Penny Jackson e a Última profecia escrita por Redbird


Capítulo 8
Penny


Notas iniciais do capítulo

Hey seys lindos. Primeiro, desculpa mesmo pela demora. Penny demorou para me visitar e aceitar a continuar contar suas aventuras. Ela agradece quem continua com ela :3 Espero que gostem do capitulo.



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O acampamento finalmente tinha silenciado. Penny, pela primeira vez desde que se juntara aos Menelaus se sentia tranquila. O quarto no acampamento Júpiter até parecia aconchegante com a lareira ligada. Sim, ela tinha ouvido sermão (mesmo eles não tendo provas nenhuma contra ela),tinha ouvido Octavian e os dois Pretores (não, eles não eram pretores, para Penny nunca seriam), reclamando horas e horas do desastre que tinha sido o primeiro evento de Octavian como César em Nova Roma e tinha recebido olhares desconfiados de Eris. Mas nada disso importava. Tinha conseguido sua primeira vitória desde que estava com os Menelaus e o mais importante, Anaklusmos de volta.

Octavian quase não tinha devolvido a espada para Penny, mas como tinha jurado pelo Rio Estige e mesmo Octavian respeitava um juramento desse porte, o César não tivera outra escolha. Foi bom ver a raiva nos olhos dele.

Além disso Marco e Cassy estavam sentados na frente dela parecendo mais à vontade do que pareciam em dias. O quarto de Penny ficava em um dos pontos mais afastados do acampamento já que, sendo grega, Penny não podia dormir em um nenhum dos alojamentos das cortes. O que até era um alívio. Tinham bastante espaço para conversar calmamente, serem amigos normais, sem Marco e Cassy fingindo serem escravos. No entanto, Penny não precisava do instinto de neta de Atena para lhe dizer que esta era apenas a calmaria antes da tempestade.

–Foi uma vitória, não foi?-Perguntou Marco enquanto Homero atiçava o fogo e Cassy lia para Cam, o fauno.

Penny assentiu, mesmo sabendo que aquela era uma vitória pequena e nada definitiva.

–Pelo menos conseguimos estragar os planos de Octavian, o que é o melhor que me aconteceu em meses- concordou observando os amigos.

–Então -Perguntou Cassy, entregando o livro para o pequeno fauno- O que faremos agora? Quer dizer, depois de hoje teremos que ser cuidadosos, mas também não podemos simplesmente deixar Octavian seguir com os planos dele.

Penny concordou. Ela estava caminhando sobre uma linha fina, mais fina do que quando se juntara a seus inimigos. Ela conseguira estragar a festa. Agora precisava minar o poder de Octavian no acampamento romano. Isso não era algo fácil, já que o auguro conseguira muito poder desde sua juventude. Chantageando, manipulando, roubando ou apenas tirando proveito de quem era mais fraco. Quando Reyna estava no poder ele tinha sido inteligente o suficiente para se mostrar obediente e leal enquanto conquistava aliados, penetrava no ponto mais fraco dos seus inimigos. Se ela queria vencer os Menelaus, teria que agir exatamente como ele.

–Bom primeiro temos que descobrir quais são as fraquezas do Coração Gelado - Falou Penny, mais para si do que para os amigos.

–Coração Gelado?- perguntou Marco a encarando com uma expressão divertida no rosto. Fazia tanto tempo que ninguém se divertia com ela, a achava engraçada em vez de irritante que Penny demorou um tempo para entender o sorriso do amigo.

–Sério? Não lembra dos Ursinhos Carinhosos… aquele desenho ….ah esquece, se você tem que explicar, a referência não é boa.

Marco riu e Cassy olhou para ele intrigada.

–O fato é..-disse ela pragmática -Nós sabemos que a maioria dos monstros está com ele, mas não podemos ter total certeza com os romanos. Acho que devemos descobrir quem realmente está com ele e quem não. Alguns dos monstros e heróis gregos podem até passar para o nosso lado.

Os dois concordaram.

–Como escravos vai ser bem mas fácil descobrir, passamos despercebidos - Garantiu Marco.

–Certo- disse Penny assumindo uma postura de liderança- Agora, nada de monstros. É melhor andar pelo caminho que já conhecemos. Nossa meta principal agora é minar o poder de Octavian no acampamento romano.

Os dois assentiram. Ficaram conversando mais um tempo, comemorando a pequena vitória, ouvindo o fauno tocar uma música. Era como se ela estivesse de volta a casa, de volta ao acampamento grego com todas as festas e jogos. Ela adormeceu sorrindo enquanto a música do fauno a embalava em um sono profundo.

Ela demorou um tempo para perceber que estava sonhado quando olhou o céu estrelado. O vento de inverno e o leve cheiro de maresia pareciam se mesclar a sua pele como uma coisa viva. Ela nunca se sentira tão em casa. Não se conteve e deu um sorriso. Percebeu suas roupas, estava vestida com uma túnica no estilo grego azul e seus cabelos estavam trançados. Se sentiu estranha, estranha de uma maneira boa. Se deu conta que estava na montanha que caíra no dia em que fora parar na casa de Sócrates. Era engraçado, mas aquela montanha apenas a fazia lembrar de coisas boas. Seu sucesso na primeira missão, cavalgar em Blackwind, voar de pégaso e é claro, o beijo que Alex roubara bem ali.

