Penny Jackson e a Última profecia escrita por Redbird


Capítulo 7
Alex


Notas iniciais do capítulo

Oi seus lindos. Ainda estão ai? Eu realmente espero que estejam. Desculpem a demora. Esse é o primeiro capitulo que posto em 2015 então... Hey, espero que tenham um ótimo ano. Anyway, eu sei que demoro séeeeeeeeeculos para postar, mas por favor não me abandonem. Espero que gostem desse capitulo. Beijoos e boa leitura



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Ser um fugitivo não era nada legal. E era como um fugitivo que Alex se sentia juntando suas coisas para partir com a família. Tinham combinado de se encontrar no pinheiro de Thalia em meia hora. Havia algo surreal em tudo aquilo. Seus pais tinham sido heróis e agora estavam sendo expulsos do acampamento. Ele mal tinha começado a viver ali, reencontrado seus pais, feitos amigos e zaz, já tinha que dizer adeus ao local.

Deu um enorme suspiro enquanto enfiava uma calça dentro da mochila. Ele não tinha pego muita coisa. Umas quatro mudas de roupas, material de higiene pessoal, sua espada. Invictus, o escudo dado por Sabina, estava em seu pulso em forma de bracelete. Ele olhou duas camisas que faltavam por na mochila. Uma do acampamento júpiter e outra do acampamento meio-sangue. A visão das duas camisas foi como um soco no estômago, um lembrete de que ele não seria bem vindo em nenhum lugar, que apesar do que fizesse ele sempre seria considerado acima de tudo um mestiço.

Ele se virou quando ouviu alguém pigarrear atrás dele. Alex deu de cara com Sócrates. Ele estava vestido como um senhor idoso moderno. Camiseta, calça folgada, sapatos confortáveis e um terninho velho. O garoto tinha dificuldade de ligar este senhor ao filósofo grego. Bom, ele vinha tendo várias dificuldades ultimamente, como aceitar o fato de que sua melhor amiga, se dependesse de Alex quase namorada, tinha passado para o lado inimigo.

–Então vocês vão ir embora mesmo? - Indagou Sócrates olhando para a mochila de Alex.

Alex quis replicar que isso era obvio, mas decidiu que Sócrates não merecia a descortesia. Ele tinha ajudado os semideuses e sua família no final das contas. Além disso, apesar de saber que o homem escondia alguma coisa e de desconfiar dele, Alex gostava do velho. Ele havia dado uma ajuda preciosa em sua primeira missão.

–Sim- Alex sentiu a desesperança em cada nota de sua voz- É o certo.

O homem soltou um suspiro.

–Não imagino o quão difícil isso seja para seus pais e os amigos. Esse sempre foi o lar deles. E para você deve ser ainda mais difícil sem a garota.

Alex olhou para o homem com raiva. Ele vivia tentando se lembrar que tinha coisas mais importantes para pensar. Os Menelaus estavam prontos para guerra, ele deveria estar pronto também. No entanto, toda vez que ele tinha um momento sozinho ou tinha que pensar em algo importante era sempre nela que ele pensava. E odiava quando as outras pessoas lhe lembravam da falta que Penny fazia.

–O que você quer dizer com isso?

O homem olhou para Alex com piedade, o que não melhorou o estado de ânimo do garoto.

–Menino, sei que você tenta esconder mas só consegue pensar em trazê-la de volta.

–Eu não....

Sócrates fez um sinal com a mão.

–Olha você tem o sangue de Afrodite, Você sente as coisas de uma forma que ninguém pode. Além disso, se tentar fugir de quem você é, nunca será o grande líder que está destinado a ser.

Alex engoliu em seco, o embaraço tomando lugar da raiva. Nunca ninguém acreditou que ele estava destinado a ser um grande líder. Que ele era filho de Jason Grace e Piper Mclean, grandes heróis todo mundo sabia. No entanto, ao invés de lhe trazer algum respeito, isso só lhe trouxera mais pressão. Mesmo que ela mal tenha convivido com seus pais. E agora Sócrates, uma das maiores figuras históricas, estava lhe dizendo que ele tinha nascido para liderar.

–Eu não sei se sou um grande líder. Além do mais, não posso mais pensar em Penny... Ela não está aqui.

