Supernatural escrita por Mabel_Cullen


Capítulo 16
Capítulo 16: Sombra


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem... Bjosss!!! ^.^



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Chicago, Illinois.

Uma jovem anda por uma rua escura até sua casa. Está com pressa, um homem esbarra e não pede desculpas. Nervosa, a jovem continua andando. Ela pára em um beco, pega seu ipod em um dos bolsos do casaco e vê que a bateria acabou.

- Ótimo. – ela reclama. Em seguida um vento forte chacoalha seus cabelos, a assustando. Ela olha para os lados rapidamente.

- Meredith... – alguém sussurra seu nome. A jovem olha na direção da voz, mas não há ninguém.

- Olá? – pergunta ela com medo na voz. Ninguém responde. Em seguida a jovem apressa o passo para chegar em casa sã e salva. Uma sombra enorme aparece na parede à suas costas.

- Meredith... – a sombra continua. A jovem abre a boca de espanto e começa a correr. Chega à frente de sua casa, mas se atrapalha com as chaves em sua mão. Quando consegue abrir, entra em seu apartamento aflita e com falta de ar. Tranca tudo e aciona o alarme. Mais calma, Meredith põe seu casaco  no sofá, junto com sua bolsa e chave. Vai até a cozinha e pega uma cerveja gelada na porta da geladeira. Na sala Meredith liga o correio de voz do telefone enquanto dá um longo gole em sua bebida.

- Ei, Meredith... É a Christan. – diz uma das mensagens. – Você precisa me contar o que houve ontem a noite. Me ligue.

- Ei, Meredith, é o Derek. Onde você esteve? – diz a segunda mensagem. – Preciso falar com você. Acho que tenho algo que pode lhe interessar. Adivinha o que? Se quiser saber, me ligue quando ouvir esse recado. Tchau.

De repente uma sombra aparece dentro da casa, andando pelas paredes em direção à garota.

- Ei, Meredith... Não diga que eu não salvei a tua pele. – diz a terceira mensagem. A sombra se aproxima cada vez mais com suas garras à mostra.

- O cara de ontem era legal, mas esse aqui... – diz a quarta mensagem. De repente as garras perfuram o corpo de Meredith, fazendo muito sangue espirrar pelas paredes. Em seguida a jovem cai morta no chão.

...

(Uma semana depois).

Dean estaciona o Impala em uma rua perto da casa de Meredith, sai do carro com uma roupa nada comum. Dentro do carro, Sam lê uma matéria no jornal sobre o assassinato. “Perseguição Continua Para O Assassino Invisível. Segundo Assassinato Em Dois Meses”.

- Vamos. – diz Jane a ele. Sam concorda com a cabeça e os dois saem do carro juntos.

- Certo, esse é o lugar. – diz ele se encostando no carro e observando a casa da vítima.

- Eu não ia dizer, mas nós nos sairíamos muito melhor sem essa fantasia ridícula. – comenta Dean com eles. – Eu me sinto como um ator amador de colegial.

- Qual foi aquela peça que você fez? – pergunta Sam ao irmão.

- Ah... Our Town... Foi legal, foi bonitinho. – responde Dean com um sorriso, relembrando. Jane e Sam o olham e dão risada.

- Você querem resolver esse caso ou não? – pergunta Jane com um sorriso a eles em seguida.

- Só estou falando... Que essas fantasias custam dinheiro, está bem? – comenta Dean.

- Dinheiro de quem? – pergunta Sam a ele.

- Nosso! – responde Dean. – Acham que eu uso o cartão de crédito para ir ao shopping?

Sam revira os olhos.

Uma mulher os deixa entrar no apartamento da vítima.

- Algum problema se dermos uma olhada pela casa? – pergunta Jane a ela.

- A polícia disse que já terminou aqui... Então... – responde a mulher. Eles entram na sala. Há muito sangue pelas paredes e pelo chão. – Vocês disseram que eram da companhia  de alarme?

- Isso mesmo. – responde Sam.

- Sem ofensas, mas o alarme de vocês é tão útil quanto seios em um homem. – diz a mulher a eles. Jane abre um pequeno sorriso.

- É por isso que estamos aqui. – diz ela. – Assim podemos evitar que aconteça de novo.

- Você que encontrou o corpo? – pergunta Dean à mulher.

- Sim. – ela responde.

- Logo após que aconteceu? – pergunta Sam.

- Não... Só alguns dias depois. – ela responde. – O cara do trabalho ligou, ela não apareceu para trabalhar. Então eu toquei a campainha. Foi quando eu percebi... O cheiro.

- As janelas estavam abertas? Algum sinal de arrombamento? – pergunta Jane.

- Não, as janelas estavam trancadas como a porta da frente. – responde. – A corrente estava fechada, tiveram que cortar para entrar.

- E o alarme ainda estava ligado. – completa Dean.

- Como eu disse, uma merda de trabalho que a sua companhia faz. – diz a mulher. Os três se olham.

- Algum sinal de que mexeram nos móveis, vidros quebrados, sinal de luta? – pergunta Jane.

- Tudo estava em perfeita condição. – responde a mulher. – Exceto Meredith.

- Em que condição ela estava? – pergunta Sam.

- Meredith, estava em todo o lugar. – responde a mulher. – Em pedaços! O cara que a matou deve ser algum tipo de profissional maluco. Mas eu digo uma coisa. Se não soubesse, diria que um animal selvagem fez isso.

Os três se olham curiosos e preocupados ao mesmo tempo.

- Senhora, se importa se dermos uma revista no lugar de uma vez por todas? – pergunta Sam com a intnção de que ela saia.

- Fiquem à vontade. – diz ela e em seguida se retira da casa deixando os três a sós.

- Então o assassino entra na casa... Sem armas, digitais, nada. – começa Dean.

- Quando encontrei aquele artigo, eu sabia que era nosso tipo de trabalho. – diz Sam. Dean pega seu aparelho eletromagnético e o liga. Este começa a apitar e a acender todas as luzes.

- Eu posso sentir... Tem algo de sobrenatural aqui. – diz Jane e olha para Dean. – Você falou com os policiais?

