Coração de Onyx escrita por StigmaDiabolicum


Capítulo 17
Capítulo final: O inferno é daqui para a eternidade


Notas iniciais do capítulo

Finalmente o capítulo final, meu povo... *A galera delira*

Agora que eles chegaram ao centro da Coração de Onyx, tudo pode acontecer, inclusive geral morrer... Ou geral sair vivo. Vai depender de TUDO que eles fizerem. Uma coisa é certa... Vai ter lágrima rolando...

#1 - Blow Your Trumpets Gabriel - Behemoth
#2 - Inside a Dream - Saint Seiya



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#1 – Ok... Entramos num portal e fomos parar nesta porra de civilização. Alguém me explica que porra de lugar é esse?

– Calma, Og... Continue andando.

Não puderam parar na cidade para não perderem o foco. Foi quando se depararam com um tipo de cais e 3 jetskis abandonados. Ironia, benção? Não importa. Cada um subiu em um e, olhem só: Estavam com o tanque cheinho. Cada um notou que só havia uma chance de fugirem dali e era encarando Metranos

A viagem de jetski durou pouco mais de 4 horas. Entre algumas serpentes cibernéticas, drones e alguns ciborgues (bem evoluídos, é verdade), pareciam ter chegado numa ilha um tanto sinistra e assustadora

– Esse lugar ta me dando calafrios... E olha que eu não me assusto a toa...

Ogird parecia ter razão. Não bastasse a longa viagem. Agora teriam que subir um enorme rochedo. Mas não precisou ir muito longe não. Quando estavam na metade da subida, eles pareceram ter visto um caminho entre as rochas. Uma paisagem bonita aliás...

Conforme eles foram andando, perceberam que, apesar de tudo que viram, haviam caído numa armadilha de Metranos... Uma armadilha que aliás, ele levou muita gente...

– É sério que vocês acharam que eu me escondo em lugares tão óbvios? Coitados...

– Vamos derramar um pouco de sangue...

Para começar, todo ataque que efetuavam contra Metranos, aquele leão conseguia sem problemas frustrar. Porém, a luta final era entre Metranos e Odran...

– Não era você que queria minha cabeça?

– PODE VIR PEGAR! SE CONSEGUIR!

– Ora seu verme...

Na exata hora em que pulou para atacar Metranos, recebeu um soco potente o suficiente para ser projetado pra fora daquele misto de corredor futurístico com castelo antigo. Acabou sendo arremessado para um tipo de floresta. O soco de Metranos foi brutal o suficiente para Odran sair voando quase quebrando a barreira do som. Chocou-se contra uma árvore petreficada, lhe estalando por completo os ossos da coluna. Se aquilo não o aleijou nem o fez espalhar vísceras pelo local, foi protegido pela armadura projetada pelo seu cinto.

– ARGH!

– Anda moleque... REAGE! NÃO ER A MIM QUE QUERIA MATAR? VEM, VEEM, PORRA! VEEEEM!

Levitou o corpo de o Odran e o torceu no ar. Dava para ouvir os estalos dos ossos, os urros de dor de Odran, que teve um horrendo e brutal trabalho de fugir daquilo. Caiu mole no chão. Sorte que a aquela altura, a armadura e ele tornaram-se um só...

– Mas olhem só... Ele tem uma armadura de metal líquido...

Odran mesmo em péssimas condições, conseguiu correr e lhe devolver uma porrada violenta, uma violência tão grotesca que simplesmente Metranos atravessou a floresta e voltou ao castelo...

Eu te subestimei, moleque... Eu te subestimei e isso doeu... Mas eu não me preocupo, sabe? Eu vou entrar em sua mente e lhe destruir, aliás... Eu já lhe destrui... Procure no seu interior mais querido aquela mulher linda... E eu não falo de sua esposa Stephany Maraya...

Nessa hora Odran começou a ter flashes, como um filme mental passando rápido por sua mente. Aos poucos ele foi vendo que tudo que sonhou, tudo que estava em sua mente foi sendo tomado por um caminho de sangue, membros cortados enquanto várias vozes choravam, gritavam, berravam por socorro. Até mesmo aquela moça que ele viu na base ele procurava e não achava.

– Não. não é possível... Você não pode ter matado ela...

– Ahhh eu matei... E matei assim que você a deixou para trás. Por que?Pq eu sei que ela era uma parte sua que você amava... Ahhh, você é muito previsível, Odran. Agora permita que eu mate você por dentro... Aliás... Eu avancei no tempo e matei TUDO que pudesse lembrar você, tudo que pudesse ter ligação direta com você...

E feito isso, Metranos simplesmente atravessou a mente no peito de Odran e assim como aquela garota, Metranos fez a mesma coisa, mas dessa vez o quebrou pra valer, de Odran berrar definitivamente de dor. Chegou a gorfar um pouco de sangue. Mas aquilo até que tava sendo divertido pra ele...

– Só me responde uma coisa, Metra... E Stephany? Você poupou, não foi? Ah sim... Porque ela era parte da sua mais querida memória... Eu sei dessa história... sabe por quê?

Metranos arregalou os olhos assustado. Como que ele sabia daquilo? Era parte de sua mente e nem nunca falou sobre isso com ninguém

– Como conheceu Murray?

