A Mais Doce Melodia escrita por Leli Meminger
Notas iniciais do capítulo
Olá pra vocês, leitores mais lindos. Me desculpem se eu demorei, mas estava um pouco sem tempo. Mas vou tentar postar toda sexta a partir de agora, ok? Enjoy it.
Bella
– Me diz que ela está zoando com a nossa cara. – implorei à Rose, com uma Alice completamente alheia ao que dizíamos a nossa frente. Ela estava ocupada demais “babando”.
– Temo que ela esteja falando bem sério. – sussurrou, e depois deu um sorriso tímido enquanto olhava para a entrada, que ficava as minhas costas. Olhei-a de modo questionador, e ela deu de ombros: – O grandão é mesmo lindo.
– Deus do céu! – Alice pôs as mãos na boca em um gesto exageradamente dramático. – Não tem mais lugar!
Ela não desgrudava os olhos da entrada, e eu realmente não entendi o que ela quis dizer com aquilo, até que a vi levantando, receosa, e com uma rápida olhada ao redor deduzi que não havia mais lugares para Edward e Sua Trupe sentarem. Vendo-a de pé, pronta pra sair, a ficha finalmente caiu, e entrei em pânico.
– Alice, não...
Mas ela não me ouvia. Começou a andar para além de mim, e tive medo de olhar pra trás e confirmar o que eu acreditava que ela estava fazendo. Não foi preciso gastar meu pescoço, pois a Rose me informou em um tom alegre, como a boa traidora que era:
– Eles estão vindo pra cá!
Droga! Porcaria de mesa grande, porcaria de lugares suficientes, porcaria de Edward Cullen, porcaria... Ok. Respirei fundo e me virei de lado, colocando minhas pernas sobre o banco, ocupando o máximo de espaço que os meus 1,62 permitiam. “Chupa essa, Cullen.” Pensei vitoriosa. Rosalie me lançou um olhar que me fez sentir o quão idiota eu era e riu.
– Meninas... – Alice finalmente chegou à mesa, depois do que pareceram horas, e mal podia conter a emoção em sua voz.
Me obriguei a olhar pra cima, e reencontrei aqueles cinco pares de olhos lindos que haviam me fitado preocupados mais cedo, mas que agora demonstravam puro terror, como se eu fosse puxar uma faca de repente, e assassinar todos a sangue frio. Exceto pelo Cullen, é claro, que me olhava com divertimento, seus olhos verdes brilhando maliciosamente, e me senti estremecer dos pés a cabeça. Não por medo, óbvio, mas porque ele parecia excepcionalmente bonito com aquele sorriso torto. Pensamento mais que impróprio, sem dúvidas, sendo que aquele era o idiota que batera em meu carro.
– Deixe-me apresentá-los . – Alice continuou, rapidamente captando algo no ar. – Esse é o Ben. – apontou pra um garoto com um expressão bondosa, cabelos pretos e estranhamente lisos, branco como papel, que deu um sorrisinho fraco. – O Mike. – um rapaz loiro, com olhos azuis como piscina e um rosto redondo e fofo, acenou. – Ememtt. – um gigante, cheio de músculos, com um rosto adorável com covinhas, e olhos escuros brincalhões, piscou para nós. O “grandão” da Rose, deduzi logo. Nada haver com o suspiro quase imperceptível que ouvi ao meu lado. – Jas-Jasper . – Gaguejando, Alice, sério? O rapaz loiro, com olhos verdes e calmos, acenou rapidamente, suas bochechas corando quando seu olhar passou por Ally. “Hmm, muitíssimo interessante.” – e por último...
– Mas não menos importante. – quem mais seria tão idiota pra interromper alguém para dizer isso? Pois é.
– Claro. – ela sorriu e revirou os olhos. – Edward. Essas são minhas amigas Rosalie e...
– Bella querida, como vai?
– Cullen, seu babaca, ridículo, abominável. –ele tinha mais uma vez interrompido Alice para me perguntar naquele tom de quem está se divertindo horrores como eu estava? – Para você é Isabella.
– Tanto faz, Bella.
– O que eu perdi? – Alice interrompeu minha provável resposta mal criada, e sua boca estava tão escancarada que me preocupei que seu rosto pudesse ficar daquele jeito pra sempre.
– Depois. – pedi e implorei com o olhar. Ela sacudiu a cabeça, confusa, mas concordou.
– Então gente, sentem. – Rose convidou, educada. Lancei-lhe meu melhor olhar maligno.
– Tem certeza de que não vamos incomodar? – o tal do Ben perguntou, parecendo sinceramente preocupado. Gostei desse cara.
