A Mais Doce Melodia escrita por Leli Meminger


Capítulo 5
Capítulo 5- Challeng


Notas iniciais do capítulo

Olá pra vocês, leitores mais lindos. Me desculpem se eu demorei, mas estava um pouco sem tempo. Mas vou tentar postar toda sexta a partir de agora, ok? Enjoy it.



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Bella

– Me diz que ela está zoando com a nossa cara. – implorei à Rose, com uma Alice completamente alheia ao que dizíamos a nossa frente. Ela estava ocupada demais “babando”.

– Temo que ela esteja falando bem sério. – sussurrou, e depois deu um sorriso tímido enquanto olhava para a entrada, que ficava as minhas costas. Olhei-a de modo questionador, e ela deu de ombros: – O grandão é mesmo lindo.

– Deus do céu! – Alice pôs as mãos na boca em um gesto exageradamente dramático. – Não tem mais lugar!

Ela não desgrudava os olhos da entrada, e eu realmente não entendi o que ela quis dizer com aquilo, até que a vi levantando, receosa, e com uma rápida olhada ao redor deduzi que não havia mais lugares para Edward e Sua Trupe sentarem. Vendo-a de pé, pronta pra sair, a ficha finalmente caiu, e entrei em pânico.

– Alice, não...

Mas ela não me ouvia. Começou a andar para além de mim, e tive medo de olhar pra trás e confirmar o que eu acreditava que ela estava fazendo. Não foi preciso gastar meu pescoço, pois a Rose me informou em um tom alegre, como a boa traidora que era:

– Eles estão vindo pra cá!

Droga! Porcaria de mesa grande, porcaria de lugares suficientes, porcaria de Edward Cullen, porcaria... Ok. Respirei fundo e me virei de lado, colocando minhas pernas sobre o banco, ocupando o máximo de espaço que os meus 1,62 permitiam. “Chupa essa, Cullen.” Pensei vitoriosa. Rosalie me lançou um olhar que me fez sentir o quão idiota eu era e riu.

– Meninas... – Alice finalmente chegou à mesa, depois do que pareceram horas, e mal podia conter a emoção em sua voz.

Me obriguei a olhar pra cima, e reencontrei aqueles cinco pares de olhos lindos que haviam me fitado preocupados mais cedo, mas que agora demonstravam puro terror, como se eu fosse puxar uma faca de repente, e assassinar todos a sangue frio. Exceto pelo Cullen, é claro, que me olhava com divertimento, seus olhos verdes brilhando maliciosamente, e me senti estremecer dos pés a cabeça. Não por medo, óbvio, mas porque ele parecia excepcionalmente bonito com aquele sorriso torto. Pensamento mais que impróprio, sem dúvidas, sendo que aquele era o idiota que batera em meu carro.

– Deixe-me apresentá-los . – Alice continuou, rapidamente captando algo no ar. – Esse é o Ben. – apontou pra um garoto com um expressão bondosa, cabelos pretos e estranhamente lisos, branco como papel, que deu um sorrisinho fraco. – O Mike. – um rapaz loiro, com olhos azuis como piscina e um rosto redondo e fofo, acenou. – Ememtt. – um gigante, cheio de músculos, com um rosto adorável com covinhas, e olhos escuros brincalhões, piscou para nós. O “grandão” da Rose, deduzi logo. Nada haver com o suspiro quase imperceptível que ouvi ao meu lado. – Jas-Jasper . – Gaguejando, Alice, sério? O rapaz loiro, com olhos verdes e calmos, acenou rapidamente, suas bochechas corando quando seu olhar passou por Ally. “Hmm, muitíssimo interessante.” – e por último...

– Mas não menos importante. – quem mais seria tão idiota pra interromper alguém para dizer isso? Pois é.

– Claro. – ela sorriu e revirou os olhos. – Edward. Essas são minhas amigas Rosalie e...

– Bella querida, como vai?

– Cullen, seu babaca, ridículo, abominável. –ele tinha mais uma vez interrompido Alice para me perguntar naquele tom de quem está se divertindo horrores como eu estava? – Para você é Isabella.

– Tanto faz, Bella.

– O que eu perdi? – Alice interrompeu minha provável resposta mal criada, e sua boca estava tão escancarada que me preocupei que seu rosto pudesse ficar daquele jeito pra sempre.

– Depois. – pedi e implorei com o olhar. Ela sacudiu a cabeça, confusa, mas concordou.

– Então gente, sentem. – Rose convidou, educada. Lancei-lhe meu melhor olhar maligno.

– Tem certeza de que não vamos incomodar? – o tal do Ben perguntou, parecendo sinceramente preocupado. Gostei desse cara.