Alex não quis contar ao homem que Penny os tinha traído. Sócrates era um dos grandes amigos da garota e, além disso, ele não queria que todos soubessem. Imaginou como seria quando o restante do acampamento descobrisse. Isso seria inevitável ... e mais um choque para Percy e Annabeth.

O homem assentiu. Alex observou Sócrates, o jeito com que ele manejou a cabeça. A raiva foi inundando ele novamente. Como ele pôde ter se enganado tanto com o velho?

–Você sabia.... Você sabia onde ela estava e não nos contou. Seu....

–Isso foi uma escolha dela. Não cabia a mim contar.

–Você podia ter me avisado. Pelo menos ter contado a Percy e Annabeth. Não viu o jeito que eles ficaram? Eles não tinham ideia de onde a filha estava... eles...Deuses eu não posso nem mesurar a dor deles e você ai... calado.

–Alex, não cabia a mim. E você deveria saber... Essa história de vocês... Nunca acaba bem, nunca.

–O que você sabe? Você não sabe nada sobre nós- Alex mal podia se conter. Ele sentia seus punhos se fechando. Se ao menos Sócrates não fosse um velho inválido e idiota.

–Sobre arrependimento? Amor? Mais do que você pode imaginar criança. Uma guerreira inteligente e corajosa como ela? Um jovem apaixonado e valoroso como você? Acredite em mim...eu já vi isso milhares de vezes. Nunca termina bem.

–Essa é a parte em que você diz que juntos poderemos conseguir qualquer coisa?- Disse Alex amargo.

Sócrates balançou a cabeça num gesto que deixava claro seu desamparo.

–Não sou sua avó, Alexandre Grace. Não acredito em fantasias.

Alex quis replicar, socar o nariz de Sócrates e fazer com que ele implorasse pela mãe, não necessariamente nessa ordem. Antes que ele pudesse fazer ou dizer qualquer coisa no entanto , Tales apareceu na porta do Chalé de Júpiter.

–Alex... está pronto?

A confusão do garoto era enorme. Era como se tivessem colocado sua cabeça num liquidificador na velocidade máxima. Nem um pensamento coerente emergia. Lançou mais uma olhar raivoso para Sócrates, sentindo que não valia a pena discutir com o velho e foi em direção a Tales.

–Você vai ficar?- Perguntou Tales parecendo estudar Sócrates.

–Sim- anuiu ele fracamente- Percy vai precisar de alguém para ficar de olho no acampamento e ajudar Quiron.

–Que sorte que temos você -replicou Alex amargo, enquanto puxava o amigo para a saída.

O homem o tocou no ombro em um gesto gentil.

–As coisas nem sempre são o que parecem Alexandre. Confie nos seus instintos. Você tem um grande papel nessa guerra, deve estar preparado.

Alex não respondeu, ele não sabia o que dizer então apenas empurrou Tales para que saíssem do chalé.

A noite ia caindo. Todos estavam lá já. Rachel meio afastada, pronta para dizer adeus. Percy e Nico tinham convencido a oráculo a ficar no acampamento depois de muito diálogo. Alex não a culpava por querer ir. O garoto Percebeu que Thalia estava desconfortável perto do pinheiro.

–Oh graças aos Deuses- disse ela sorrindo aliviada ao ver Alex- Estamos todos aqui agora não? Podemos ir para o lugar mágico de Percy.

–Não é meu lugar mágico cara-de-pinheiro- Resmungou Percy parecendo ofendido- É o lugar onde ficaremos seguros. Vamos.

Alex se surpreendeu que, apesar de tudo, Percy e Thalia ainda conseguiam se alfinetar como dois irmãos. De alguma forma era bom ver todos juntos. Quase todos, lembrou uma vozinha chata e insistente. "Não tente negar quem você é", a voz de Sócrates continuava martelando em sua cabeça.

O garoto não tinha certeza de como iriam ir para Montaulk mas, quando 3 cães infernais e um navio apareceram no céu parando bem na frente do Pinheiro, ele não pode evitar um engasgo de surpresa. Tales assobiou do lado dele. Eles estavam encarando o legendário Argo II.

–Vocês caras... não brincam em serviço.

