As Três Lágrimas do Youkai. escrita por Larizg


Capítulo 8
Capitulo 8 – Proposta. (Atualizado)


Notas iniciais do capítulo

Olá mina!!! Passei aqui para deixar mais um capítulo para vocês. =) Já quero agradecer a todos que está favoritando, acompanhando e, principalmente, comentando e recomendando minha fic. xD
Passei revisando todos os capítulo para eliminar quaisquer erros de ortografia por aí e, já peço desculpas novamente, mudar pela última vez a imagem do capítulo 4. Finalmente achei a imagem perfeita para o vilão e por esta razão, tive que modificar seus olhos né? Mas não precisam voltar se não quiserem, afinal, imagens são para mostrar algo próximo do que eu imaginei, mas cada um pensa de um jeito. Eis a graça de um livro kkk



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Quando o youkai brutamonte se preparou para dar o golpe, Tsukiyo se encolheu preparando-se para o momento do impacto. Esse momento nunca veio. Alguns centímetros a mais e o punho do youkai a atingiria diretamente no rosto, entretanto, uma violenta rajada atingiu o monstro, que foi arremessado alguns metros para o lado, tombando ao chão.

            Surpresa, Tsukiyo baixou a espada e se virou procurando a origem do golpe. Para seu choque, a alguns metros de distância estava ninguém menos que Sesshoumaru. Estava tão distraída que nem notei sua presença. E se fosse outro inimigo?, ralhou consigo. Se bem que ainda não tenho certeza que não é. Ela não se moveu, apenas olhava para o imponente youkai. Tsukiyo percebeu que ele a encarava, e assim como ele, ela guardou a espada na bainha relutante. Se ele realmente não é inimigo, não preciso torna-lo um. Ela finalmente afastou a mão da bainha da katana.

            Olhou novamente para o youkai caído no chão. Não aparentava estar vivo. O golpe havia partido seu casco em dois, tamanha a força com que fora lançado. Um arrepio percorreu a espinha da garota. Será essa a força dele? Algo lhe dizia que isso era apenas uma amostra. E das pequenas... Então esse é Sesshoumaru, portador da Bakusaiga e Tenseiga. Para seu espanto, ela percebeu que ele ainda a encarava.

            Tsukiyo sustentou seu olhar, mas com certo temor depois de ver o que ele era capaz de fazer com um simples manejar de espada. Para seu espanto, Sesshoumaru simplesmente se virou e começou a caminhar para longe, assim como havia feito na noite anterior. Desta vez, ela não ficaria parada olhando.

Sem saber exatamente o porquê, ela chamou-o de volta.

            – Ei! Espera! – correu na direção do Dai-youkai.

            Ele parou de caminhar e virou-se lentamente para olhar para ela. Sua expressão era a mesma, indiferente, mas havia um brilho diferente nos olhos. Tsukiyo se perguntou se estaria surpreso por seu chamado.

Ao se aproximar, ela ainda arfava. Endireitou a postura para parecer o mais decente possível.

            – Por que fez isso? – questionou com olhos curiosos.

            Ele olhou para ela, imparcial. Refletiu um pouco e respondeu:

            – Preferia que não fizesse?

            – Não é isso. E só que... – falou tímida. – não vejo motivos para alguém como você me ajudar.

            – Claramente teria morrido se não o fizesse. – respondeu, debochando da força da jovem, que, de pavio curto, sentiu-se ofendida.

            – Eu teria conseguido, tá bom?! – exasperou.

            – Hunpf. – exclamou. – Percebi... – sua voz era carregada de ironia.

            – Escuta aqui: quem você pensa que é para falar assim comigo?

As palavras saíam pela força da raiva, sua racionalidade havia sido completamente deixada de lado. De outra forma, nunca teria se dirigido ao Dai-youkai desta forma, principalmente depois de presenciar sua força.

— Já passamos por isso. Sabe quem sou. – respondeu orgulhoso, com sua expressão desinteressada. – Se bem que, agora, sou a pessoa que a salvou duas vezes.

