Um mundo além do mundo escrita por Lobo Alado


Capítulo 12
Pôr e Nascer do Sol


Notas iniciais do capítulo

Esse capítulo foi bem agradável de escrever... Não sei o que mais posso falar, É obrigado escrever nota? Eu sei... tem o nome opcional, mas eu escrevi antes de olhar e não vou mais apagar...
Em fim, leiam o capítulo com calma e tentem apreciá-lo.



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Ismira não aguentava mais sua sela, não descera do cavalo desde que partira de Gil’ead com Albriech, e isso já tinha duas horas... Os dias da jovem passaram a ser turbulentos desde que fugira do vale Palancar, e sua mente estava um pouco perturbada. Quase todas as noites tinha pesadelos, e passava uma boa parte da manhã, lembrando-se deles e do que acontecera em Carvahall, perguntando a si mesma onde estariam seus amigos agora e se estavam vivos. Isso sempre acabava em lágrimas traiçoeiras.

Pensar em Hope, e em todos os seus sonhos para o futuro, a deixava triste. Mas lembrar de Serje a deixava deprimida, e quanto mais pensava, mais seu dia ficava sombrio e morto.

– A ultima palavra que disse para mim foi Lady. – Choramingou Ismira uma noite, quando não queria dormir, evitando os pesadelos. – Estava debochando de mim... E eu o mandei embora – Entregou-se de vez às lágrimas, não pela primeira vez naquele dia. – Foi a ultima vez que nos vimos.

Ismira chorou até os olhos ficarem vermelhos, e então continuou chorando até adormecer. Naquela noite os pesadelos não vieram, sonhou apenas que estava nas muralhas de Carvahall e lá dançava com Serje, ele em sua cota de malha e ela em seu vestido ensopado e sujo, mas foi apenas isto, e de alguma forma o sonho pareceu perturbador a ela.

Chovia quando acordou, e o cheiro da madeira molhada não a confortava mais. Ali debaixo da cabana abandonada, tudo parecia mais triste... Ismira gostava de ficar por entre arvores e em meio a terra, fazia sentir-se viva, mas isso era quando tinha uma vida, agora estava cercada por tristeza e perturbação.

Ela e Albriech haviam encontrado aquela cabana abandonada em uma clareira, na mesma noite em que saíram de Gil’ead, e decidiram ficar até o amanhecer.

Inquieta, Ismira saiu de seu saco de dormir e da cabana. Depois de fora, observou o ambiente que a cercava, tentando procurar algo que lhe tirasse daquela profunda tristeza.

Tentando afastar os pensamentos perturbadores que sempre a acompanhavam desde então, Ismira desembainhou sua espada e pôs-se a dar estocadas contra o vento, dando um passo a frente a cada estocada, até adentrar as margens da floresta. A espada dançava cinzenta e rápida, a sua frente, enquanto passava por entre as arvores, sem prestar atenção em mais nada a não ser nos fantasmas invisíveis que abatia, um por um.

A sua espada era mais leve que a de Albriech e encaixava melhor em seu punho. Albriech a havia conseguido, assim como seu novo cavalo e suas roupas novas – Uma camisa simples de couro negro, sem mangas, com cordões que a prendiam, nas costas... Calças cinza de tecido grosso, botas de cano longo, luvas de couro e uma capa negra com capuz, para o frio, que pouco usava – , quando pararam uma noite em Yazuac, dois ou três dias depois de sua fuga.

Passar por Yazuac e Daret – Apesar das advertências de Albriech sobre esconder sua identidade – foi fácil. Ninguém parecia interessado por quem entrava ou saia dos vilarejos pequenos. Gil’ead, por outro lado, era completamente vigiada, a cidade nunca dormia. Isso devido à sua prisão. Ismira e Albriech tiveram que rodear as muralhas.

Cansada de dar estocadas à toa contra o vento, Ismira deitou-se perto de uma arvore e ficou observando os raios de luz que batiam nas folhas verdes. Até aquilo parecia triste.