- Sim, com a Amy. – responde ele com um sorriso malicioso quando lembra da policial que o ajudou. - Com a gostosa e charmosa policial.

- O que descobriu? – pergunta Sam ignorando essa última parte.

- Que… Ela é de Sagitário. Ela adora matar, só que... Nossa, ela tem uma tatuagem.... – responde Dean.

- Dean! – dizem Sam e Jane juntos, o repreendendo.

- O que?! – pergunta Dean vendo as expressões nervosas dos dois. – Foi Mal… Ela não disse nada que já não sabemos. Exceto por uma coisa que não está nos jornais.

- O que? – pergunta Jane.

- O coração da Meredith está sumido. – responde Dean. Sam o olha surpreso.

- O coração? – pergunta ele sem entender.

- É... O coração. – confirma Dean.

- O que acham que fez isso? – pergunta Jane andando por toda a sala.

- A mulher disse que parecia ataque de animal, talvez seja. – diz Sam.

- Lobisomem? – pergunta Dean.

- Não... Um lobisomem não faria isso. – diz Jane a ele. – Teria deixado rastros.

- Exatamente. – concorda Sam. Dean fica olhando as marcas de sangue no chão. – Deve ser um espírito.

Jane olha pára as marcas de sangue no chão. Imagens vêm em sua cabeça. Um símbolo. Um símbolo que não lhe é estranho. Ela põe as mãos na cabeça.

- Jane? – pergunta Sam indo até ela. – Você está bem?

- Vejam se conseguem encontrar uma fita adesiva. – pede ela a eles. Em seguida Dean a entrega a fita. Jane começa a ligar as marcas de sangue no chão. Sam e Dean a olham curiosos.

- Já viu esse símbolo antes? – pergunta Sam a Jane quando ela termina.

- Nunca. – responde ela sem saber se está mentindo ou não. Jane põe uma das mãos na cabeça novamente com uma expressão de dor.

- Jane,O que foi? – perguntam Sam a olhando.

- Nada, só dor de cabeça. – responde ela. – Vai passar.

- Vem... Vamos sair daqui. – diz Sam a ela. Em seguida os três vão para um bar da cidade. Sam entrega um copo d’água para Jane que o bebe de uma vez. – Se sente melhor?

- Sim, obrigada. – agradece ela com um sorriso. Sam lhe dá outro.

- Eu fiquei preocupado… - diz ele.

- Sam... Foi só um mal estar. – diz Jane pondo uma mão no ombro dele, o acalmando. – Não se preocupe comigo... sério, eu estou bem.

Eles se olham por um tempo.

- Mesmo? Eu não malho a cinco anos. – diz Dean dando em cima de uma garconete. Ela sorri para ele. Dean bebe sua cerveja. – Obrigado, até loguinho.

Sam abre o diário de John e pega uma reportagem do assassinato de Meredith.

- Falei com a garçonete. – diz Dean se sentando na mesa deles.

- Conseguiu alguma coisa além do telefone? – pergunta Jane com um sorriso sarcástico a ele.

- Ei, eu sou um profissional. – reclama Dean. – Estou ofendido que tenha se quer pensado nisso.

- É claro. – diz ela com uma expressão de quem finge que entende.

Sam e Jane olham bem para Dean e arqueiam as sombrancelha.

- Está bem, eu peguei. – diz Dean sem conter um sorriso vitorioso.

- Acho melhor você pensar em fazer alguma coisa com o seu cérebro aí em cima, Dean. – diz Sam com um olhar reprovador.

- Não tem nada que descobrir. – diz Dean a eles. – Meredith vinha aqui, sentava em uma mesa. Todos são amiguinhos. Ela é normal. Não disse nem viu nada antes de morrer... E sobre o símbolo? Encontraram alguma coisa?

- Não, nada. – responde Jane ainda tentando lembrar onde já o viu.

- Nada no diário do papai ou em nenhum outro livro. – responde Sam também.

- Eu acho que teremos que cavar mais fundo, então. – comenta Dean. – Teve uma outra vítima, além da Meredith, não é?

- Teve. O nome dele era Ben Swordstron. – responde Jane pegando outra reportagem dentro da bolsa de Sam. – Mês passado foi encontrado mutilado dentro de seu apartamento. Mesma coisa. Tudo trancado e alarme ligado.

- Alguma conexão entre os dois? – pergunta Dean.

- Não. – responde Sam. – Ben era banqueiro e Meredith era garçonete. Nada em comum, praticamente eram de mundos diferentes.

- Recapitulando, a única coisa útil que eu achei até agora foi o telefone da garçonete. – diz Dean com um sorriso. Jane de repente olha para o lado, em uma mesa não muito distante da deles. Sam sem perceber o olhar dela, também olha para a mesma mesa, se levanta e vai até ela.

- Sam? – pergunta Dean estranhando. Jane se levanta em seguida e o segue. Dean não entende, mas também vai atrás.

- Roberta? – pergunta Sam pondo sua mão no ombro da garota da mesa.

- Sam? – pergunta ela quando se vira e vê o rapaz à sua frente. – É você? Oh Meu Deus!

A garota se levanta e o abraça carinhosamente. Sam a abraça também, mas desconfiado com a presença de Roberta.

– O que está fazendo aqui? – pergunta ela com um enorme sorriso a ele.

- Estou na cidade visitando alguns amigos. – mente Sam. Roberta olha para os lados.

- Onde eles estão? – pergunta ela não vendo ninguém.

- Não estão aqui agora, mas eu... E quanto a você? – pergunta Sam desviando o assunto. – Achei que você fosse para a Califórnia.

- Eu fui, eu vim, eu vi, eu conquistei. – diz ela com um sorriso. Em seguida Dean e Jane se aproximam totalmente. – Eu encontrei um tal de Michael Murray em um bar aí.

- Quem? – pergunta Sam.

- Não importa. – diz ela. – De qualquer forma, tudo começou a encher, então... Eu estou aqui por um tempo.

- Você é de Chicago? – pergunta Sam.

- Não, sou de Massachusets. Fim da linha. – responde ela. - Nossa, Sam! Quais são as chances de encontrarmos um ao outro?

