You're The One escrita por Giovana Serpa


Capítulo 18
The one with the perfect getaway


Notas iniciais do capítulo

Desculpem por não ter respondido os reviews do capítulo passado, mas eu realmente tava sem tempo. Como essa semana vai ser menos corrida pra mim (vou ter três de folga, contando o final de semana, porque segunda-feira é feriado aqui na minha cidade :3), eu vou tentar postar bastante, e talvez eu responda os reviews do capítulo 17, ok?
Boa leitura, marujos (ando vendo muito As Trapalhadas de Flapjack '-')!



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Jace

Na terça-feira, os ponteiros do relógio pareciam se arrastar como uma lesma deficiente. Na última aula do dia — Geografia Política, uma droga sem-graça sobre relações sociais dos Estados Unidos com a Europa —, eu tive que disfarçadamente colocar os fones de ouvido para que conseguisse evitar um ataque bem ali, no meio da sala. Eu não sabia por que estava nervoso daquele jeito; pelo menos, não exatamente.

Mas, enquanto eu escutava algum tipo de blues britânico que falava sobre subúrbios e praias ou algo assim, tentei organizar as ideias. Primeiro, eu havia beijado Aline — ou, melhor, ela me beijou, mas essa desculpa nunca cola —, e, mesmo que Clary claramente não ligasse para isso, ainda parecia com algum tipo de traição. Tecnicamente, não havia nada entre mim e Clary. Ela tinha deixado isso claro no outro dia. Mas, ainda assim...

Foi o sinal que me acordou. Suspirei, aliviado, e joguei todos os materiais na mochila, sem esperar pelo sinal da professora para que eu saísse. Apenas andei a passos apressados para fora. Eu não pretendia passar em casa antes de ir para o Central Park, pois não estava ansiando para ver Aline de novo. Na verdade, eu não queria vê-la tão cedo. Talvez eu me trancasse no quarto pelo resto do mês. Aliás, quando os Penhallow iriam embora?

Clary estava me esperando na escadaria, como havíamos combinado. Para o meu desgosto, ela estava sentada ao lado de um garoto aparentemente judeu, rindo sobre algo que parecia realmente hilário pelo tom de sua voz. Revirei os olhos e parei ao lado dela, tentando bloquear os ciúmes estúpidos que ameaçavam se manifestar.

Clary levantou os olhos lentamente. Ainda era difícil para mim controlar meu fascínio toda vez que seus olhos verdes paravam diretamente sobre os meus. Seu rosto parecia desenhado de uma forma perfeita, com os traços bonitos demais para serem apreciados por olhos humanos.

— Já está pronta? — Perguntei, apenas por casualidade e por falta de ter algo mais generoso para falar. Evitei olhar para o cara de óculos, e ele tampouco parecia mais animado por me ver ali.

— Tô — ela respondeu de um jeito adorável, se levantando. Acenou para o garoto e sorriu. — Tchau, Simon. Até amanhã.

— Até — Simon respondeu, e eu me esforcei bastante para não fazer uma careta.

Depois de descermos os degraus num completo silêncio, nós avançamos pela rua e para longe da escola. Olhei para o céu, tentando não encarar Clary — ela estava especialmente bonita com o casaco verde, e havia uma culpa estranha se alastrando bem no meio do meu estômago. As nuvens pareciam empurrar-se furiosamente uma contra as outras, e até havia um trovão vez ou outra. Gostaria de ter trago um guarda-chuva, mas já era tarde demais.

— O que você pretende fazer?

A voz dela me assustou. Olhei para Clary, ligeiramente surpreso, e ela me encarou de volta com as sobrancelhas levantadas.

— O que disse? — perguntei.

— O que você pretende fazer? — ela repetiu. — Na resenha, lembra? Eu sequer li esse livro. Sempre que penso sobre o título imagino um garoto pescando o sol e distribuindo partes dele para cada pessoa no mundo. Quando vi que não se tratava disso, logo o fechei.

Franzi a testa e segurei as alças da mochila com as mãos.

— Grande imaginação — murmurei. — Mas, tem razão, não é nada sobre isso.

— Perda de tempo — ela franziu os lábios e, não pela primeira vez, eu tive vontade de beijá-la. — É como intitular de Unicórniose Maçãs um livro sobre Física Quântica.

Não consegui segurar uma risada. Clary conseguia fazer tudo o que ela dizia parecer engraçado. Ou talvez eu só estivesse nervoso. Ou as duas coisas.

Desde então, permanecemos em silêncio. Entramos no Central Park — que estava consideravelmente vazio por conta do tempo — e sequer demoramos em achar um banco perto do chafariz principal. Clary ficava olhando em volta, e eu suspeitava que ela nunca havia visitado aquela parte do parque. Era quieta e vazia, por não ter muitos atrativos, mas eu ainda achava fascinante de qualquer modo.

