Two Souls - Two Names escrita por Roberta Pereira


Capítulo 6
Capitulo 5


Notas iniciais do capítulo

Oi!!
Desculpa se estou pedindo muito, mas cadê os comentários???
Ela finalmente conhece o Castiel... tava demorando né?



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Não importa o que aconteça, não faça nada. –Sussurrei para Kyle, tentando ignorar o fato de que ele não iria atender minha ordem. Calmamente, e devagar, abri a porta e esperei o que tinha pra vir. De lá de fora, consegui ver um homem, uma mulher e um ruivo.

O homem, que aparentava ter 38 anos, tinha os cabelos grisalhos, e sua pele era levemente enrugada. A mulher, que tinha quase a mesma aparência que ele, sorria pra mim. Retribuí com um sorriso pequeno. Por fim, o ruivo, que tinha uma cara de tédio, bufou e cruzou os braços.

Dei entrada á eles. O ruivinho empurrou (o que parecia ser) os pais, e depois me empurrou de leve, dando entrada á si mesmo. Revirei os olhos, e Kyle só estava á nervos, porque né, ele odeia que alguém me maltrate.

‘’Olá pra você também” –Sussurrei entre os dentes, e fechei á porta quando os três entraram.

–Haroldy!!! –Meu pai adentrou a sala, abrindo os braços. O mesmo retribuiu o gesto, dando início á um abraço. –Quanto tempo, cara!

–Quem é ele? –Perguntei á Elisa que estava ao meu lado.

–Seu pai me disse que eles se conhecem desde pequenos. Seu pai me disse também que ele faria de tudo pra ele vir aqui hoje, te ver.

–Mas e o Kyle nisso tudo?- Bufei e cruzei os braços.

–Seu pai disse que nada, inclusive o Kyle, era empecilho pra os outros te conhecerem. –Suspirei, andando em direção á sala de jantar (que ficava do lado da sala normal). Elisa saiu andando ao meu lado. –Onde você vai?

–Vejo vocês lá. –Respondi, quase sussurrando. Ela parou e eu continuei andando.

Kyle, que como o resto do dia, estava pra morrer. Xingava tudo que é gente, só por estarmos ali. “Ah, sossega! Está tudo sobre controle” - Falei internamente. Ao chegar lá, me sentei em uma cadeira qualquer, e apoiei meus braços sobre a mesa. Reparei então que o ruivinho estava do meu lado, e ele mexia em seu celular, sorrindo. Revirei os olhos, mas mesmo assim, acho que ele me viu.

–Quem é você? – Escutei uma voz vinda do meu lado surpresa. Ele no momento olhava pra mim, com uma cara de interrogação, e ao mesmo tempo de superioridade, como se fosse o dono da casa. Ugh, que raiva!

–Sou o motivo da sua vinda. –Bufei.

Do nada, o ruivo começou á rir. Que garoto estranho! Acho que Kyle estava até gostando da ignorância dele. Qual é o problema desse cara?

–Você é a tal da Jully que o Lysandre comentou? –Ele perguntou quando parou de rir. Ele conhece o Lysandre? –Pensei que era mais bonita do que ele comentou. –Corei. Como assim? Passou mais um tempinho em silêncio. –Ah propósito, sou o Castiel.

–Julliane, mas me chame de Jully. –Olhou pra mim, retribuí o olhar, então sorri de canto. Ele sorriu de volta, mas rapidamente voltou a fazer o estava fazendo.

–O que você está fazendo? -Perguntei, olhando pra tela do seu celular. Ele rapidamente empurrou o aparelho pro lado contrário, pra mim não ver o que era.

–Nem vem loirinha. Já soube de mais sobre mim por hoje.

–O quê? O seu nome? E que você veio aqui por minha culpa? Rá! Muita coisa! –Debochei. Ele revirou os olhos.

–Sim. Sabia que muita gente já estaria satisfeita só de falar comigo?

–Ah, tá. Eu pelo menos sou a única que não está satisfeita com isso.

–Então por que está aqui? –Falou, com um pouquinho de raiva.

–Porque eu quero. –Acho que ele ficou sem argumentos.

–Tá bom... Mas mesmo assim, não me sinto a vontade pra falar isso com você. –Ele corou um pouco.

–Ah, tá... –Desviei o olhar, envergonhada.

Kyle pelo menos já estava com um pouco de bom humor. Por que ele é o único que se diverte com minha desgraça? Pelo menos, meu pai, Elisa e os convidados chegaram pra jantar:

–Já vi que vocês já se conheceram! –Meu pai chegou e se sentou na minha frente. Sorri afirmando.

