Homewrecker escrita por Rize


Capítulo 6
Loyalties Aside...


Notas iniciais do capítulo

Ok que no último capítulo não tivemos comentários ;^; mas ainda assim cá estou eu postando mais um capítulo! Eu sei, não deve estar muito bom, mas acontece que quando eu posto e pessoas leem (pois é, eu vi no gerenciamento, seus safados) e não comentam meio que a fic perde a graça. Então, fiz meu melhor mediante a meu humor, então se não estiver perfeito, não briguem comigo. Tomem vergonha na cara e comentem /n



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/504325/chapter/6

– O que está fazendo com ele? – ela repetiu a pergunta, e não era difícil ver a indignação que transbordava em seus olhos. – Depois de tudo que ele fez pra você, ainda tem esperanças que seja diferente? Ele é um traidor, ora, pelo amor de Deus! – sua voz começava a se erguer, e a mente de Miku trabalhava para embolar algumas desculpas e se safar daquilo. Não ia muito bem.

– Não é nada disso! – ela tentava enrolar, mas não funcionava. Estava travada. – Eu só... Nós...

– Ah, quer saber? Esquece! Você não me deve satisfações, assim como não é minha obrigação ficar me preocupando. Já é bem grandinha. – Rin engoliu um soluço com força. Não era difícil ver como ela se controlava. – Só achei que teria um pouco mais de consideração por mim. Depois de tudo o que eu fiz, mas parece que nem isso é mais desculpa.

Ela deu ombros e se virou, pisando duro na barra do vestido.

– Rin, espe...- Miku ia atrás, mas Kaito a puxou outra vez. – Kaito, me solte! Eu tenho que falar com ela!

– Não, não tem! – pela primeira vez, Kaito erguera a voz para ela. – Pare de viver sua vida para não magoar essa criança! Já te deixei ir embora por causa dela uma vez e é um erro que eu não cometo duas vezes.

Quis relutar, mas sabia que ele tinha um ponto.

– Ela nunca mais vai olhar pra mim de novo.

Kaito suspirou.

– Vai sim. Se não insistir nada. E, francamente? Se não olhar você só vai sair ganhando.

– Ela já fez muita coisa por mim, sabia? – Miku cruzou os braços, recuando alguns mínimos centímetros.

Kaito riu amargamente.

– Tipo?

– Tipo ainda ser minha amiga mesmo depois do que fiz com ela.

– Então você agora precisa da permissão dela pra fazer as coisas?

– Não! Não foi o que eu quis dizer! Eu pisei feio na bola com ela e ainda assim, ela ainda continuou sendo minha amiga!

– Bem, você pisou feio na bola comigo e ainda assim, cá estamos nós! – mas uma vez a voz dele subiu, mas ao ver que isso só a tinha feito ficar pior, ele recuou e desviou os olhos. – Desculpe, não foi o que eu quis dizer...

Dessa vez, os olhos delas estavam frios e afiados, do mesmo jeito que ficavam sempre que ela começava a se irritar.

– Não, você está certo. Fui uma vadia com os dois. É verdade. – ela deu de ombros. – Então porque está aqui? Fui embora e só deixei um bilhete dizendo tchau. Mas ainda assim, cá estamos nós!

Kaito suspirou e estirou os braços, fazendo um som de batuque. Sempre fazia isso quando tentava se acalmar.

– Você construiu paredes altas pra se proteger, Miku. – ele a olhou fundo, e chegou mais perto. – Mas a questão é: se proteger do que? De mim?

– De pessoas como você.

– Isso não é problema. Você sempre fez paredes altas e eu sou um ótimo escalador.

Ela inspirou com força, deixando que o oxigênio gelado adormecesse mais a ira que há pouco nascia. Expirou tudo em uma nuvem pálida de vapor, e o olhou.

– Veremos quanto a isso. – ela olhou no relógio de pulso. Meia noite e meia. – Pode me levar pra casa? Tenho aula amanhã e não quero me atrasar.

Assentiu. Eles andaram com vagarosidade até onde o cocheiro e a carruagem estavam. Miku se sentia péssima. Por Rin, por Kaito e por ela mesma. Não sabia como sairia dessa situação.

Depois de uns quinze à vinte minutos de viagem, eles chegaram no edifício da garota.

