Forgotten Portrait escrita por Teruque
Notas iniciais do capítulo
É o que temos pra hoje '^'
Mais um desenho pra vcs
Separados e sem nenhuma comunicação, apenas seguiam na esperança de se encontrarem na saída. O som dos sinos continuava baixo, quase sendo esquecido por eles.
Ib seguia por um corredor observando tudo a sua volta. Rosas vermelhas marcavam parte de seu caminho.
– Tantas rosas... É como aquele quarto... – pensava. – Tenho medo do que posso encontrar seguindo esse caminho...
Seu trajeto lhe levou até três portas coloridas. Azul, vermelha e amarela.
– Minha rosa é vermelha, certo? – pensou levando a mão até a maçaneta em forma de flor.
Hesitante, abriu a porta, porém para a sua surpresa, o quarto estava estranhamente vazio.
– A porta azul... Seria de Blue? – pensou ao se dirigir para a próxima maçaneta. – Será que posso descobrir algo, ou estará vazia também.
Ao ver a porta azul trancada se sentiu ainda mais curiosa para saber o que se encontrava em seu interior.
– Droga... E a amarela? – sem chave e nem força para fazer a porta ceder, buscou verificar a terceira porta. – Essa abriu. – sua ansiedade aumentou ao ver o resultado positivo. – Então...
Ao adentrar o quarto começou a olhar em volta. Poderia dá-lo como vazio se não fosse pelo grande quadro ao fundo. Ou o que restará dele após ser queimado. Cacos de vidro pelo chão e a parede ao seu redor toda empretejada. Com uma única descrição visível:
“Quem você matou?”
– Matei...? Mas... O que eu fiz...?
Em outro lado do labirinto Blue continuava sua busca pela saída, analisando todos os quadros em seu caminho.
– Serpente Branca... – lia os títulos dos quadros sem dar muita importância. – Quebra-cabeça de leite... Encontro marcado após a morte... Por que alguém criaria algo assim? É curioso, mas... Melhor não saber.
O quadro retratava uma jovem dançando um esqueleto de algum rei. Dedução que se chegava graças ao manto e a coroa vistosa.
– Continuar a andar... – buscou não dar tanta atenção ao quadro que parecia lhe atrair. – Só seguir em frente.
Prosseguiu seu caminho apenas olhando sem prestar atenção nos quadros. Porém sua curiosidade voltou a tomar conta ao ver um quadro coberto por uma cortina.
– Eu não deveria... – tentava lutar contra a própria curiosidade. – Talvez só uma olhada rápida. – se deixou levar puxando a cortina e revelando o quadro de uma mulher nua. Seguido de um grito pôde sentir um tapa na cara e o quadro voltando a ser coberto. –Muito bem... Isso é pra me ensinar a não ser curioso. – se repreendia levando uma das mãos para o lado da face avermelhada. – Isso doeu. Pelo menos Ib não estava aqui para ver isso...
O resto do caminho passou ignorando sua curiosidade. Uma vez foi o suficiente para aprender.
Seu trajeto chegou ao fim ao encontrar duas portas e entre elas um quadro com a imagem de uma boneca de pano azul e olhos vermelhos.
– Com certeza terei surpresas atrás dessas portas. E esse quadro... Que mau gosto. Não importa o quanto eu olhe, isso jamais parecerá fofo. – suspirou se mostrando cansado. – Quantas armadilhas ainda restam até a saída? Se eu seguir a lógica da cor das rosas a porta vermelha seria da Ib... Eu deveria ver a azul? Será que terá algo sobre mim?
Decido em arriscar abriu a porta azul sendo surpreendido novamente pelo quadro do rapaz entre rosas.
– Isso de novo? Esse quadro está realmente ligado comigo? Recordo-me que o nome era “Rei do Labirinto Azul”. Mas o que ele tem comigo? Eu conheço essa pessoa? Ib ficou bem evasiva quando lhe perguntei sobre ele... O que ela não queria que eu soubesse? – pensativo apenas analisava o quadro buscando por algo que lhe dê-se resposta, até notar uma descrição diferente da que lembrava. – O que é isso?
“Quem te matou?”
– Eu... O que isso significa?
“Isso é mau...”
“O tempo chegou ao fim.”
– O som dos sinos... – Ib voltou a si após ouvi-lo novamente.
– Estão mais alto. – Garry também notara a mudança impedindo que buscasse respostas mais significativas naquele momento. – As paredes estão trincando.
– Kyaah! – o gritou de Ib podia ser ouvido por todo o extinto labirinto no momento que as paredes estilhaçaram. – A sala que eu estava... Sumiu... – comentou ao se encontrar ainda bem e sem ferimentos dos estilhaços. – O que aconteceu? O sino também parou... Aqui agora parece um quarto oval... E as paredes lembram espelhos. Posso ver perfeitamente meu reflexo. – analisava bem cada canto sem sair do lugar até avistar uma silhueta familiar. - ... Blue?! – pareceu mais tranquila ao reencontrá-lo, mas ele não pareceu ouvi-la. – Finalmente te encontrei. Eu estava... Blue? – voltou a chamar, mas ele parecia muito atento no próprio reflexo. – O que você... Está olhando?
– Você sabia, não é? – sua voz soou baixa. – Sabia a verdade. Quem eu sou.
– Não! Blue não olhe para os espelhos!
– Por quanto tempo pretendia mentir pra mim?
– Blue!
– Sou eu nessa pintura, não é? – sua voz continuava calma enquanto voltava a encarar o quadro que permaneceu naquele quarto. – “Eu não sei quem é essa pessoa”. Você me disse isso, mas na verdade sabe muito bem. Ele está morto? Não... Eu estou morto... Pertenço às peças dessa galeria.
– Não é verdade Blue!
– Quem é Blue? – a pergunta soou inesperada. – Esse não é meu nome. Apesar de eu ainda não saber qual é meu verdadeiro nome... Você também não dirá, certo? Mentiu sobre mim o tempo todo.
– Não... Por favor, se afaste da pintura! – pedia ao notar que os olhos do rapaz do quadro tomavam a cor avermelhada.
– E por quê? – indagou simplista ficando de costas para o quadro. – Eu sou ele. Não deveria estar aqui.
– A pintura irá puxá-lo... – sussurrou para si. – Não vá. Por favor, não me deixei sozinha! – pediu tentando segurar a mão do rapaz.
– Sinto muito... Não podemos continuar juntos e sair daqui.
– Espere! Por favor! – chamou mais uma vez o vendo ser puxado para dentro do quadro. – Bl... – voltaria a chamar, mas ele já não estava ali e o quadro já havia mudado. Agora mostrava a imagem de uma boneca de pano azul e olhos vermelhos sorrindo. – Blue! Onde você está?! – gritou inutilmente. – Para onde foi? Por favor, me responda... – sentia vontade de chorar olhando para baixo e vendo a rosa azul perdida no chão. – Por que...? A rosa... Voltou a ser falsa... Pensei que eu poderia salvá-lo, mas agora...
Tomou a rosa em mãos se colocando de joelhos, sem saber o que fazer. Quase não notando as borboletas que a cercava.
– Como brilham... – comentou vendo-as voar em direção a saída do teto. Outro quadro intitulado como “Armadilha Atrativa”. – Essa não era a luz que eu procurava... Eu não menti... Não me lembro dele, mas sei que é importante. O que aconteceu no passado? Quem eu matei e por quê? Sinto medo demais para continuar... Não quero acabar sozinha. Não quero deixá-lo sozinho.
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Creio eu que termine em mais dois cap.
Então... Postarei na medida do possível