Cidade Do Amor escrita por Boobear


Capítulo 5
Pijamas, Sequestros e Bilhetes




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POV. Ally

Alguns minutos depois e estávamos silenciosos na mesa de jantar dos Moon, com dois pratos com sanduiches de queijo com tomate. Mimi resolveu quebrar, após nos observar como em uma partida de ping pong.

– Austie, mel, como foi seu dia na escola? – Sua voz carinhosa me fez acha-la perfeitamente ‘mãe’ devo dizer.

Austin parecia mais entediado.

– Bom, mãe.

Ela pareceu desapontada.

– Oh, ok. – Após isso, apenas silêncio até terminamos de comer e sair, vamos para minha casa agora.

– Vamos de carro – O loiro escorrido disse, sem graça, ele apontando para um carro vermelho estacionado próximo a uma cesta de basquete, na entrada da garagem. Eu nem tinha visto esse carro quando entrei.

– Ah, não, não posso. – Ele ergueu uma sobrancelha. - Porque eu posso afundar o banco do seu carro com o meu peso de free Willy. – Terminei, sarcasticamente.

– Argh , deixa de frescura e entra – Cruzou os braços, de forma brava.

– Ué, mas quem deu o apelido foi voc...

– Vai entrar ou não?! – Perdeu a paciência. – Pelo amor de deus, Dawson...

– Não, eu vou a pé. – Teimei, cruzando os braços também. – Se for pra ser essa chateação...

Espera, estamos algemados. Droga.

– Ah, é? – Ele fechou a cara.

– Sim. – Disse, friamente. Eu ia começar um discurso de quanto a gasolina polui e do quanto ele idiota até que ele correu até mim, me pegou pela cintura, em um movimento rápido.

– Aaaah! Me solta, blondie, me coloca no chão!! Socorro, policia, violência doméstica aqui! – Eu dava soquinhos nas costas dele, o mesmo riu.

– Violência animal, você quis dizer. – Ele riu mais um pouco.

– Me bota. No chão. Moon, eu não estou brincando!

Isso só o fez abrir outro sorriso. - Ah, não vai ser tão fácil assim, Dawson - Ele me jogou dentro do banco do passageiro e trancou a porta.

AH!!! - Isso é um sequestro ou o quê? Me tira daqui, seu idiota ao quadrado! – Eu forcei a porta do carro.

– Se você considerar eu te levar para sua casa sem você querer ir ao meu carro, e eu te forcei a entrar , isso é um sim. É um sequestro. – Estava sorrindo amplamente.

E o dia pode ficar pior? Sim, ele pode.

Sim, eu estou respondendo a minha própria pergunta.

Chegamos a minha casa, quando eu finalmente cedi o endereço. E entrei na cozinha, eu encontrei um bilhete do meu pai preso a geladeira.

Querida Ally ,

Eu estou saindo para uma convenção de música, comprar novas palhetas para o sonic boom, e participar de uma convenção de acordeão logo em seguida, então deixei um dinheiro dentro do pote de biscoitos.

Divirta-se em Paris !

XOXO

Papai .

Mereço.

– Ótimo, menos um para pensar besteira... – Eu falei para mim mesma, mas a calopsita loira ouviu.

– O que você quis dizer com isso, Dawson? – Disse, levantando a sobrancelha.

– Nada.

– Mereço... – Suspirou.

POV. Austin

– Podemos ir logo para o seu quarto? – Exclamei impaciente. Ninguém merece.

– Paciencia é uma virtude, Austie. – Cantarolou.

Engraçado, essa e a frase de uns dos meus filmes favoritos

– Agora não é não... – Cantarolei de volta.

Ela pareceu um pouco surpresa.

– Você conhece a múmia? – Perguntou, mostrei minha melhor cara de “obvio” - Claro, ele está na lista dos meus filmes de terror favoritos – Respondi.

