Forgotten Portrait escrita por Teruque


Capítulo 7
Capítulo 7


Notas iniciais do capítulo

Sumi por quase dois meses, mas voltei com mais um cap.

Curto, mas tem umas tretas~~



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/505023/chapter/7

Eu fiz uma promessa...

Uma promessa a uma pequena garota.

Mas você foi primeiro. Por que não me esperou?Por que não consigo segui-la?

– Ib! – acordou bruscamente sentindo o peso de tal atitude. – Minha cabeça dói... – resmungou. – E no final eu estava apenas sonhando... Mas não consigo me lembrar e... Onde está Ib?! – olhava em volta não reconhecendo o comodo. Vendo-se novamente em um pequeno quarto cercado por quadros. Estes todos sem imagens, como espelhos que não refletem.

Ao tentar forçar sua mente a se lembrar do acontecido, mais sentia a cabeça latejar. As únicas lembranças que lhe vieram foram sobre o que ele era naquele lugar. O rei daquele labirinto e que a garota era apenas um empecilho.

– Então é isso... Agora me lembro.

“O Rei retornou”
“Significantemente bem...”

“Uma humana de olhos vermelhos tentou enganá-lo”
“Fizemos algumas armadilhas para resgatá-lo”

“Ainda deseja sair desse lugar?”
“Então deve tomar o lugar daquela humana...”

“Sabe que não é real....”

“O rei é apenas uma insignificante pintura tomando a ilusão de um humano”

“Enquanto estiver aqui é o que apenas será...”

– Ser humano...?

“Há apenas uma pintura do rei”

“O retrato esquecido”

“A pintura é a própria essência do labirinto”

“Fonte desse mundo”

– E me deixar sair não acabaria com vocês?

“Então aquela garota tomaria seu lugar”

– Um ciclo vicioso... – comentou esboçando um sorriso enigmático. – Eu realmente não entendo isso, então... Nós voltaremos ao início? Ou eu voltarei?

“Nós não voltaremos.”

– Hã?!

“O rei pode ter outras pinturas para ajudá-lo”

“Assim como as do centro do labirinto.”

“Você pode usar as pinturas para sair.”

– Você poderia ter tido isso desde o início, sabia?

“Mas dissemos...”

“De qualquer maneira... Um rei que se perde em seu próprio labirinto é interessante.”

– ... – o rapaz não parecia recorda-se do ocorrido. – Eu fiz isso? ... Não brinque. Não tenho um senso de direção tão ruim. E o criador dessas coisas é um homem chamado Guertena.

“... Sim, nosso pai nos criou.”

– Não me sinto parte disso.

“Esse é um lugar que descreve o coração de quem o fez”

“Mesmo que você não perceba isso”

“Foi o rei que criou esse labirinto”

– Eu não conheço as regras desse jogo. Como espera que eu dê meu melhor?

“As regras são simples...”­ – ditou chamando a atenção do rapaz para a imagem que aparecia em um dos quadros.

– ... Ib. – olhou de canto para o quadro, demonstrando falta de interesse.

“Ela já sabe que sua rosa é falsa.”

“Como pôde ser tão descuidado?”

“Uma vez que tiver a rosa da garota em mãos a destrua”

“Pétala por pétala”
“Assim o rei poderá sair daqui.”

– Sendo assim... A garota está com minha rosa. Se ela a deixar murchar terá ganhado?

“Isso é impossível.”

“A garota não teria coragem de deixar isso acontecer”

“Ainda pode acabar entregando a própria rosa a você.”

“Aliás... A rosa voltou a ser falsa quando você retornou a ser rei”

“Ela não irá murchar”
“E não mais como a criança vencer.”

– Tudo que sei é... Apenas uma pessoa pode deixar esse lugar, certo? – não ouve resposta para sua pergunta, apenas risos. – Não é? – voltou a indagar.

“É uma regra tão simples.”

“Você precisa pensar tanto sobre?”

– Não me pressione. Eu estou pensando muitas coisas ao mesmo tempo. E também só fiz uma pergunta.

“Apenas uma pessoa pode deixar esse mundo”

“Apenas uma...”


– E quem fez essas regras? – dessa vez sua pergunta foi totalmente ignorada.

“O jogo irá acabar rapidamente”

“Isso não é divertido?”
“Não deixamos nenhuma chance para a criança.”

