Dragões: A terra em guerra (livro 2) escrita por SpyroForever


Capítulo 4
Revolta




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Assim que voltamos, meu pai já nos esperava. Presumi que ele, junto com todos, souberam do ocorrido, pois alguns nos parabenizaram.

“William... o que foi aquilo em Nova York?” Ele me pergunta após me abraçar.

“Demônios. Fizeram uma visitinha em Nova York. Mas... nada que não pudemos cuidar.” Eu disse sorrindo e dando dois tapinhas no ombro de Draco.

“Sim... mas eram demônios diferentes.” Acrescentou Wendy. “Eles estavam mais fortes e maiores, chegando a nossa altura.”

“Mas não à de nossos pais.” Hadaliel disse. “Esmeralda é, fácil, maior que eles.”

“Sim... De fato... Mas... eu acho que é mais fraca em força...” Thomas diz descendo das costas de Hadaliel.

“Mhhh... Isso será um problema... Irei perguntar à Esmeralda se ela conhece esses novos demônios. E... inclusive... estou orgulhoso de vocês! Foi para rede internacional a sua batalha. E... Draco e Hadaliel. Ótimo trabalho em equipe!”

“Obrigado senhor!” Os dois disseram sorrindo e assentindo com a cabeça.

“Certo. Vão descansar e comer algo. Temos uma missão para amanhã cedo! Será nosso primeiro ataque!”

Eu fiquei completamente surpreso. Nós ainda não tínhamos atacado. “Oque? Onde?”

“Moscou.”

“OQUE?! Mas... A Rússia não se aliou a nós e...”

“Filho. É de pessoas que você está falando! Os demônios estão a mantendo escravizadas para produzirem suas armas, além de fazerem coisas muito piores.”

“Quando eles fizeram coisas assombrosas com um de nós ninguém fez todo esse drama, né?” Draco diz atrás de mim caminhando de peito estufado e como se tivesse sido chingando ou ofendido.

“Draco!” Eu me surpreendi em ouvir ele falando tais palavras.

“Que? Nós vamos arriscar nossa pouca tropa para salvar pessoas que nem nos ajudam? Eu não vou ir nessa missão! Palhaçada. Eu não vou ver irmãos de guerra meus morrerem por quem nunca se importou conosco.”

Houve um silencio um tanto perturbador. Todos olhando para Draco, que estava de costas para meu pai, Oliver. Até mesmo meu pai estava chocado com as palavras de Draco.

Acho que Draco se sentiu incomodado com o silêncio, pois prosseguiu. “Eu não lutarei por eles. Não lutarei. Eles quase me mataram. E vou te falar uma coisinha sobre nós. Sim! Nós guardamos MUITO rancor, então preste atenção no que faz! Se for para ir lá, vou lá para matar ambos, humanos e demônios.”

Mais um momento de silencio até que Hadaliel caminha para o lado de Draco. “Estou com ele.”

Thomas arregalou os olhos. E então Wendy também se juntou aos dois.

Eu olhei para os dois e pensei um pouco. Ele tinha razão. Eu quase perdi meu filho por causa deles. Eles machucaram um dos nossos. NÃO! Dois! Machucaram dois dos nossos. Eu olhei para meu pai e balancei minha cabeça. “Ele tem razão, pai.” Eu disse e então fui para o lado de Draco e coloquei uma mão no ombro dele, olhando para seu rosto, agora sorrindo para mim. “Não quero arriscar a vida de quem eu amo para tentar salvar quem nos odeia.”

Todos em volta de nós arregalaram os olhos, não esperando que o filho do general iria recusar uma ordem.

“William...” Ouvi meu pai dizer baixo.

De repente o som de passos pôde ser ouvido. Quando percebi, eram a maioria dos soldados vindo para nossos lado. Inclusive escolhidos e dragões russos! Os primeiros de todos, porém, foram o escolhido de Moscou e seu filho, que foram capturados e cruelmente torturados.

Pôde ver que o pobre dragão, embora estivesse maior e mais forte, ainda possuía tiques e também cicatrizes assombrosas pelo corpo. Devido aos choques que davam, no coitado, ele não conseguia controlar direito sua cauda, que as vezes ficava como se estivesse vida própria e se debatia como um peixe fora da água, causando dor a ele. Suas escamas ainda não tinham recobrado a cor original, estando pálidas ainda.

Gabriel e Rafael não demoraram nada em se juntarem, assim como Thomas e Daphine. Rafael estava com quase o mesmo porte físico que Draco, porém mais alto. Gabriel estava com uma aparência bem mais adulta, com barba e mais alto que eu.

Logo, quase todos que estavam lá passaram para nossos lado. Meu pai estava completamente chocado e desnorteado com a situação.

