Blonde Chaos escrita por Gabbie


Capítulo 4
Capítulo 3 - Ajudando pessoas... E sendo ajudada


Notas iniciais do capítulo

Oi gente! Desculpa postar o capítulo tão tarde :cccc Fiquei praticamente a tarde inteira na rua, cheguei em casa e fui fazer um trabalho da escola (feriado lotado de trabalhos de casa, ó, uma bosta)
Mas enfim...
Fiz só uma apariçãozinha básica dessa velhinha, mas ela vai aparecer mais vezes, e vai causar polêmica em todas AHEUHAU
Bemmmm, esse cap vai ser bem legal e importante também. Então, divirtam-se!



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C A P Í T U L O 3 - A J U D A N D O P E S S O A S E S E N D O A J U D A D A

– Posso ajudar? – Peguei algumas sacolas de super-mercado.

– Muito obrigada. Moro num apartamento, não é tão longe.

– Tudo bem. – Assenti.

Andamos um pouco.

– Qual seu nome? – A velhinha questionou – Sou a Marie.

– Hayley. – Sorri.

– Hayley. Trabalhadora e prestativa. Cuida de tudo com muito zelo. Busca oportunidades que a façam atingir independência profissional e financeira. – Marie falou e eu me vi espelhada em suas palavras – É o significado do nome. É um belo nome, Hayley.

– Uau. Você praticamente me descreveu.

– Sou boa nessas coisas. – A senhora deu uma piscadela para mim, que sorri – Hayley, Hayley. Mostra que você é competitiva, tem um senso crítico e não poupa palavras para julgar o próximo. Isso pode te afetar.

– Não sou competitiva. Odeio pessoas assim. – Falei, arqueando uma sobrancelha.

– É claro que é, Hayley. Está estampado em seu nome e escrito na sua alma. É sua personalidade, traçada cuidadosamente por Deus. – Ela falou e parou em frente á um prédio. – Aqui está. Suba comigo e me ajude a por as compras na cozinha. Sou velha e caquética, posso cair no trajeto como caí no meio daquele monte de pessoas sem alma e piedade para ajudar essa senhora.

Tinha um adjetivo perfeito para descrever aquela velha: maluca.

Ou, talvez, as palavras que ela usava fizessem algum sentido. Mas, “estampado no meu nome e escrito na minha alma”. Há. Eu não acredito nessas coisas.

Adentrei ao apartamento junto com Marie. Eu e a idosa tagarela subimos no elevador. Ela apertou uns botões e a máquina começou a subir.

Tinha pavor de elevador, mas contive meu medo.

– De que signo é, Hayley? – A velhota questionou. Já estava perdendo a paciência com a sessão de Mãe Diná, a moça que prevê sua vida.

– Sou de câncer. Mas não acredito nessas coisas. – Dei de ombros – Mal comemoro aniversários.

– Câncer, câncer... Esse mês, surpresas acontecerão em sua vida. Mas elas virão junto com um mal. Que, de algum jeito, pode vir para o bem. Mas isso significa machucar algumas pessoas e...

– Esse é o seu andar, certo? – A interrompi antes que ela começasse a falar mais besteiras.

– Sim. – Respondeu.

– Vamos entrar logo então.

Adentrei ao corredor e logo depois, ao apartamento minúsculo. Tentei adivinhar onde ficava a cozinha sozinha e consegui. Depositei as sacolas que estavam na minha mão lá e Marie também colocou.

Andei até a porta e ela me parou.

– Espere. Sei o que deve fazer para não fazer confusão consigo mesma. Seus sentimentos, Hayley. Não é só esse mês. É o ano todo e, se não souber se cuidar, a vida toda. Eu sei. Eu vejo seu futuro, é brilhante. Mas turbulências virão e eu posso te ajudar á passar por elas.

– Por quê? – Simplesmente perguntei.

– Porque, dentre todas aquelas pessoas sem piedade e sem alma, você foi a que se iluminou e foi lá me ajudar. Sua alma brilhou em meio á todas as outras. Preciso retribuir. Eu te ajudarei com sua vida.

