Cidade Do Amor escrita por Boobear


Capítulo 3
Ping-pong, casas e cadeiras especiais


Notas iniciais do capítulo

Meu deus! Quanto tempo :I
Eu preciso realmente editar CDA por inteiro, mas... Eu editei um esses dias e trouxe para cá. Ah, que saudade da outra que tinha muitos comments e recomendações... MAS! Fico feliz que ainda comentem, e isso me inspirou.



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Pov. Ally (continuando de onde parei, lol )

– Estamos caminhando para aula de química, ótimo, a nerd da classe andando com Austin retardado moon! as pessoas já estão olhando para nós e cochichando, porque elas não compram um jogo? Assim vão poder cuidar da vida dos personagens. Apesar de que pode ser possível seu cérebro derreter se passar 32 horas diretas em um jogo. Ainda bem que depois dessa aula tem intervalo direto... Assim eu posso falar com a trish. - Deixei escapar um suspiro de alivio pelo meu pensamento – Se bem que, a essas horas dez pode ter morrido. - Eu ri um pouco alto, sem perceber que o idiota em questão me encarava como se eu tivesse cinco pernas e duas cabeças, e ainda estivesse vomitando ameixas coloridas.

– Uau, ainda pensando em dormir comigo, Dawson? Que mente criativa a sua. - Disse ele, debochadamente, se encostando a pilastra do corredor.

– Cala. Boca. Estúpido. - Eu cuspi as palavras, e ele como um retardado começou a rir.

Eu já disse que ele é um retardado estupido? Ótimo, pois ele é assim. Austin Moon sempre foi assim. Ou desde quando eu posso me lembrar.

Chegamos à sala de aula atrasados, graças ao blondie que decidiu ir para o banheiro, e ainda por cima eu estou traumatizada por isso, não quero nem lembrar. Acho que nunca mais eu vou entrar no banheiro masculino, eu espero. Ugh.

Eu estava tão perdida nos meus pensamentos que nem vi que eu ainda estava na porta da sala e que ele estava me puxando. Quem ele pensa que sou? Alguma das lideres de torcidas “beyblades” dele? Por favor, me poupem, sério. Eu tenho muito mais cérebro que elas! Na verdade, qualquer um é mais inteligente que elas, isso eu posso jurar.

–Vamos Dawson, anda, merda! - Ele conseguiu me arrastar para dentro, eu apenas soltei um ‘tch’... Os pais dele esqueceram a educação no berço, foi?

Quando entramos percebi os olhares em nós, a classe toda ficou em um silêncio repentino; e quando eu digo repentino, eu realmente quero dizer isso.

Infelizmente, os únicos que vão pra viagem é o nosso grupo da classe de francês, o que é bom, já que quase ninguém do time de futebol ou por fora realmente participam; Exceto Austin, eu acho. Então... Nós não conseguimos achar um jeito confortável de sentar nas cadeiras, infelizmente as algemas eram curtas, curtas até demais... Eu acho.

o jeito foi esperar o professor encostado na lousa , mais o pior não era isso , era os alunos olhando pra nós e cochichando alguma coisa , e eu já estava quase puxando uma mecha do meu cabelo , mais tentei não fazer isso agora , que todo mundo estava olhando .

Então o Sr. Walk chegou com sua peruca de “nillon” que só na mente dele parecia de verdade, porque, né. Convenhamos, aquilo parecia uma bola de cabelos ou um ninho de esquilos em cima de uma grande cabeçona careca... Pare, Ally, você está muito engraçada.

“ Ufa “ Pensei. Soltando um suspiro inaudível.

– Então Mrs. Dawson e Mr. Moon, não vão sentar?- O carecão disse em tom severo, eu franzi o cenho, todos os olhares estavam em nós como quem observa uma partida de ping-pong.

– Não podemos. – O Blondie respondeu em meu lugar e novamente o Professor bateu o pé.

Ele aumentou um pouco a voz. – E por que não podem, posso saber? – Parecia irônico, mas novamente o Blondie desfocou a atenção toda para ele novamente, por que eu não falo nada?

– Por isso - Eu falei, porém, em um uníssono bem debochado com o Blondie no modo super-entediado. Pode ser incrivelmente chato isso, não? Tivemos que levantar ambas as mãos para revelar as algemas de prata reluzindo na sala de aula pouco iluminada.

– Ah – Ele abriu um sorriso. -, vejo que vão para paris com a classe da Mrs. Marie, eu irei acompanha-los, também.

Austin sorriu e murmurou algo como “Tara por francesas” Ou algo assim. Eu dei-lhe uma cotovelada. Porém continuava sorrindo, o idiota, pois os olhares em cima de nós não eram nada amigáveis.

– A Cadeira especial está disponível, afinal, não temos um aluno ‘especial’ há um ano.