– Eu te dei uma chance de ouro de me matar... Aliás... Você matou Stephany só por que ela era casada comigo e você não queria que ela perdesse a pureza intelectual que ela herdou do pai? Sinceramente... Eu até pensei em me render e deixar você me matar... Mas você se mostrou com um propósito tão tosco e estúpido... Francamente, só me diz onde está o cadáver...

Nunca...

– Olha... Ou você diz ou vou achar por mim mesmo e volto no tempo só pra poder te esmurrar a cada 2 meses

Verme

Odran então materializou um par de escopetas que logo aderiu a mão. Foi logo mirando nas coxas de Metra

– Fala...

– Prefiro a morte

– Beleza!

O primeiro tiro foi leve... No ombro...O cara voou e bateu na árvore.

– Cadê o cadáver dela?

– Descubra sozinho, insolente!

– Cê tá dificultando as coisas, amigo... Mais um balaio pra tu desabafar o negócio pra mim...

– Agora na barriga... Atirou num ponto pra abrir mesmo, espalhar sangue, mas não matar

– To ficando puto já...

Como se eu me importasse...

Odran não aguentou e atirou bem onde nenhum homem gostaria de levar um tiro. Temem até uma pancada... Imaginem o tiro. Metranos chorava, gritava de dor... O ego dele se foi com aquele tiro...

– Você matou os meus sonhos, matou quem eu amava, agora eu vou matar você. Sabe como? Te deixando vivo... Você não tem honra pra merecer a morte...

Ao falar aquilo, Odran simplesemnte o conduziu a um tipo de coma mental eterno. Ele viveria eternamente preso no momento em que viu Murray ser morto.

De volta ao castelo, logo viu os amigos serem quase abatidos pelo leão. Simplesmente despedaçou a cabeça do bicho com um tiro.

– Heno, Ogird... Vamos... Acabou

A voz dele parecia estranha, arranhada, embargada. Na volta para o local onde acharam o portal, quando entraram no outro portal, o que conduzia a base.

– É, pessoal... Acabou. Salvamos o mundo... Vão na frente... Preciso resolver umas coisinhas...

#2 Estava tudo ruindo, desmoronando. Provavelmente Metranos deve ter programado a base para se auto destruir...

– Se apressem, parece que a casa vai cair... Literalmente.

– Ei, ei... Tu venceu Metranos, cara... Você vingou muita gente...

– E Maraya, quem vingou? E Anairah, quem vingou? E as vidas que ele tirou, quem vingou? Eu falhei, porra! Eu prometi uma coisa e fiz outra

– Odran, para com isso, cara. Vamos... Você vai chegar lá na base aérea da Branca, vai sentar com todo mundo, vai abrir um hidromel e vai beber com todo mundo! - Ogird falou aquilo empolgado, afinal de contas, eles mataram a dor de cabeça do universo, mas não era assim.

O semblante de Odran não era dos melhores. Estava todo arrebentado, ferido e as inúmeras pancadas que recebeu de Metranos, os impactos que aguentou... Ele estava deformado de tanto apanhar, ele estava deformado de ter que lutar a contragosto... O ego dele nem devia existir de tantas deformações que teve ao longo daqueles meses. Se afastou do grupo e foi indo rumo ao interior daquela base em ruínas... Se ele não se apressassem, morreriam em poucos monutos.

– Onde cê vai? - Perguntou Heno, olhando o amigo. Ele parecia que entendia o que ia ser feito. Odran apenas fez um "Maloik" e deu uma ultima risada. Heno e Ogird o seguiram. Odran adentrou uma área daquela fortaleza e lá estavam o corpo de Stephany. Aquilo ardeu a alma.

– Odran, seja racional, cara. Você tentou - Os olhos de Heno se encheram de lágrimas..

– E falhei... Vão embora... Por favor

– Não...

– Por favor... Por mim...

– Mas Odran...

– VÃO EMBORA, PORRA! E LEVEM ESSA MERDA DE CINTO! EU FALEI QUE SÓ SAIRIA DAQUI COM STEPHANY VIVA!

O tempo aos poucos foi se esvaindo enquanto Ogird e Heno saiam dali sem olhar pra trás. Ogird tentou correr pra ajudar o amigo, mas o encontrou com as hookswords... Ele estava realmente crítico, ferido, as costelas arrouxeadas numa fratura quase exposta. As lágrimas lhe correram como quem dizia "eu não vou voltar". Botou a lâmina contra a garganta e nem forças tinha...

– Og... Me faz esse favor e me livra dessa dor cruel...

– Vai doer, cara... Mais em mim que em você...

– Você aguenta... A gente ainda vai se encontrar... Um dia, quem sabe...

Ogird sorriu e fez o que devia ser feito... Aquele líquido vermelho se juntou ao de Maraya, que parecia estar sorrindo com a presença de Odran ali...

Mais tarde, de volta a base, estavam todos calados... Og e Heno não deram um único pio por meses. Sempre que se olhavam as lágrimas corriam sem nem um sinal de choro. Branca que tanto se mostrava irredutível chorava como uma criança ao ver o rascunho que fez com tanto carinho para salvar Odran...

Apesar daquele final não estar nos planos daquele grupo, eles cedo ou tarde vão saber que Odran só entrou naquela guerra para encontrar a paz que lhe foi estirpada quando viu a irmã agonizando com um tiro e a esposa raptada...


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Notas finais do capítulo

Não quero chororô nessa porra... Não quero... T_T



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