Leo deu um sorrisinho fraco. Hazel, Nico e Frank iriam com os cães infernais por terra para abrir caminho e verificar se estava tudo certo. O restante iria no navio. Quando Alex entrou não pôde deixar de sorrir. Aquele lugar...era fantástico. Havia uma sala hiper- confortável, onde todos se sentaram, muito tensos para falar qualquer coisa.

Embora Alex estivesse com os nervos estraçalhados por ter que deixar o acampamento as pressas ele se deu ao luxo de conhecer o Argo. O garoto já tinha ouvido falar maravilhas do navio, mas nunca imaginou que ele pudesse ser tão incrível quanto diziam. Era mais. Leo o observava com o canto do olho. O garoto sorriu para ele.

–Isso aqui é maravilhoso. Não acredito que você montou ele sozinho quando tinha minha idade- falou Alex realmente impressionado.

–Não é?- disse ele feliz- Nunca subestime o Valdez flamejante.

Alex sorriu para ele e foi falar com Tales que conversava com as meninas. Os amigos também estavam maravilhados com o navio.

–É o máximo não é?- Exclamou Mirna maravilhada, olhando com espanto para uma tela que refletia o acampamento. A visão fez com que Alex se sentisse um pouco triste.

–Alex você não acha conveniente ter os maiores heróis longe do acampamento?- Perguntou Tales tocando num ponto que Alex temia.

–Tenho certeza que sim. Mas eles erraram. O acampamento não está totalmente desprotegido. Quiron, Rachel... todos eles vão lutar para manter o acampamento meio-sangue são e salvo. Até mesmo Sócrates- Lembrou Alex com uma pontada de raiva pensando no velho.

Tales assentiu não parecendo totalmente convencido. Provavelmente estava pensando no acampamento júpiter. Quem estaria protegendo o acampamento? Reyna provavelmente deveria ter alguém de confiança lá não é mesmo? O nome dos heróis ainda deveria significar alguma coisa. Claro, pensou ele amargo, significava encrenca.

Alex tinha que pensar em algo para invadir o acampamento dos Menelaus. Ele sentia que já tinham passado da fase de defesa, sabia que em algum momento eles teriam que atacar. Ele olhou para Tales que observava atentamente. Seu pai tinha falado que você pode amar uma mulher, pode ter a melhor relação com seus pais e ter os melhores amigos, mas nenhuma relação era tão forte quanto a que você tinha com seus irmãos de guerra. Quando ele trocou um olhar com Tales, finalmente entendeu o que ele queria dizer.

–Você está pensando que, mesmo sem ter como seguir o rastro do marido de Pandora agora, devemos atacar o acampamento deles não está?- Não era bem uma pergunta, então Alex simplesmente assentiu.

–Ótimo, porque eu também estou- disse ele observando a mesa onde os outros estavam sentados conversando. Leo tentava distrair a todos com truques de mágica baratos. Hazel apenas revirava os olhos enquanto os outros riam.

Era bom saber que Tales concordava com ele, que não era nem um plano louco e insensato.

–Então, assim que chegarmos em Montauk, vamos usar o escudo de Annabeth versão 2.0 e localizarmos eles. Sabemos que eles estão em algum lugar no sul.

Os outros apenas assentiram. Para ser sincero, Alex não sabia o que esperava. Talvez que todos eles começassem a contradize-lo, dizendo que esse era o plano mais idiota desde que Ícaro decidira voar até o sol. Que eles deveriam esperar os adultos para tomarem uma decisão como essa. O fato de eles concordarem fez com que Alex se desse conta de que eles eram os adultos agora. Que eles tinham que se arriscar se quisessem conseguir alguma vitória.

–Você não vai contar para eles vai?- Perguntou Mirna fazendo um aceno discreto para os adultos.

–O que você acha?- Perguntou Alex- Não podemos contar. Eles jamais concordariam com isso, além do mais, eles já tem problemas suficientes não é mesmo?

–Então como você vai fazer para conseguir ver o escudo de Annabeth sem que eles saibam?- Perguntou Lara.

Alex deu um sorriso para eles, apesar de tudo. Sabia exatamente que poderia ajudá-los. Um adulto nem tão adulto assim.

–Não se preocupem, vamos dar um jeito- garantiu ele enquanto lançava um sorriso para os outros.