A Cadeira especial era uma cadeira que dava para sentar umas três pessoas e confortavelmente. Tinha uma carteira enorme ligada a ela e eu sempre tive vontade de sentar nela, porém serve para as pessoas com ‘mais peso que uma pessoa normal’ eu ri baixinho com isso.

Austin me olhou como se eu fosse uma doente. Ignorei isso e segui com as minhas anotações de sempre. O difícil foi aturar o corredor;

“Austin Moon, namorando com a nerd?“ Uma garota qualquer com um cachecol parecendo uma zebra neon cochichou um pouco alto demais enquanto passávamos. Corei levemente sem perceber que já tinha sentado ao lado do Austin na aula de inglês e que ele estava olhando para mim novamente.

– Alô, marte para Dawson! – Ele me sacudiu que nem um maluco psicopata.

– EI! Para, eu vou vomitar na sua cara! E por que Marte?! – Eu tirei os resíduos de perfume de cafajeste loiro espanando o ar com a minha mão.

– Porque você é de outro mundo, nerdona. – Sorria. Essa foi a coisa mais estupida que eu já ouvi em séculos.

Porém, ele pareceu mais preocupado logo após – A aula vai começar. – Disse.

– E desde quando você se importa?

– Desde quando você é uma nerd cheira-livros. – Ele devolveu. Eu engoli em seco, porém senti uma lagrima em meu rosto.

Como ele pode ser tão arrogante?

Riiiiiiiiiiing... [Finjam que é menos barulhento do que parece.]

Ufa, é hora do recreio e... Eu digo recreio mesmo! Intervalo é tão sem graça. Hora de encontrar com a Trish e o Dez.

– TRISH MEU BOLO FOFO LINDO! – Eu abracei ela, fazendo Austin quase cair para a frente, não me importei. Trish devolveu o sorriso.

– Ally, meu amor, que bom que te encontrei. Tive que ficar na cantina trabalhando no horário de Inglês. – Eu dei de ombros, Trish e seus empregos, LOL.

– Bem, vou te responder mentalmente, Eu estou péssima. Tô presa nessa mula empacada o dia todo. – Fiz um biquinho.

– Pelo menos não é um idiota de carteira. – Trish revirou os olhos.

– Nah, o meu tem uma também.

Dez deu uma risadinha e fez um aperto de mão estranho com Austin.

– Clube dos idiotaaaas, valeu!

Austin parou. – Espera... Idiotas?

– HEY ! - Disseram eles em uníssono, obviamente ofendidos.

Nós duas rimos histericamente por uns minutos.

– Então... Como vocês dois vão arrumar as malas? – Trish soava tão maliciosa quanto os outros.

Ele deu de ombros e eu cruzei os braços.

– Pois eu já planejei! – Dez olhou-a, confuso. - Primeiro vamos à minha casa, e depois na dele - Disse ela com empolgação, batendo palmas.

– Você está adorando isso, não é? – Austin olhou-a com cara de tédio.

– Só um pouquinho... – Trish sorriu.

– HEY! – Dez finalmente se pronunciou, parecendo revoltado. Mas não dá pra passar uma imagem revoltada quando se usa suspensórios de bolinhas e calça laranja da cor de um cone de trânsito, por favor. – Não era na minha casa primeiro? Você prometeu! – Ele parecia emburrado.

– Nah... Eu decidi que vai ser na minha. DEPOIS NA SUA, ENTENDEU? – A trish ameaçadora fazia qualquer um voltar a fazer xixi da cama apôs várias sessões de terapia, eu precisaria de novas só para tirar o medo dela.

– Como quiser... – Dez ergueu as mãos em derrota.

Caramba, ela consegue tudo o que quer.

– Ótimo.

Então depois da escola...

– Debiloide, na minha casa primeiro! – Eu tremia de raiva, ele parecia querer espumar pela boca, nojento.

– Vamos à minha, Dawson! - Austin gritava mais alto ainda, chamando atenção do pessoal fora da escola. Claro, dois adolescentes presos a algemas querendo ir para direções distintas, que bonito.

Eu suspirei. – Vamos de um jeito maduro! – Ele gritou e eu olhei-o com desconfiança, vai roubar, só pode.

– Maduro?

– Isso mesmo! No pedra, papel e tesoura! – Ei, isso aqui não é primeira série não.

Como ele pode ser tão infantil ?

– Tá bom, tá bom! – Cedi. E ele parecia cada vez mais vitorioso.

Tiramos após várias tentativas iguais, e adivinha quem ganhou? Isso mesmo, não fui eu.

– Que ótimo, vamos para sua casa estupida!

– Você adora a palavra estúpido, mentindo, Dawson? – Disse; Quebrando o silêncio momentâneo e num tom sarcástico.

– Cale a boca. – Eu revirei os olhos.

– Vem calar.

– Tá querendo morrer, idiota?

– Talvez. – Ele rebateu.

– Que tal não falar comigo para... Sei lá, para sempre.

– Seria ótimo, dawson.

– Ótimo.

Suspirei. Ele não para nunca?


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