Quando nos sentamos, ainda calados, deixamos um espaço de um braço entre nós sem sequer discutir antes sobre isso. Parecia o suficiente para nos comunicarmos, mas não o suficiente para nos tocarmos.

— Sério que você nunca leu O Sol É Para Todos? — quebrei o silêncio, com quase o rosto inteiro franzido. Clary olhou para mim por entre os cachos vermelhos. — Quero dizer... Boo Radley?

Ela balançou a cabeça, mas eu pude capitar um mínimo sorriso em seus lábios entre os cabelos chacoalhados. E, mas uma vez, eu só queria beijá-la. Quem me dera eu pudesse. Parecia que tudo no universo conspirava para que ficássemos longe um do outro.

— Certo, certo, um resumo rápido — falei, enquanto pegava o caderno e o meu exemplar antigo do livro. — Se passa no sul. Tem a ver com racismo, porque o pai de Jem e Scout precisa defender um homem negro...

— Espera, espera, mais devagar — ela pediu. Eu sequer havia percebido que ela estava anotando tudo. Pude ver seu punho se movendo rapidamente. — Tem a ver com racismo, continue daí — falou, sem olhar para mim.

E, em cinco minutos — sem contar os intervalos em que Clary dizia que eu falava tão freneticamente quanto uma tia fofoqueira do Alabama —, eu já havia terminado de dizer praticamente tudo que se passava na minha mente sobre o livro. Clary estreitou os olhos para as próprias anotações.

— Incrível — murmurou. — Acho que dá pra conseguir alguma coisa com isso. E precisamos ser rápidos ante que o céu despenque sobre nossas cabeças. O que acha de começar com "Tratando-se de literatura infantil, O Sol É Para Todos aborda um dos temas mais intrigantes da época de 1930"? Prece técnico o suficiente para um professor de Inglês, né?

Sorri.

— É, sim — respondi, rabiscando o que ela acabara de dizer no caderno. — Poderíamos comentar sobre o julgamento de Tom Robinson e sobre Dill...

Fui interrompido quando uma gota grossa de água gelada caiu bem sobre o meu nariz. Pisquei, surpreso, e mal percebi quando Clary pulou para fora do banco e começou a jogar os materiais dentro da mochila. Ela olhou para mim com um olhar de interrogação pintado no rosto.

— Não vai se mover? Está molhando seus materiais!

Foi só então que guardei, às pressas, meus livros e cadernos, que já estavam quase encharcados, assim como eu. Clary começou a andar para fora, os passos, por algum motivo, furiosos.

— Para onde está indo? — gritei, tentando acompanhá-la e ao mesmo tempo fazer minha voz sobressair a chuva.

— Para casa! — ela gritou de volta. — Não sei se você percebeu, mas o Oceano Atlântico está caindo sobre as nossas cabeças bem agora!

Eu reviraria os olhos se pelo menos conseguisse abri-los direito.

— Sua casa é longe daqui — falei. Ela murmurou algo parecido com Não é, não. — Consideravelmente longe, Clary. Pode acontecer alguma coisa. E ainda precisamos terminar essa droga de trabalho. Vamos para a minha casa.

E, antes que ela pudesse negar, eu peguei sua mão — um formigamento subiu pelo meu braço neste mesmo momento, mas a água gelado dissolveu isso — e guiei-a pela rua, até que estávamos indo na direção da minha casa.

***

— Will, abra essa droga de porta! — eu estava praticamente chutando a porta da frente. Belo dia para esquecer a chave, Jace, belo dia. — Will!

— Will? — repetiu Clary, abraçando os próprios braços. — Seu pai não fica bravo que você o chame desse jeito? Se eu chamasse minha mãe de Jocelyn...

— Will não é meu pai — respondi automaticamente, estranhando altamente aquela ideia. — Ele é o meu primo. E é um idiota. William Owen Herondale!

Ouvi passos apressados e irritados sobressaindo o som da chuva e, logo em seguida, Will abriu a port com uma carranca dirigida inteiramente a mim. Mas, quando viu Clary, diminuiu para uma singela confusão. Em toda a sua delicadeza, ele disse:

— Quem é você?

Clary estava prestes a responder, mas foi interrompida quando eu empurrei Will para o lado, a fim de deixá-la passar.

— Estamos encharcados — resmunguei. — Seja menos... um britânico idiota.

Eu não estava irritado com Will. Estava irritado com a situação toda — em parte, por culpa de Clary —, mas precisava descontar em alguém. Não pela primeira vez, Will resmungou:

— Americanos. Eu mereço!

Logo depois, fechou a porta com força e sumiu no corredor, dizendo para eu ter juízo. Fingi não perceber e me virei para Clary:

— Fique aqui, vou buscar toalhas.

