Meus guardiões - entre o bem e o mal escrita por Gato Cinza


Capítulo 11
Festa na piscina, desavenças, lagrimas, dança com desconhecidos, sangue e Sakura


Notas iniciais do capítulo

boa leitura



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O almoço na casa da Ino resultou em uma festinha na piscina de minha casa, Sai e Hinata estavam jogando dominó de forma entusiasmada enquanto os outros se distraiam com brincadeiras na piscina.

– Sasuke – gritou Ino quando o moreno apareceu, indo o cumprimentar.

Eu achava que ele não fosse aparecer depois de nossa ultima conversa. Os olhos negros dele encontraram os meus e ficamos nos encarando em silêncio por uns minutos até que ele desviou a atenção para os dois jogadores de dominó e foi sentar ao lado deles assistindo a partida. Embora ele manteve a atenção no tabuleiro eu flagrei olhares furtivos para Hinata que estava usando um short jeans por cima do maiô e os cabelos longos caiam sobre o busto cobrindo o recatado decote. Ela ficaria sem duvida melhor dentro de um biquíni mais não sou eu quem vou dar uma aula de moda para a Hinata.

Anoiteceu e ainda estávamos na piscina, pedimos pizza e ficamos ouvindo historietas de terror que mais pareciam piadas mal contadas. Quando meu pai chegou entrei para cumprimenta-lo, já estava habituado as nossas pequenas reuniões na piscina que incluíam cerca de 30 adolescentes, musica e muita comida nada saudável, reuniões assim sempre começavam geralmente no inicio da tarde e se prolongavam até as 10 na noite quando os pais começavam a ligar.

A musica começou a tocar alta e eu desci para manter o controle deles antes que algum vizinho chamasse a policia, mais uma vez e meu pai me mandava para um colégio interno do outro lado do mundo. Baixei um pouco o som e fui resolver a briga que já estava rolando. Naruto, Sai e Neji estavam encarando Shikamaru, Rock Lee e Kiba seja lá o motivo não era coisa boa.

– Que ‘tá rolando? – perguntei me enfiando entre eles.

– Esses idiotas empurraram a Hinata na piscina quando ela disse que não queria entrar na água

Reclamou Ino que estava secando os cabelos da Hinata que tremia abraçada as pernas, Sakuke estava ao lado dela todo encharcado olhando para Hinata com ar preocupado. Ele que a tirou da piscina, pensei. Os idiotas em questão eram Lee, Shika e Kiba.

– Quero que vocês três saiam de minha casa agora – ordenei

– Só por que a doce Hinata não sabe nadar? – zombou Kiba

– Fora!

Naruto desligou o som e gritou no silêncio que já se fazia.

– Acabou a festa pessoal, todo mundo fora antes nossa anfitriã afogue alguém.

E acabou mesmo em menos de dez minutos só restavam Hinata, Sasuke, Ino, Naruto, Sai, Neji, Ten Ten e eu.

– Sinto muito Hina não devia ter chamado eles.

– Não foi culpa sua N-naruto – sussurrou ela baixando a cabeça e corando.

– Foi sim Hina e não baixe a cabeça – disse Ino irritada ainda por não termos a deixado bater nos garotos.

– Bom agora que já passou que tal um banho quente e um chá para acalmar os nervos?

– Ótimo – respondeu-me Naruto me abraçando – meu banho com bastante espuma e o troque o chá por refrigerante.

– Estava falando com as meninas seu baka – disse me soltando dele

– Eu vou para casa – disse Ten Ten se levantando – me acompanha Neji?

– Claro, vai dormir aqui hoje Hina?

– Nã...

– Vai sim e eu também – cortou Ino – vou subir pra preparar um banho quente para a Hina e você Naruto pode ir indo embora.

– não pode me mandar embora a casa nem é sua

– Vá embora Naruto – respondi sorrindo.

– Oh! Assim cortas meu coração jovem dama.

– Jovem dama? – riu Sai sem tato como sempre – Neji de saia parece mais uma dama que a Sakura.

Aquilo fez todos rirem, Neji prendeu os longos cabelos e resmungou um palavrão qualquer.

– Discordo – continuou Naruto, teimoso – Aposto que não daria um beijo no Neji se ele usasse uma saia.