– Então, na verdade... – comecei, jogando meu cabelo para o lado, exasperada. O olhar de pânico de Alice me fez suspirar e mudar de ideia. – Não incomodam não, sentem-se.

Foi como tirar tampões dos ouvidos. Não havia notado, até aquele momento, como estavam todos quietos e apreensivos. Eu era tão instável assim? Fiz um biquinho, irritada comigo mesma. Eu não era tão ruim assim, e se pensavam que eu era uma louca psicótica, era tudo culpa do Edward. Só então notei alguém parado de pé ao meu lado, e não me surpreendi ao ver quem era.

– Que é? – perguntei com toda a educação que eu guardava somente para ele, que mirava minhas pernas em cima do banco, e mesmo estando cobertas pela meia-calça, senti-me exposta. – Vai ficar secando as minhas pernas, Cullen?

– Hum. – ele pigarreou e desviou o olhar para meu rosto. – Elas não são nada más. – corei violentamente. – Mas me pergunto o que elas estão fazendo no lugar onde pretendo sentar.

– Pois ache outro lugar. – empinei o nariz e olhei para os outros, que pareciam absortos em conversas e no cardápio.

– Ouch! – exclamei surpresa ao sentir o peso de mil elefantes sobre as minhas pernas. – Tire a sua bunda gorda e mole de cima de mim, Edward Cullen!

– Anthony.

– O que?! – olhei confusa para o Emmett, que tinha dito aquilo, e que parecia se divertir com o meu esmagamento.

– Edward Anthony Cullen. Achei que teria mais impacto assim. – ele gargalhou da sua própria piada ridícula, sendo acompanhado pelos outros, e nem eu contive um pequeno sorriso. Que idiota.

– Cullen, é sério, se você não levantar agora, eu nunca mais poderei andar... – e tudo bem, a bunda dele não era gorda e mole, na verdade era bem normal e durinha, mas aquilo estava começando a doer pra caramba. Gemi involuntariamente, e ele rapidamente levantou. Recolhi minhas pernas, massageando minhas coxas.

– Foi mal. – ele deu aquele maldito sorriso de canto e se sentou. – Bem macia a sua perna, deve ser boa de apertar...

E como se para provar sua teoria, levou a mão em direção a elas. Dei um tapa tão forte em sua mão, que senti a ardência na palma da minha quase de imediato. Todos olharam espantados pra nós dessa vez.

– Jesus. Acho melhor você sair daí, Edward. – Jasper nos encarava, enquanto seu amigo esfregava a mão deliciosamente vermelha.

– Estou bem, obrigado.

Claro que estava, até quando, aí é outra história. Acho que me provocar acabava de se tornar o maior prazer de Edward “Anthony” Cullen.

Edward

Naquele momento nada me deixava mais feliz que provocar Bella. Mesmo com uma mão ardendo como o inferno como prova do que ela seria capaz de fazer comigo caso eu prosseguisse, eu não conseguia parar.

Eu havia ficado chocado, mas, acima de tudo, deliciado, ao vê-la sentada àquela mesa. E agora que todos estavam interagindo como bons amigos, eu me permitia olhar minunciosamente cada detalhe do seu rosto. Ela estava ciente disso, tenho quase certeza, pois o leve rubor em suas bochechas a denunciava, sem contar que ela mordia o lábio inferior com tanta força que achei que fosse rompê-lo, e, mesmo sem me fitar, senti que toda a raiva em seu olhar era direcionada a mim.

– Você está bem? – perguntei doce e cinicamente em seu ouvido, para que somente ela ouvisse. Vi que ela se arrepiou, e me deleitei com isso. Seu olhar, agora em mim, era puro ódio.

– Perfeitamente bem.

– Sério, Bella, guardar toda essa raiva não é saudável. – mesmo eu estando brincando, ela começou a ficar perigosamente vermelha, algo bem próximo do roxo, e me preocupei ao lembrar de como ela tinha passado mal pela manhã graças a mim. Achei melhor maneirar. – Ok, se o seu problema comigo é por causa do seu carro, não tem problemas, eu posso pagar o conserto.

– Cullen... – ela falou meu nome de maneira arrastada, de um jeito que enviou impulsos nervosos a todo o meu corpo. Aquilo era muito excitante. – Meu problema com você começou no exato momento em você entrou no meu carro sem ser convidado, e não há muito que você possa fazer para mudar isso.

Dito isso, ela virou sua atenção de volta para as outras pessoas à mesa.

Nada? Aquilo soou como um desafio pra mim, e eu nunca recusava um desafio. E algo me dizia que eu iria me divertir muito. Minha determinação e paciência eram maiores do que ela poderia imaginar.


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Notas finais do capítulo

Comentários por favor, tem muito leitor fantasma aqui, e não estou gostando disso. Beijos.