Corri para as escadas e subi, rezando para todo e qualquer Deus para que Aline não estivesse ali. Mas não deu certo. Assim que virei num corredor, ela estava lá, sentada no chão e lendo um livro, como se só estivesse esperando por mim. Droga.

— Hey, Jace — ela sorriu e se levantou assim que me viu. Por algum motivo, seu sorriso parecia plastificado. Um pouco falso. — Como vai?

Pigarreei.

— Bem, eu acho.

Ela se aproximou, ficando menos de um metro de distância de mim. Seu cheiro era de algo agridoce. O tipo de cheiro que eu encontraria nas ruas de Chinatown — agradável e exótico, e não a fumaça das chaminés —, embora isso provavelmente seja racismo.

— Onde estava? — ela perguntou, ainda sorrindo. — Resolveu cantar Singing in the rain em plano inverno? Vai pegar uma pneumonia, seu bobinho.

Então ela se aproximou mais e, com um olhar genuinamente desesperado no rosto — sério, ela parecia mesmo desesperada —, entrelaçou suas mãos na minha nuca, puxando-me para perto e colocando seus lábios mornos nos meus lábios gelados.

Clary

Depois que o primo bonitão, Will, sumiu num corredor e Jace subiu as escadas, eu fiquei sozinha no enorme hall de entrada e comecei a perceber o que estava realmente acontecendo. Eu estava na casa de Jace. Era como estar em território inimigo, mas eu não entendia por que. Eu queria ir embora e queria ficar; queria me sentar e falar com Jace e queria enfrentar a chuva e a lama até em casa. E tudo ao mesmo tempo.

A mansão — era o melhor jeito que eu conseguiria descrever o lugar — era gelada, e eu tive que abraçar a mim mesma para me esquentar enquanto Jace não chegava. Aliás, ele estava demorando demais. Já haviam se passado quase sete minutos que ele estava lá encima, segundo meu celular. Levava tanto tempo assim para se encontrar uma toalha?

Irritada e querendo sair logo dali, eu avancei para as escadas. Não ousei chamar por Jace, porque tinha medo de que minha voz esganiçada irritasse as pessoas da casa — que, por sinal, eu não sabia quem eram. Ao emergir num corredor vazio, eu andei um pouco mais e virei noutro.

E, certamente, o que eu vi lá me deu mais vontade ainda de me lançar de uma janela e voar até o apartamento de minha mãe. Eu poderia estar esperando algo ligeiramente ruim vindo de Jace, mas não esperava vê-lo atracado com uma garota. Em pleno corredor. Sabendo que eu estava ali. Não pude evitar:

— Jace!

Ele imediatamente se afastou da garota, que, por sinal, era asiática. Aline. Só Deus sabe o quanto eu odiei aquela garota naquele momento. Eu queria puxar seu cabelo e arrastá-la até a ponte do Brooklyn para jogá-la na água.

— Clary — o rosto de Jace estava corado, e ele me encarava com olhos arregalados. Estúpido. — Clary, eu juro que não...

— Clary? — Aline o interrompeu. Tive que usar todas as minhas forças para não saltar sobre ela. — Quem é...?

Jace a ignorou e se aproximou de mim, segurando-me pelos ombros com delicadeza. Apesar de tudo, senti o calor se espalhar pelos lugares onde seus dedos me apertaram.

— Juro que não é isso que você está pensando — ele murmurou, como se quisesse dizer isso só para mim. — Eu não queria...

— Não queria? — eu e Aline dissemos ao mesmo tempo.

Jace suspirou, seus olhos cavando um buraco profundo nos meus. Mas, ainda assim, a raiva inflamava meu peito como ácido. Eu só queria me encolher e gritar. Ah, e, claro, socar a cara de Jace até que todo o dourado fosse resumido a roxo.

— Jace, está dizendo que eu te beijei? — Aline perguntou, quase tão intrigada quanto eu.

Ele se virou para ela com uma expressão meio irritada, meio culpada.

— Bem, não fui eu, certo? — ele disse, e Aline levantou uma sobrancelha, mais zangada do que magoada. — Aline, eu não... Quando eu falei sobre a garota... Eu não estava falando sobre você.

Franzi a testa, sem fazer a mínima ideia do que ele estava falando. Mas as feições exóticas de Aline se acentuaram em entendimento. Ela abriu a boca num perfeito O, e se olhar retornou para mim.

— Estava falando dela — ela murmurou, entendendo. — Meu Deus... Eu não. Sinto muito.

Ela se virou e correu imediatamente. Ainda confusa — e com raiva; muita raiva —, eu encarei Jace.

— Aline — ele chamou, mas a garota não se virou. Então ele olhou novamente para mim. — Clary, eu... Eu sinto muito.