Sai se calou, raridade. Mas também ninguém poderia ter respondido á Naruto por que todos estavam surpresos com o que ele fez quando ficou quieto. O que ele fez? Me puxou pelo braço e me beijou. Um beijo molhado e ansioso. Eu o empurrei. Meus olhos foram diretos para Hinata que estava congelada com os olhos fixos em nós dois.

– Hina eu...

Ela se levantou e saiu correndo, fui atrás ouvi Ino xingando Naruto, mas não parei para ajuda-la á esgana-lo. Alcancei Hinata já no portão.

– Hina eu sinto muito, mas foi ele quem me beijou – isso ela tinha visto mais foi a única defesa que me veio na cabeça.

– Eu vi – ela chorava, vou matar o Naruto

– Vou te levar para casa – ouvi Sasuke dizer antes que eu pudesse reagir as lagrimas de Hinata.

Olhei para o moreno que vestia seu casaco azul na minha amiga. Gosta dela, ah Ino. Não disse nada, os deixei sair sem ao menos me mover de onde estava. Neji me perguntava algo só depois de Ino estalar os dedos na minha frente que fui notar a presença deles.

– Cadê a Hinata e o Sasuke?

– O mandei a levar para casa – menti, não ia dizer a minha amiga que o moreno gostava de outra.

– Sakura eu...

– Cale a boca Naruto – disse Ino ao irmão o puxando portão a fora – Descanse miguxa amanhã resolvemos isso – disse antes de entrar no taxi que eu nem vi chegar.

Todos foram embora e eu fiquei ali parada olhando para o portão, não era para ter acontecido assim eu fiz tudo errado, devia apenas fazer perguntas ao Sasuke, manter o Naruto longe de mim até que a Hina e ele se entendessem ai ele sairia do meu pé. Entrei correndo e cai na piscina, talvez morresse afogada. Mas depois de cinco minutos descobri que nem isso eu seria capaz de fazer. Malditos sejam os homens resmunguei subindo para meu quarto. Ao menos meu pai estava ocupado demais para ver o que tinha acontecido.

Vesti um short jeans rasgado e uma regata vermelha enfiei os pés em uma bota de cano longo e salto alto, precisava ocupar minha cabeça e meu estômago. Andei meio sem rumo por um tempo e depois comecei a seguir um barulho ritmado e animado. Acabei indo parar em uma boate cheia de pessoas e nenhum menor, nem sei como consegui passar pelos seguranças, mas entrei. O lugar era ainda mais barulhento por dentro e as luzes azuis e verdes confundiam qualquer pessoa. Me sentei no bar e pedi uma bebida qualquer.

– Não devia beber – disse uma voz familiar ao meu lado, olhei para o dono da voz.

Familiar coisa nenhuma não o conhecia. Tinha os cabelos vermelhos espetados e os olhos verdes. Olhos verdes bem familiar... acho que estou bêbada já.

– Não devo falar com estranhos – ainda não estou bêbada, pedi mais bebida.

– Não deve beber também Sak... garota.

Ele ia dizer meu nome?

– Me conhece? – perguntei o olhando, eu já o havia visto, mas não me lembrava onde.

– Não

– Ia dizer meu nome, não negue.

– Sei que é seu pai senhorita Haruno - meu pai é claro, de onde mais poderiam me conhecer senão por meu pai.

Continuei bebendo tentando ignorar os olhos verdes que me encaravam sérios. Acho que estou bem bêbada agora, me levantei e fui para a pista de dança, nem sei que musica estava tocando, fui dançar assim mesmo, logo tinha um rapaz dançando comigo. Depois de uns minutos outro se juntou a ele. Senti um deles me abraçando por trás, as mãos dele descia e subia acariciando meu corpo. Abracei o que estava na minha frente. O cara que estava atrás de mim começou a beijar eu pescoço. Merda ainda não estou bêbada o suficiente.

Senti um puxão por trás e o cara me soltou de modo forçado. Me virei. Ele estava no chão com o nariz torto e sangrando ao meu lado estava o ruivo de olhos verdes. O ruivo segurou meu braço me puxando, segurei a mão do outro com quem dançava.

– Solta ela cara – disse ele para o ruivo.

– Vem comigo Sakura.