O homem e a mulher se acomodaram, enquanto Elisa colocava a comida na mesa. Castiel apenas ficava me observando com cara de “quando podemos sair daqui”. Kyle parecia já estar com seu bom humor quase cheio, só ficaria completamente feliz se estivéssemos no lugar onde não devíamos ter saído.

Meu pai e o amigo dele deviam ser os únicos à vontade ali. Até a própria mulher convidada parecia estar obrigada á estar ali. Castiel nem se falava. Eu nem queria estar naquela mesa, ninguém estava nem olhando pra mim, só Castiel mesmo, que pelos olhos, me implorava para sair dali.

Comida ótima, mas eu não estava com fome, não conseguia engolir. Até Kyle, que estava com um pouco de bom humor, não queria ficar ali. Olhei pra o ruivo, e pisei levemente no seu pé, indicando que logo daria um jeito. Empurrei-me pra trás, se tornando o centro das atenções:

–Licença... –Me levantei. –Desculpa, mas... perdi a fome. – Coloquei minha mão sobre a cadeira de Castiel, e o mesmo olhou pra mim com uma cara “tá, já vou”. Meu pai olhou pra mim com uma cara de “vai, pode ir”. Eu saí andando devagar.

Kyle, óbvio, perdeu todo seu bom humor e começou á reclamar comigo. Começou á perguntar por que diabos eu estava ajudando alguém que eu mal conhecia, e muito menos conhecia o que ele poderia fazer. Eu revirei os olhos, já não aguentava mais aquele troço no meu ouvido.

–Para Kyle! Que saco! Desde que nós chegamos aqui, você só sabe reclamar! Quando eu achei que finalmente tinha lhe calado, você volta á reclamar! Até parece que não sabe fazer outra coisa! Para! –Falei, meio gritando, quando chegamos á escadaria. Eu também gesticulava pra ele. Ou seja, qualquer pessoa que não conhecesse o Kyle me acharia maluca.

–J-Jully? –Gelei. Virei-me pro lado, e vi Castiel, com uma cara assustada. Ele me olhava com uma cara surpresa, e continha um pouquinho de medo nos olhos. –O que aconteceu? –Sua voz era baixa, mas continha um pouquinho de desespero. Não é à toa. Uma pessoa gesticulando e gritando com o vento deve ser bem estranho. Pude até escutar o Kyle debochando da minha cara, falando se agora as coisas estavam sobre controle. Suspirei. Se eu não contasse a verdade, as coisas não poderiam voltar ao normal.

–Vem aqui. –Pedi. Abaixei o olhar, enquanto me sentava no terceiro degrau da escada. –Por favor. –Olhei pra ele. –Eu vou te explicar tudo - Castiel recuou um pouco, mas logo se aproximou. Sentou-se ao meu lado.

–Desde pequena –comecei – eu tenho um tipo de “fantasma” - gesticulei. – comigo. Ele se chama Kyle, e até eu morrer, ele estará comigo. –Continuei contando, e tentei não esconder nada. Kyle só ficava mais maluco ainda, perguntando o que eu estava fazendo. Continuei contando tudo até a minha chegada aqui. Castiel parecia estar levando tudo numa boa, ouvia com atenção, como se fosse um filme. –E acredite ou não, é verdade. –Terminei.

–Nossa... –Ele falou. –Que louco. Sério mesmo?

–Sim. E aí de você se contar pra alguém. Você não faz ideia do que o Kyle é capaz. –Kyle passou pelas costas de Castiel, fazendo seus cabelos se movimentarem.

–Tá. –Ele sorriu nervoso. Soltei uma risadinha, lógico.

–Promete de dedinho? -Ele riu e assentiu. Levantei o meu dedinho e então retribuiu. Passamos mais um tempinho em silêncio.

–Já sabe onde vai estudar? –Ele mudou de assunto.

–Acho que em Sweet Amoris, não sei.

–Eu também. –Sorri.

Neste momento, o meu pai, o pai de Castiel e a mãe dele chegam na escadaria, e nos veem.

–Vamos filho? –Sua mãe pergunta.

–Claro. –Responde, olhando pra eles. –Até segunda, então. –Falou baixo pra mim.

–Tá bom. –Ele se levantou. –Tchau.

–Tchau. –Saiu andando. Antes de sair de casa, Castiel se virou pra mim (que ainda o observava), e mexeu seu dedinho, indicando que iria cumprir a promessa. Fiz o mesmo. Então ele saiu.


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Notas finais do capítulo

Beijinhos! º3º



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