Cidade Do Amor escrita por Boobear


Capítulo 4
Dentistas, Sorvetes e Closets


Notas iniciais do capítulo

Viih: Ei, comecei umas notinhas especiais, vou escolher um d...
Ross : Eu! Eu1 Eu! Me escolhe!
Viih: Ok, Ross, Seu sete meses, pode falar
Ross: Ok, essa autora não possui austin & ally porque se possuísse eu a Laura: já estaríamos ...
Laura : já estaríamos o que ?
Eu e o Ross: N-Nada!



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Pov. Ally

Finalmente tocou o ultimo sino, o sinal que todo mundo pode sair desse inferno e ainda tocar fogo na escola, ÊEEEEEEEEE! Brincadeira, eu gosto da escola.

Ou pelo menos gostaria,

Se um loiro escorrido não estudasse nela, e ele se chama Austin M. Moon, e não me pergunte o que significa o M, porque eu também não sei. Não pode ser dois Moon’s porque ninguém é doido a ponto de colocar o mesmo sobrenome duas vezes.

Pelo menos depois desse mês em paris talvez ninguém mais se lembre do que aconteceu. Ficamos na parada de carros, sim, de carros; Esperando a mãe do loiro escorrido.

– Hey, Austie! – Cantarolou, com uma voz doce, uma mulher com o cabelo loiro absolutamente reto, e os olhos azuis cristal brilhavam ao seu aspecto de ter menos idade que aparenta, acho que é sua mãe... Ela descobriu a fonte da juventude, só pode.

–Mãe!!!! – “Austie”, gritou, obviamente indignado.

Que bonitinho.

– Quem é? – Seus olhos azuis pousaram em mim de modo curioso - Sua namorada? - Disse ela erguendo as sobrancelhas, mostrando o seu sorriso perolado. Deu vontade de ir ao dentista.

– Mãe! – Continuava indignado. – A viagem. A Paris. Lembra?? – Ele parecia desesperado agora, ela riu de alto e bom som.

– Certo. – Já sei a quem o filho puxou.

Nós dois reviramos os olhos, quando a magnifica senhora Moon ajeita seu lindo terninho cor de joaninha, e bate no banco do passageiro para Austin sentar-se, eu tomei à dianteira.

–Sinto muito, senhora Moon. – Eu disse com educação. – Porém não podemos sentar muito separados.

– Por favor – Ela mostrou o sorriso novamente, parecendo mais simpática. – Me chame de Mimi. E, por que, posso saber... Querida?

Eu tentei de tudo, mas não me vinha nada... Bom, ok, a verdade...

A voz do loiro interrompeu meus pensamentos.

– Se nós já mostramos pra quase metade desta escola, não custa mostrar mais uma vez - Por mim, disse Austin dando de ombros. Eu assenti, levantamos as mãos revelando as lindas algemas que nos prendiam “eternamente” por um mês. Então veio uma coisa que eu esperava.

Ela começou a rir histericamente, sério, realmente histericamente, como se fosse uma morsa engasgando com pudim de aveia.

“Hauhauhauhahauhha... Eles huahhauahaauuahua... Obrigaram... hahahaha Vocês... hhahaahah... A isso” Ela fazia gestos exagerados, engasgando com as palavras. Por favor, vamos logo.

– Hey! – Agora ambos estavam indignados. – Não é engraçado.

– Desculpem... – Ela tomou um ar bem exageradamente. -, mas do jeito que vocês estão amarrados, tem graça. – Disse ela, abrindo as portas da traseira do carro. Entramos e mais nenhuma palavra havia sido dita até o Urubu loiro fatídico abrir a boca pra dizer:

– Mãe. – Ela olhou-o pelo retrovisor, ele fazia o mesmo. – Eu vou dormir na casa da Ally esta noite. – Nem foi uma pergunta, ele afirmou. Ele acha que minha casa é um abriga-mendigos?

Mas por outro lado... Foi alguma vez em anos que eu escutei meu nome saindo pela sua boca, bem, pelo menos sem ser de uma maneira cavala.

– Ok, eu confio em vocês. – Ela nos olhou de maneira severa, porém. Mas sua expressão suavizou logo.

– Pode deixar. – Ele sorriu.

Nossa, eu estou sonhando ou ele deu um sorriso verdadeiro e não um sorriso sarcástico, arrogante ou malicioso? Alguém bata minha cabeça em uma pedra. Vou entrar no jogo.

– Claro, cuidarei bem do ‘Austie’. – Eu sorri de forma escandalosa, Austin me olhou em pânico. Eu ri baixinho, bem baixinho mesmo, tipo um apito de trem.

– Rindo do quê, Dawson? – Ele frisou o ‘Dawson’.

– É o meu nome, não use sempre... Austie.

Austie fechou a cara. Austie está ma-go-ado. Mimi ainda observava.

– O que vocês estão rindo? – Observou. – Quero saber.

– Nada não. – Falamos no repetente uníssono.

Nós fazemos isso muito, não?

O resto do passeio foi silencioso e cai no sono durante alguns minutos, não um sono de dormir, e sim um sono mental. Fui tirada dos meus pensamentos por Austin apitando que nem um retardado na minha orelha. Porque as pessoas gostam de fazer isso comigo?

– Ok, mãe. – Ele jogou o casaco no sofá azul-turquesa próximo a lareira e Mimi fez uma careta.

A casa dele era tão grande que dava umas sete casas minhas dentro. O chão era tão claro que dava pra ver meu reflexo com sono de ter que acordar cedo toda manhã. Não pude ver muita coisa, pois a tripa seca loira me arrastou para seu quarto que nem um condenado. Ok, tripa seca loira anotada no meu dicionário de insultos.