O que está acontecendo comigo? Pensou a pobre garota; Eu me odeio... Odeio-me, eu, e minha fraqueza; Pensava enquanto olhava para as folhas, e uma lágrima saia pelo canto do olho, descia pela maçã do rosto e entrava em seu ouvido.

O chão estava marrom de folhas mortas, e o cheiro... agora com o rosto tão perto, ela podia sentir. Terra e folhas, molhadas e frias, como os seus pensamentos. Talvez isso as tornasse iguais... Ela e as folhas mortas em decomposição.

Sou um pedaço de carne, com o coração apunhalado em decomposição, e o cérebro frio e louco... Sou uma folha morta jogada ao chão, em meio aos outros derrotados. Ela refletiu enquanto mais lágrimas derramavam-se.

Tenho de me levantar? Perguntou para o mais profundo íntimo, desejando continuar ali com as folhas, mas sem saber por que, levantou-se e voltou à cabana.

E esta ainda estava lá, morta como tudo... Ismira adentrou-a a procura de Albriech, mas ele não estava lá, devia estar caçando. ­– Não podiam mais sustentar-lhes só aquilo que roubaram de Yazuac... Era muito pouco. – Na ausência do mestre de armas, Ismira saiu mais uma vez, inquieta, da cabana e sentou-se recostada na parede úmida da frente.

Deu um leve sorriso, olhando para frente, na esperança de que, se sorrisse para o mundo perturbado à sua volta ele lhe sorrisse de volta.

Mas ela descobriu que sorrir sem ter vontade de sorrir era cansativo e terrível. De nada adiantou. Sem forças, ajoelhou-se e deitou a testa na terra, encolhendo-se e chorando de desespero.

Ismira já estava cansada de espremer os olhos a espera das lágrimas quando uma mão pousou em seu ombro. Quando ergueu a cabeça, viu Albriech lançando-lhe um olhar cheio de pena.

Ele está com pena de mim... Ela percebeu. Ele não queria estar no meu lugar.

Aquilo só a fez ficar pior, pensar que estava tão louca que o frio mestre de armas sentia pena dela. Chorou tanto... Até o ponto de gritar.

– Sai! Me deixa... Eu não quero você aqui, na minha cabeça! – Ela não falava com Albriech, mas sim com os pensamentos e sensações que ganhavam vida dentro dela. – Sai, Sai, SAI! – Ismira levantou-se, estapeando fortemente o rosto.

– Querida... Não se desgaste... Eu... Tudo vai ficar bem. – Albriech prometeu desesperadamente, tentando fazer suas palavras parecerem firmes.

– Não vai... – Disse ela em um choro agudo, que soava terrivelmente triste.

– Ah, querida. – Ele disse num tom melancólico. – Esvazie sua mente. Sim... vai ficar tudo bem, você verá.

Então ele sentou-se e puxou gentilmente a garota para si, deitando a cabeça dela em seu colo. Ismira pode sentir seu cheiro de hortelã.

– Oh... Você está ardente... – Falou ele assim que tocou a testa da ruiva. – Não podemos ficar nesta cabana úmida... Escute... tente ficar calma, você só está delirando... é normal, com tudo o que aconteceu, mas eu lhe prometo – Olhou-a bem nos olhos. – Tudo vai voltar a ser como era antes.

Depois disso Ismira não lembrava-se de mais nada, apenas da escuridão. Quando acordou ainda estava com a cabeça deitada no colo de Albriech, mas não estava mais na cabana. Estavam entre arvores, em um chão vivo, verde e principalmente seco.

A garota estava coberta com sua capa, e sua espada e bainha, não estavam em sua cintura. Sua cabeça doía um pouco, mas não sentia-se tão exausta quanto antes.

Ismira observou que Albriech dormia, recostado em um tronco grosso de uma arvore caída. Sua barba estava maior e as tranças dela estavam desfeitas. Os cabelos castanhos escondiam seu rosto. Tentou levantar-se sem acordar o mestre, mas ao seu primeiro movimento ele já estava de olhos sobressaltados.