“Temos outras prioridades! Novos demônios surgiram, e eles não estão de brincadeira.” Draco diz uma última vez, ainda mais triunfante.

Eu fiquei muito orgulhoso dele. Ele já era quase um adulto... Seu senso de justiça era incrivelmente fiel. E ele sabia muito bem que em batalhas muitos morrem. Ele já passou por mortes de amigos em guerras. Todos nós passamos. Isso não é nada fácil.

Nisso, Esmeralda chega voando e pousa do lado de Oliver. “O que aconteceu aqui?”

“O que aconteceu, mãe, é que nós não iremos nos juntar a batalha em Moscou.” Draco diz olhando para ela.

Eu olhei para ela e engoli em seco. Ela tinha se tornado ainda mais forte que já era. Também tinha um gosto pavoroso por carne humana, o que fazia todos os humanos no acampamento a temerem um pouco.

“O que? Por que?” Esmeralda pergunta estreitando os olhos.

“Não vou ver mais amigos meus, irmão de guerra, serem mortos por quem fez um de nós sofrer! Não! Isso não é justo! Se eu for, podem me matar, mas irei matar tudo que achar pela frente, sejam os humanos que estão lá ou demônios!”

Esmeralda ficou quieta por um tempo, pensando. Depois então ela agachou e baixou sua cabeça e sussurrou algo para Oliver.

Visão de Esmeralda

Não pensava que meu filho tinha tal senso de certo e errado. Eu sempre fui contra ir para moscou, pelo mesmo motivo, mas não falara isso para Oliver. Tive medo. Mas agora não mais.

“Pai. Ele está completamente certo.” Sussurrei. “Iríamos perder muitos irmãos nossos para salvar quem nem se importa conosco. A Rússia está acabada. Anarquia total! Os demônios estão tomando conta de lá! Temos que proteger os países que fazem fronteira com ela.”

Oliver olhou para mim e suspirou. “Tu também? Ahhhh... sim... acho que estão certos... mas... são vidas que estão lá.”

“Eram vidas que eles torturaram. Olhe para ele.” Eu disse olhando para o pobre jovem dragão. “Sua coloração está pálida depois de 2 anos. Você sabe o que isso significa. Ele é doente. Ele ficou doente. Segundo ele, deram coisas para ele comer e beber, entre elas eram cogumelos, produtos químicos e alguns produtos de limpeza. Isso é cruel! E as descargas elétricas prejudicaram muitos seus neurônios e sistema nervoso. Ele não consegue mais se concentrar em nada. E sua cauda fica descontrolada as vezes. Causaram muita dor nele, e que ainda estão presentes. Além dessas cicatrizes que nunca iram sair.” Eu olhei para Oliver que estava olhando para o dragão. “Eles judiaram muito dele. E agora o mundo todo sabe disso!” Eu falei apontando para o câmera-mem um pouco afastado de nós. “Não devemos ir lá!”

Oliver coça a cabeça e assente. Então ele coloca a mão debaixo da minha boca e coça. Eu fecho os olhos e ronrono. “Certo, certo. Não iremos à Moscou. Ahhhh... Vão. Voltem às suas tendas. Estou com dor de cabeça agora. Vamos filha.” Oliver diz me dando um beijo no meu pescoço e então sobe nas minhas costas.

Todos sorriram bastante e começaram a falar com Draco enquanto voltei para minha tenda e de Oliver. Lá, me deitei para Oliver descer.

“Ahhh... Esmeralda...” Ele suspira e se senta no chão, na minha frente.

“Ninguém disse que seria fácil liderar um exército, pai. Ainda mais um exército tão determinado como este.” Eu disse e com a cauda peguei o remédio que não ficava longe. “Aqui. Tome uma pílula.” Eu disse e dei para ele.

“Obrigado filha.” Ele agradeceu e eu lambi seu rosto.

Aquele gosto veio novamente. Eu salivei. Fechei meus olhos e afastei meu rosto dele.

Oliver percebeu e suspirou. “Você precisa tratar esse seu vício, Esmeralda.”

“Eu não consigo!” Eu disse olhando para baixo. “A carne humana tem um gosto delicioso e viciante. Desde que eu comi o primeiro humano eu não consigo mais ficar mais de 1 semana sem comer algum humano. Eu tento. Juro que tento, mas é muito difícil!”

“Pelo menos você caça criminosos... Isso é menos mal. Mas... você precisa se controlar.”

“Eu vou me esforçara mais. Juro!”

“E... Draco disse que encontrou novos demônios. Eram maiores que eles e bem mais fortes que os outros.”

Eu arregalei os olhos, lembrando de batalhas distantes. “Eles... Não! Droga! Novamente. Os chamamos de... assassinos. Assassinos de dragões.” Eu disse tristemente.


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