A história de Ana e Luca escrita por marlia


Capítulo 2
Capitulo 1


Notas iniciais do capítulo

demorei, já estava pronto, mas é que a vida são tantas emoções...



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Luca sorri ao entrar no estúdio, é a primeira reunião para a gravação de seu novo cd, gosta do trabalho em estúdio, e já se passaram dois anos do lançamento de seu último trabalho. O irmão já havia telefonado para ele 2 vezes insistindo para que não chegasse atrasado. Agora ele está ali, pronto para o trabalho, depois de longas férias, é só nisso que pensa, voltar a trabalhar.

Ele entra fazendo algazarra, chamando a atenção, fazendo todos levantarem para cumprimentá-lo. O irmão é o único que fica sentado, olhando sério para ele. Como seu empresário, ele tenta sempre manter Luca centrado no trabalho, mas as vezes, o irmão tira ele do sério.

– Luciano, estou aqui – ele fala com o irmão abrindo os braços – Bem na hora! – Sem querer prolongar muito a conversa e aumentar a distração, o irmão suspira e responde:

– Está bem, está bem. Agora podemos começar. – ele fala e gesticula para que todos sentem. A reunião segue mais como uma conversa de amigos que a muito não se vêem. Histórias do período em que ficaram afastados, por onde andaram os músicos novos que conheceram, e as mulheres que “pegaram”. Todos conversam animados, falando ao mesmo tempo.

Luca nota que seu baterista, Rodrigo, o único que não é italiano, não fala nada, está calado e pensativo e não tira os olhos dele. O baterista é o único músico que o acompanha desde o tempo em que ele começou tocando em bares e clubes. Luca conhece o amigo, apesar do seu jeito maluco, e do ciúmes ridículo que ele tem com seu cabelo rastafári, elesabe que ele está sempre estudando e pesquisando coisas novas, e que, com certeza, tinha mais o que falar do que qualquer outro na sala.

– Não fala nada? – Luca pergunta olhando para o amigo. Sempre com suas camisas coloridas com estampa africana. Muitas vezes, por causa do seu jeito, acham que ele é um artista viciado, que vive chapado, mas ao contrário, Rodrigo é adepto da alimentação saudável e do exercício físico.

Rodrigo dá um sorriso desconfiado.

– Eu fui ao Brasil, visitar minha mãe.

Luca dá um leve sorriso, ele tinha conhecido Ana através de Rodrigo, que na época namorava o primo da moça. Os dois se olham por um tempo. Luciano percebendo a tensão entre os dois, toma frente da reunião e finalmente inicia a conversa sobre o novo trabalho. Luca tenta se concentrar na reunião, mas a preocupação no rosto do amigo o incomoda, e várias vezes ele se desconcentra olhando para ele.

Ao final de reunião, Luca espera todos saírem e fecha a porta. Olha Rodrigo sentado de cabeça baixa. Luca se aproxima, o amigo levanta a cabeça, e por um tempo os dois ficam calados. Rodrigo dá um suspiro e começa.

– Durante o tempo que passei no Brasil, levei minha mãe para visitar uma tia que está morando em Teresina, uma outra cidade – ele explica mexendo a cabeça, para ele isso não tinha importância. – Num domingo fui ao clube com meu primo e a esposa – ele nota a ansiedade de Luca, como se ele já soubesse onde a estória ia dar. – Logo que cheguei, eu vi uma moça com uma criança saindo da piscina – ele dá um leve sorriso – O mesmo sorriso... Mais madura, mas eu a reconheci, ela e o menino tomaram uma ducha e foram embora... Cara! – ele balança a cabeça. – Eu não tive coragem de falar com ela... Pedi ao meu primo que tirasse umas fotos. – ele fala tirando um envelope do bolso da calça e entregando para Luca.

Luca olha o envelope em sua mão, hesita um pouco para abrir, olha para o amigo com uma expressão de dúvida... Finalmente abre e tira algumas fotos de dentro. Ele olha atentamente a moça na fotografia.

– Ela está mais bonita, parece mais mulher. – fala Rodrigo.