– Ismira... Está melhor? – Disse ele pondo a mão em sua testa imediatamente. – Está febril, mas está melhorando...

– Vamos sair... daqui. – Ela dificilmente pôs-se de pé, desajeitada. – Temos que continuar a viajem. – Não sabia de onde havia tirado motivação, mas sentiu-se grata por isso.

– Não, tem de melhorar...

– Já estou forte o suficiente para montar o cavalo, vamos agora tio, temos de ir. – ela interrompeu, tentando mostrar-se autoritária.

Ele lançou-lhe um olhar duro.

– Tudo bem, mas a qualquer sinal de piora que apareça, paramos imediatamente. – Seu olhar era mais autoritário do que Ismira poderia um dia chegar a soar.

Ela assentiu carrancuda.

Os cavalos estavam presos a uma arvore logo a frente deles. Depois de montados, o tempo passou a andar novamente, e isso acalmou um pouco os nervos de Ismira, mas não foi o suficiente.

Ainda tenho meus pais; Pensou ela ainda melancólica; Vou para juto deles... e então, talvez, tudo melhore... e volte a ser como antes.

Viu-se cavalgando rapidamente, como que para libertar-se. A Albriech não restou alternativa a não ser acompanhar o ritmo da garota. O vento penteava seu rosto, o cobre de seus fios de cabelo chicoteou no ar, e por um breve momento o mundo sorriu para ela.

Mas depois de um tempo, a cela tornou-se cansativa de novo, e ela diminuiu a velocidade, cavalgando devagar paralelamente a Albriech.

Agora encontravam-se numa região de campos vastos, sem arvores, e a única coisa não uniforme ali era o largo rio Ramr, escuro e profundo, mesmo com a luz do sol.

Cavalgaram até chegarem ao enorme braço do rio que deslizava para oeste.

– Veja. – Disse Albriech apontando com a mão. – Iremos contorná-lo e seguiremos sua margem até Bullridge... Depois que sairmos de lá, teremos de abandonar os cavalos... Demoraria muito contornar o rio para chegarmos a Iliera, o atravessaremos de jangada.

Fizeram uma fogueira no fim da tarde e a contemplavam ainda de madrugada.

– Amanhã só descansaremos quando chegarmos à Bullridge, deve dormir. – Advertiu Albriech, com seu tom de voz entediante, quando Ismira não quis dormir.

– Uma noite de sono não fará diferença, me cansarei de qualquer forma... Bem, mas de uns dias para cá a todo o momento estou cansada. – Ela disse imitando o tom de voz do Mestre.

– Você sempre foi ousada garota... – Ele deu uma curta gargalhada.

– Desculpe-me. – Ela disse abaixando a cabeça, envergonhada por ele ter percebido.

– Não... Isso é bom. Tem personalidade. – Ele estreitou os olhos interessados e brilhantes, com um sorriso por baixo da barba longa e castanha. – Tem muitas características do seu pai, mas sua divertida ousadia e ironia são unicamente suas. Antes eu confundia isso com arrogância, mas agora vejo que é apenas seu jeito natural de ser... Gosto realmente disso. – Gargalhou de novo.

Será que ele está caçoando de mim? Questionou-se Ismira, mas logo deixou para lá... Ignorou Albriech e foi para junto dos pensamentos, abraçando os joelhos, na frente da fogueira.

De repente o Mestre pôs-se de pé e desembainhou a espada.

– Levante-se, já que não irá dormir. – Ele disse apontando para ela com a negra espada.

– O quê?... – Ismira teve tempo de perguntar antes do aço ir em sua direção.

Levantou-se sobressaltada e puxou sua espada da bainha.

– O que está fazendo? – Ela perguntou parando a espada dele com a sua.

– Quer dizer que conversa com quem lhe ataca? – Ele deu mais uma estocada. – Vamos, defenda-se.

Ismira então parou de defender, e começou a revidar. Esforçava-se ao Máximo, tentando manter-se focada. Como Sírin havia ensinado a ela.

Lutaram por algum tempo até Ismira, cansada da luta, afastar-se para trás e embainhar a espada.