Jane não pára de encará-la enquanto Dean se sente ignorado.

- Pois é, achei que nunca mais ia te ver. – diz Sam.

- Ainda bem que você estava errado. – diz Roberta com um sorriso meigo a ele. Dean tosse para chamar a atenção do irmão.

- Querem alguma coisa? – pergunta Roberta a ele e Jane.

- Ah, desculpe Ro, esse é meu irmão Dean e essa é nossa amiga Jane. – apresenta-os Sam.

- Então esse é o Dean. – diz Roberta olhando para o irmão mais velho de Sam e depois para Jane. – E essa é a Jane.

- Sim. – responde Sam.

- Já ouviu sobre a gente? – pergunta Dean com um sorriso.

- Claro que sim. – responde Roberta a ele. Em seguida esta estende sua mão para apertar a de Jane e ela a aperta. – Muito bom te conhecer Jane, você parece ser bem especial para o Sam pelo jeito que ele falou de você.

Jane olha para Sam que a olha constrangido. Jane dá um sorriso na direção dele e dá um para Roberta também. Dean espera a garota apertar sua mão também, mas ela não o faz.

- E eu? – pergunta ele se sentindo ignorado novamente.

- Você? Legal como trata seu irmão que nem lixo, né? – diz Roberta a ele. Sam olha novamente para ela.

- Como é que é? – pergunta Dean sem entender.

- Porque não deixa ele fazer o que ele quer? – pergunta Roberta nervosa a ele. – Pare de tratá-lo como se ele não tivesse opinião.

- Rô, está tudo bem. – diz Sam pondo uma mão em seu ombro.

- Certo, uau, vou tomar alguma bebida agora. – diz Dean perplexo, dá um olhar rápido para o irmão e se afasta.

- Sam, desculpe. – diz Roberta a ele. Sam lhe dá um sorriso a desculpando. – É que do jeito que você me disse como ele te trata, se fosse por mim eu o matava.

- Tudo bem, ele já melhorou. – comenta Sam que olha para Dean e o vê conversando novamente com a garota do bar.

– Mas então Jane, gostei de você. Pelo jeito vocês dois se dão muito bem. – diz Roberta olhando para ela e Sam.

- Somos amigos. – diz Jane a olhando fixamente.

- Nós deveríamos sair, agora que nos encontramos novamente. – diz Roberta a Sam. – O Dean pode ir também, fui muita grosseira com ele. Quero me desculpar. Tenho certeza que seria divertido.

- Seria ótimo, porque não me dá seu número? – pergunta Sam.

- Claro. – diz ela. – 312555-0143.

- Eu nunca soube seu sobrenome. – diz Sam curioso.

- Marsters. – responde Roberta com um sorriso.

- Marsters? – diz Sam.

- É melhor ligar. – diz Roberta com um sorriso para eles.

- Nós vamos. – diz Jane com um sorriso também. Roberta lhe abre um maior.

- Espero ver vocês por aí. – diz ela. Sam e Jane se afastam e encontram com Dean na porta.

- Quem é ela? – pergunta ele quando os três saem e vão até o Impala.

- Uma garota que eu conheço.  – responde Sam. – Encontrei com ela uma vez. Encontrar com ela de novo, sei lá, é estranho.

- Tem algo de errado com ela. – diz Jane séria.

- Algo de errado? Ela é problemática... Eu a odiei. – diz Dean e se vira para o irmão. – O que ela disse? Que eu trato você como bosta? O que andou falando para ela?

- Desculpe, Dean. – diz Sam olhando para os lados sem saber o que dizer. – Eu estava num dia ruim quando fiquei naquela rodoviária em Indiana. Mas não era nada importante... Eu...

- Vocês dois, me escutem. – pede Jane chamando suas atenções, mas eles a ignoram.

- Então é verdade o que ela disse? Estou reprimindo suas vontades? – continua Dean nervoso.

- Não é isso... Dean... Me escuta. – pede Sam em vão.

Jane revira os olhos, vai até eles e os puxa pela camisa, fazendo-os ficar mais próximas dela.

- Me escutem! – grita ela. – Parem de ser tão crianças e se concentrem.

Ela os empurra para trás com força e se vira para o bar atrás dela.

- Tem algo estranho acontecendo aqui.

- É... Ela não foi com a minha cara. – diz Dean ainda irritado.

- Não é isso. – diz Jane com um olhar nervoso. – Talvez devêssemos ir embora.

- Ir embora? – pergunta Dean sem entender. – Por quê?

- Sam , você encontrou essa Roberta a umas semanas atrás, não foi? – pergunta Jane a ele. Sam faz que sim com a cabeça. – Pelo que você disse foi no meio do nada. E agora a encontra de novo em um bar qualquer de Chicago? Não acham isso meio estranho?

- Eu não sei, coincidência, acontece. – diz Dean dando de ombros. Sam pensa um pouco.

- Claro, com qualquer outra pessoa, mas não com a gente. – diz Jane. – Eu posso estar errada, mas eu não consegui ler a mente dela. Tentava, mas nada me vinha à cabeça.

- Talvez ela não seja suspeita, talvez você só esteja com ciúmes por que ela abraçou e parece gostar do Sam. – diz Dean com um sorriso malicioso a ela.

- Me faz um favor? – pergunta Jane se aproximando bem dele e o impurrando com força na traseira do Impala. Dean bate as costas e faz uma expressão de dor. Jane o segura com a mão em seu peito.

- Jane... – diz Sam surpreso.

– Veja se tem mesmo uma Roberta Masters de Massachusets e veja se pode encontrar qualquer coisa sobre aquele símbolo no chão da Meredith. – continua Jane com um pequeno sorriso malígno.

- E o que você vai fazer? – pergunta Dean engolindo em seco.

- Eu e o Sam vamos vigiar a Meg. – responde ela o soltando e se virando.

- Claro! Você e o Sam. – diz Dean revirando os olhos.  – Pode deixar, vou fazer o que está me pedindo. Mais alguma coisa, madame?

- Não... Obrigada. – diz Jane com um sorriso a ele.

Um tempo depois Sam e Jane esperam em frente ao apartemento em que Roberta está ficando. O celular de Sam toca e ele atende.

