Ouço a porta destrancando, Nana abre a porta com uma cara de boba. Ela deveria ter rido bastante, minha reação foi mesmo um pouco estranha...
Subo as escada e abro a porta do quarto da Nana, Ele está lá, deitado na cama com aquela cara sínica dele... Ele levanta rápido e vem na minha direção.

— Mao.... Ahhhh Mao-chaaan, você está tão fofa —Ele diz com um grande sorriso no rosto, chegando mais perto e me dando um grande abraço.

— Não sei de onde você tirou isso, e você está me sufocando...

— Fiquei com pena da Mao agora...

— Ãhn ? Desculpa —Ele me solta, fazendo uma cara de preocupado...

— Pensei que ia morrer...

— Você trouce uma bolsa bem pesada, oque tem aqui ? — ela abre a bolsa, sem permissão...— Nossa, quantos livros. Passou na livraria hoje ?

— Sim, você viu que agora é um rapaz que está cuidando da livraria ?

— Vi, ele é bem bonitinho, não ?

— Não percebi...

— Mao, você ficou vermelha agora...

— Será que, você gostou dele ? —Ela diz isso com um sorriso enorme no rosto, me fazendo ficar com pouco de arrependimento de ter falado aquilo...

— N-nada disso. Só me chamou atenção por que... Bem... Ahhh, não é nada disso ! — Digo isso enquando vou corando.

— Pobre Mao-chan, ela está sendo torturada por um sentimento chamado "amor".

— Ah, isso é mentira. Não acredito em amor a primeira vista...

— Bem, já está tarde. Você demorou muito para chegar aqui, Mao. Vamos dormir, Amanhã ainda temos aula...

Olho no relógio e concordo fazendo que sim com a cabeça

Manhã seguinte

— Hey, Mao. Hora de acordar, ainda temos que nos arrumar para escola, Dormiu bem ?

— Não, o Kyouta estava inquieto e toda hora queria conversar comigo. COMO ALGUÉM PODE DORMIR COM UM CHATO DESSES ? —Falo isso procurando ele.

— É, ele fez o mesmo comigo... E foi embora mais cedo, acho que tinha que ir para casa porque a irmã mais velha saiu e ele teve que cuidar da irmã mais nova.

— Esse cara deve ter umas cinquenta irmãs...

— Bem, agora que estamos sozinhas... Me fale mais sobre aquele carinha da livraria ? Senti um leve interesse seu nele.

— Nada, só que... Hm, não sei te dizer. —Abaixo minha cabeça pois estava sentindo minhas bochechas pegarem fogo.

— HAHAHAHAHA, Mao, acho isso tão bonitinho. Você tenta ser do estilo "não ligo para essas coisas", mas na verdade você liga sim...

— Urgh....

Depois de um tempo da Nana me pressionando ela finalmente desistiu, e fomos para escola... Dou de cara na porta da escola com o Hiroko, ele vem andando na minha direção e me olhando...

— Hehe, olha só quem está vindo aqui. Bem, lembrei que preciso fazer uma coisa no... Na sala dos professores, Tchau.

—Espera, Nana... —Coro violentamente...

— Oi, hm... Posso te chamar de Mao ?

— Eh, Sim...

— Então, Mao-chan, você vai ter que entregar os livros amanhã. Ouve um imprevisto e... Bem é isso, passe lá hoje ou amanhã para entregar os livros. Estarei ansioso para te ver...— Ele susurra, apenas para eu escutar.

— AH...— dou um grito e tapo minha boca com as duas mãos— C-claro, vou passar lá hoje para entregar...

— Bem, então até logo. —Ele dá um sorriso gentil, doce.

Ele vai embora, senti tanta vergonha que não estava mais aguentando. Achei que ia cair no chão de tanto que os joelhos tremiam, então Nana chegou...

— Hmm... Oque ele disse para você ficar assim ? —Ela surge do nada por trás de mim.

— Ele disse que eu tinha que entregar os livros hoje, só isso...

— Hm, sei... Bem, vamos, hoje é educação física.

— Oque ? Não trouce minha roupa para hoje...

— Você é muito esquecida, como sei disso, trouce uma roupa extra caso isso fosse acontecer.

— Ah, Obrigado... — Disse isso envergonhada, já não é a primeira vez que isso acontece...

Mais tarde

— Mao, hoje você tá com uma cara de sono...

— Ah, é que eu não consegui dormir direito.

— Hm, por que ? Pelo gatão da livraria ? — Ela pergunta isso com um olhar desafiador no rosto.

— Ah, Nana !

— Ok, ok... Mas você precisa descansar.

— Certo, Mama —disse isso rápido, dei um beijo na bochecha dela e fui botar a roupa de ginástica, para não dar tempo dela ficar brava comigo.

Chego no banheiro para me trocar e começo a me sentir mal, fiquei lá sozinha com a respiração ofegante, então decidi sair de lá e pedir ajuda a alguém.
Dou de cara com a Nana, para minha sorte, ela logo percebe minha cara e me pergunta oque aconteceu.

— Me leve para a ... enfermaria...

Me sinto totalmente mal, estou tonta, fraca e vejo tudo ficando escuro, estou desmaiando...