Já eram umas sete horas e Elena estava sentada sozinha olhando pro copo enquanto pensava na solidão que sentia na nova cidade, quando ouviu uma voz conhecida.

–Acho que é ela. –disse uma morena se aproximando.

–Bonnie! –gritou Elena pulando pra um abraço. –Matt! Eu nem acredito! –ela falou sorrindo pro amigo ao lado da morena. Mas foi quando ela viu a loira ao lado deles que ela se emocionou de verdade. –Caroline! Onde você estava nesses últimos dias? Ou melhor, meses?

–Eu me mudei, lembra? E advinha pra onde? Ohio! Pra essa cidade! –ela falou sorrindo.

–Eu não acredito! –ela falou pulando de alegria. –Em que escola você está? Por que não ta no Mckinley?

–Você estuda lá? –ela perguntou a encarando.

–Sim.

–Então vou mudar de escola!

–To tão feliz! –ela gritou.

–Vamos sentar e por o papo em dia? –perguntou Matt.

Eles sentaram numa mesa no canto do Grill e começaram a conversar.

–E então? Como foi o primeiro dia de aula? –perguntou Bonnie.

–Chato. Não teve nada interessante.

–Jura? Tem um cara te encarando faz um tempo. Ele é gato. –falou Bonnie olhando pro canto do restaurante.

Seus olhos eram azuis e o cabelo preto. Seu sorriso sarcástico estava voltado pra ela, sem dúvidas. A morena olhou com o canto do olho, e voltou sorrir pro pessoal da mesa.

–Ele é meu vizinho, Damon Salvatore. Ele é bonito, mas muito misterioso.

–Acho que é melhor eu ver qual é a dele. –disse Matt se levantando.

–Eu vou. –falou Caroline.

–Vê se não rouba o gatinho da Elena. –disse Bonnie.

–Que isso, gente! Eu mal o conheço. –falou Elena.

Caroline se levantou, e andando calmamente sobre seu salto quinze foi até a mesa de Damon e sentou em sua frente.

–Por que não me disse que era amiga da duplicata da Katherine? Por que não me disse que ela existia?

–Por questões de segurança, Damon. Elena sempre foi uma menina doce e inocente, eu não ia por a vida dela em risco desse jeito.

–E você não falou pro seu melhor amigo?

Ela ficou quieta olhando pra mesa.

–Eu não sou seu melhor amigo, não é?

–O que? –ela perguntou confusa.

–O Stefan é seu melhor amigo. Você gosta mais dele, né?

–Damon, se você resolveu dar um ataque sem motivo no meio de um restaurante, eu não posso fazer nada, mas meus melhores amigos humanos estão nos encarando achando que eu vim aqui conseguir seu número pra minha amiga morena, mas acho melhor falar que você não passa de safado de olhos azuis. –ela falou se levantando.

Damon continuou a olhando, e ela apenas seguiu até a mesa.

–E aí? Falou com ele? –perguntou Bonnie.

–Ele tem namorada, apenas tava olhando pra ver se a Elena fez amigos.

Eles continuaram se olhando por um tempo, até Matt mudar de assunto e os quatro rirem até tarde da noite.

...

Enquanto isso, Stefan e July se divertiam num trabalho manual na sala de artes da escola.

–Legal eles terem deixado a gente ficar aqui até mais tarde, né? –perguntou July.

–Sim, e o melhor é que nossa obra de arte está maravilhosa. –ele falou rindo.

–Eu sei que eu não desenho tão bem assim, ok? –disse July rindo e jogando um pouco de tinta no rosto de Stefan.

–Eu não acredito que você fez isso! –ele falou jogando um pouco de tinta no seu rosto também.

Os dois se sujaram mais um pouco, até July olhar pro relógio e sair da sala em direção ao banheiro.

–Ta tarde! –ela falou correndo.

Stefan foi até o banheiro, lavou as mãos e ouviu alguns passos em direção a sala de artes. Lavou o rosto e foi pra lá logo em seguida.

–Você se limpou rápido. –ele falou olhando pra loira em pé em sua frente. –Trocou de roupa?

–Eu não entendi, mas de qualquer forma eu queria saber da Elena.

–O Damon me falou que ia atrás dela hoje. Só espero que ela não fique com medo dele. –ela olhou pro chão e então voltou a falar. –Acho que está tarde, e já que acabamos o trabalho acho melhor irmos embora. Eu vou dar uma passada no mercado, você quer ir comigo?

–Não, eu vou direto pra casa mesmo.

–Tudo bem então. –ele falou se aproximando e dando um beijo nela.

–O que foi isso? –ela perguntou um pouco assustada.

–Como o que foi isso, July?

–Eu não sou a July. Eu sou a Quinn. –ela falou franzindo as sobrancelhas..

–Não tem graça. –ele falou sério.

–Eu não estou brincando. Não faço a mínima ideia do que você estava falando sobre me limpar e trocar de roupa.

Ele limpou a boca com o pulso, como se tivesse nojo do beijo que dera.

–Você acha mesmo que vai me enganar com essa atuação barata de que não gostou do beijo? –ela falou se aproximando. –Eu sei o quanto você queria isso. –ela falou com o rosto colado no dele.

–Eu tenho namorada. –ele falou sério.

–Que é igual a mim. Coincidência, não é? Mas mesmo assim, você sabe lá no fundo que ela nunca vai ser igual a mim. Você nunca vai amar alguém tanto quanto me amou.

Ela encostou seus lábios nos dele, e sem com que percebessem, estavam na mansão dos Salvatore. Stefan rasgou a blusa de Quinn, e ela a de Stefan. Os dois deitaram na cama dele até a porta se abrir. Stefan sentiu seu coração sair pela boca, e a culpa tomara conta dele.

–O que você ta fazendo, Stefan? A July me ligou, ela pensou que alguém tivesse te matado.

–Damon, não faz nada. A culpa é minha. –disse Quinn olhando pra ele, que encarava da porta do quarto.