Travesseiro dos sonhos. escrita por Lee Barboza
A casa que Emanuel estava era tão grande que Pett teria se perdido se o rapaz não o tivesse guiando até o mestre deles. A escada que Pett tinha que subir era tão grande que Pett achou que ia acabar desmaiando antes de chegar até a sala de Emanuel.
– Nossa, pra que esse tamanho de escada? Não tem nenhum elevador?- Perguntou Pett.
– Tem sim, mas está quebrado.
– Ótimo!- Pett afirmou sarcasticamente.
– Bom, chegamos. Não chame ele de mestre, chame de Emanuel. Somente nós, marfes, podemos chamá-lo assim.
– Tudo bem, irei falar com o Emanuel então. - Pett deu uma risadinha.
O rapaz abriu a porta e pediu para Pett entrar.
– Mestre, esse é Pett, filho do rei, veio falar com você a pedido de seu pai.
O mestre dos marfes era deslumbrante, seus olhos eram tão pretos que parecia a noite, suas asas eram douradas e ele usava um terno branco. Sua beleza era tanta que deixava Pett com vergonha. Emanuel se aproximou e pediu que o rapaz saísse da sala pois tinha um assunto particular para discutir.
– Sente-se por favor, percebo que temos muito que falar. Estou certo?- Perguntou Emanuel enquanto sentava em sua poltrona.
– Não muito, apenas tenho que saber umas coisas. - Respondeu Pett. Ele olhou para a sala que tinha espadas, machados e lanças. - Vocês que trouxeram tudo isso para cá?
– Claro, sua cidade não tem necessidade para ter tanta armas.- Respondeu Emanuel. - Mas fique sossegado, usamos isso só em caso de emergência.
– Ah sim. Mas afinal, por que vieram para a cidade?
– Sabia que era isso que você veio me perguntar. Bom, soubemos que atacaram o dono da livraria, poderia ser algum acidente normal, porém a cidade é muito calma, muito difícil ter algum ataque de animal aqui. Nós, marfes, temos o dom de sentir quando há algo para ser resolvido, por isso somos justiceiros, e eu senti quando pousei aqui, temos muito errado acontecendo aqui.
– Tipo o que?
– Não sabemos ainda, mas logo descobriremos. Confie na gente. - Emanuel se levantou e se dirigiu a porta. - Agora eu tenho que ir treinar, se quiser pode vir jantar conosco hoje a noite. Será bem vindo.
– Posso trazer alguns amigos? - Perguntou Pett se levantando.
– Pode sim, desde que não sejam desagradáveis.
– Então irá conhecê-los hoje.- Pett saiu e se despediu de Emanuel. Assim que saiu da casa foi a caminho do hotel encontrar com seus amigos.
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