Sentiu a presença com uma pequena batida mais forte do seu coração e era incrível, mas até mesmo a força do vento pareceu mudar.

–Penny?- Ela ouviu alguém a chamando. Fazia meses que não ouvia aquela voz. Ela sabia que tinha saudade de ouvi-la, mas nunca imaginou que quase desmoronaria.

Ela se virou e deu de cara com Alex. Ele estava vestido como um soldado romano. Sua expressão era de completa confusão e ele observava tudo tentando decifrar o que estava acontecendo. Aquilo era tão Alex que ela quase saiu correndo. E, deuses ela nunca o tinha visto tão lindo antes. Ele crescera alguns centímetros e os músculos eram completamente visíveis através da armadura. Ela percebeu que ele a encarava da mesma maneira. Ele pigarreou, parecendo tentar se concentrar.

–Então…- falou a encarando firme- Acho que estamos num sonho. Legal aparecer agora. Fazem o quê? 3 meses?

Penny não estava preparada para a mágoa na voz dele, definitivamente, ela não estava preparada para ver Alex. Quando deixara sua família há meses ela tinha aceitado do fundo do coração que nunca mais a veria. O acordo não era Alex aparecer novamente. Nem mesmo em sonho. Ela sentiu seu sangue gelando ao perceber o que aquilo significava. A mágica que a mantinha fora do radar do resto do mundo greco-romano, principalmente do acampamento meio-sangue, estava fraca.

–Alex- A calma na voz dela era uma coisa estrangeira, parecia que vinha do outro lado do mar- Você não devia estar aqui.

–Você estava ai tão tranquila… eu... não acreditei que era você- Falou ele, soando como o Alex que ela conhecera gentil e doce. Porém totalmente confuso - Penny, o que está acontecendo? Você está com os Menelaus? Nós vimos…. Não importa. Vamos encontrar você, estamos chegando amanhã.

Penny sentiu um leve desespero tomando conta dela. Ela sabia que esse momento chegaria. Sabia que a guerra iria eclodir e ela teria que ficar cara a cara com sua família, que em algum ponto, ela teria que ser considerada traidora. Cronos era mesmo o titã mais traiçoeiro. Os segundos que você mais teme, Penny pensou amargurada, chegam mais rápido do que você gostaria.

–Alex- ela falou da forma mais fria que conseguiu- Não faça isso. Vocês não podem vir agora. Eles… Nós ...Estamos mais poderosos do que você imagina.

Alex olhou para ela com tanta intensidade que ela achou que ele poderia descobrir cada segredo apenas com um olhar ou um toque. Ela definitivamente seria capaz de contar tudo com um toque.

–Nós?- repetiu ele, se aproximando de Penny- Então você realmente está com eles.

Era como se Penny pudesse ver cada pedacinho do seu coração quebrando. Ela não respondeu em voz alta, tinha medo que a sua voz a traísse. Então apenas assentiu e se virou. Olhar para ele era mais doloroso do que ela imaginara.

–Por que Penny? Eu realmente queria entender o porquê- suspirou, agora do lado dela, a cidade parecendo um pequeno globo de neve abaixo da colina.

Penny mordeu o lábio. Alex era irritantemente bom em ler verdades, essa fora uma das coisas que ela odiara no garoto quando o conhecera. Ela fazia o possível para não encará-lo. Não queria que ele descobrisse que estava sofrendo.

–Você não entenderia- Disse ela simplesmente. Pelo menos isso era uma verdade.

Alex encarou a colina com o olhar vazio, como se estivesse vendo milhares de quilômetros a distância. Talvez, ele estivesse pensando na mesma coisa que a Penny. Em uma noite, meses atrás.

–Então...agora somos inimigos. Acho que não deveria ter te dito que chegaríamos antes do amanhecer.

–Provavelmente não- respondeu Penny- E eu provavelmente não deveria dizer que o acampamento está muito bem protegido. Eu com certeza não deveria dizer que você deve entrar pelo túnel da Baia. Pode ser a entrada principal mas é a que está menos vigiada.

Alex olhou curioso para ela.

–Deuses somos tão bom sendo inimigos – comentou ele ao perceber que ela falava a verdade.

–Sério, você aprendeu a usar sarcasmo? Deuses, faz tanto tempo que eu deixei o acampamento assim?- provocou ela.

–4 meses, 5 dias e algumas horas...que horas são agora?- replicou o garoto prontamente.

Penny olhou para o amigo espantada. Ela sentiu vontade de confessar tudo ali, Porque ela tinha se juntado aos Menelaus, porque ela tinha fugido do acampamento, que ela não tinha mais muito tempo, que sua alma estava condenada a escravidão por Euristeu. Mas, por mais difícil que fosse, conseguiu se controlar.

