– Não, é não! – Repetia essa frase que todas as mães dizem.

– Mas mãe! Eu tenho 17 anos , posso cuidar de um cão!

Ótimo, estava voltando no tempo, era como aquelas briguinhas de quando tinha sete anos que tinha com a minha mãe ‘’revivesse’’.

– Luke, cachorro solta muito pelo sabia ? Quero ver limpar suas necessidades, e leva-lo todo dia para passear! Não importa a idade, sempre sobra para os pais.

– Não vai sobrar mãe. E outra, não ganhei presente de natal ano passado! – zombei.

– Ah menino, você merece uns tapas sabia ? Só você pra me convencer mesmo. Mas só um detalhe, você vai fazer de tudo para achar o dono desse animal.

– Mãe! Te amo sabia dona Margie ? Alias, você está mais magra! Mais bonita, o que houve? – Pulei em cima dela, fazendo-a rir.

O cãozinho, batizado de ‘’Clark’’( pois fiz uma promessa quando criança que se tivesse um cachorro seria com esse nome. Digamos que era fã de Super-Man, Clark Kent...) havia dormido no meu quarto, ele era doce, mas estava confuso, era um ambiente novo, pessoas novas, era um cão em mudança. Deveria ter quatro ou cinco anos, não passava disso. Resolvi que o levaria para o veterinário e compraria o que fosse necessário no Pet Shop, que alias, fica do outro lado da cidade. Meu sonho de infância era ter um cachorro. Parecia uma criança com aquele cão.