13 de novembro de 2013.

Quinn, July, Stefan e Damon olhavam para o caixão com o corpo de Mary no meio da floresta.

–É oficial: eu não tenho família. –disse July abraçando Stefan. –Eu deveria estar chorando, né? Afinal ela era a minha mãe...

–Uma mãe que matou um cara menos de uma hora antes de morrer usando uma régua. –disse Damon olhando para o corpo.

–Stefan, você é tudo pra mim, entende? Eu não tenho mais ninguém. Eu te amo tanto, obrigada por estar aqui do meu lado. –ela falou o abraçando.

Damon, ao ver cena bufou.

–Vou tomar um ar enquanto o casal fica demonstrando afeto publicamente. Afinal das contas vai sobrar pra mim pra cavar o buraco pra por essa daí. –ele disse olhando para o corpo e saindo de perto.

–Bom, eu vim pra dar meus pêsames, July. –disse Quinn a encarando.

–Você ta levando esse lance de ser boa bem a sério, né? –perguntou July a olhando, ainda abraçada ao Stefan. –Não fez nada de ruim desde aquele dia... Acho que eu estou quase acreditando no seu novo estilo de vida. E você, acredita nela? –ela perguntou olhando para o namorado.

Quinn ergueu uma sobrancelha.

–Acho que todos merecem uma segunda chance. –ele falou olhando para Quinn.

Depois de alguns minutos de silêncio, July finalmente falou:

–Acho que o Klaus ignorou nosso convite. Vou chamar o Damon pra enterrarmos logo ela.

July se afastou atrás de Damon, e quando finalmente estava fora de vista dos dois, Quinn se aproximou de Stefan.

–Você não falou nada sobre termos dormido juntos?

–Ainda não tive a chance. –ele falou olhando para o chão.

–E como pretende contar? –perguntou Quinn.

–Acho que: July, eu fui um babaca, não mereço você e nem precisei de ajuda pra estragar nosso relacionamento, porque hipnotizado ou não, eu consigo fazer isso sozinho. –disse Klaus se aproximando.

–Há quanto tempo você esta aí? –perguntou Stefan.

–Tempo suficiente pra descobrir do que você fez. E olha que eu nem precisei te hipnotizar pra beber o sangue dela ou coisa do tipo.

–Então era por sua causa que eu andava precisando de sangue humano?

–Sim. –ele disse com a maior calma do mundo. –Você ta bravo comigo. Bravo por eu ter te hipnotizado, mas ainda mais bravo por eu não ser o culpado pela sua traição, e sim você mesmo. Cadê a July? –ele perguntou olhando em volta.

–Klaus! Eu pensei que você não viesse. – disse July se aproximando.

–O Stefan ta te traindo. –disse Klaus sem poupar esforços e nem pensar duas vezes.

–Como é? –ela perguntou deixando cair uma lágrima.

–Ele dormiu com a Quinn. –completou Klaus.

–Finalmente alguém abriu a boca! –disse Damon contente.

–Então você também sabia? Os dois mentiram! –ela falou chorando.

–July, eu só... – disse Damon tentando se desculpar.

–Você só mentiu pra mim! Os dois! –ela falou no meio das lágrimas. –Os três! E eu achando que a Quinn tava boazinha... E você, Stefan? Por favor! Diz que é mentira. Diz que é um sonho.

–Quer saber? To indo embora. Esse é o pior funeral que eu já fui na vida. –disse Quinn sumindo.

–July, eu... –ele disse triste.

–Klaus, eu preciso que me leve pra tomar um ar. –ela falou chegando perto dele.

–Seria um prazer. –ele falou andando com ela pra longe.

–Eu sou um babaca. –disse Stefan.

–Eu sei. –suspirou Damon.

...

Eram onze horas da noite, ainda do dia 13. July abriu a porta da casa dos Salvatore e entrou com calma. Damon estava sentado no sofá da sala, mas ela nem o cumprimentou. Ela queria apenas deitar e descansar depois de um dia cansativo.

–Não vai nem falar do seu dia com o Klaus? –perguntou Damon a olhando do sofá.

–Eu não preciso falar. Não é da sua conta. –ela disse bufando sem nem o olhar nos olhos.

–Que grosseria... Não acredito que você ta brava comigo! –ele falou se levantando.

–Como não acredita? Você mentiu pra mim! Me fez de boba! De corna!

–Não fui que te traí!

–Mesmo assim, traiu minha confiança!

–Eu fiz o que era melhor pra você! Eu não queria te ver sofrendo! Eu não queria acabar com a sua felicidade, mas quer saber? Eu sou um babaca mesmo. Sou um grande de um babaca por sempre tentar fazer o melhor pra você e gostar pra valer de você, mas mesmo assim aparecer de madrugada com mulheres mortas por toda a parte, e olha... Se você quiser me esquecer, esquece... –ele desabafou olhando pra ela. –Você não vai falar nada, não?

July o encarava parada, sem expressão no rosto. Ela suspirou e se aproximou. Deu um beijo sutil em sua bochecha e sussurrou:

–Obrigada. –ela disse saindo e subindo para o quarto

Damon continuou parado, a olhando subir, e depois passando a mão de leve na bochecha, e sorriu sutilmente ao lembrar da responsável pelo beijo, e do quanto ela significava pra ele.