– Não eu nem te conheço – disse mais assustada que gostaria de estar

O meu companheiro de dança fechou a mão e deu um golpe que provavelmente teria quebrado um dente do ruivo, mas ele segurou a mão do homem e torceu. Olhei para ele nem parecia estar fazendo esforço.

– Vem comigo ou terei que te levar a força.

O homem gritou e um fio de sangue correu de sua mão, o ruivo quebrou a mão dele e soltou, olhei para a mão e vi uma coisa branca para fora onde sangrava era um pedaço de um osso. Eu me afastei do ruivo, quem era ele? Eu ia perguntar mais ele me abraçou e sussurrou algo que não entendi, minhas pálpebras pesaram e eu senti minhas pernas desmoronarem.

Gaara

Sakura desabou em seus braços, ele olhou para as pessoas que os olhavam uns assustados e outros nem ligavam. Perfeito estava chamando a atenção desnecessárias. Levou Sakura para o carro e dirigiu irritado. Parou enfrente á casa dela hesitante. Colocou os dedos na testa dela, mas mudou de ideia. Não podia alterar a memória de Sakura sempre que se vissem. Devia leva-la comigo e protegê-la, pensou com amargura sabia que isso a colocaria em riscos, bateu no volante do carro e abriu a porta. Tocou a campainha com Sakura nos braços.

– Que foi? – perguntou uma voz masculina cansada e irritada do outro lado, devia tê-lo acordado.

– Trago a filha do senhor Haruno, a jovem de cabelos rosado.

– Sakura? – a voz ganhou vida repentina, em menos de um minuto um homem esguio de cabelos grisalhos e dois seguranças estavam em sua frente.

– Que aconteceu? – perguntou o grisalho pegando a filha nos braços – entre garoto.

É claro que ele ia entrar, não precisava de permissão nem de ordem para fazer isso. Gaara os seguiu e ficou na sala, os dois seguranças bloquearam a escada, uma palavra ou um toque e ele passaria sem problemas, mas preferiu ficar ali.

...

– Conte-me garoto o que aconteceu com minha filha – mandou o Haruno descendo as escadas.

Não precisava perguntar qualquer um podia sentir cheiro de bebida em Sakura.

– Ela bebeu demais e desmaiou senhor.

Os papeis estavam trocados ali, ele era quem devia estar tratando o velho de garoto e o velho o tratando de senhor, manteve-se impassível e imóvel enquanto acompanhava o homem e os seguranças com os olhos.

– Estuda com minha filha?

– Não senhor – nunca precisei de escola alguma.

– Como é seu nome?

– Gaara – foi esse o nome que ela me deu

– Gaara, curioso Sakura tinha um bichinho com esse nome – sorriu ao lembrar ou talvez apenas se divertisse com a ideia de uma pessoa ter nome de um bichinho de criança.

– Conte exatamente o que aconteceu, Gaara. Onde é que minha filha estava?

– Uma boate na zona norte, a RedZone. Ela estava lá, bebeu um pouco a mais, dois homens a perturbavam depois ela desmaiou e a trouxe para casa.

– RedZone – tsc, tsc, tsc – aquele não é lugar para minha filha a essa hora da noite – eram quase uma da manhã – então viu uma mocinha bonita e resolveu protegê-la, Gaara.

Gaara pensou em virar as costas e ir embora, mas se fizesse isso Sakura ia mais cedo ou mas tarde fazer uma besteira.

– Conheci Sakura quando era criança devia a ela um favor

– Onde foi que a conheceu? – os olhos do Haruno o perfuravam, não vai encontrar nada.

– No hospital há uns sete anos

– E que favor devia a ela?

– Um favor qualquer que já foi pago. Cuide dela para que não faça mais besteiras. Adeus.

Não queria ter usado aquele tom, mas acabou fazendo seu pedido soar como uma ordem. Deu poucos passos antes de ser chamado novamente.

– Gaara me diga poderia proteger minha filha?

Gaara se virou para o pai de Sakura, protegê-la era o que ele fazia. Mas apenas inclinou a cabeça para o lado olhando a própria mão para onde o Haruno olhava, estava suja de sangue. Ele escondeu a mão no bolso da calça. E olhou para o velho que sorria de uma forma compreensiva. Sabia que tinha batido em seja lá quem perturbava a Sakura.

– Poderia – respondeu sem deixar transparecer no rosto ou na voz o quanto desejava isso


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Notas finais do capítulo

^^