Two Souls - Two Names escrita por Roberta Pereira


Capítulo 5
Capítulo 4


Notas iniciais do capítulo

Oii!



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–Por favor, não vem - Implorava eu, internamente. Kyle estava quase estragando minha vida, e por isso, não havia nada á fazer, ele nunca escutava.

Num instante, senti a presença dele ali. Esperando o momento certo pra dar o bote. Apenas disfarcei e dei um jeito de acabar com aquela conversa com o Lysandre. Ao chegarmos à cozinha, botamos as sacolas na mesa. Lysandre sorriu pra mim, e quando retribuí, ele começou.

Kyle só não gritava porque não podia. Ele começou devagar. Primeiro derrubou a jarra de vidro, derrubou as frutas da mesa, deixou o quadro cair:

–Kyle! –Eu gritava meio alto. Lysandre ficou só me observando, muito surpreso.

–Para! Por favor!

Ele parou. Por fim, bateu a porta que ligava a cozinha até o jardim. Lysandre só ficou assustado, e me olhando surpreso. Como que eu ia explicar isso? Ele se levantou da cadeira onde estava sentado. Saiu em direção á porta. Ele iria embora:

–Lysandre! Espera, eu posso explicar! –Ou talvez não. Nossa! Parecia aquelas típicas cenas de casal que brigam. Depois, se meu pai escutasse isso, quem teria que escutar a explicação seria eu. Lysandre me ignorava, e Kyle parecia estar assistindo á tudo:

–Nos vemos segunda, na escola. –Ele disse. Abriu a porta e saiu da casa.

–Kyle! –Berrei, assim que ele fechou a porta. Me ajoelhei no chão e comecei a chorar. Meu pai e Elisa chegaram correndo na sala. Os dois tinham olhar preocupado, e pareciam querer saber de todos os detalhes:

–O que houve filha? –Meu pai perguntou. Se ajoelhou do meu lado e me abraçou.

–O Lysandre falou alguma coisa de mais? –Elisa se sentou na minha frente, me observando.

–Não, Elisa. –Respondi, soluçando. –Foi só o Kyle. Ele estragou tudo! –Gritei. Voltei á chorar.

–Oh, minha querida! Não fica assim! –Meu pai falou, com a voz manhosa.

–Como não, pai?! Viu só? Isso que dá eu conhecer gente nova! Isso acontece!

Nisso, ele bufou, se levantou e saiu de lá. Maravilha de pessoa. Largou-me nessa situação. Pra piorar as coisas, comecei a ter dores, pela segunda vez no dia. Só que, ao contrário da outra, que começavam leves e iam aumentando. Essa já começava extremamente forte. Meus braços, minhas pernas, tudo estava doendo. Me joguei no chão, e parando de chorar, comecei a gemer de dor. Elisa ficava me observando desesperada, sem saber o que fazer.

Depois se levantou e saiu correndo. Ótimo. Estava eu, jogada no chão, com dor, e sozinha, sofrendo naquele chão gelado. Eu me revirava, rebatia com o chão, tentava me levantar, mas nada adiantava. Caía no chão.

Quando eu já estava pra morrer, Elisa chegou (tentando) correr com um copo de água na mão, que de vez em quando, derramava algumas gotas no chão, que ela ignorava. Ao chegar do meu lado, se ajoelhou, colocou o copo no chão e me ajudou a se levantar. Meu corpo, que doía á todo custo, foi segurado pelas costas.

Elisa me ajudou a beber aquela água. Eu estava muito nervosa, e minhas mãos trêmulas, e se eu tentasse segurar aquilo, iria derrubar tudo. Bebi, e aos poucos, minha dor aliviou, e por fim parou.

–Alivia a dor. –Apontou para o copo. – No seu caso, traz o Kyle de volta. -Deu um risinho.

Então percebi que eu sentia a presença dele em volta. Resmungou ao ouvir o comentário dela. Soltei um riso maior ainda ao ver a reação dele.

–Quer me ajudar no jantar? –Ela perguntou, me ajudando á levantar.

–Claro. –Sorri. –Preciso descontrair um pouco. –Ela sorriu de volta e saiu andando. Fui seguindo, calmamente (e chamando o Kyle de trouxa internamente, a cada segundo).

Quando chegamos lá, Elisa pediu pra mim tirar as coisas que estavam na sacola, e entregava tudo que ela pedia. Panelas, molho de tomate, colheres, tudo! A gente ficava conversando, sabendo mais uma sobre a outra.

Ela me disse que conheceu meu no trabalho dele, que ela era a secretária dele, e depois eles começaram á sair. Começaram á namorar, e aí aconteceu. Fiquei feliz por ela, já que eu não conhecia a minha mãe, eu não podia ficar com raiva. E meu pai bem que precisava de alguém, não devia ser legal ficar sozinho toda hora.

Quando terminou de cozinhar, botou (o que ela dizia ser) uma torta no forno, terminou o ensopado, e colocou o sorvete no congelador. Me deu até um pouquinho do ensopado, pra mim experimentar. Ela cozinha super bem!

–Não liga pro seu pai. –Ela falou, se referindo ao fato que ele me largou na sala. –É que ele não aceita o fato das pessoas não pensarem o mesmo que ele. Daqui á pouco isso passa. Acha que se não passasse, eu estaria com ele? Rá! –Riu. Nossa! Ela o entende mesmo!

–Tá. –Suspirei. Ficamos lá, naquele silêncio estranho, que não sei por que. Ela estava encostada no balcão, e eu estava sentada na cadeira da mesa. A única coisa que estava fazendo barulho naquele lugar era o relógio da parede. Nem o Kyle bufava (como sempre).

Quando finalmente algo fez barulho, foi o que eu menos queria. A campainha. Engoli a seco e me levantei. “Eu atendo”, sussurrei mais pra mim do que pra Elisa. Saí da cozinha e, tentando ir o mais devagar possível, segui em caminho da sala. Botei a mão na fechadura.

–Independente do que acontecer, não faça nada. Entendeu? Nada! –Sussurrei pra Kyle, tentando ignorar o fato de que ele não iria atender á minha ordem.


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Notas finais do capítulo

Beijinhos! º3º

(Sei que não ficou com mais de 1.000 palavras, mas ignorem esse fato)



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