Ele olha a foto de Ana caminhando na beira da piscina, de biquíni. O mesmo corpo, as mesmas curvas, a pele morena clara, os cabelos negros e lisos, a boca grande. As fotos passam pelos seus olhos... O cabelo está mais curto, tocando seus ombros... Mais uma foto – ela agachada sorrindo para um menino. O mesmo sorriso. Ele pensa.

Para na última foto, podia ver seu rosto mais de perto. No último mês tentou imaginar como ela estaria agora, fisicamente. Rodrigo tem razão, ela está mais madura, mais bonita, seus olhos parecem mais velhos.

– Luca. – chama o amigo, vendo que ele tinha terminado. – Eu pensei muito antes de falar sobre isso, mas... Depois que ela foi embora eu fiquei curioso e perguntei a um garçom que servia no lugar, perguntei sobre ela. – ele sorri. – parece que o garoto é famoso lá. – balança a cabeça. – o garoto da foto é filho dela – Luca olha para ele sem entender aonde ele quer chegar. – Ela é mãe solteira! – como Luca não esboça nenhuma reação, ele é mais direto. – Cara! O garoto tem cinco anos!

Luca pensa um pouco, e muda a expressão em seu rosto, olha novamente para o menino nas fotos, não tinha reparado nele. Ele olha para Rodrigo.

– Você acha que é meu? – ele balança a cabeça. – Você acha que esse garoto é meu filho? – ele fala e olha espantado para o amigo. Rodrigo sorri e balança a cabeça confirmando.

– O nome dele é Francisco.

Luca joga as fotos em cima da mesa e levanta. É difícil acreditar em uma história como aquela. Ele sempre tomou cuidado para que isso não acontecesse, tinha tantas mulheres atrás dele por causa de sua fama e de seu dinheiro... Mas Ana foi antes...

– Se ela estivesse grávida, não teria ido embora.

– Pode ser que ela tenha descoberto lá. – pondera Rodrigo.

– Ela teria me contado. – se defende Luca.

– Cara! Na boa, ela ia ligar pra você dizendo que tinha ficado grávida, depois de vocês terem brigado? – ele balança a cabeça – Ela nunca faria isso.

Luca senta novamente, não consegue pensar como isso é possível.

– Pode não ser meu. – fala, tentando achar uma saída.

Rodrigo olha para ele indignado, levanta zangado, não esperava que o amigo jogasse sujo para se livrar da situação, ainda mais quando Ana nunca o procurou para lhe cobrar alguma coisa.

– Você acredita mesmo que ela tinha outro? – ele fala alto, para em seguida controlar o tom da voz – Você esqueceu tudo o que viveram juntos? Esqueceu como ela te olhava? – ele bate na mesa para fazer o amigo levanta a cabeça e olhar para ele. – Cara! Ela era apaixonada por você. – ele balança a cabeça – Ana fazia tudo o que você queria! – ele caminha para a porta – Eu descobri o endereço dela, está escrito atrás de uma das fotos, o resto é com você.

Sozinho na sala, Luca olha por um longo tempo a porta fechada. Não podia acreditar que isso estava acontecendo, por que razão está história está aparecendo agora, depois de cinco anos. Já estava tentando encontrar algo que preenchesse aquele vazio que estava sentindo, e agora isso! Uma coisa para se sentir culpado... Junta as fotografias sobre a mesa e as coloca novamente no envelope.

– Onde começou tudo isso...

Depois de dirigir sem rumo por um longo tempo, Lucatoma a Vialedi Trasteveri,depois de alguns quarteirões entra em uma rua secundária para chegar à Piazza di San Cosimato. Ele diminui a velocidade em frente ao pequeno restaurante onde tinha levado Ana algumas vezes, alcança a esquina e dobra na Via Luigi Santini onde fica o prédio em que morava. Pára em frente ao prédio, do outro lado da rua. As motos paradas em frente á entrada, trás lembranças... Ele pode se ver, estacionando a moto em frente ao prédio.