– Talvez eu prefira dormir... – Ela sentou-se novamente perto da fogueira.

– Ah é? Não estava tão sem sono? – Lançou-lhe um sorriso.

– Ah não... Acha o que este é o momento certo? – Disse ela brava com ele. – Estou cansada de fingir que sou forte, não jogue isso na minha cara...

Ele sentou-se ao seu lado.

– Nunca é o momento certo para qualquer coisa... E, eu sei que está cansada, mas dizer isso à mim não adiantará nada. Acha que se disser ao mundo que está cansada dele, ele parará? – Ele tocou seu queixo e forçou-a a olhá-lo. – Acha que se pedir para que devolvam Carvahall à você eles devolverão? Acha que se pedir seus amigos de novo... eles devolverão?

– Para! – Disse ela cobrindo os ouvidos. – Você fez os pensamentos voltarem! Você fez... Por que você fez? Você FEZ!

Albriech puxou o braço de Ismira, brutamente, descobrindo o ouvido da garota e lhe lançou um olhar furioso.

– Não ouviu o que eu acabei de dizer? – Seu olhar a massacrou. – É assim que resolve seus problemas? Pedindo para parar? Se quer que eu para, então faça-me parar... Se quer sua vida de volta, vá buscá-la, se quer sua cidade de volta então tome-a de novo!

Agora ele tinha passado dos limites. Furiosa Ismira deu uma forte cabeçada no nariz do Mestre. Pode ouvir o osso partindo, e quando fitou o rosto de Albriech viu o sangue descer por suas narinas e entrar em sua boca.

Ele afastou-se com o rosto inexpressivo e pôs-se a fitar as chamas.

– Tudo bem... Eu desisto de procurar fraqueza em você...

– Não entendo. – Ismira tocou onde a testa atingiu o nariz dele. – Você fala algo... e em outro instante diz algo totalmente oposto, você... Esqueça. Preciso dormir um pouco... Você... não está ressentido não é?

Ele sorriu e mostrou os dentes sujos de sangue.

– Eu não pedi que parasse como você fez... Tudo depende de ações, querida. Se eu não impedi você de partir meu nariz... Só tenho o direito de estar ressentido comigo mesmo.

Por algum tempo Ismira ficou fitando o negro céu, manchado da branca fumaça evolante que vinha da fogueira. Então aproveitou a oportunidade para perguntar:

– Mestre... Eu... Tem uma coisa que não sai da minha cabeça. – Sentou-se novamente. – Quando estava... bem, observando o festival... O Shervaën abr a Skulblaka, eu... Vi... – Fez uma pausa lembrando-se. – Os elfos caíram mortos no chão... Eu vi. Como isso é possível? Como simplesmente as flechas atravessaram suas barreiras mágicas?

Albriech fitou as chamas por um momento antes de responder.

– Tudo foi confuso naquele dia... muita coisa aconteceu... Já perguntou-se quem foi o responsável pelos ataques? Observou quem estava atacando Carvahall? Eles usavam túnicas de Carvahall... Bem, estou tão confuso sobre o que aconteceu quanto você. – Ele apontou para ela. – Deve ficar atenta... Se elfos caíram perante aqueles que nos expulsaram de casa, o que pode acontecer com nós? – Então deitou-se e fechou os olhos deixando Ismira sozinha com aquelas palavras.

Não sou fraca; Pensou ela; Ele mesmo disse que tentou procurar fraqueza em mim e não achou... Não sou fraca, não sou fraca, não sou... Fraca; Repetiu ela, para que tornasse realidade.

Seus sonhos foram extremamente confusos aquela noite. Sonhou que subia a montanha do pôr-do-sol, lentamente... Cada passo era como uma vitória inicialmente impossível. Mas finalmente chegou ao topo.

E La estava Sírin... De olhos fechados, sendo banhado pelo sol laranja. Quando o elfo abriu os olhos, Ismira já tinha uma pedra levitando sob a mão.