Uma parte de mim queria dizer que perdoava ele. Mas a outra, e predominante, me fez virar e correr antes que ele dissesse alguma coisa. Eu desci as escadas em disparada e saí pela porta, pouco me importando com o temporal que caía. Eu ouvia Jace logo atrás de mim, me chamando, mas não liguei. Eu estava chorando. Exatamente como uma garota estúpida.

As lágrimas se misturaram com a chuva, que agredia minhas costas e minha cabeça, quase me puxando para baixo. Minhas roupas pesavam, minha mente pesava, até meu peito pesava. Eu queria ter um rio no qual me afogar. Afogar meus sentimentos. Afogar Jace.

— Clary! Eu preciso falar com você!

Não me virei, mas meus passos inevitavelmente desaceleraram o suficiente para que Jace me alcançasse. Ele me puxou pelo cotovelo, colocando-me de frente para ele. Quando ele colocou a mão sob o meu queixo, obrigando-me a olhar para cima, fiquei feliz pela chuva disfarçar minhas lágrimas bobas.

Jace colocou novamente as mãos em meus ombros, e eu sequer consegui evitar a sensação quente que se espalhou pelo meu corpo. Tive vontade de abraçá-lo até que não houvesse mais espaço entre nós.

— Estou cansado disso — ele murmurou, fazendo os pelos da minha nuca se eriçarem.

Você? Cansado? — perguntei, fascinada pelo modo como seus olhos pareciam mais dourados na escuridão da tempestade. — Do quê? De me fazer de idiota?

Ele balançou a cabeça.

— Não — ele murmurou novamente. Meus lábios formigaram. — De que, quanto mais apaixonado por você eu fico, mais as coisas dão errado. Estou cansado disso. Eu preciso de você, Clary, mais do que qualquer outra coisa.

E, por um momento, eu permiti que aquelas palavras me levassem. Eu me deixei aproximar dele quando suas mãos deslizaram para as minhas costas e me puxaram para perto. Abracei-o o melhor que nossas roupas molhadas permitiam, bloqueando todo e qualquer pensamento. Eu não queria pensar naquele momento. Guiei-me somente pelo o que eu sentia, deixando a parte racional de lado no escuro.

Não demorou muito para que eu estivesse beijando Jace. Seus lábios, mesmo gelados, traziam uma sensação aquecedora. Eu segurava sua nuca, tentando trazê-lo para mais perto, mas era impossível. Não sabia direito o que estava fazendo, mas não conseguia impedir a mim mesma. Jace estava ali. E isso era só o que importava. Eu realmente sentia que ele era todo o meu mundo.

Me afastei apenas o suficiente para olhá-lo. Jace abriu os olhos dourados e me encarou também. Senti um sorriso se abrir em meu rosto, e não consegui evitar. Mas não durou muito tempo, porque, no segundo seguinte, eu já o estava beijando novamente. Puxei-o para perto, e, não sei como, estava imprensada contra a parede de alguma casa, cada pequena parte do meu corpo formigando. Sentia meus lábios queimando quase dolorosamente, como se estivesse beijando chamas. Mas era a melhor sensação que eu poderia imaginar.

Mas, quando nos separamos de novo, todos os outros sentimentos — a parte racional — estavam de volta. Eu me lembrei de Jace beijando outra garota. E, mesmo que ele realmente parecesse sincero naquele momento, havia uma pequena parte de mim que estava confusa e vulnerável. E eu temia por aquela parte.

Olhei Jace o mais profundamente que pude, tentando enxergar algo através de seus olhos. Mas eles eram como rios escuros de água dourada. Impassáveis e densos. Com segredos que eu sentia nunca poder saber. E aquilo me incomodava.

— Eu preciso ir — murmurei, afastando Jace. Me ergui na ponta dos pés por um momento, apenas para dar um outro beijo rápido nele. — Sinto muito.

Ele pareceu atordoado demais para me chamar novamente. Eu corri pela rua, percebendo que, de repente, a chuva parecia menos intensa, mas ainda um temporal. Coloquei a mochila sobre a cabeça e fui na direção da minha casa, ansiando por um refúgio. Mas todo o refúgio que eu queria eram os braços de Jace, e eles se afastavam mais e mais a cada passo que eu dava.


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Notas finais do capítulo

E OS ANJOS DESCEM DO CÉU E CANTAM ALELUIA (eu sei que é nisso que vocês estão pensando u.u)! YAY! Apesar desse final, vocês gostam um pouco mais de mim agora, depois de todo esse sofrimento, né? Digam que sim ;-; Mas, lembrando, não é TÃO fácil assim (eu sei que não tá fácil agora, mas, acreditem, pode piorar).

Então, mandem reviews, marujos c; Beijões!