“Ana descendo de minha moto e tirando o capacete, gostava de ver ela fazer isso, seu cabelo caía sobre suas costas e ela sempre olhava para mim e sorria. Mas aquele dia era especial, era a primeira vez que eu a trazia para meu apartamento. Ana estava nervosa, seu sorriso mostrava isso. Naquele final de semana, seu primo ia viajar com Rodrigo, não tínhamos nenhum show marcado, meu irmão tinha viajado para ver nossa mãe e a noiva, e eu pedi que ela ficasse comigo. – Luca tira o cinto de segurança – Ela estava nervosa e eu excitado. – ele abaixa a cabeça e sorri. – Já tinha imaginado algumas vezes como seria fazer amor com ela, seus seios redondos, sua pele macia, beijar todas as curvas daquele corpo ... O prazer de me sentir entre suas coxas... Ana aumentou minha fantasia quando a vi naquele vestido curto e solto, mostrando suas pernas, e no balanço de seu caminhado, o desenho de suas curvas. Foi difícil me concentrar em dirigir... Suas pernas tocando nas minhas... Seu corpo grudado no meu... Minha moto nunca andou em uma velocidade tão baixa, tive medo de bater em algum carro já que tinha que me esforçar para manter minha atenção no transito.

Eu peguei na sua mão, estava fria, então a segurei com força. – Luca abre o vidro do carro como se assim, visse melhor a cena. – Subimos as escadas para o segundo andar em silêncio. Quando abri a porta do apartamento, eu tive vontade de jogá-la contra a parede, levantar seu vestido e fazer amor com ela ali mesmo. Isso ia deixá-la assustada, eu não podia estragar sua primeira vez, queria que fosse especial. Eu estava apaixonado por ela.

Ana olhou para o apartamento, depois para mim, seus olhos castanhos brilhavam. Eu falei para ela não se impressionar com a arrumação, eu tinha passado a manhã nisso, sabia que ela ia aceitar ficar comigo. Ela me sorriu, eu não resisti àquele sorriso, largo, convidativo, me aproximei e a beijei. Ela encostou seu corpo no meu e me abraçou. Senti seus seios apertados junto ao meu peito, e sua língua brincando com a minha. – Luca aperta seus lábios – Minha excitação foi aumentando e minhas mãos foram descendo pelo seu corpo, eu tirei seu vestido. Nossa! Como eu gostei de fazer aquilo – Luca escora o cotovelo na janela do carro e encosta a mão fechada em seus lábios como se quisesse esconder seu sorriso de satisfação. – A lingerie de renda branca no corpo moreno claro... Meu tesão devia estar estampado em meu rosto, porque Ana ficou vermelha. Eu a puxei para o quarto e comecei a tirar minha roupa na frente dela, quando eu abri meu minha calça e comecei a abaixá-la junto com minha cueca, vi a respiração dela acelerar. Ela tocou meu ombro, desceu a mão acariciando meu peito e minha barriga. Eu a agarrei, e a suspendi para que ela me envolvesse com suas pernas. Em cima de mim, ela agarrou meu pescoço e me beijou. Aquele beijo... – ele passa a mão em seus cabelos – Ela mordeu meus lábios, enfiou sua língua dentro da minha boca de um jeito que me enlouqueceu, eu tentei retribuir o beijo, e ela chupou minha língua e meu corpo respondeu com uma tesão louca... Sempre que ela me beijava assim, eu sabia o que ela queria. – Luca prende o lábio inferior com os dentes. – Nós caímos na cama, Ana começou a rir... Ela estava pronta para brincar... “

Excitado com as lembranças, Luca respira fundo e sorri. Apesar de eles terem feito amor várias vezes depois daquele dia, a lembrança da primeira vez é a que mais mexe com ele.

Ele repassa todas as vezes que fizeram amor.

Ana me deixava louco, o jeito que ela caminhava, o seu gingado, sua boca gostosa, bastava um abraço, um beijo... E o beijo se transformava naquele beijo e a gente começava a sarar e depois disso é possível que em algumas vezes eu tenha esquecido a camisinha.”

Luca coloca o cinto de segurança e liga o carro. Essas lembranças agora só iam deixar ele perturbado, e agora não era hora para isso acontecer, não agora que tinha um novo trabalho pela frente.


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Notas finais do capítulo

comentem a nova história!



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