fez um biquinho. Como um ser humano tem coragem de gritar diante disso?
Isabella passou as mãos no rosto e respirou fundo.
– Nessie, eu prometi aos seus pais que cuidaria de você. E o Jacob... Você sabe qual é o tipo dele. Não volte a repetir os mesmos erros, por favor.
– Tudo bem, Bells. - Nessie falou, estendendo e abrindo os braços. - Me desculpa?
Bella suspirou e assentiu, abraçando Nessie. Abri meus braços e abracei as duas também.
– Eu acho que você não foi chamado pro momento de ternura. - Bella falou.
– Deixa os coices pra depois e curte o momento. - sorri.
– Sabem o que eu quero agora? Pizza com a minha melhor amiga e o meu novo melhor amigo!
Bella fez careta, e desfizemos o abraço.
– Logo ele? Ai, Nessie...
– Sim, ele. - Nessie disse, abraçando meus ombros e mostrando a língua para Bella. - E eu quero ser a madrinha, tá? Vou lá pedir a pizza!
– Hã? Madrinha? - perguntei, e Nessie me ignorou, pegando seu celular e discando um número.
– Eu não entendi. - Bella murmurou, e nos olhos, confusos.
– Vão querer pizza de que?
– Nos explique! - pedi.
– Eu quero uma com bastante queijo! - ela nos ignorou novamente, indo para a varanda do apartamento.
Bella suspirou e pegou o controle da TV, ligando-a e passeando pelos canais. Olhei para a porta da varanda, e Nessie falava ao telefone. Enquanto explicava a pizza que queria ao atendente, ela sorriu insinuante pra mim e, apoiando o celular no ouvido com o ombro, fez um coração com as mãos, apontando para mim e Bella em seguida. E aí, eu entendi. Arregalei os olhos. Nessie tentou abafar o riso.
Não, não, não... Não, Nessie.
– O que foi? - Bella perguntou.
Olhei para ela com minha provável cara de tacho, e ela arqueeou uma sobrancelha.
– O que você tem? - ela perguntou.
– Nada.
Bella crispou os olhos para mim. Nessie riu baixo na varanda.
Céus... Bella seria a última pessoa que eu escolheria.
Ela resolveu me ignorar e voltou a passear pelos canais. O cabelo preso em um coque, alguns fios soltos caindo na nuca e ao redor do rosto, o pescoço fino e elegante, a pele branca e lisa, aquele nariz arrebitado, os olhos verdes ainda mais brilhantes devido a luz da TV, os lábios rosados e bem desenhados, a mão delicada segurando o controle remoto, as pernas cruzadas e um dos pés balançando ritmado no ar, ao som de alguma música imaginária. E aquele cheiro de morangos. Era linda.
Mas, definitivamente, minha última escolha. Nessie era louca.
(...)
Eu acabei dormindo no apartamento de Bella e Nessie. Como pedimos pizza e ficamos assistindo filmes, já era tarde quando decidi ir embora. Acabei ficando por aqui mesmo, e tive uma maravilhosa noite no sofá.
– Dormiu bem? - a demônia perguntou pela manhã, com um sorriso igualmente demoníaco na cara. - Eu dormi maravilhosamente bem, meu colchão parecia mais macio do que nunca.
– Pega o seu colchão macio e enfia no...
Nessie me interrompeu, chegando na cozinha feito um raio de Sol, e toda arrumada.
– BOM DIA, FLORES DO DIA!
– Não grita, por favor... - murmurei, encostando a testa na bancada.
– Alguém dormiu mal? - Nessie perguntou, indo até a geladeira pra caçar algo pra comer.
Bella, encostada no armário no outro lado da bancada, riu.
– Claro que não, aquele sofá é super confortável! - ela disse. - Edward é que é fresco.
– Bella, faz o favorzinho de mastigar o seu deboche e depois jogá-lo no lixo, que é o lugar dele?
– Ui, quanta revolta. - Nessie falou. - Tem café?
– Estou fazendo. - Bella falou, ainda me olhando com um sorrisinho irritante no rosto.
– Quem é a favor de ir comer naquela padaria dos deuses que tem no fim da rua? O café de lá já deve estar pronto!
– Vamos. - falei, ficando de pé rapidamente.
Bella revirou os olhos e foi pegar seu dinheiro. Logo saímos do apartamento e eu me arrastei atrás delas até a padaria. Ao chegarmos no estabelecimento, o cheiro de pães, doces e café me despertou. Escolhemos uma mesa para sentarmos, e uma menina veio anotar nossos pedidos. Enquanto esperávemos, Nessie e Bella começaram a falar sobre o novo emprego de ambas na agência da minha mãe, e eu tive a atenção desviada para o lado de fora da padaria. Um carro conversível vermelho estacionou bem em frente a padaria, e parecia muito com o carro da...
– Puta merda, me escondam! - falei, pegando o pote de açúcar que havia sob a mesa e colocando na frente do rosto. Me joguei para o lado, para cima de Bella, e ela me olhou como se eu fosse louco.
– De que você está se escondendo? - Nessie perguntou, olhando ao redor curiosamente.
