Um mundo além do mundo escrita por Lobo Alado


Capítulo 38
Movem-se as peças


Notas iniciais do capítulo

Olá de novo! E tão rapidamente, não é? Sim, por que este é um capítulo bastante curto, e apenas para descarregar os próximos capítulos
Enfim... leiam e divirtam-se!
Os encontro lá em baixo.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/506861/chapter/38

A porta escancarada rangia. Katrina o abraçava com força, as unhas acariciavam o seu couro cabeludo e ela o enchia de beijos. Era impossível que ela pudesse ser tão bonita quanto naquele momento, mas era, e com Ismira de volta no coração, o que trazia o antigo calor de seu sorriso para Roran.

— Como ela estava? – Perguntou ela de mãos juntas. – Não entendo Roran! Estou preocupada, como Ismira chegaria tão longe? Algo não está certo.

— Não pense nisso. Ela está bem, eu não ligo para o resto. – Roran penteou os cabelos para trás.

— Ah, espere... – Katrina guiou seus dedos lentamente para os cabelos de Roran e, jeitosa, puxou um fio. – Cabelos brancos. – Ela sorriu com o canto do lábio.

Roran fechou os olhos e suspirou, rindo. Ele não queria estragar a felicidade dela, mas o momento havia chegado. Olhou para ela com olhos cerrados.  

— Katrina, eu preciso lhe contar o que vem a seguir.

Ela assentiu e levantou-se, indo até a bandeja encima da lareira. Segurou uma xícara de chá e recostou-se na parede.

— Eu imagino bem o que vêm a seguir, Martelo Forte. – Ela deu um gole e assentiu firmemente a cabeça. – Você irá pôr-se em linha de frente em vez de utilizar seus talentos aqui.

— Katrina... – Ele forçou o maxilar. – Eu não faria qualquer coisa se não considerasse que fosse a melhor opção para todos nós. Você sabe disso. E desta vez... – Ele suspirou. – Desta vez preciso fazer algo sozinho. Algo que ninguém deve saber o que é. – Ele rosnou baixo para ela.

Katrina colocou a xícara de volta na bandeja e caminhou cautelosamente até a cama, com os pés descalços e delicados e seu olhar curioso.

— Conte-me, Roran. – Ela segurou suas mãos. – De mim você não pode esconder, não pode...

— Não, não esconderei nada de você. – Ele olhou-a com bastante seriedade. – Eu irei até Surda. Até Aroughs, para ser mais preciso. Talvez Baldor venha comigo...

— Roran! – Ela exclamou num sussurro. – Irá esconder isso de Nasuada? E o que diabos irá fazer lá?

— Existe... alguém, lá, que pode reverter toda a situação do Império. Mas eu preciso pedir sua ajuda sozinho. E Nasuada irá saber o suficiente.

— Eu achei que já tivéssemos vantagens neste conflito. – Ela cerrou os olhos castanhos, olhando-o desconfiada. – Desde quando você planeja isto, Roran?

— Desde ontem, antes de saber sobre Ismira. – Disse com prontidão. – Eu irei, Katrina... na verdade, já está quase na hora de partir.

Ela franziu o cenho, olhando-o com incredulidade e confusão. Ela balançou a cabeça e fechou os olhos.

— Tudo bem, Roran... eu não lhe questionarei. – Ela segurou seu ombro com uma mão e as costas com a outra. – Mas terá de ficar mais um pouco. – E puxou-o para a cama com delicadeza, sem a relutância dele.

*

Roran rodou os ombros, sentindo a cota de malha ajustar-se em seu corpo. A túnica parecia uma camada muito frágil por cima de todo aquele metal. Roran sentiu-se bem de pô-la novamente. Foi até o canto e recolheu a pesada clava com presas de ursos.

— Nasuada está mais inquieta agora que está partindo. – Jörmundur anunciou.

— Eu já esperava por isso. – Disse Roran escondendo o rosto com o capuz. – Não importará quando tudo estiver acabado.

O homem abriu a porta da marmoraria da cidadela, onde Roran e Baldor preparavam-se às escondidas, revelando um dia quente e abafado.

— Boa Sorte, Martelo Forte... – Jörmundur apertou seu ombro. – Espero que consiga nos trazer algum benefício.

Roran saiu com Baldor ao seu lado. Montaram os cavalos que os esperavam e partiram para fora dos muros da cidadela. A cavalgada em meio a cidade movimentada era mais devagar do que ele pretendia.

— Roran, conte-me. – Baldor colou o cavalo próximo a ele. – Por quê Aroughs? Quem você procura lá?

— Tharos... – Roran respondeu vagamente, segurando as rédeas com delicadeza.

— Tharos, o rápido? Por quê?

— Surda está envolvida com os rebeldes, Baldor, e Tharos nos ajudará a desmascarar Orrin, se eu oferecer a coroa de Surda a ele.

— Roran?! Tharos? Ele odeia você! Ele prometeu que um dia iria matá-lo pela morte de seu pai e sua irmã.

— Sim, Baldor, e isto só fará com que ele queira adentrar mais nisto, para talvez encontrar uma chance de me matar. – Roran esporeou o cavalo avançando para os portões de Ilirea.  


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Então? hahhhahahah sempre assim né "Então?" Pois é, e a tipica pergunta de quem aguarda opiniões sobre o capítulo, mas este na verdade é só um pouquinho do que vem por aí.
Aguardem o próximo, pois ele virá!
Até mais!
26/01/16



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Um mundo além do mundo" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.