– O acampamento…-ela começou a perguntar mais foi interrompida por Alex.

–Nós não estamos mais no acampamento meio sangue- respondeu friamente.

Penny sentiu como se tivesse levado um soco. Se sua família não estava mais no acampamento meio-sangue significava que os Menelaus finalmente tinham controle sobre os dois acampamentos. Ela sabia que podia acontecer, Octavian vinha se vangloriando sobre isso, mas ele achou que ele estava apenas contando vitória.

–Alex- o desespero na voz dela era maior do que ela poderia controlar- O que você quer dizer com não estão mais no acampamento meio sangue?

Ela não conseguiu ouvir a resposta. Ela viu os olhos de Alex se levantando em desespero ela sentiu como se estivesse sendo puxada.

–Hora de ir- disse ela tentando esconder a dor - Até mais ver general.

–Não, Penny!- Ela podia ouvir a voz de Alex sumindo enquanto outra a voz a chamava. Enquanto ela via a silhueta dele sumindo percebeu que estava encarando os olhos azuis de Marco, em seu quatro no acampamento Júpiter.

–Penny, você estava tendo um pesadelo. Está pálida.

Não, não era um pesadelo. Era um sonho muito, muito bom, embora tenha mexido com Penny mais do que ela queria admitir.

–Não. Tudo bem- esclareceu ela, meio zonza de sono.

Marco lhe lançou um olhar preocupado. Preocupado e desconfiado. Aquele olhar era tão parecido com o que Alex lhe lançava quando sabia que ela estava mentindo que ela teve que fazer força para não gritar.

–Huum… Ótimo. Petúnia mandou avisar que temos uma reunião agora, lá na Casa do Senado.

Penny soltou uma palavra que faria até mesmo um filho de Hermes corar de vergonha e se aprontou para encontrar os outros. A garota pediu que Cassy e Marco fossem com ela. Penny percebeu que já tinha se afeiçoado demais aos dois e se xingou mentalmente. Ter aliados era bom. Amigos era perigoso. Não importa o que Homero dissesse, Penny sabia que no final estaria sozinha.

Quando chegou na casa do senado Octavian estava sentado em uma cadeira bem no centro parecendo realmente um imperador. A raiva que Penny sentiu a pegou de surpresa. Ela imaginou o que Reyna e o pai diriam ao vê-lo naquela posição.

–Finalmente- disse Octavian ao avistá-la entrando. Penny percebeu os outros monstros ali. Ixion, antigo rei grego, Hércules e Teseu- Temos boas noticias.

Penny encarou Octavian escondendo o desanimo. Se ele tinha boas noticias significava que Penny estava encrencada.

–Ah é?- Indagou Hércules. Penny não pode deixar de notar que o antigo heroi a encarava. Deuses ele era horrível.

–Sim- Respondeu Octavian com um sorriso largo- Nossos inimigos já estão fora do acampamento meio-sangue. Quiron está desmoralizado e as defesas deles completamente enfraquecidas. Epitemeu acabou de voltar de lá.

Hércules e Teseu se entreolharam. Os dois pareciam duas feras decidindo quem iria abater a caça primeiro.

–isso significa que o acampamento é todo nosso- O sorriso perverso de Teseu deixou Penny tão gelada que ela ficou com medo de ter uma hipotermia bem ali.

–Exatamente. O acampamento é todo de vocês, se conseguirem tirá-lo de Quiron claro. E obviamente, vocês terão que cumprir com o Tratado.

–Tratado?- Questionou Penny- Que tipo de tratado seria esse.

–Simples minha querida sobrinha- Urgh! Como ela odiava quando Teseu a chamava de sobrinha. Era um constante lembrete de que ela estava do lado errado da família- Não haverá ataques entre acampamentos. Os novos reis gregos, para que você saiba, nós, terão todo o apoio do Imperador romano…o loiro aguado aqui. E, o mais divertido, terão de reportar qualquer mestiço imediatamente. Os mestiços terão uma vida digna lutando como Gladiadores, ou servindo as nobres famílias romanas e gregas. Esplêndido.

Penny não achava nada esplêndido. Na verdade a única coisa em que ela concordava com Teseu era a parte do ‘loiro aguado’. Penny observou Cassie que a encarou discretamente em pânico. De repente a porta explodiu com um estardalhaço que fez o prédio chacoalhar. Algo vermelho brilhou no chão, onde segundos antes ficava a entrada. Rubis. Tales! O coração de Penny deu uma cambalhota involuntária. Dois soldados foram até lá verificar o que estava acontecendo. Quando ele se virou Penny ouviu as quatro palavras que ela mais temia e ansiava ao mesmo tempo.

–Senhor, estamos sendo atacados.


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Notas finais do capítulo

E então seus lindos o que acharam? O estágio como Escriba senior do acampamento está dificil desde que o Rick resolveu se mudar para Boston para encontrar os nórdicos. Bom, se precisarem de mim, estarei no Chalé de Hermes. Alex me mandou uma mensagem de Iris dizendo que logo logo irá me contar a parte dele. Beijooos



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