As palavras foram como um tapa para Tsukiyo, que imediatamente engoliu a raiva. Sentiu a face ruborizar. Desviou o olhar e falou baixo.

— Desculpe.

Ele nada disse. Apenas a encarou por mais alguns segundos e virou-se de costas novamente, voltando a caminhar. Tsukiyo não sabia o que fazer, então apenas observou o youkai se afastar. O vento batia em seus cabelos prateados e o sol os fazia brilhar. Ele mantinha uma postura altiva e caminhava em direção a leste. Ela não se mexeu, ficou apenas ouvindo os passos dele se afastarem, junto ao leve barulho de suas espadas batendo na lateral do corpo.

Por um instante, riu internamente ao lembrar-se de Merioku e sua inveja da espada Tenseiga. As palavras da amiga ecoaram em sua mente. Uma espada capaz de alcançar as almas...

Como um lampejo, uma ideia veio à cabeça. Era isso! A solução para seu problema estava ali, na sua frente! Finalmente!, pensou.

Abriu um largo sorriso, mal podia acreditar na sua sorte. Finalmente o destino sorria para ela. Não precisaria mais procurar por um lugar que sequer sabia onde ficava. Talvez não precisasse mais fugir. Tudo o que tinha que fazer era abraçar essa oportunidade e pensar em um plano em que pudesse sair com vida.

Essa segunda parte, talvez fosse a mais difícil...

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Sesshoumaru se afastava, e desta vez com maior convicção. O pequeno diálogo que teve com a hanyou já revelou um pouco mais sobre ela. Era curiosa e de pavio curto. Divertiu-se ao pensar que conhecia alguém parecido. Quando conversavam, se é que se pode dizer isso das respostas rápidas e evasivas dadas por ambos, Sesshoumaru foi acometido de uma sensação de familiaridade.

Quando a garota se desculpou pelo comportamento, sua expressão emburrada e infantil era a mesma que Rin possuía quando ele dizia que ela não poderia acompanhá-lo em alguma viagem. Desta vez ele não deixou escapar qualquer tipo de emoção. Já estava mentalmente preparado para lidar com esses lapsos de lembrança na presença dela. Não seria pego de surpresa tão fácil.

Contudo, Sesshoumaru não pode evitar sentir um aperto no peito. Ao menos, viu-se satisfeito ao constatar que o que viu na última noite, não foi apenas imaginação. Tamanha semelhança não poderia ser coincidência. Havia algo mais.

Estava tentado a ficar e descobrir mais, mas não conseguiria justificativa para tal, além disso, não podia esquecer-se do motivo da viagem: precisava firmar logo o acordo com os youkais do gelo. E mais importante, o grande ponto de estar fazendo isso era para deixar suas distrações para trás. A última coisa que precisava era aumentá-las. Está certo, continue em frente. Não se distraia com tolices. Sua razão lhe dizia para continuar, e ele pretendia fazê-lo. Isso, se a garota não o tivesse parado novamente.

— Deixe-me recompensá-lo! – gritou.

            Surpreso, ele voltou-se para ela, tomando o cuidado de manter a usual máscara. Confuso com a fala da jovem hanyou ele buscou esclarecimento.

            – O quê?

            – Você já me salvou duas vezes e... – a garota falava com confiança. – E eu quero fazer algo para recompensá-lo.

            – E o que alguém como você poderia fazer por alguém como eu. – independente da situação, Sesshoumaru insistia em manter a pose arrogante. Era uma de suas marcas registradas.

            – Olha, eu sei que não poderei fazer muito. – confessou ela. – Mas vou ajudá-lo de alguma forma. Peço que aceite. Estou apenas tentando manter o meu orgulho. Alguém como você deve saber como é.

            Ele compreendia o ponto da garota. Para muitos youkais, inclusive para si, manter o orgulho é tão crucial quanto à própria vida. Sua honra era sua palavra e com ela, vinha sua força e influência. E era justamente por isso que precisava recusar. Ou ao menos parecer inclinado a recusar, apesar da tentação de aceitar e descobrir mais sobre a jovem. Não podia se dizer fraco a ponto de precisar de algo de uma hanyou. Principalmente, Sesshoumaru.