O Garoto não sabia o que esperava, mas a viagem de 20 minutos até Montaulk fora entediante. O máximo de animação que tiveram fora o treinador Hedge mandando uma mensagem de Iris se despedindo, com um pedido insistente para que eles matassem "Uns monstros pelos velhos tempos e PELO AMOR DOS DEUSES ZHANG TIRE SUAS MÃOS MALICIOSAS DESSA POBRE MENINA!!" Tales que estava de mãos dadas com Mirna coroou imensamente nessa parte. Ele ainda gritou algo que pareceu muito com um "fiquem longe daqueles estábulos" para Percy e Annabeth, que se limitaram a se olhar divertidos. Por um momento não pareceu que era uma viagem de fuga.

A primeira coisa que Alex viu quando chegou na praia foi uma casa azul muito bonita. Ela tinha um aspecto simples, mas parecia extremamente acolhedora. Apesar do frio dessa época do ano, Alex ficou imensamente aliviado quando chegaram ao local. O vento era forte, mas ele não se importou. Sorriu quando viu três cães infernais esperando por eles na orla.

O alivio morreu assim que ele pousou os olhos na pequena inscrição pichada no pequeno degrau de entrada. "Mestecios", mestiços. Alex viu o pai e Percy trocarem um olhar rápido. Não tinha aprendido a ler mentes, mas não precisava. Sabia que os dois tinham chegado a mesma conclusão que ele: eles sabem que estamos aqui.

–Certo. Todos esperem aqui um minuto. Annabeth e eu vamos verificar a casa.

Os dois abriram a porta e sumiram dentro da pequena casinha. Alex se sentiu como naqueles filmes de terror, em que as pessoas vão se separando até que só reste um a ser morto pelo psicopata no final. Não era um pensamento animador.

Não demorou dois minutos e Annabeth saiu com o cabelo parecendo um ninho de ratos, a bochecha corada e a cabeça de uma fúria nas mãos.

–Huum... não seria uma fúria na sua mão?- Perguntou Leo- Tem certeza que é seguro? Eu realmente não acho que convidar uma benevolente para nossa festa do pijama seja uma boa ideia.

Annabeth apenas revirou os olhos,

–Todos estarão seguros aqui, vamos entrem- apressou Annabeth. Ninguém discutiu.

Percy estava acendendo uma fogueira o que dava uma impressão mais acolhedora ao local. Mesmo assim, a casa estava um caos. Fotografias estavam espalhadas no chão, o sofá parecia ter sido retalhado por um gato grande e feroz. Alex sentiu faíscas saindo de seus dedos a medida que a raiva crescia. A injustiça de ver aquele lugar, que o garoto imaginou ter sido lindo e bem organizado, daquele jeito era como um soco no estômago.

–Sinto muito- ele disse para Annabeth- O que eles fizeram com sua casa foi terrível.

Annabeth lhe deu um sorriso triste.

–Não se preocupe querido. A fúria fez uma bagunça mas vamos conseguir arrumar tudo- A confiança de Annabeth era menor do que ela aparentava, Alex sabia.

–Ei que tal uns lanchinhos expressos do Valdez?- Perguntou Leo que foi seguido por um coro de "Vivas" "finalmente" "estou morrendo de fome".

Alex não tinha percebido o quanto estava faminto. Seu hambúrguer de Tofu parecia ambrosia. E a limonada feita por Leo...Deuses, era bom demais. Quando ele estava no terceiro hambúrguer um clarão invadiu o centro da sala.

Todos se posicionaram de pé em um segundo, com as mãos em suas armas, prontos para lutar. Todos ficaram paralisados ao darem de cara com um garoto de traços asiáticos no meio da sala e uma mulher com longos cabelos pretos parecendo extremamente entediada.

–Caio- gritou Hazel assim que percebeu quem era o garoto

Frank e Hazel ajudaram o menino a se levantar e Hazel deu um olhar de profundo desgosto para a Deusa parada no meio da sala.

–Hécate! O que você está fazendo aqui? - A raiva na voz de Hazel era perigosamente visível.

Hécate simplesmente deu de ombros como se estivesse fazendo mais um serviço rotineiro extremamente irritante.