- Já rolou algum amasso aí entre vocês? – pergunta Dean a ele.

- Cala a boca. – diz Sam nervoso.

- Cuidado com o meu carro, por favor. – pede Dean e dá risada.

- Eu mandei calar a boca... O que descobriu?

- Desculpa, mas existe sim uma Roberta Masters na lista telefônica. – começa Dean. – E eu ainda peguei uma foto dela da escola. Porque vocês não batem na porta dela e a convidam para um recital de poesias ou qualquer outra coisa que ela goste de fazer?

- E o símbolo? Teve sorte? – pergunta Sam rapidamente.

- Sim, achei alguma coisa. – diz Dean– É um Zaratustra.Muito antigo, coisa de 2000 anos antes de Cristo. Eventualmente de uma Deiva.

- E o que é uma Deiva? – pergunta Sam.

- É o demônio da escuridão. – responde Jane olhando para Sam rapidamente e com um olhar assustado. Dean responde a mesma coisa. - Zaratustra e Demônios. São selvagens e animalistas. Atitudes perigosas, coisas desse tipo.

- Como que você descobriu isso? – pergunta Sam.

- Confie em mim, cara. – responde Dean. – Você não tem um papel de caça com você.

- Talvez você tenha se assustado com o que leu. – zomba Sam do irmão com um riso.

- É... Eu vou ligar correndo para pedir socorro. – responde Dean não achando graça. Jane se vira para a janela da casa de Roberta novamente. – É o seguinte, esses Deivas tem que ser invocados, conjurados.

- Então, alguém está controlando-o? – pergunta Sam entendendo.

- Sim, com certeza. – responde. – E é uma coisa muito perigosa também. Ele é do tipo que morde a mão que o alimenta. E os braços... O torso...

- Como eles se parecem? – pergunta Sam.

- Ninguém sabe. Ninguém nunca viu muito deles. – responde Dean. – E demônios antigos como esses, alguém sabe o que é essa coisa. Acho que temos um suspeito na cidade. Porque você não faz um strip tease para a Roberta?

- Não enche. – responde Sam.

- Dê umas mordidas nela. Não deixe marcas de dentes, apenas... – começa Dean, mas Sam desliga antes que ele continue. – Sam? Você....

- Ela chegou. – diz Jane e em seguida as luzes do apartamento de Roberta acendem. Sam olha.

Roberta aparece na janela só de sutiã. Sam olha com o canro do olho para Jane.

- Não ligo se você está olhando ou não. – diz Jane e o olha. – Não me importa... Respondi sua pergunta?

Em seguida Roberta sai de seu apartamento e segue por uma rua. Sam e Jane abaixam no banco do carro, se escondendo. Em seguida saem do carro e a seguem. Antes de entrar em um galpão, Roberta olha para os lados para ver se ninguém a vê. Sam e Jane esperam um pouco e entram no galpão também. Os dois seguem Roberta até um quarto escuro, rodeado de velas, onde há um ritual bem no centro. Roberta vai até ele e de lá, tira um cálice. Passa um dos dedos pela borda.

-  Eu não acho que você deva ir embora. – diz Roberta ao cálice. – Porque os irmãos... Eles estão na cidade, eu não sabia que... Sim sr., Sim, estarei aqui esperando por você.

Em seguida ela começa a apagar todas as velas em volta do altar e sai do quarto. Sam e Jane entram em seguida, vão até o altar e vêem o símbolo do chão de Meredith ali junto ao cálice com sangue dentro.

- Mas que diabos é isso? – pergunta Sam olhando em volta.

Depois de um tempo, os dois entram no motel que estão hospedados, Sam corre para o quarto e vê o irmão.

- Cara, tenho que falar com você. – dizem eles ao mesmo tempo para o outro. Eles se olham surpresos.

...

- Então, a gostosona da Roberta é alguém da Deiva. – diz Dean andando pelo quarto.

- Parece que ela está usando aquele cálice para controlar a coisa. – diz Jane.

- É... Ela é uma menina malvada. – comenta Dean com um sorriso. Sam o olha nervoso. - Qual é a história do cálice de novo? Ela estava falando com ele?

- Do mesmo jeito que as bruxas usam bola de cristal. – responde Sam.

- Tinham entranhas de animais naquele lugar. – comenta Jane. – Ela estava se comunicando com alguém.

- Com quem? Com a Deiva? – pergunta Dean a eles.

- Não, você disse que essas coisas são selvagens. – diz Sam.

- Era alguma coisa diferente. – comenta Jane. – Alguém está dando ordens  a ela.

- Alguém está indo para aquele depósito. – diz Sam.

- Dean. – diz Jane se virando para ele. – Nos diga o que tem para nos contar

- Merda, é mesmo. – diz ele de repente.

- O que? – perguntam Sam os olhando curioso.

- Eu ia contar para vocês antes.  – responde Dean. – Eu pedi um favor a Amy da polícia. Os arquivos completos das duas vítimas.

- E? – pergunta Sam mais curioso.

- A primeira vítima, um senhor de idade, passou sua vida inteira em Chicago, mas não nasceu aqui. – comenta Dean, olhando um arquivo que Amy lhe deu. – Olhem onde ele nasceu.

- Lawrence, Kansas. – lê Jane. Sam olha para o arquivo surpreso.

- E a Meredith, a segunda vítima, ela foi adotada e adivinhem de onde ela é. – diz Dean a eles.

- Lawrence, Kansas. – diz Jane sem precisar olhar o arquivo.

- Mas que merda. – repete Sam.

- É. – concorda Dean.

- É onde o demônio matou a mamãe. – diz Sam. – Onde tudo começou.Então... Vocês acham que a Roberta está ligada ao demônio?

- Tem uma possibilidade. – responde Dean.

- Estou odiando esse demônio cada vez mais. – diz Jane.

- Mas eu não entendo, qual a importância de Lawrence? – pergungta Sam. – E como essas coisas da Deiva se encaixam?

- Eu sei o que podemos fazer. – responde Dean. Jane e Sam o olham. – Vamos pegar nossas ferramentas, amarrar aquela garota e trazê-la para uma interrogação.