            – Não há nada que possa fazer por mim. – cortou, ríspido.

            – Então me deixe protegê-lo até que pague minha dívida! Não gosto de ser vista como indefesa e nem de dever nada a ninguém. Então me dê a oportunidade para me redimir e mostrar do que sou capaz. Assim minha honra será restaurada.

            Sesshoumaru não sabia porquê a garota insistia tanto e isso só tornou a despertar sua curiosidade.

            – Sei que não precisa, mas está em guerra, não é? – continuou ela. – Provavelmente deve ser alvo de muitos youkais. Se eu puder acompanhá-lo, não precisará perder seu tempo em lutas inúteis com youkais menores.

            Ele ponderou um instante, ainda em dúvida sobre o que responderia, mas decidiu ceder. Internamente estava ansioso para conhecer mais sobre a garota. Por outro lado, se condenava por não conseguir ignorá-la. E tudo porque a achou parecida com Rin. Está se tornando um tolo, Sesshoumaru. E isso será sua ruína... Culpando-se mentalmente, virou-se de costas sem olhar para ela e dirigiu-se ao leste.

            – Apenas não me atrapalhe.

            Não sabia se o motivo que a garota alegou para acompanhá-lo era verdadeiro e nem precisava de uma “guarda-costas”, mas a tentação de tê-la por perto falava mais alto. Resolveu arriscar, afinal, se algo acontecesse, sempre tinha a opção de matá-la. Ele ainda se julgava capaz de eliminá-la se necessário.

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            Depois de tanto insistir, esperou pela resposta. Uma pequena concordância seria o bastante para mudar o seu futuro. Quando aquela frase veio, Tsukiyo não pôde se conter. Abriu um largo sorriso e gritou em resposta:

            – Sim, senhor!

            Então, acelerou para alcançá-lo, ficando apenas alguns passos atrás de Sesshoumaru. Ele não falou mais nada, tampouco ela. Caminharam silenciosamente pelo campo dourado. Ali começava uma nova perspectiva para ela. Finalmente tinha um objetivo traçado e, desta vez, ele estava ao seu alcance. Tudo o que precisava era ter paciência e agir com cautela. Muita cautela.

            No fundo sentia-se mal por usar o Lorde daquele jeito, mas se convenceu que era preciso, caso contrário estaria desistindo dele. E isso estava fora de cogitação. Conseguiu tirar proveito da ideia que youkais como ele tinham sobre “orgulho” e ganhou permissão para acompanhá-lo. Duvidava que ele acreditou completamente em sua desculpa, mas o importante era que havia conseguido. Só precisaria esperar pela oportunidade certa. Por hora, teria que fingir que o acompanhava para restaurar a honra, mas se ele descobrisse suas verdadeiras intenções, não duvidava que a mataria sem qualquer remorso.

            Entretanto, estaria mentindo se dissesse que se juntou a ele apenas por seu próprio objetivo. Tsukiyo havia adquirido uma grande curiosidade a respeito dele. Começando pelo verdadeiro motivo que o levou a salvá-la e porque na noite anterior a olhara como o fez.  Quem sabe não conseguisse descobrir enquanto bancava o papel de guarda-costas.

Imaginava que ao menos gozaria de um pouco de paz e sossego, pois duvidava sofrer muitos ataques com ele por perto. E quem sabe, se tivesse sucesso na missão, poderia finalmente consertar sua vida e resolver seus problemas.

O que Tsukiyo não sabia era que estava sendo arrastada exatamente para o centro deles...

Arashi, a dama mortal.


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Notas finais do capítulo

E aí, o que acharam? Sei que foi mais curto, mas prometo escrever o próximo até sexta, pode ser? xD Por favor, não deixem de comentar e me apoiar, pessoal. Quando não há grande retorno, a inspiração e vontade de escrever decaem. Mas NUNCA abandonarei fic, disso podem ter certeza. Mas, vamos lá, comentem para mim *__*