– Bem, eu acho os filmes de terror um tédio, mais esse é exceção. - Ela rebateu. Sério? Filmes de terror são um máximo! Por favor, do que ela gosta... Romance água com açúcar?

– E por que...? – Eu não tinha muito interesse, mas pelo menos eu sei perguntar por educação.

– Gosto porque eles misturam um tipo de terror com romance, um pouco de comédia, nem é muito chato, nem muito meloso, só isso - Ela afirmou subindo as escadas e abriu uma porta com um Grande ‘ A’ dourado gravado nela.

Eu fiquei parado no começo das escadas com a boca aberta

– Entra ai logo, Moon. – Ela falou com aquela voz irritante e mandona.

– Ah, claro, claro. – Eu assenti, suspirando. Que garota irritante. Sentei em um pufe roxo no chão.

– Eu disse que podia entrar, e não vasculhar a casa inteira. – Franzi o cenho. – Seja mais especifica da próxima.

Ela pode ser engraçada, quando quer... Ah , pare Austin! Você não gosta dela! Mas eu só disse que... Ah, sei lá! Não tem nada a ver com gostar, né?

– Ô, lua irritante, vai me ajudar ou não? – Ela estava sentada junto da mala marrom aberta em cima da cama.

–Ah, sim, sim, eu vou... – Peguei uma blusa de dentro do seu armário e arremessei dentro da mala. PONTO PARA MIM!

– Nem parece que tem dezesseis anos... Ninguém merece... – Ela resmungava com a cabeça dentro do armário.

De noite...

– Eu vou colocar o pijama primeiro! – Eu amuei.

– Eu que vou! – Ela rebateu

– Eu.

– Eu.

– EU! – Atirei de volta.

...

– Tá bom, tá bom, VAI VOCÊ! – Eu gritei, erguendo as mãos pra cima em sinal de rendição.

– Não vai ficar olhando, vai? – Ally falou, fazendo cara de nojo.

– Claro que não! – Me defendi.

– Então se vire. – Eu suspirei alto.

Uns segundos depois...

– Pronto Austin, pode olhar. - Avisou.

Eu tentei ter uma vista do seu pijama, virando de lado.

Ela estava usando um pijama amarelo com uma nota musical preta nele e shorts curtos vermelhos com notas musicais pretas nele e –

Perai...

Ela acabou de dizer Austin?

POV. Ally

Eu acabei de dizer Austin. Acho que quase nunca chamo ele assim, para não pensarem que temos intimidade.

– Agora é você quem se vira. – O blondie fez uns gestos para eu virar.

Eu obedeci, afinal, não quero ver uma largartixa loira de cueca na minha frente, né.

– Pode olhar. – Ouvi sua voz impaciente, que cortou minha piadinha.

Ah meu deus, ele estava sem camisa e com uma calça – pijama, com a estampa igual a dos meus shorts.

Vou me arrepender de pensar isso, mas ele parece um deus grego, ai minha santa ligação ilimitada, ai jesus, me segura.

Mate.

Me.

Agora.

– Gosta do que vê... Dawson? – O Blondie sorriu, flexionando os músculos.

POV. Austin

– E eu lá tenho cara de líder de torcida? Ai ela me olhou interrogativamente

Mentirosa, sei que você me acha o máximo.

– Você vai dormir no... No chão. – Sorriu ela. O que ela acha que eu sou? Um cachorro, que é só botar jornal que eu deito?

– Como? – Falei em voz alta.

– Você é surdo? – Ela respondeu com uma pergunta. – Durma no chão.

– Não dá, Dawson, as algemas... Curtas demais. – Ela fez um ‘o’ com a boca.

– Então, ai... Ok, eu deixo você dormir comigo...

Eu sorri, feliz na verdade.

– YAY!

Será que eu soei muito estranho?

– Amanhã me arrependerei amargamente... – Ela suspirou, quando deitou em um dos lados da cama e fechou os olhos, mas antes disso... Ela puxou o lençol para nós dois.


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