- Não, nós não podemos amarrá-la. – diz Jane a ele. – Temos que ir àquele depósito. Temos que ver quem ou o quê vai se encontrar com ela.

- Concordo. – diz Sam.

- Vou lhes dizer uma coisa. – diz Dean. – Eu não acho que devemos fazer isso sozinhos... Quero dizer... Só nós três.

...

No dia seguinte de manhã.

- Nós temos uma pista sobre o que matou a mamãe. – diz Dean para alguém no celular. Sam acorda e o olha. Jane está sentada ao pé da cama. – Esse depósito é na 1435 Ala Oeste. Pai se você ouvir essa mensagem, venha para Chicago o mais rápido possível.

- Caixa postal? – pergunta Sam e olha para a cama dele. – Meu Deus, o que você trouxe?

- Algumas coisas do porta-malas. – responde Dean. – Água benta, todas as armas que eu podia achar de rituais de exorcismos de mais de meia dúzia de religiões.

- Eu não sabia o que esperar. – diz Sam. – Acho que temos que esperar de tudo, não é?

Em seguida os três começam a montar as armas. Colocam balas e guardam algumas extras.

- Vai ser uma noite longa. – diz Jane.

- Pode crer. – concordam Dean e Sam. Os três se dão um sorriso.

- Nervosa? – pergunta Sam a ela.

- Nem um pouco. – responde ela com um sorriso. – E vocês?

- De jeito nenhum. – respondem os dois. Eles terminam de arrumar as armas e começam a guardá-las em uma mochila.

- Dá para imaginar se a gente realmente econtrar aquele demônio? – pergunta Sam a eles.

- São só algumas sombras, ta bom? – diz Dean a ele.

- Eu sei. Só estou dizendo que se pegarmos... – começa Sam. – Se essa coisa terminar hoje a noite... Nossa, eu ia dormir por um mês. Voltaria para a faculdade, seria uma pessoa normal de novo.

- Você quer voltar para a faculdade? – pergunta Dean a ele. Jane vê que uma nova discussão vai começar, então adianta as coisa, vai botando as armas dentro da mochila e levando para o carro.

- Sim, assim que terminássemos com essa coisa. – responde Sam ao irmão. Dean não diz nada. – Porque? Tem alguma coisa de errada nisso?

- Não, não. – diz Dean. – É ótimo, bom para você.

- O que você vai fazer quando tudo isso terminar? – pergunta Sam cruzando os braços.

- Esse é o problema... Isso nunca vai acabar. – diz Dean. Jane volta, mas não entra, pára na porta e apenas os ouve. – Vão ter outros. Sempre vai ter alguma coisa para se caçar.

- Mas, deve haver alguma coisa que você quer para si próprio.

- Eu quero que você vá embora assim que tudo isso terminar, Sam.

- Cara, qual o seu problema?

Dean vai até uma cômoda à frente do espelho e se encosta nela.

- Porque você acha que eu te trouxe? – pergunta Dean a Sam. Jane já sabe a resposta. – Porque você acha que eu te trouxe para ficar, você sabe?

- Porque o papai estava com problemas. Porque você queria achar aquela coisa que matou a mamãe.

- Sim, é isso. – Dean olhando no fundo dos olhos de Sam. – Mas , tem mais cara!... Eu, você e o papai... Eu queria que ficássemos juntos de novo. Nós voltaríamos a ser uma família.

- Dean... Nós somos uma família.

- Eu farei qualquer coisa por você.

- Mas, as coisas nunca vão ser do jeito que eram antes. –

Dean o olha com uma expressão triste.

- Poderiam ser. – diz ele.

- Eu não quero que sejam... Eu não vou viver essa vida para sempre. Dean, quando tudo isso terminar... Você vai ter que deixar eu viver a minha vida.

Os dois se olham por um tempo. Jane respira fundo e entra no quarto.

- Vamos. – diz ela. Os três um tempo depois entram no galpão e observam Roberta no mesmo lugar de antes. Roberta invoca algo em uma língua diferente.  Os três entram discretamente no aposento e se agacham atrás de três pilares. Pegam suas armas e apontam para Roberta discretamente.

- Gente... Isso é meio estúpido, vocês não acham? – pergunta Roberta a eles sem se virar para encará-los.

Sam e Dean se olham surpresos.

- Bem... Isso não foi como planejamos. – sussurra Dean para os outros dois.

- Porque vocês não saem daí? – pergunta Roberta se virando para eles. Os três saem de trás dos pilares com suas armas apontadas para ela. - Sam, eu tenho que te dizer que isso acaba com nossa relação.

- Como se um dia tivesse começado alguma  coisa. – sussurra Jane para si mesma.

- Então... Onde está seu amiguinho Deiva? – pergunta Sam a Roberta.

- Por aí. – ela responde calmamente. – Sabe, as espingardas não vão adiantar muito.

- Não se preocupe, docinho. – diz Dean a ela. – As espingardas não são para o Deiva.

Roberta lhe dá um sorriso.

- Então... Quem é ele Roberta? – pergunta Sam. – Quem está chegando?

-  Por quem você está esperando? – pergunta Jane também.

- Você. – responde Roberta a olhando. De repente uma sombra aparece em uma das paredes do quarto. Ela arranha os rostos de Sam e Dean e derruba Jane. Os três desmaiam.

...

Um tempo se passa e eles acordam. Roberta lhes dá um sorriso.

- Ei, Jane. – diz Dean a ela. – Não me leve a mal, mas sua concorrente é uma vagabunda.

- Tudo isso foi uma armadilha. – diz Sam olhando Roberta nervoso. – Nos encontrarmos no bar, seguí-la, eu ouvir o que você tinha a dizer. Foi tudo armado, não foi? E as vítimas eram de Lawrence.

- Isso não quer dizer nada. – diz Roberta com um sorriso a ele. – Era só para participar e vencer.

- Você matou aquelas duas pessoas por nada? – pergunta Sam enojado.

- Talvez eu já tenha matado muito mais por muito menos. – responde Roberta.

- Você armou para a gente... Bom para você. – diz Dean a ela com um sorriso irônico. – Foi uma boa jogada. Porque ainda não nos matou?

