“-L-Linos... Onde... Você quer chegar com isso? Estou assustada... O que devo fazer? Minha cabeça está confusa, nunca senti isso na minha vida! Ajude-me, me faça entender o que é este sentimento confuso, mas ao mesmo tempo maravilhoso...”.

Tais eram meus pensamentos naquele momento “intimo” que estava tendo com Linos... Ele explorava minha boca com sua língua, enquanto passeava com sua mão por meu corpo.

Eu arrepiava a cada toque dele e não sabia se parava ou deixava tudo fluir. Eu já estava ficando sem ar e depende, ele separou o beijo vagarosamente como se tivesse lido minha mente.

Eu mal pude falar algo e Linos começou a beijar meu pescoço o que fez me arrepiar e corar muito mais... Ele beijava meu pescoço com amor e carinho, levando sua mão até meu seio esquerdo. Eu estava extremamente corada, com meu coração quase explodindo de vergonha.

–L-Linos... O que...

Ele me ignorou completamente, beijando meu pescoço com vontade e acariciando meu seio... Eu mordi meu lábio inferior, evitando fazer algum barulho estranho, porém... Aquilo que ele fazia... Mexia comigo... Brincava com meu coração e meu corpo... Quase não podia evita-lo.

“-Ah! M-meu deus... Linos... O que está pretendendo fazer?! Nunca fui tocada assim... Estou me sentindo estranha... O que vai acontecer agora?!”

Linos começou a mordiscar meu pescoço e a desabotoar minha camisa, meu pescoço é muito sensível e não deu em outra... Soltei um gemido.

–Hum... Mal fiz nada... E já ganhei um pequeno gemido? – disse Linos, desabotoando por completo minha camisa.

–C-calado... M-meu pescoço é sensível... P-por isso...

Ele riu e me olhou, observando minhas reações... Meu olhar... E pelo o que parecia, minha alma.

–Você é linda com vergonha Lay... Como será... Que você ficaria nua?

Ele deu um pequeno sorriso, cheio de malicia. Por minha vez, virei o rosto, fitando a parede toda nervosa. Céus! Como ele podia dizer isso normalmente?!

Mas Linos não parou por aí... Ele acariciava minha cintura e explorando vagarosamente o caminho até debaixo de meu sutiã... Eu não estava preparada pra tal coisa, já tinha visto um ou dois hentais na minha vida- tudo bem, algum problema?!- e sempre que o homem ia tocar diretamente o seio da garota, acabavam fazendo sexo... Então não pude pensar em outra coisa, a não ser impedi-lo segurando seus braços. E foi o que fiz.

–O que foi Layla...? – perguntou ele, parando o que estava fazendo e me olhando.

–N-não sei se... P-posso continuar... Com isso Linos...

Ele não falou nada, apenas fitava-me com carinho e afeto, sorrindo levemente... Eu tentava evitar olhar seus olhos, estava com tanta vergonha que mal podia falar nada! Aquele momento... Parecia tudo quieto, tudo calmo... Só conseguia ouvir sua respiração e meu coração palpitando como de um beija-flor... Suas mãos estavam quentes, ou eu mesma estava fervendo de constrangimento... Não sei ao certo, mas era bom.

–Tudo bem Lay... Eu fui muito apressado mesmo... Desculpe.

Ele riu, se soltando de minhas mãos e segurou meu queixo fazendo-me olhar em seus olhos. Linos sorria, mas para mim parecia meio decepcionado... Mas logo aquele olhar sumiu e surgiu um olhar de criança, um olhar alegre e inocente... Linos me deu um selinho bem demorado , como se nada de antes tivesse acontecido e se levantou, colocando o violoncelo no lugar.

Sente-me rapidamente na cama, fechando minha camisa às pressas. Estava tão encabulada com a situação... Deveria estar vermelha igual pimenta!

–A-acho que já vou indo... Pra casa... – falei me levantando da cama e ajeitando-me.

–Já vai? Fica mais um pouco...

–Não... Melhor eu ir, tenho tarefa de casa...

–Hum... Tudo bem, só vou te dar uma lembrança antes de ir...

Antes de eu raciocinar tudo, Linos havia me colocado contra a parede e começou a chupar meu pescoço.

–L-Linos...!!

Eu tinha dado mais um pequeno gemido, tentando afasta-lo com meus braços. Mas ele é bem mais forte que eu então não deu muito certo...

Ele sugava meu pescoço e me deu um chupão bem forte.

–Pronto... Agora vai se lembrar de mim!

Fiquei mais vermelha e tentei correr dali, porem ele segurara meu braço.

–Hahaha, o que houve Lay? Foi só um chupão.

Ele ria do jeito que eu estava me portando, por minha vez não falava nada... Só um chupão?! Que pessoa ele era?! Minha mãe iria ver isso! O que poderia falar? “Eu bati na porta...” não né...

–Haha... Vem te levo até a porta...

Ele sorriu e me soltou, tentei ficar calma para não acabar correndo de vergonha... Fomos até o andar de baixo, Linos por sua vez, cantava baixo uma musica na qual eu não pude compreender. Paramos em frente da bela porta de madeira e ele foi pegar meu violino.

–O-obrigada... Por me... Ajudar... – disse mirando o chão.

–Nah, tudo bem Lay!

Linos me entregou o violino, eu o olhei sorrindo levemente e ele sorriu de volta para mim... Que belo sorriso...

–Sabe... Er... Desculpa por ser tão apressado lá em cima agora a pouco... Me empolguei! – disse ele sorrindo, meio envergonhado.

–T-tudo bem... N-não se importe... Com isso...

