Depois de levar os livros até sua mesa, e ela agradecer, novamente, só balancei a cabeça e sorri. Ela colocou seus fones de ouvido e fez alguns rabiscos em seu caderno, resolvi pegar meu material. As pessoas começaram a chegar um pouco depois que sai da classe.

Fill chegou feliz, não parava de cantarolar pela classe, e como sempre foi abordar a aluna nova, falaram a aula toda, sem falar nos bilhetinhos. O pior de tudo, é que não sabia do que estavam falando, riam o tempo todo, já chegava a me irritar. E por eu ser muito curioso, fiquei ainda mais estressado.

Na troca de professor, estavam todos falando muito, resolvi chamar o Fill pra matar a curiosidade, apenas perguntei o que eles tanto tinham assunto, ele me olhou como se eu fosse de outro planeta, não entendi, mas respondeu alegre:

– Essa garota é demais, chamei ela pra vir na festinha dessa sexta-feira, te avisei pelo celular, você viu?

– Ela vai?

– Não sei...Mas se for, vou levar a menina pra um passeio bem legal. Pra minha cama! – ele riu, fiquei um pouco irritado.

– Ah, legal. Vou tentar ir, valeu cara.

Não sei qual motivo, mas estava querendo dar um soco na cara de alguém. Mas estava totalmente certo que não chegava nem perto de gostar dela, apenas queria tirar Cindy de perto dele, e desse grupinho que só tinha pervertido. Um dos únicos mais ‘’normais’’ dos meus amigos, sou eu e o Michel. Ele é meu grande amigo, só que começou a se focar apenas nos estudos e em sua namorada, e por final, mudou de classe para ficar mais tempo com a garota que namora a tantos anos. Nos falamos bastante, mas nesses primeiros dias, nos falamos muito pouco.

Cindy passou o dia sem me dar atenção, tudo bem que a gente nem se conhecia direito, mas esperava um pouco mais que um comprimento. No final da aula; Quando ela saiu da classe, Samantha puxou-a para conversar, provavelmente fofocar sobre os garotos, cheguei a essa conclusão pois não paravam de olhar para alguns meninos e por fim, para mim.

Quando cheguei em casa, me lembrei. Fill não havia me falado o assunto.