- Nós não estamos nos entendendo, não é? – pergunta Roberta a eles. – Essa armadilha não é para vocês.

- Papai... É uma armadilha para o papai. – diz Sam. Jane olha Roberta surpresa.

- Oh lindinha. – começa Dean. – O seu trabalho foi em vão, mesmo porque se o papai estivesse nessa cidade ao qual ele não está, ele não cairia em uma armadilha dessa, ele é muito bom.

- Ele é muito bom, concordo com você. – diz Roberta a ele. Ela se levanta vai até Dean e se senta em cima de suas pernas. – Mas veja bem... ele tem um ponto fraco.

- E qual é? – pergunta Dean nervoso a ela.

- Vocês. – respondem Jane e Roberta juntas.

- Isso mesmo. – diz Roberta com um sorriso para Jane e vai até ela. – Agora explica porque Jane.

- Ele abaixa a guarda quando vocês estão por perto. – explica Jane a Sam e Dean. – Ele deixa que suas emoções afetem o seu senso de julgamento. Ele está na cidade. Ele virá e tentará salvar vocês.

Dean e Sam a olham perplexos. Como ela disso?

- E então o Deiva matará todo mundo com calma e devagar. – completa Roberta. – E muito feio.

- É?... Eu tenho novidades para você. – diz Dean com raiva. – Vai ter que ser muito mais que uma sombra para poder matá-lo.

- Todos os Deivas estão aqui. – diz Roberta depois de uma risada. – Eles são invisíveis. A sombra não é a única parte que vocês não podem ver.

- Porque está fazendo isso, Roberta? – pergunta Sam. – Qual é o acordo que você fez aqui e com quem?

- Eu estou fazendo isso pela mesma razão que você faz o que faz. – responde Roberta a ele. – Lealdade e amor... Como o amor que você tinha pela mamãe e a Jess... E agora tem pela Jane.

- Vai para o inferno. – diz Sam com ódio nos olhos.

- Gatinho... Eu já estou lá. – diz Roberta com um sorriso. Em seguida ela engatinha até ele. – Que isso, Sam... Não precisa ser mau.

Roberta se senta no colo dele e começa a sussurrar em seu ouvido.

- Eu acho que nós dois sabemos... O que você sente por mim. – sussurra ela. Jane os olha, mas olha para frente novamente se acalmando. Sam não diz nada. – Eu sei. Eu vi você me olhando pela janela de meu apartamento... Te deixei excitado, não foi?

- Vão para o motel, vocês dois. – diz Dean olhando-os enojado.

- Eu não me importei, eu gostei que você ficou me olhando. – continua Roberta sussurrando no ouvido de Sam. Jane começa a se irritar. – Qual é Sammy. Eu e você poderíamos nos divertir muito.

- Você quer se divertir? Vá em frente então. – diz Sam a ela. Roberta começa a beijar seu pescoço e suas orelhas. – Estou um pouco excitado agora.

Roberta lhe dá um grande sorriso e beija cada vez mais seu pescoço. Enquanto Sam a distrai, Dean tenta se soltar com uma faca. Só que de repente Roberta pára e olha para ele. Sam preocupado olha para Dean também. Em seguida Roberta sai do colo de Sam e vai até Dean, tira sua faca a joga para longe e volta a beijar Sam.

- Ele estava apenas tentando me distrair. – diz Roberta voltando ao colo de Sam. – O seu irmão quase se soltou.

- Você é tão estúpida. – diz Jane a ela. Roberta se vira para ela com um sorriso.

- Jane... Jane. – diz Roberta indo até ela. – Que pena que eu não possa fazer nada com você.

- Mesmo? – pergunta Jane a ela nervosa. – Mas eu posso fazer com você, por que eu tenho meu próprio jeito.

Em seguida Jane se solta das cordas, pega os braços de Roberta e lhe dá uma cabeçada, fazendo-a cair de dor. Dean e Sam a olham surpresos.

- Por favor! – diz Jane com um sorriso na direção de Roberta. – Nem cócegas isso me fez.

Em seguida ela vai até o altar e o derruba, com isso as sombras das paredes pegam Roberta e a levam em direção a janela, mas antes Roberta pega o pé de Jane e a derruba levando junto com sigo.

- Jane! – grita Sam tentando se soltar para poder salvá-la. Quando consegue corre o mais rápido que pode, pega seu braço e a puxa para si. Roberta se segura em um pilar,  Jane a olha com um sorriso, faz um movimento com as mãos como se apertasse algo e os dedos de Roberta se quebram, a fazendo se soltar. Em seguida ela atravessa a janela e cai de uma altura de 5 andares. Jane olha para Sam e Dean. Estica um dos braços na direção de Dean e solta a corda que o prende. Sam o ajuda a se levantar e ficam olhando para Jane. Esta olha pela janela e vê Roberta estirada na calçaça lá em baixo.

- Pode parecer... Mas sinto que ainda não acabou. – diz Jane a eles.

- Como sabia daquelas coisas? – pergunta Dean a ela. – Como sabe que nosso pai está aqui? Pode ser mentira da Roberta... Não devemos acreditar nessa besteira.

- É obvio que ele está aqui. – diz Jane se virando para eles. – Você deixou aquela mensagem no celular, lembra? Ele sabe com o que estamos lidando... Sabia que ficariam em perigo... Por isso ele está aqui.

- Mas... – começa Sam.

- Temos que sair daqui. – diz Jane o interrompendo. – Vamos voltar para o motel.

Em seguida eles saem do galpão e vão para o motel . Quando chegam, Jane olha fixamente para a porta do quarto deles e fica paralisada sem conseguir se mover. Dean e Sam entram. Os dois vêem alguém parado perto da janela, olhando lá fora. O homem se vira para eles.

- Pai. – diz Dean paralisado também. Sam fica boquiaberto e Jane apenas escuta lá fora.

- Ei, meninos. – diz John com um sorriso para eles. Dean vai até o pai e eles se abraçam. Sam olha John com um pouco de receio, mas com saudade no olhar. Sam se aproxima em seguida também. John o olha.

- Oi, Sam. – diz ele.