– Parabéns... está cada vez mais próxima de... – Foi interrompido por uma flecha na sua testa, simplesmente assim. – Não é possível... Minhas... defesas. – Conseguiu terminar, com os olhos arregalados.

Só então Ismira percebeu que Sírin segurava o mesmo ovo cor de mel, que parecia transparente, da celebração.

Ismira acordou sobressaltada, lembrando-se só agora do ovo. Sonolenta ela viu que Albriech ainda estava fitando a fogueira.

– Tio... – Começou ansiosa. – O ovo, lembra-se? O ovo! O que será que aconteceu com ele?

Albriech suspirou.

– Escute Ismira, não vai mesmo dormir, não é? Tudo bem, mas tente não lembrar essas coisas, esse não é o seu foco. Você deve persistir em chegar até Iliera e em seus pais... O resto não irá lhe ajudar em nada.

– Tudo bem... – Ela disse, mesmo que todas as lembranças dançassem em sua cabeça.

Ismira passou os restos da madrugada recebendo o calor da fogueira. Só quando os primeiros sinais de sol surgiram é que viram que não podiam mais ficar ali.

Apagaram a fogueira, e montaram com os últimos vestígios de escuridão da madrugada. Ismira sentia-se muito melhor que nos últimos dias. Toda aquela conversa que teve com Albriech a ajudou muito.

Cavalgaram ao mesmo tempo que o sol subia e iluminava todas as coisas...

O renascer de minha vida... Refletiu ela; O sonho de Hope era conhecer novos e diferentes lugares... E agora vou fazer isso. Só o futuro sabe o que me espera.

Depois de horas –Que Ismira considerava extrapoladas – De cavalgada é que chegaram ao grande braço do rio Ramr.

– É isso que iremos contornar... – Repetiu Albriech.

Mas Ismira não conseguia ver o final. Era realmente uma grande extensão.

Já caminhei distancias demais para desdenhar isto...

Seguiram paralelamente o braço, até que Ismira avistou de longe silhuetas à beira do rio. Pereciam pessoas bem grandes.

– Veja. – Disse Albriech antes que ela pudesse falar. – Vamos nos afastar um pouco da margem... Não quero que...

Mas ele foi interrompido por um grande rugido que veio de trás de si. Quando ismira virou-se, fitou, assustada, dois enormes urgals, não Kulls, mas bem grandes.

– Veja o que temos aqui... – Disse um deles com sua voz gutural e com um sotaque forte.

– Não queremos confusão... – Disse Albriech olhando para Ismira. Era um aviso...

Quer que eu fuja a qualquer momento; Concluiu a garota.

– Oh, vamos poupar este falatório... Não queremos confusão também, só vamos roubá-los e depois matá-los, não há por que discutir.

São Urgals Rebeldes; Pensou Ismira.

Albriech ficou tenso.

– Acho que não... – Disse o mestre desmontando o cavalo e desembainhado a espada.

Os dois urgals gargalharam como se ele tivesse contado uma piada, então subitamente pararam e deram rugidos abaixando a cabeça, apontando os chifres para Albriech.

– Ismira... Agora! Contorne o rio. – Ele deu estocadas contra os chifres dos urgals.

Quando virou-se Ismira viu as duas silhuetas aproximando-se, com chifres na cabeça.

Oh, são urgals; Pensou ela com o coração acelerado.

Esporeou o cavalo com força e seguiu na direção do braço de Ramr, enquanto Albriech ficava para trás.

Logo os urgals ficaram para trás, assim como o mestre de armas.

Ele tem de vencê-los e vir atrás de mim; Pensou com a mente querendo atordoar-se novamente. Não! Eu sou forte, foi Albriech quem disse...

Eu sou forte. – Disse em voz alta. – Eu sou forte, eu sou forte, eu sou forte... Contornarei o rio e depois irei para Iliera... Eu sou forte. – Disse pela ultima vez, para tornar-se verdade.


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Notas finais do capítulo

Então? Pois é... Próxima semana já posto capítulo novo...
Esperem, e, enquanto isso comentem o que acham dessas palavras ai em cima que chamam de fic, mas na verdade é um desabafo.



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