Travesseiro dos sonhos. escrita por Lee Barboza


Capítulo 12
Um pouco de branco na cidade.




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Após descerem da carruagem, eles seguiram a trilha para subir até a casa do rei. Fadinha sentiu algo passar na sua cabeça e se virou para ver o que era, viu um monte de bichos que pareciam pequenos pássaros brancos que voavam pela montanha a caminho da cidade.

– O que são esses bichos? - Perguntou Fadinha apontando para o bando.

– São Marfes, são os homens pássaros de Briléia que falei para vocês.

– Os pais das crélas?- Perguntou Quim.

– Sim. É muito difícil eles virem para cá, só quando ocorre algum ataque ou algo grave na região. Eles são os investigadores mais tenebrosos, seduzem as pessoas e fazem elas confessarem todos seus pecados. Enfim, vamos que preciso descobrir quem chamou eles pois não tem nada de errado na cidade tirando o ocorrido! - E Pett foi subindo a montanha correndo em direção da casa de seu pai. Pett entrou na casa e assim que encontrou seu pai, ele pediu para conversar a sós com ele.

– O que houve, filho?

– Os marfes estão na cidade.

– O que? como sabe disso?

– Nós vimos eles quando estávamos subindo a montanha.

– Mais algum crime aconteceu?

– Não, por isso fiquei assustado quando vi eles. Muito difícil eles virem aqui, só quando há alguma reunião ou algo que precisa ser resolvido. Você conhece algum deles que eu possa falar?

– Peça para falar com o mestre deles, o Emanuel, mas fale que você é filho do rei.

– Pode deixar, pai. Vou indo pois quero resolver isso hoje.

– Fique para o almoço com seus amigos.

– Eles ficaram, somente eu vou ir.

Enquanto Pett descia a montanha, os outros sentavam em volta da mesa para almoçar. Todos estavam conversando menos o rei que estava quieto e parecia estar no mundo da lua. João Pedro percebeu e perguntou o porquê dele estar assim.

– Ah, rapaz. A vida passa e as pessoas esquecem uma das outras, os filhos não se importam tanto com os pais.

– Aconteceu alguma coisa entre você e o Pett?

– Faz tempo que estamos distantes, nunca tive tempo para brincar com ele durante a infância e agora que tenho tempo, é ele que não tem tempo mais para mim.

– Mas o fato dele não ter tempo não quer dizer que ele não importa com você. - Falou Fadinha.

– Você está certa, menina. Estou ficando velho e começo a criar coisas na cabeça.

Ninguém sabia mais o que responder para melhor a autoestima do rei.

Pett chegou na cidade e foi para a casa do poder. Era uma casa dourada com enormes portões e grandes jardins, era lá que acontecia as reuniões importantes entre os mundos. Assim que chegou, avistou os marfes sobrevoando os jardins. Eram homens com grandes asas e espadas enormes nas mãos. Ele se aproximou mas nenhum notou sua presença e continuaram a treinar com suas espadas, então decidiu chamar um rapaz. O marfe pousou ao seu lado e Pett percebeu a beleza que eles tinham, o rapaz tinha cabelos compridos e negros, sua pele era morena e seus olhos verdes, era o típico galã de novela. Pett pediu para o marfe chamar Emanuel.

– O que você deseja com o mestre?

–Sou filho do rei e ele pediu para que eu viesse falar com seu mestre.

– Samuel! leve esse rapaz até o mestre.

Outro rapaz pousou ao lado de Pett, era um rapaz mais magro e pele muito branca e olhos pretos.

– Vamos, vou te levar até o Emanuel. - Falou o rapaz empurrando Pett em direção a casa.

– Será que seu mestre está ocupado?

– Provável que não, é difícil ele estar. Bom, vou deixar você aqui, agora é só entrar e subir a escada - Samuel deixou Pett na frente da porta da casa.

Pett bateu na porta e um rapaz com cabelos brancos atendeu.

– O que o senhor deseja?

– Preciso falar com o Emanuel, sou filho do rei.

– Seja bem-vindo, vou te levar até ele.


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