–Vim dar um aviso- Explicou enquanto tirava um pouco de pó do seu vestido bem cuidado com apenas um estalar de dedos.

– Que aviso? Eu me lembro do que você fez com Hazel em nossa missão para derrotar Gaia. Agora eu gostaria de saber por que meu filho está nesse estado. Não acha que você já brincou com nossa família o suficiente?- Perguntou Frank, mais zangado do que Alex jamais o vira.

Hécate deu um muxuxo desdenhoso.

–Não se preocupe comigo Zhang. Sua família corre perigos muito maiores do que eu. Não que eu não seja um perigo a ser considerado, é claro.

Alex sentiu o medo fervilhando dentro dele. Se obrigou a olhar diretamente para deusa.

–O que você quer dizer com isso?

Hécate pela primeira vez se voltou para o garoto. O medo de Alex subiu 10 níveis quando ele viu o olhar da deusa. O olhar de um gato prestes a ver um ratinho particularmente suculento ser devorado.

–Ora, Alexandre Grace. Eu ouvi falar de você. Bom trabalho com o vaso de Pandora. Inútil, mas bom trabalho. Agora quanto ao aviso....

–Fale. Logo. Hécate. O que você quer?- Hazel estava prestes a apontar a espada para a deusa.

–Primeiro- disse ela olhando do mesmo modo raivoso para Hazel- Eu vim avisá-los para pararem de usar mágica. O que vocês fizeram com o espelho foi perigoso.

–Perigoso? Como poderia ser perigoso? Nós não....

A Deusa soltou um profundo suspiro impaciente.

–Não para vocês Leo Valdez.... para a garota. Ela estava protegida pela minha mágica. Mas, desde que vocês conseguiram furar o bloqueio que eu havia construído para ela, essa proteção se foi.

Todos olharam para ela sem entender. Um segundo depois um pensamento aterrador recaiu sobre o garoto.

–Penny?- Perguntou Alex

–Oooh, você chegou lá garoto. Agora....se me dão licença. Preciso consertar umas coisas. Parece que alguém anda brincando com mágica de novo. Sério, o que dá nessas crianças? Desde Harry Potter tudo é "Hécate me transforme em um bruxo" e blá blá.

–Espera, o que você quer dizer com Penny correndo perigo? O que você quer dizer com...- Começou Percy, mas foi interrompido por um aceno impaciente da deusa.

–Ah antes de eu partir. ..Os Menelaus são apenas uma distração . O inimigo é muito maior do que vocês pensam.

Antes que qualquer um pudesse dizer algo Hécate tinha sumido em uma nuvem de fumaça. Meio segundo depois Caio começou a tossir e recuperou a consciência. Hazel já estava perto dele, fazendo barulhos incompreensíveis mas que Alex achou que fossem com o intuito de acalmá-lo.

–Eu sempre aprecio uma visita dos Deuses...esclarecedor- ironizou Leo.

Caio pareceu enormemente aliviado de ver onde estava. Embora estivesse confuso.

–Está tudo bem querido- assegurou Hazel- Está seguro aqui.

Caio pareceu recuperar um pouco da cor. Quando ele olhou para Reyna seu olhar apavorado reapareceu.

–Eles tomaram o acampamento Júpiter-disparou ele apavorado olhando para todos- Os Menelaus estão controlando tudo.Octavian....ele pretende se coroar César.

Mesmo com a lareira acesa, a temperatura do local parecia ter caído uns 30 graus. Alex sentia cada osso de seu corpo gelando enquanto ouvia as noticias dadas por Caio. As coisas iam de mal a pior. Agora Alex tinha certeza que eles tinham que encontrar os Menelaus.

–Eu vou matar Octavian... sério, dessa vez eu vou realmente matá-lo-Reyna xingou por entre os dentes.

–Penny- Percy se apressou em perguntar para o garoto- Você a viu?

O coração de Alex deu uma batida mais lenta quando Caio fez um gesto negativo com a cabeça.

–Tudo que sei é que hoje haveria uma festa, que Octavian chegaria para fazer um discurso. Talvez ela esteja com eles- Caio não soava tão convencido.