– E como você “sabe” de tudo isso? – Arqueei uma sobrancelha.

– Já fui cartomante. Á muito tempo atrás, quando era uma moça jovem e bonita como você. E quando as rugas não tomavam conta do meu rosto. Eu previa tudo, e acertava. – Ela sorriu, provavelmente se lembrando da época. Mas isso não quer dizer que eu acreditei.

– Olha, senhora, só te ajudei com algumas compras. Eu não acredito nessas coisas. – Me aproximei lentamente do corredor – Mas, de qualquer jeito, obrigada.

A velha gritou algo, mas eu me recusei a escutar. Entrei no elevador e desci. As palavras dela me deixaram receosas. Que turbulências seriam essas? Um vazio se formou no meu peito. Deveria ter perguntado. Agora, vou ter que ficar curiosa. Ok, eu não vou ficar pensando nessas maluquices. Isso é besteira. Uma grande mentirada.

Cheguei no campus e me taquei no meu colchão nada macio. Por sorte, a menina roinc roinc não estava por lá. Aproveitei para dormir enquanto ela não chegava.

E apaguei.

. . .

Sábado, ah, sábado! Pude dormir até tarde. Meu celular estava cheio de mensagens. Da mamãe e da Tiff. Ambas reclamavam que só conversava com ela por e-mails e perguntavam das conversas em vídeo por Skype. Ri em pensamento. No aeroporto pensava que ia ter tempo pra isso. Até por a rotina de universitária em prática.

Meu celular tocou.

– Alô? – Falei com a voz sonolenta.

– Oi, Hayley, te acordei? – Era Chad.

– Não, não, tudo bem. – Sorri.

– Bem, desculpe, iria ligar outra hora, mas aconteceu algo tão bacana que resolvi te ligar assim que soube. – Ele falou e eu fiquei imaginando o que era – Adivinha?

– Fala! Não gosto de suspense.

– Ok, ok. Falei com o meu pai e, no fim da revista tem uma seção chamada “Entrelinhas”. São cinco poemas por mês. E, bem, no nosso último encontro você deixou cair uns papéis da bolsa quando estava indo embora. Quando percebi, você já tinha entrado num táxi. E, bem... O que você falaria se eu dissesse que li? – Ele falou e eu corei. Droga. Não era pra ninguém ler aquilo.

Ficar ou não ficar

Mal me quer bem me quer?

Tenho medo de arriscar

Mas seu olhar me deixa inquieta

Eu confio no seu sorriso

Mas mesmo assim tenho juízo

Talvez as manhãs amanheçam mais calmas

Enquanto estiver ao seu lado

Meu par de olhos azuis favorito

Queria só deixar escrito

Suas palavras me colocam um sorriso

E eu ainda assim não acredito

Você é meu príncipe encantado, querido

Me deixe ser a sua donzela

Que eu te deixo desvendar meus perigos

Mais óbvio de que foi pra ele impossível, certo?

– Você leu? Eu n...

– Espera! Me dá uma bronca quando eu terminar de falar. – Ele parecia estar inquieto e ansioso para me dar a notícia – Depois de muito insistir ao meu pai, ele te deixou fazer a seção!

– QUÊ? – Eu não sabia se ria ou chorava, era um misto de emoções da qual eu não sabia como responder. Eu ia fazer a seção de uma revista famosa! Não ia estagiar, ia tra-ba-lhar! Eu não acredito nisso! – E-Eu nem sei como te agradecer, só... Muito obrigada! Sério, eu... Não sei... Sinta-se abraçado agora!

Ouvi a risada dele do outro lado da linha.

– Sinta-se abraçada também. E parabenizada. Você começa na segunda.


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Notas finais do capítulo

Queria agradecer á Olívia Caixeta por comentar e falar tão bem da minha web, e a Julia Castro, mais uma vez, por indicar a web para as amigas dela. Obrigada vocês duas, fofas!



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