– Esse é meu quarto. – Disse, por fim.

Era legal, o seu quarto. Quero dizer, um sótão com uma janela apenas, paredes pintadas de roxo escuro, discos de vinil e atuais nas paredes, pôsteres, um troféu de futebol na estante com alguns CD’S.

– Que legal. – Falei simplesmente.

[...]

– Vamos arrumar minha mala ou não? – Ele quebrou o silêncio.

– Como assim vamos?

– Você vai ajudar. – Disse, parecendo aborrecido.

– Claro, até porque pelo jeito eu não tenho escolha mesmo - Disse eu zombando, e me arrastando até o seu closet. Ele parou na porta.

– Ok, mas... – Ele cruzou os braços, com um sorriso malicioso. - Só não toque nas minhas cuecas, entendido? – Esse é o momento onde você fica entre: Vomitar e Rir.

– Nunca – A minha cara de nojo é como se estivessem segurando um queijo gorgonzola fendendo a lixão perto de mim.

– Eu tomo banho, sabia?

– Nem, imagina. Você toma “Nanho”. – Ok, a piadinha foi horrível, mas fazer o quê, é difícil ser engraçada 24hrs por dia, me deem uma pausa.

– Ahn...

Lerdo, nem entendeu minha piada brilhante;

– Lerdo. – Falei satisfeita.

Ele bufou quando abriu a porta, com mal vontade, disse:

– Esse é o meu guarda roupa. – Disse, abrindo. Affe, é maior que o meu quarto inteiro.

Tinha roupas jogadas, algumas dobradas (Agradecer a mimi nem conta, né, Austie?) Outras pelo chão, e o que ocupava espaço era os pares de tênis all star infinitos que se espalhavam por ali. Ele é o que, um maria-pé-grande?

– Nossa, a quantidade de tênis que tem aqui é maior que as minhas roupas todas juntas - A minha boca estava escancarada.

– Então você tem muita pouca roupa – Zombou.

– Tudo a ver usar ‘Muita’ e ‘Pouca’ na mesma frase. – Zombei.

– O que você quis dizer? – Disse entre dentes.

– Nada, nada não. – Zombei ainda mais.

– Você é tão infantil.

– Você é muito convencido, acertei? – Respondi, mostrando a língua pra ele.

– Infantil.

– Aff, olha só quem fala.

– Não sou infantil. – Rebateu enquanto jogou uma blusa que nem uma bola de basquete, direto na mala.

– É s...

Tururutururururururururu... Sor-ve-te...

Isso era o caminhão de sorvete passando na rua?

– SORVETE?????? SORVETEEEEEEEEE! – Ele saiu correndo que nem uma paca mansa para comprar. Eu suspirei e voltei a arrumar a mala.

Eu não mereço.

Ele chegou uns minutos depois com dois sorvetes de baunilha.

...

Ainda bem que finalmente terminamos de arrumar as coisas dele. Eu tô aqui com o CHEIRO dele! Cadê a água sanitária?

Nossa. Esse menino tem mais roupas que eu a trish e todas as ex-namoradas dele; E olha que ele já teve muitas. Qual a raiz quadrada das namoradas do Austie? Erro 404 desligue o computador e religue novamente.

– Terminamos né? – Eu e eles estávamos esparramados no tapete junto a cama. Ele riu.

– Não, ainda tem um armário igual a esse ali – Disse, apontando uma porta Vou ali me matar.

– O quê ??????????????? *Acrescente mais pontos de interrogação aqui junto com meu grito escandaloso* - Eu sentei. Não é possi...

– Nossa! Como você é idiota. – Ele disse, logo depois caiu na risada de foca engasgada que ele tem. Eu me irritei.

– Moon...

– Você.

– Está.

– Morto! – Eu sentenciei quando ele começou a correr, sem sucesso, porém me puxando. Idiota.

Eu não acredito que ele esqueceu que eu estou algemada a ele.

– Ah, você vai ver.

– Vou ver, nad... WOW!

Dei um pulo pra frente derrubando ele no chão.

– Nossaaaa, Dawson! Já ouviu falar em dieta? – Ele fazia uma voz abafada fingida.

– E você já ouviu falar em educação ao próximo?

– Se meu próximo for gordo, eu não sou obrigado.

Eu bati nele por uns segundos. Até esqueci que estava em cima dele, até que a Mimi chegou, olhando para nós de forma... Não sei dizer sua expressão.

– Caham – Tossiu, até que Austin deu um pulo e se livrou de mim. - Estou interrompendo algo? – Disse, levantando as sobrancelhas.

– Nada... – Eu menti.

– É, nada mesmo. – Concordou. Obrigada Deus, pelo menos ele ajudou dessa vez.

– Ok... Só vim avisar que o almoço está pronto. – Ela colocou as mãos na cintura. – Vai almoçar conosco, Ally?

– Ah, talvez eu incomodass... – Ah é, as algemas. – A-Ah, C-Claro.

– Já descemos. – Austin concluiu

– Venha antes que esfrie, Austie – Ela disse em um tom carinhoso, bagunçando seus cabelos.

– Mãe! – Ela fez uma cara de desentendida. – O quê? Ela estava no tom “não sei do que você está falando”

– Tá bom, tá bom. - Disse ela erguendo as mãos em sinal de rendição. Que filho birrento. Ela saiu, nos deixando obviamente a sós de novo.

– Desculpa pela minha mãe – Ele murmurou.

– Ela é legal, Austie. Não tem nada não, deixa ela viver.

Ele deu um suspiro alto.


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