Uma urgência enorme de sair dali e ir correndo atrás dos Menelaus invadiu com tanta força Alex que tudo o que ele pode fazer para se manter calmo foi fechar as mãos em punho e sentir enquanto suas unhas arranhavam a palma das suas mãos.

Caio ia falar mais alguma coisa, mas foi interrompido por um zumbido irritante vindo do meio da sala. Todos pararam imediatamente de falar quando viram de onde vinha o barulho. Annabeth pegou escudo e posicionou de uma maneira que todos pudessem olhar.

A imagem de Octavian apareceu. O romano parecia extremamente irritado. Junto com ele estavam dois homens que Alex não reconheceu, ele se lembrou de ter visto um deles na primeira vez que tinham tentando interceptar os Menelaus. Octavian tinha chamado o homem de Teseu. Havia também uma mulher que parecia exalar perigo. Alex sentiu a incomoda sensação de ter levado um soco no estômago quando viu a garota que estava com eles. Mesmo com cabelo loiro, ele reconheceria Penny em qualquer lugar.

–Hércules?- Alex ouviu a mãe se questionar.

–Exatamente ele- respondeu Jason. Leo soltou um assovio

–Esse cara.... ainda não vou com a cara dele- comentou olhando com atenção o espelho.

–E ali está Eris- apontou Annabeth parecendo chocada.

–Já disse que não tive nada a ver com o ataque dos cavalos, nem eu nem meus ...escravos. Não é minha culpa se vocês romanos não cuidam da estrebaria- Alex escutou Penny falando.

A veia do pescoço de Octavian latejou perigosamente.

–Eu estou avisando Penélope. .. Mais uma gracinha e eu juro, vou fazer picadinho de você.

–Olha eu sei que sou fofa, mas não me confunda com seus ursos.

Octavian deu um muxuxo irritado.

–Minha sobrinha não teve nada a ver com isso- falou o homem que Alex suponha ser Teseu- Ela é uma garota. Garotas não tem ....coragem suficiente nem inteligência para aprontarem esse tipo de coisa.

–Obrigada tio, como sempre seu chauvinismo vem ao meu favor.

Alex sabia que Penny estava se controlando para não meter uma faca bem no meio da garganta do homem. Teseu olhou confuso para garota.

–Por acaso você acabou de me chamar de porco?- Questionou ele parecendo concentrado em parecer ameaçador.

Eris olhou desconfiada para Penny, que apenas sustentou o olhar.

–Não tem importância- Assegurou ela- Octavian foi coroado, o Acampamento Júpiter está sobre nosso controle e o Acampamento Meio Sangue está livre e vulnerável para nós.

–Certo, certo!- Resmungou Octavian- Ainda temos vantagem. Mas aquela dispersão dos cavalos arruinou um lindo discurso.

Penny revirou os olhos.

–Por falar nisso, você não tinha uma promessa a cumprir?- Disparou ela para Octavian.

–Você não fez o discurso.

–Eu iria fazer. Além do mais como vou ser um soldado decente para vocês sem uma arma?

–A garota tem um ponto - Alex não gostou do jeito como Hércules falou ou olhou para Penny. Ele sentiu uma irresistível vontade de bater no homem.

–Eu odeio fazer isso- suspirou Octavian atirando anaklusmos para a garota.

Penny pegou como se aquilo fosse um tesouro e deu um sorrisinho vitorioso para Eris. A deusa se limitou a revirar os olhos.

– Tifão chega hoje a noite para discutir nossos próximos passos durante a guerra. Vamos encontrá-lo no norte da Baia. Você- Hécate apontou o dedo para um dos homens que estavam na tenda- avise os pretores.

O homem saiu apressado para cumprir as ordens. Eris olhou para todos com expectativa, parecendo aproveitar cada segundo ali.

–Estejam preparados. Esta guerra está apenas começando.

De repente a transmissão terminou e eles não conseguiram mais ver nem ouvir nada. Annabeth deu um soco no escudo frustrada. Todos pareciam aterrorizados. Alex olhou para Tales e eles chegaram num acordo. Os Menelaus estavam em São Francisco. E era para lá que eles iriam assim que todos tivessem dormido.


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Notas finais do capítulo

Então, o que acharam? Por favor pessoal preciso muito saber o que estão achando da história. Beijooos e obrigada por lerem.



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