Ela e Kaito desceram e foram para a porta de vidro, que se abriu num estalo quando chegaram perto. Mas ela não entrou de primeira.

– Então, obrigada por hoje. – sorriu – detalhes a parte, foi ótimo. – tirou a coroa da cabeça e a segurou, a olhando por alguns instantes.

– Foi sim. – ele colocou as mãos no bolso da armadura. – Devíamos fazer isso mais vezes.

– Não é uma boa ideia me acostumar com a ideia de ser rainha.

Ele murmurou alguma coisa, mas ela não foi capaz de ouvir.

– Boa noite, Miku. – algo estava errado com ele. Miku estava entrando, quando o olhou de soslaio. Kaito estava de costas pra ela, esperando o cocheiro dar a volta no quarteirão.

– Kaito. – ela chamou, apressando-se em sua direção. Quando ele se virou, a distância entre os dois era mínima. Sabendo disso, Miku o enlaçou com os braços ao redor do pescoço, e o abraço com força. Percebeu como ele não demorou para corresponder. Ela apertou as mãos sobre seu pescoço, e afundou na curva se seus ombros. Viu que ele fez o mesmo. – Desculpe por tudo que eu fiz. Você merecia coisa melhor.

E se afastou, preenchendo o vazio de onde seus corpos se encontravam com o frio da noite. Ele não falou nada. Seus olhos estavam escuros e impossíveis de ler. Miku também não esperou para que ele dissesse alguma coisa. Entrou no prédio e sumiu de vista.

***

Naquela mesma noite, Miku sonhou.

Seus pés balançavam no vácuo da altura. Quantos metros? Dez? Quinze? Não ligava. Adorava subir naqueles carvalhos velhos que se tornavam novos de novo em todas as primaveras. Sentia o vigor de ser mais nova. Ainda estava estudava para passar em algum concurso, dois ou três anos atrás.

Seu cabelo enorme estava solto e se misturava com as cores da primavera. O verde intenso das folhas, o azul eletrizante dos lagos vívidos. Se encostava no tronco da árvore, sentada num galho que saltava da copa e afinava até parecer um líquen torto.

– Quem será que te ensinou a subir tão alto? – uma voz, metros e metros abaixo de si, fez com que seus devaneios coloridos se esvaíssem. Seguindo o som, Miku viu Kaito, no chão. Ela riu.

– Quem me ensinou vai conseguir chegar até aqui.

Seus lábios se curvaram num sorriso de desafio aceito. Como se tivesse nascido para isso, Kaito subiu galho por galho, ágil e leve. Em menos de um minuto, já estava sentado à sua frente, com aquele sorriso que a fazia derreter.

– E ai, gatinha? – ela odiava quando ele a tratava assim.

– Não conversamos há um tempo. O que me conta de novo?

– Acho que não preciso mais gastar nenhum tempo com aquela sua amiga.

O sorriso dela desapareceu, e ela franziu o cenho.

– Como assim?

O sorriso de Kaito se alargou.

– Terminei com a Rin.

Miku fez o que pôde para segurar seu queixo. Rin não havia lhe dito nada, e elas haviam conversado naquela mesma manhã!

– O que?! Como? Quando?

– Uma semana, eu acho.

Miku arqueou as sobrancelhas.

– Uma semana? Ela não me disse nada!

– Vai que ela achou que não valia a pena contar?

– Não, você não entende! Ela é perdidamente apaixonada por você!

– Ah, o que posso dizer? – Kaito se largou mais no galho, e cruzou os braços atrás da cabeça. – Eu tenho esse efeito nas pessoas.

Mesmo que estivesse um pouco perplexa, não pode deixar de rir da arrogância dele.

– Porque terminou com ela?

Ele deu de ombros.

– Não continuar iludindo que eu era ou pelo menos queria ser dela. Uma outra me ganhou primeiro.

Ela sentiu uma pontada no estômago.

– Quem?

Kaito riu e a olhou firme antes de responder.

– Não aja como se não soubesse.

Miku riu confusa.

– Hã?

Ele se aproximou mais, a olhando fundo nos olhos.

– Você me ganhou, Miku. Sou seu. Se você me quiser.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Pois é, esse sonho da Miku foi meio que uma lembrança, mas não equivale nem a um décimo da história toda, foi meio que uma prévia. Talvez no próximo capítulo eu continue. Talvez.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Homewrecker" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.