– Rei... Eu sou apenas uma peça para diversão de vocês. – disse apenas para si. - – Eu só tenho que fazer a rosa murchar. Como gostaria de tê-la conhecido antes. Havia tantas opções de volta... – continuava a assistir a garota através do quadro. Esperando que ela fizesse algo. Chorasse ou talvez gritasse. Mas apenas ficava parada.

Eu tenho que ficar de pé. – escutava a garota falando sozinha. – Preciso continuar. Não sei o que fazer, nem como. Mas preciso achá-lo para sair daqui. Blue...

– Esse não é meu nome. – disse para si como se a garota pudesse escutá-lo.

– Eu prometi não chorar mais em silêncio. Sempre que eu estivesse sozinha você prometeu que viria. Bastava eu chamá-lo.

– ... Então ela não irá chorar? Quanta confiança... Pena que seja inútil.

– Eu ficarei firme e irei achá-lo. – levantou-se do chão, batendo na saia para tirar a poeira. Lembrando-se da bala em seu bolso. Por um momento deu a sensação de fraquejar, porém não iria voltar atrás, finalmente desembrulhando a bala e levando-a a boca. Trazendo um gosto de recordações. – Irei lembrar seu nome...

– Parece que ela passou por algo muito triste no passado... – o rapaz comentou se recordando de ter ganhado uma daquelas balas de limão da garota. - Mas não deveria fazer tais promessas.

“O que tem em mãos?”

– É apenas uma bala.

“Jogue-a fora.”

– Talvez mais tarde.

“Agora!”

– Que medo. – ditou se “livrando” da bala ao colocá-la na boca.

“Idiota!”

...

Ib está tudo bem?

Entendo... Não me surpreenda que tenha um pesadelo... Todas essas coisas estranhas nos perseguindo...

Hey. Olhe no bolso do meu casaco. É uma bala de limão. Pode pegá-la...

...

– O que são... Essas lembranças?

...

Estamos em situações similares, admito.

Precisamos achar um jeito de sair daqui.

Esse lugar está me deixando insano...

Ah. Eu ainda não perguntei seu nome. Isso foi rude de minha parte.

Meu nome é *****.

...

Não posso deixar uma garotinha andando sozinha.

Então eu vou com você.

Vamos Ib...

...

– Por que...? Por que não consigo lembrar meu próprio nome?! Ib... Não pode ser a mesma pessoa. Eu...

“É tarde demais para mudar o jogo.”

“Apenas concentre-se em seu desejo”
“E abandone essas lembranças”

“Não precisamos de um segundo traidor.”

– Mas... Eu não quero esquecer... Não quero...

“De qualquer forma... O final é inevitável”

“O rei já sabe o que deve fazer.”

– Essa criança...

“Será sua ruína.”

~*~

A garota observava as borboletas caindo pelo buraco, e talvez a única saída daquele comodo.

– Logo elas pararam de cair e esse quarto ficará escuro... Preciso de uma saída, mas não vejo nada. – olhava em volta várias vezes como se algo pudesse mudar. – Há apenas esse quadro... Olhos vermelhos... Ele se foi por esse quadro... Será que eu consigo também?

“O que faremos?”
“Perdemos o controle de nosso rei.”
“A culpa é dessa criança.”

– A pintura mudou... Será que posso fazer isso de novo? – analisava buscando qualquer coisa no quadro que lhe desse uma resposta.

Em sua distração não pôde evitar o susto ao notar a iluminação tomar uma tonalidade alaranjada e o quadro queimar. Deixando apenas uma moldura queimada, um título ilegível, cacos pelo chão e uma imagem completamente consumida.

– Droga... Por que isso aconteceu? Eu não posso usar os quadros? Ainda assim me parece estranhamente familiar... – a única mensagem que conseguiu ler foi ‘Alguém que você matou’. Lhe fazendo recordar do quarto amarelo.

Um baixo choro vindo detrás do quadro lhe chamou a atenção. Uma criança tinha sido trazida para aquele comodo.

– Al... Alguém... Eu não quero ficar sozinha. – a criança fingia um choro.

– Hey... – Ib tentava acalmar a criança. – Você está perdida? De onde você veio?

– Hey, Ib. Vamos sair daqui juntas. – sorriu. – Eu sou Mary. Já me esqueceu?


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Nas minhas contas esse é pra ser o penúltimo cap.

Bom... Vejamos se o próximo aguenta toda a treta que estou planejando u.ú