- Oi, pai.

- Era uma armadilha. – diz Dean a John. – Eu não sabia, me desculpe.

- Tudo bem, eu sabia que era uma cilada.

- Você estava lá? – pergunta Dean.

- Sim, eu cheguei na hora em que a menina caiu. Ela era o cara mau, certo?

- Sim, sr. – dizem Sam e Dean juntos.

- Bem, isso não me surpreende. – comenta John. – Eu tentei fazer ele parar antes.

- Mas e o demônio? – pergunta Sam.

- Ele sabe que estou perto. Ele sabe que vou matá-lo. Não apenas exorcizá-lo e mandá-lo para o inferno... Eu vou matá-lo.

- Como? – pergunta Dean.

- Estou trabalhando nisso. – John dá um sorriso carinhoso a eles.

- Deixe a gente ir com você, nós podemos ajudar. – Sam se aproxima dele.

- Não, Sam. Ainda não. Tente entender, esse demônio é um dos mais perigosos. Eu não quero você no fogo cruzado. Não quero que você se machuque.

- Pai, você não tem que se preocupar com a gente.

- Claro que eu tenho. Eu sou o pai de vocês. Escute Sammy, a última vez que estávamos juntos, nós tivemos uma briga muito feia.

- Sim, sr. – concorda Sam.

- É muito bom te ver de novo. Faz muito tempo.

- Muito tempo. – concorda Sam. E em seguida os dois se abraçam. Dean os olha com um sorriso. Lágrimas caem dos olhos de Jane, mas ela olha rapidamente para as parede fora do quarto. Deivas entram nele. John é jogado para trás e cai em cima da mesa de canto. Uma das sombras do Deiva os ataca. Fora do motel, Roberta olha a janela do quarto deles enquanto segura um colar com o mesmo símbolo de antes. A sombra ataca cada vez mais forte a família Wichester. John grita de dor. Jane não sabe o que fazer. As sombras estão matando-os, o que é bom para ela... ‘’ Mas não o bastante’’ pensa ela. Em seguida ela entra no quarto, estica os braços e de repente uma luz intensa cobre o quarto e todas as sombras ali presentes somem. Jane continua com as luzes enquanto Dean e Sam procuram por seu pai.

- Pai. – diz Dean meio tonto com arranhões pelo corpo.

- Aqui! – grita John fraco no chão do lado de uma das camas.

Em seguida eles saem do motel e vão até o Impala.

- Não temos muito tempo, assim que a luz acabar eles vão voltar. – diz Sam.

- Espera, espera... Cadê a Jane? – pergunta John a eles.

- Você a conhece? – perguntam Dean e Sam ao mesmo tempo. John faz que sim com a cabeça e em seguida Jane sai do quarto.

- Estou aqui. – diz ela a John. – Não se preocupem, elas não vão voltar agora, as prendi por um tempo.

- Jane... Jane. – diz John se aproximando dela.

- Não se aproxime. – diz Jane nervosa. John pára. – Sabe porque eu o salvei?

John não responde. Sam e Dean apenas os olham sem entender.

- Eu o salvei... Porque serei eu quem irá matá-lo. – responde ela a própria pergunta.

- O que?! – dizem Sam e Dean boquiabertos de espanto.

- Jane, você precisa me escutar. Eu não matei sua mãe. – diz John se aproximando. Jane recua. – Você precisa acreditar em mim... Eu tentei salvá-la... Diferente do seu pai, ela era boa, ela era humana. Seu pai queria destruir esse mundo, trazer sofrimento às pessoas, mas eu e sua mãe não podíamos deixar que isso acontecesse, ela tentou impedí-lo, mas foi morta por aquele desgraçado. Ele então botou a culpa em mim por ter levado sua mãe a se voltar contra ele, a ajudar os inocentes. Ele acha que eu a matei por isso, por ter levado ela pelo caminho certo. Mas quem a matou de verdade foi seu pai, Jane. Acredite em mim.

- Você acha que eu vou cair nessa mentira rídicula, inventada agora?! – pergunta Jane com um sorriso. – Você está mentindo só porque sabe que eu posso matá-lo. Meu pai me ama, sempre me amou.

- Sim, seu pai te ama. – concorda John com ela. – Mas só porque pensa que você vi se aliar a ele para destruir o mundo... Para matar pessoas inocentes. Acredite em mim, Jane. Antes de sua mãe morrer, ela pediu para que eu cuidasse de você, para que eu a protegesse. No começo você levava uma vida normal, ia para a escola, faculdade, eu sei que você as vezes sentia que alguém a seguia... Era eu vendo se tudo estava bem. Eu não podia ir falar com você, porque seu pai também a vigiava, não como eu, mas vigiava. Ele nunca deixou que você fizesse amizades não é mesmo?

- Pára. – manda Jane.

- Esses poderes que você possui vem dele. Você acha que seu pai é um escolhido de Deus? Não Jane... Ele é perigoso... Muito perigoso.

- Que merda está acontecendo aqui? – sussurra Dean a Sam ao seu lado.

- Não faço a mínima idéia. – diz Sam sem tirar os olhos de Jane com uma expressão séria. – Mas estamos descobrindo pouco a pouco aqui.

- Está mentindo descaradamente. – diz Jane a John. – Como eu disse antes... Você só não quer morrer.

- Você sabe que estou falando a verdade. – diz John se aproximando, mas dessa vez Jane não recua nem pede para ele parar. Ela apenas o olha com um sorriso indiferente. John vai até ela e a abraça. Sam e Dean ficam surpresos. O sorriso desaparece do rosto de Jane. De repente ela o derruba no chão e aperta seu pescoço. O ar de seus pulmões começa a desaparecer.

- Não! Jane! – gritam Sam e Dean correndo até ela. Jane os faz cair a metros de distância.

- Você tem que acreditar em mim. – diz John com dificuldade a ela. – Sei que já leu minha mente e viu que estou dizendo a verdade.

- Você só quer me confundir. – diz ela nervosa apertando mais seu pescoço.

- Por favor... Eu imploro. – pede quase fechando os olhos sem vida. Jane continua apertando, mas de repente o larga. John se apoia nos cotovelos, enquanto tosse repetidamente.