– Da sanguessuga. - sussurrei para as duas.
O sininho que havia na entrada da padaria soou, indicando que alguém havia entrado, e o olhar das duas foi direto pra lá.
– Eita, me esconde também! - Nessie pediu, deitando o rosto na mesa e colocando a bolsa na frente.
– Gente, ela nem deve nos ver aqui... - Bella murmurou, mas eu vi que ela claramente virava o rosto para o outro lado para que não fosse vista.
Ficamos em silêncio, cada um se escondendo do jeito que dava, rezando para que o exú não nos visse. Até que...
– Edward?
Gelei, e fiquei quietinho, esperando que ela fosse embora.
– Edward, eu sei que é você, olha pra mim agora.
Tirei o pote de açúcar da frente do rosto lentamente e olhei pra Alice. Sorri sem graça.
– Olá, meu amor!
– O que faz aqui?
– Eu também estou bem, obrigada por perguntar.
– E o que está fazendo com essas duas, eu posso saber?
– Essas duas se chamam Renesmee e Isabella. - Bella disse, forçando um sorriso para Alice, que a olhou de cima a baixo. - E elas gostariam de serem chamadas pelo nome.
– Tanto faz. - Alice desdenhou. - Estou tentando te ligar desde ontem, Edward. Estou com saudade, amor...
– Ah, eu estava ocupado, nem ouvi o celular tocar. - falei rapidamente. - Mas depois nós conversamos, eu vou comer agora e...
– Vem sentar comigo. - Alice disse, autoritária.
– Não sei se você percebeu, mas eu estou com elas. - respondi.
– E elas são mais importantes do que eu?
Eu ia responder que "Olha, até que são sim, viu?", mas Bella foi mais rápida.
– Não sei se percebeu, mas ele quer ficar sentado com a gente, então pode fazer a gentileza de sair daqui?
Ui.
Nessie arregalou os olhos para Bella, que continuava com seu sorriso forçado e cínico. Alice a olhou como se ela fosse um verme.
– Garota, você sabe com quem está falando?
– Sim, com uma pessoa bastante incoveniente e mal-educada. Nossos pedidos chegaram. Tchau.
A menina trouxe nossos pedidos e Alice bufou, nos dando as costas e saindo da padaria. Já foi tarde.
– Olha, eu estou impressionado. Tudo isso era ciúme? - perguntei para Bella.
Ela me lançou um olhar cortante.
– Mais um piu, e eu chamo a poodle de bolsa pra vir te buscar agora.
– Piu. - falei, sorrindo abertamente.
Nessie gargalhou.
– ALI... - Bella começou a gritar, mas eu tapei sua boca rapidamente.
– Seja uma boa amiguinha, Bella. Uma boa amiguinha.
Ela tirou minha mão de sua boca e revirou os olhos. Sorri e voltamos a tomar nosso café-da-manhã. Durante a refeição, notei Nessie nos lançando uns olhares e sorrisinhos. Crispei os olhos para ela e ela riu. Bella nos olhou, confusa. Mudamos de assunto.
Quando terminamos, voltamos andando até o apartamento. Eu tinha que passar casa dos meus pais e em seguida ir para a faculdade, então, apenas subi para pegar minhas coisas lá e desci novamente para pegar a bicicleta e ir embora. Nessie e Bella resolveram me levar até a porta do prédio. Me despedi de cada uma delas com um abraço, - até de Bella, o que foi esquisito - e quando estava tirando o cadeado da minha bicicleta, um carro parou ao nosso lado na calçada. Paramos e olhamos, e quando os vidros escuros do carro abaixaram, vimos que se tratava de Jacob Black.
– Jacob? O que faz aqui? - Nessie perguntou.
– Entra no carro agora. - ele falou, grosso.
– Mas...
– ENTRA! - ele gritou.
Bella deu um passo para frente de Bella, como um escudo.
– O assunto não é com você, vagabunda! - Jacob falou, parecia estar embriagado. - Deixa a Nessie vir!
– Vagabunda é a sua mãe, seu filho da...
– Bella, deixa... - Nessie murmurou, segurando o braço de Bella.
Larguei minha bicicleta e fui pra frente das duas.
– Vai embora. - falei.
– Não se mete em assunto que não é seu, cara. Nessie, entra logo!
– Eu. Mandei. Você. Ir. Embora. - falei pausadamente.
Jacob olhou bem dentro da minha cara e desligou o carro. Em seguida, saiu do veículo. Um frio percorreu minha espinha.
– Ai, meu Deus... - ouvi Nessie murmurar atrás de mim.
Jacob rodeou o veículo e parou bem na minha frente. Menor do que eu, e cheio de marra. Sorri levemente.
Ele teria o que merecia.


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Notas finais do capítulo

E agora, Edward apanha ou bate? HUAHAUAHHUAHAU
Meninas, me desculpem mesmo pela demora. Só ontem que eu consegui terminar o capítulo e vi que faz dias que não atualizo a fic! Vou tentar correr com o próximo capítulo, tá?
Mas e ai, o que estão achando da fic? E o que acham que vai acontecer? :D
Mandem reviewssss!

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