– Então, na verdade... – comecei, jogando meu cabelo para o lado, exasperada. O olhar de pânico de Alice me fez suspirar e mudar de ideia. – Não incomodam não, sentem-se.
Foi como tirar tampões dos ouvidos. Não havia notado, até aquele momento, como estavam todos quietos e apreensivos. Eu era tão instável assim? Fiz um biquinho, irritada comigo mesma. Eu não era tão ruim assim, e se pensavam que eu era uma louca psicótica, era tudo culpa do Edward. Só então notei alguém parado de pé ao meu lado, e não me surpreendi ao ver quem era.
– Que é? – perguntei com toda a educação que eu guardava somente para ele, que mirava minhas pernas em cima do banco, e mesmo estando cobertas pela meia-calça, senti-me exposta. – Vai ficar secando as minhas pernas, Cullen?
– Hum. – ele pigarreou e desviou o olhar para meu rosto. – Elas não são nada más. – corei violentamente. – Mas me pergunto o que elas estão fazendo no lugar onde pretendo sentar.
– Pois ache outro lugar. – empinei o nariz e olhei para os outros, que pareciam absortos em conversas e no cardápio.
– Ouch! – exclamei surpresa ao sentir o peso de mil elefantes sobre as minhas pernas. – Tire a sua bunda gorda e mole de cima de mim, Edward Cullen!
– Anthony.
– O que?! – olhei confusa para o Emmett, que tinha dito aquilo, e que parecia se divertir com o meu esmagamento.
– Edward Anthony Cullen. Achei que teria mais impacto assim. – ele gargalhou da sua própria piada ridícula, sendo acompanhado pelos outros, e nem eu contive um pequeno sorriso. Que idiota.
– Cullen, é sério, se você não levantar agora, eu nunca mais poderei andar... – e tudo bem, a bunda dele não era gorda e mole, na verdade era bem normal e durinha, mas aquilo estava começando a doer pra caramba. Gemi involuntariamente, e ele rapidamente levantou. Recolhi minhas pernas, massageando minhas coxas.
– Foi mal. – ele deu aquele maldito sorriso de canto e se sentou. – Bem macia a sua perna, deve ser boa de apertar...
E como se para provar sua teoria, levou a mão em direção a elas. Dei um tapa tão forte em sua mão, que senti a ardência na palma da minha quase de imediato. Todos olharam espantados pra nós dessa vez.
– Jesus. Acho melhor você sair daí, Edward. – Jasper nos encarava, enquanto seu amigo esfregava a mão deliciosamente vermelha.
– Estou bem, obrigado.
Claro que estava, até quando, aí é outra história. Acho que me provocar acabava de se tornar o maior prazer de Edward “Anthony” Cullen.
Edward
Naquele momento nada me deixava mais feliz que provocar Bella. Mesmo com uma mão ardendo como o inferno como prova do que ela seria capaz de fazer comigo caso eu prosseguisse, eu não conseguia parar.
Eu havia ficado chocado, mas, acima de tudo, deliciado, ao vê-la sentada àquela mesa. E agora que todos estavam interagindo como bons amigos, eu me permitia olhar minunciosamente cada detalhe do seu rosto. Ela estava ciente disso, tenho quase certeza, pois o leve rubor em suas bochechas a denunciava, sem contar que ela mordia o lábio inferior com tanta força que achei que fosse rompê-lo, e, mesmo sem me fitar, senti que toda a raiva em seu olhar era direcionada a mim.
– Você está bem? – perguntei doce e cinicamente em seu ouvido, para que somente ela ouvisse. Vi que ela se arrepiou, e me deleitei com isso. Seu olhar, agora em mim, era puro ódio.
– Perfeitamente bem.
– Sério, Bella, guardar toda essa raiva não é saudável. – mesmo eu estando brincando, ela começou a ficar perigosamente vermelha, algo bem próximo do roxo, e me preocupei ao lembrar de como ela tinha passado mal pela manhã graças a mim. Achei melhor maneirar. – Ok, se o seu problema comigo é por causa do seu carro, não tem problemas, eu posso pagar o conserto.
– Cullen... – ela falou meu nome de maneira arrastada, de um jeito que enviou impulsos nervosos a todo o meu corpo. Aquilo era muito excitante. – Meu problema com você começou no exato momento em você entrou no meu carro sem ser convidado, e não há muito que você possa fazer para mudar isso.
Dito isso, ela virou sua atenção de volta para as outras pessoas à mesa.
Nada? Aquilo soou como um desafio pra mim, e eu nunca recusava um desafio. E algo me dizia que eu iria me divertir muito. Minha determinação e paciência eram maiores do que ela poderia imaginar.
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Comentários por favor, tem muito leitor fantasma aqui, e não estou gostando disso. Beijos.