- Você nos enganou todo esse tempo? – pergunta Sam se aproximando dela. – Nos ajudou para poder chegar até nosso pai que tanto procurávamos e matá-lo na nossa frente... Você sabia que achá-lo era importante para a gente! Você sabia!

- Cala a boca! – manda Jane nervosa e se vira novamente para John. Este pensa ‘’ Ela não sabe o que é o pai dela?’’

- Como assim ‘’ O que é’’ ? – pergunta Jane lendo seus pensamentos.

- Ele é mau Jane... Tao mau a ponto de inventar coisas sobre mim para a própria filha poder me matar. Se você acha que ter salvado sua mãe dele foi uma coisa estúpida... Então você pode me matar.

- Pai! Não! – grita Dean , corre para a frente dele e se vira para Jane. – Ainda não caiu minha ficha que você não é quem pareceu ser, mas... Me responde uma coisa.

Jane apenas o olha, sem se movimentar.

- Tudo o que a gente infrentou até agora... Tudo pelo que a gente passou. – começa Dean nervoso. – Nada era verdadeiro?

Jane o olha e olha para Sam. Neste último ela fica com o olhar por um bom tempo e ele também a olha.

- Então era por isso que você não queria se envolver comigo. – diz Sam de repente. Jane desvia o olhar para o chão. – Você não queria me machucar quando eu soubesse... Então no fundo, você me protegeu.

- Não... Não protegi, eu não estava nem um pouco preocupada com você. – diz Jane tão rápido que qualquer um notaria que o que ela disse não era verdade. Ela se vira para Dean. – Nada foi verdadeiro para mim... Vocês cairam rapidinho, tão ingênuos e tolos. Foi fácil demais.

- Está mentindo... No começo pode até ser verdade que você não se preocupava com a gente. – diz Dean. – Mas depois você se sentiu bem ao nosso lado. Você nos salvou várias vezes, lembra? Poderia ter deixado a gente sofrer, mas não deixou a gente se machucar um arranhãozinho sequer. E também...

- Não diga! – manda Jane já sabendo o resto. – Ou eu vou matá-lo.

- Você se apaixonou pelo Sam. – completa Dean. Jane estende um de seus braços para ele. Sam se põe na frente do irmão.

- Vai ter que me matar primeiro. – diz ele olhando nos olhos dela. Jane se aproxima dele.

- Você sabe que posso te fazer sair do caminho, não é? – pergunta ela cruzando os braços.

- E você sabe que aquele beijo foi verdadeiro, não é? – pergunta Sam também cruzando os braços.

Uma lágrima cai do olho esquerdo de Jane. Sam faz uma expressão surpresa. Ela se vira e enxuga a lágrima indo até John.

- Meu pai confia em mim. – diz ela a ele. – Ele confia em mim para lhe matar.

- Ele sabia que você ia fracassar... Esse tempo todo. – diz John. – Você era só uma cobaia para ele.

Jane encosta em seu pescoço novamente. Dean e Sam arregalam os olhos.

- Porque eu não consigo te matar? – sussurra Jane e John lhe abre um sorriso.

- Porque você é diferente dele, você é humana, tem sentimentos, sabe diferenciar o certo do errado. – responde ele. Jane o olha nos olhos e se afasta. Ela olha para Dean e Sam que a olham com uma expressão acolhedora, mas ao mesmo tempo confusa.

- Vão. – manda Jane. Eles a olham sem enteder. – Vão embora! As sombras não vão ficar presas por mais tempo... Vão antes que eu mude de idéia!

- Mas... – começa John, mas é interrompido por um olhar cortante de Jane.

- Não a deixaremos aqui. – diz Sam a ela. Jane o olha nervosa. – Não adianta esse olhar, não vou deir você aqui!

Jane fica surpresa com o tom de voz nervoso de Sam.

- Eu usei você e seu irmão para chegar até seu pai. – diz Jane a ele.

- Não, não usou. – diz Sam rapidamente. – Seu pai é quem te enganou e te usou... Se lembre disso... Agora ou você vai com a gente ou vai com a gente.

Jane não diz nada.

- Ótima ecolha. – diz Sam e a puxa pela mão.

- Eu não posso ir com vocês. – diz John quando eles se reunem novamente.

- O que? – pergunta Sam. – Do que está falando?

- Nós ficaremos bem. – diz Dean ao pai concordando com ele.

- Não, nós temos que ficar juntos. – discorda Sam nervoso. – Nós vamos atrás daquele demônio juntos.

- Sam, presta atenção! – diz Dean a ele. – Nós quase morremos lá dentro. Você não entende? Isso não vai parar. Eles vão tentar de novo, eles vão nos usar para chegar até ele.

- Como eu disse antes. – diz Jane de repente. – John fica vulnerável perto de vocês.

- Pai! – diz Sam se virando para John e pondo sua mão no ombro dele. – Não! Eu já passei por tudo. Fiquei um tempão procurando por você. Por favor, eu preciso fazer parte disso.

- A briga dele está apenas começando. – diz John pondo sua mão em cima da de Sam. – E todos nós vamos participar dela. Agora você tem que confiar em mim, filho. Você tem que deixar eu ir.

Sam faz uma expressão triste para o pai. Dean os olha com sofrimento. Sam concorda com a cabeça e tira sua mãe do ombro do pai. Eles se olham por um tempo. Em seguida John desvia o olhar para Jane e dá um sorriso.

- Cuide deles por mim. – pede ele. Jane sem mudar a expressão vazia concorda com a cabeça.

- Tenham cuidado. – pede John aos três enquanto entra em seu carro. Em seguida ele parte por um lado da rua.

- Vamos. Temos que ir. – diz Dean a eles. Os três entram no Impala. Dean e e Sam se olham e olham juntos para Jane que olha janela á fora. Dean liga o carro e vai pelo caminho contrário do de John. De repente de uma escada de metrô sai Roberta que os vê se afastar com ódio no olhar.

Fim do Décimo Sexto Capítulo.


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Notas finais do capítulo

Mandem Reviews, por favor... eh mtu importante para mim... bjsss!!! ^.^



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