–Você é muito gentil, Lay...

Eu virei o rosto de lado, com vergonha. Poxa! Por que ele precisa ser assim? Não sei o que ele pensa... Não o conheço bem... O que eu poderia conversar com ele? Talvez sobre lutas... Ou quem sabe sobre musica? Só isso...? Ah... Queria conhece-lo melhor...

Linos abriu a porta pra mim e com um lindo sorriso no rosto, abraçou-me com ternura e afeto... Dizendo um “eu te amo”, dando-me um beijo na testa. Que garoto meigo! Logo depois, disse um até logo bem baixo e corri pra casa... Literalmente.

Quando já estava “longe” de sua casa, parei e pensei um pouco. Pensei em tudo que havia acontecido num único dia que mal havia terminado... Por que Linos agia daquela forma? Parecia que outra pessoa havia tomado seu lugar... Queria tanto poder entendê-lo melhor! Mas, por que ele é tão fechado? Mal sei... Sua história... Mal sei... De sua vida...

Respirei fundo e como sempre, andei para casa em passos vagarosos e tristes. Tristes? Não... Eram felizes! Alegres! Como se eu tivesse motivos para ir pra casa... Estranho não?

Cheguei em casa, minha mãe lia um livro na sala e por incrível que pareça: Rafael não estava.

–Layla? Voltou já?

–Ah... Sim Samantha...

–Ah... Querida, pelo amor de Deus, me chame de mãe sim?

–Você sabe o porquê de não te chamar deste jeito... Então, com sua licença.

Antes de minha mãe falar algo, subi correndo as escadas indo direto para meu quarto. Além de eu não querer que ela visse minha “lembrança” que ganhara de Linos, não estava a fim de interagir com minha família. Entrei em meu quarto, deixando o violino novamente em seu lugar e me joguei na cama.

“-Ah... Que dia confuso... Achei meu amigo... Ele me beijou... Bateu-me, mesmo não querendo... E só pra fechar o dia, quase fiz sexo com meu namorado... Ai, ai...E-espera... N-namorado? S-sexo? P-por que estou pensando isso?!”- AH!!

Soltei um grito e fiquei com um enorme calor, totalmente vermelha só de nota no que havia pensado... Dios! Linos... Era meu namorado... Certo? E... Bem, iriamos... Fazer sexo caso... Eu tivesse seguido em frente... Né?

Suspirei bem fundo, colocando a mão em meu pescoço, lembrando de quando ele me colocara contra a parede...

–Ah Linos... Haha... Linos, Linos... Seu ruivinho safado...

Fiquei olhando para teto, rindo do que tinha acontecido... Ficava repetindo seu nome, como se o deixasse mais perto de mim. Eu estava começando a entender o que sentia por ele, aquele aperto no coração que quase se passa despercebido... Aquele sorriso bobo e sem motivo nos lábios... A vontade de estar com ele... De abraça-lo, beija-lo... Tudo... Eu estava aprendendo a ama-lo. Admito que foi difícil admitir e foi difícil saber o que eu realmente sentia, mas o que eu poderia fazer não? Haha... Paixão é algo estranho e misterioso mesmo né... Mas quem pode culpar as ações do coração, quando se trata de amar não é...?

Deitada, sem fazer nada, comecei a ficar com sono e mais sono... E por fim, acabei dormindo...

“–Layla... Layla... Vamos, abra os olhos... Olhe para mim...

Alguém sussurrava em meu ouvido, enquanto eu fechava os olhos fortemente. Meu corpo estava quente, estava difícil respirar... Não sei o que eu sentia ao certo... Não sabia se era bom ou ruim.

Logo, comecei a sentir arrepios pelo meu corpo, como se alguém passasse a mão com delicadeza nele, começando da minha coxa até meu rosto. Comecei a ficar com medo e assustada não conseguia ver nada com nitidez, mas tinha uma sensação boa... Comecei a ver Linos aos poucos em minha frente... Ele estava sobre mim e estava sem camisa. Repetia meu nome sem parar, em um tom baixo e provocante enquanto beijava meu pescoço... Eu sentia pontas, enquanto ele movia-se... Comecei a lagrimejar, pois não era um sensação nada agradável.

–L-Linos... P-Por favor... Pare... D-dós...!

Por mais que eu repetisse isso, ele não parava...

As pontadas pareciam ficar piores, com isso gritava seu nome cada vez mais alto... O que estava acontecido...? Eu tinha ido embora! Por que estou aqui então? Queria que aquilo parasse logo... Não suportava mais sentir aquilo...

Abri meus olhos, em meio da dor e o olhei... Mas não era mais Linos e sim, Rafael.

Entrei em desespero e tentava sair daquela situação, porém ele segurava meus braços com força enquanto estocava-me. Rafael me olhava com malicia e prazer, eu estava totalmente enojada com aquela figura diante de mim e por mais que eu gritasse alto, ninguém vinha me ajudar...”

Acordei umas sete da noite, respirando rapidamente enquanto meu coração quase saia de minha boca... Coloquei minha mão contra meu peito, ofegante e suando frio... Que porra de sonho foi aquele?!

–Deus... Nunca mais quero sonhar com isso...

Tentei esquecer tudo o que havia sonhado... Sai do quarto e fui tomar um banho... O estranho é que a casa estava em um silencio que me deu até medo! Geralmente minha mãe estaria fazendo janta e Rafael brigando com ela por estar demorado...

Tomei meu banho e desci até a sala, como tinhas suspeitado: Rafael não estava mesmo.

Mas... O silencio ainda estava muito suspeito, então fui até a cozinha... E foi a coisa mais horrível que eu vi.